* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Túnel da Ciência Max Planck - exposição que chega ao Brasil com o apoio do CNPq

A Universidade Planetária do Futuro - 13 anos e os Grupos ARTFORUM UNIFUTURO divulgam importante matéria sobre a Exposição 'Túnel da Ciência Max Planck', que chega ao Brasil com o apoio do CNPq e será realizada no período de 30 de janeiro a 21 de fevereiro de 2014, em São Paulo.




Qui, 16 Jan 2014 - CNPQ

Exposição Túnel da Ciência Max Planck
"Chega ao Brasil a maior e mais interativa exposição de educação para as ciências do Mundo. O Túnel da Ciência Max Planck 3.0 se apresenta de 30 de janeiro a 21 de fevereiro de 2014, no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo (SP). A iniciativa conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq).

 O Túnel da Ciência, realizado pela Sociedade Max Planck, abordará os grandes temas da pesquisa básica desde o seu ponto de partida, mostrando as possibilidades e oportunidades científicas e tecnológicas para as inovações mais transformadoras do futuro.

Criado em 2000, o Túnel da Ciência já visitou 20 países nos cinco continentes e recebeu mais de nove milhões de pessoas em suas três versões. A versão 3.0, que será apresentada no Brasil, é a mais recente e está distribuída em oito módulos de conteúdo extenso e profundo, todos no limite dos conhecimentos científicos atuais: Universo – dos quarks ao cosmo; Matéria – design do mundo microscópico; Vida – dos elementos aos sistemas; Complexidade – dos dados à compreensão; Cérebro – fábrica de maravilhas na cabeça; Saúde – pesquisa para a medicina do futuro; Energia – vida no Antropoceno; e Sociedade – o mundo em mobilidade.

A exposição apresenta os temas em formato interativo e multimídia. São imagens, gráficos, exposições, vídeos de entrevistas e animações. Um guia digital da mostra conduz o visitante ao mundo das pesquisas da Sociedade Max Planck. Ao final da visita, os visitantes terão a oportunidade de propor suas próprias perguntas ao futuro e enviá-las por meio do Túnel da Ciência em uma viagem pelo mundo, interagindo, posteriormente, com todas as outras sedes do evento.

Programação - Para a abertura, no dia 29 de janeiro, em São Paulo, a Sociedade Max Planck trará o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1991, Erwin Neher. O cientista e seu parceiro Bert Sakmann fizeram descobertas relevantes sobre a função dos canais iônicos nas células e decifraram a comunicação celular. O pesquisador realizará no Teatro do Shopping Frei Caneca uma palestra sobre a sua carreira e atuação no segmento da pesquisa.

Também está prevista uma programação paralela de palestras e mesas-redondas com pesquisadores da Sociedade Max Planck e do Brasil para jovens pesquisadores e cientistas. A primeira mesa de debate, no dia 28, abordará a temática “Divulgação científica no Brasil e Alemanha” e é organizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI. O objetivo da mesa-redonda é ressaltar as características da divulgação científica nos dois países, promover trocas de experiências e subsidiar possíveis ações conjuntas".





Serviço:
Exposição Global Túnel da Ciência Max Planck 3.0
Local: Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 569, Bairro da Consolação, São Paulo (SP)
Período: 30 de janeiro a 21 de fevereiro de 2014
Classificação: 12 anos
Entrada: Gratuita
Contato: asas@tuneldaciencia.com.br
Mais informações no site: www.tuneldaciencia.com.br
Coordenação de Comunicação Social
(Com informações da Sociedade Max Planck)
Foto: Divulgação

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Brasil, 17 de janeiro de 2014
Universidade Planetária do Futuro

Centro de Pesquisa em Ciência e Tecnologia
Depto de Divulgação Cultural e Científica
Direção: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
Coordenação: Ana Felix Garjan

sábado, 11 de janeiro de 2014

Situação nos presídios expõe guerra contra pobreza, diz a socióloga Julita Lemgruber

A Universidade Planetária do Futuro -Ano V divulga entrevista do interesse da sociedade brasileira, com a socióloga Julita Lemgruber, que foi publicada pelo UON LINE, em 1/01/2014.





ELEONORA DE LUCENA
DE SÃO PAULO

Quem é preso e morto são os pobres, os negros, os favelados. O que existe é uma guerra contra a pobreza. Quem tem poder na sociedade está preocupado com o seu próprio umbigo. Corações e mentes não se mobilizam pela questão penitenciária. 

Essa é a questão de fundo da crise exposta no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, na análise da socióloga Julita Lemgruber, 67. Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, ela foi diretora-geral do sistema penitenciário do Rio de Janeiro entre 1991 e 1994.

Fernando Rabelo/Folhapress














A socióloga Julita Lemgruber, 67, ex-diretora do sistema penitenciário do Rio

Para ela, a superlotação das prisões, combustível para as tragédias, ocorre pelo estrangulamento do sistema: muitos estão presos provisoriamente de forma ilegal e outros tantos não conseguem livramento condicional. "Essa máquina não funciona e é perversa", diz.
Na sua visão, não adianta construir novos presídios sem resolver a "gangrena" sistêmica do sistema prisional. Mais do que intervenção, é preciso que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) retome os mutirões permanentes nas cadeias, opina.
*
Folha - Como a sra. avalia a situação no Maranhão?
Julita Lemgruber - O que está por trás de grande parte das tragédias que acontecem no sistema penitenciário é a superlotação, que é combustível certo para tragédias. A situação do Maranhão é limite: presos são tratados com extrema crueldade e desumanidade. Isso naturalmente provoca uma ebulição interna que acaba transbordando para fora dos muros. Não se consegue conter a violência dentro dos muros. Ela acaba transbordando nos incêndios de ônibus e a postos policiais.

E por que há superlotação?
A superlotação é resultado de dois problemas, um na entrada e outro na saída. Um percentual enorme de presos provisórios está preso ilegalmente. No Rio, acabamos de fazer um estudo que será lançado em uma semana chamado "usos e abusos da prisão provisória". A situação do Rio não é diferente do resto do Brasil. Ao contrário, há Estado em que a situação é muito pior. Quase 50% dos presos provisórios no RJ estão presos ilegalmente.

Montamos um banco de dados com milhares de casos que acompanhamos até o final. Metade desses homens e mulheres que estavam presos provisoriamente não recebeu uma pena privativa de liberdade: ou foram absolvidos ou tiveram uma pena diferente de prisão. Eles estavam presos ilegalmente. Provamos isso aqui no Rio de Janeiro nesse estudo feito ao longo do ano de 2012 e que reúne todos os casos de prisões em flagrante. Há uma ilegalidade brutal e isso se repete no Brasil todo. As pessoas são presas e ficam mofando nas delegacias.

A defensoria não tem condições de se dedicar ao caso dos presos provisórios; ela mal consegue acompanhar os julgamentos e depois a execução da pena. Os presos provisórios ficam literalmente abandonados até o momento do julgamento. Isso é um escândalo no Brasil todo.

Por que essa situação não encontra ressonância e se repete?
Isso se repete porque quem é preso no Brasil é preto, pobre, negro, favelado: aquele grupo de pessoas que não tem voz, que são consideradas sem direitos na sociedade. Corações e mentes não se mobilizam pela questão penitenciária. Quando um político diz que a violência está contida nos muros, o que ele está dizendo é: "Não nos preocupemos; se eles se matarem o problema é deles". Nunca a violência esta contida dentro dos muros.
Quando a violência chega a esses níveis insuportáveis, fatalmente transborda dos muros. Vira preocupação quando acontece um grande escândalo, como o dos presos decapitados em Pedrinhas. No dia-a-dia, o que acontece dentro dos muros é completamente ignorado.

Qual é o problema que dificulta a saída de presos e também provoca superlotação?
Um número enorme de presos já tem direito a benefícios legais. Mas eles não são concedidos porque essas pessoas não têm defesa adequada. Em alguns Estados, levantamentos mostram que 50% dos presos teriam direito a livramento condicional. Essa máquina não funciona. É uma máquina perversa, que joga para dentro do sistema com muita facilidade e que tem um funil estreitíssimo do outro lado; não resolve os casos de presos que têm direito a benefícios legais.

Construir novas prisões adianta?
A primeira coisa que se precisa fazer é resolver o estrangulamento do sistema penitenciário, que acontece na entrada e na saída. Para isso, não é preciso fazer novas unidades. Precisa resolver esse problema, ponto. Se não, vamos construir mais e mais unidades, e elas vão estar sempre superlotadas. Porque não se resolveu o problema central que é o estrangulamento da saída e a entrada.

A sra. comandou sistema penitenciário do RJ nos anos 1990. A situação hoje é pior?
A situação penitenciária piorou muito porque aumentou muito o número de presos, que triplicou nos últimos 15 anos no Brasil. E o número de presos condenados por tráfico de drogas triplicou nos últimos cinco anos. Essa questão precisa ser encarada sem hipocrisia. Quem é o preso por tráfico de drogas? Em alguns Estados, até 80% das mulheres presas é por trafico de drogas. Elas são grandes traficantes?

Pesquisas mostram o perfil do preso por tráfico de drogas no Brasil: é o pequeno traficante, que não tem nenhum poder na estrutura do tráfico, que é facilmente substituído quando é preso. Estamos enxugando gelo. Estamos produzindo uma quantidade enorme de presos ligados ao tráfico de drogas, quando se sabe que essa guerra antidrogas é falida no mundo inteiro.

E a legislação?
A legislação hoje diz que o usuário não é mais penalizado com pena de prisão. O uso continua sendo crime no Brasil, mas o usuário não deve receber pena de prisão. Mas, se for usuário negro e morar na favela, mesmo que seja encontrado pela policia com uma pequena quantidade, vai para a cadeia. Se for um usuário branco e, dependendo do local onde mora e da sua situação socioeconômica, pode ser encontrada com uma quantidade muito maior de drogas, e o que acontece? Ele vai subornar a polícia ou vai convencer o policial de que não precisa traficar como meio de vida. A polícia prende o preto, pobre e favelado. Mesmo com pequena quantidade, é traficante.

Por incrível que pareça, é a partir da legislação que despenalizou com pena de prisão o tráfico de drogas, em 2006, que explode o número de presos por tráfico de drogas no Brasil. Explode porque aumenta a pena para o tráfico. Agora tem esse projeto absurdamente enlouquecido do deputado Osmar Terra (PMDB-RS). Se ele passar, a pena mínima para tráfico de drogas vai ser maior do que a pena para homicídio. É uma insensatez.
Os EUA estão mostrando que a guerra das drogas não vai nos levar a lugar nenhum. Os EUA estão começando a legalizar a maconha porque estão se dando conta de que estão enxugando gelo. E ficamos repetindo como um mantra que vamos resolver os nossos problemas através de uma guerra de drogas. Na verdade, é uma guerra à pobreza. É uma guerra contra a pobreza, porque quem é preso e morto nessa guerra são os pobres.

Como a sra. avalia a questão das facções dentro dos presídios?
A consolidação do poder das facções é um fenômeno do início dos anos 2000. Quando se trata pessoas com tanta brutalidade, crueldade e desumanidade, elas vão responder violentamente. É o que aconteceu no Maranhão e em outras partes do Brasil. Mas como ninguém se preocupa com o sistema penitenciário, essas questões nem chegam à grande mídia. O caso de Pedrinhas acabou chegando porque circulou aquela foto dos presos decapitados. Se a aquela foto não tivesse circulado, até hoje estaríamos fingindo que não conhece a realidade do sistema penitenciário no Brasil.

Quando se ameaça levar o Brasil à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as pessoas ficam um pouco perturbadas. Dizem que vai ficar mal para o Brasil, que é preciso tomar providencias. O que é uma grande hipocrisia. Em São Paulo há unidades femininas onde as mulheres ainda usam miolo de pão como absorvente higiênico. Em um país que é a sexta economia do mundo e que tem uma mulher na presidência que foi presa e torturada, é muito triste perceber que o governo do PT ainda não olhou com a seriedade necessária o sistema penitenciário.

Não adianta dizer que vai construir unidades prisionais. Isso é muito fácil. O buraco é muito mais em baixo, a situação é muito mais grave do que isso. É preciso resolver uma questão que é sistêmica. Não adianta construir novas unidades enquanto não for resolvido o estrangulamento da saída e o problema da entrada. O sistema despeja essa quantidade enorme de pessoas que acabam mofando nas cadeias, que são presas ilegalmente. Enquanto não se resolver as duas pontas do sistema, não vai se resolver o problema.

Qual é a questão de fundo que faz o problema persistir? A sociedade brasileira tem desprezo pelo pobre?
Esse problema persiste há tanto tempo porque a sociedade brasileira é profundamente hierarquizada. Há cidadãos de primeira, segunda, terceira classe e os não cidadãos –aquelas pessoas sem voz e que são consideradas sem direito. Por que a polícia mata tanto no Brasil? Por que ninguém se revolta? Aqui no Rio a polícia já matou mais de mil pessoas por ano. Agora mata 500 por ano, e todo mundo fica feliz porque melhorou. Isso é uma vergonha! É um escândalo que a policia mate tanta gente!

Outro dia saiu notícia de a policia na Islândia tinha matado a primeira pessoa na história. Lá isso causou um constrangimento enorme. No Rio, a polícia mata 500 pessoas por ano e ninguém se constrange. A classe média parece aplaudir, porque seriam bandidos. São execuções extrajudiciais! Há estudos que mostram que as pessoas que morrem supostamente em confronto com a polícia são, na maior parte das vezes, mortas por tiros nas costas, na cabeça.

Fora o caso das balas perdidas. Na semana do Natal, uma menina de seis anos morreu vítima de uma bala dentro de casa numa favela do Rio. A comunidade foi para a rua, queimou ônibus, tão revoltada que ficou. Todo mundo diz que a polícia entrou atirando, como faz rotineiramente. Aquela velha máxima do "atire primeiro e pergunte depois" continua a viger nas áreas pobres.

É uma sociedade em quem tem poder está preocupado com o seu próprio umbigo. As pessoas que vão para as cadeias e que são vítimas da violência policial são pessoas pobres, que não têm nenhum poder. Elas nem sabem que casos como esses são amplamente cobertos por ação de indenização. Tanto os familiares dos presos mortos no Maranhão quanto das pessoas mortas pela polícia são casos que podem levar a uma ação de indenização contra o Estado. Isso não acontece porque as pessoas não têm noção dos seus direitos. Essas crianças que são mortas na favela quando a policia entra atirando... Imagina se elas morassem no asfalto em Ipanema ou no Leblon!

O que o governo deveria fazer agora no Maranhão? Uma intervenção?
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mapeia com alguma competência os casos dos Estados em que existem problemas sistêmicos no funcionamento do sistema criminal. Mais importante do que uma intervenção em qualquer Estado, é mandar um grupo de juízes e de promotores. O CNJ já fez isso no passado, no período em que Gilmar Mendes era o presidente do STF. Foi feito com competência. Havia um mutirão permanente do CNJ. Mutirões eventuais os presos acabam chamando de "mentirões", porque não resolvem. É preciso ter mutirões, forças-tarefas do CNJ permanentes.

É claro que em momentos trágicos, como esse do Maranhão, é preciso entrar, mostrar autoridade, recolher as armas e impedir que os presos se matem. Porque é responsabilidade do Estado: o homem entra vivo e tem que sair vivo. Afinal de contas, ele não foi condenado a ser morto dentro da cadeia; foi condenado à pena privativa de liberdade.

Fazer uma intervenção federal no Maranhão sem que se cuide de uma gangrena que é o funcionamento do sistema de justiça criminal, não adianta nada. Não vai chegar a lugar nenhum.
É responsabilidade do CNJ montar [os mutirões] como já houve no passado. Infelizmente foram abandonados tanto na ultima gestão como na de Joaquim Barbosa. Foi abandonada essa ação mais agressiva do CNJ nos Estados em que claramente há um problema sistêmico no funcionamento da justiça criminal.

O STF esta insensível a isso?
Absolutamente, porque o CNJ hoje é uma pálida lembrança do que já foi no passado. É muito louvável que tenham denunciado o que está acontecendo no Maranhão. Mas não adianta só denunciar. É preciso se estruturar, como já aconteceu no passado, para tocar nessa ferida e fazer as engrenagens do sistema da justiça criminal funcionar.

O Brasil está excessivamente inspirado no modelo dos EUA na questão prisional?
Claramente estamos excessivamente inspirados no sistema norte-americano, acreditando que prisão resolve tudo. Uma quantidade enorme de pesos hoje poderia ser punida com outras penas diferentes de prisão, inclusive os pequenos traficantes. De que adianta a gente inundar as prisões de pequenos traficantes que automaticamente são substituídos por outros? A lei diz que é crime, e se precisa fazer alguma coisa. Mas certamente não é mandando para cadeia esses pequenos traficantes, meninos pobres de oportunidades, que se estará resolvendo o problema.

Deveríamos estar investindo na capacitação dessa garotada para que ela não encontre no tráfico a única forma de ter acesso aos bens de consumo que a televisão vomita na cara deles diariamente.

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Brasil, 11 de janeiro de 2014
UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V

UNIFUTURO
Centro de Ciências Sociais - UNIFUTURO
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
Depto. de Divulgação Cultural e Científica
Coordenadora: Ana Felix Garjan
artforum.universidadeplanetária@gmail.com

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Prisões suecas: aqui se reabilitam seres humanos - Boletim Outras Palavras

A Universidade Planetária do Futuro reabre seu fórum acadêmico, cultural, científico e de divulgação, neste início de 2014, divulgando um artigo do Boletim Outras Palavras, sobre as prisões suecas.

No Brasil, há diversas 
crises em penitenciárias dos estados, sendo que os meios de comunicação divulgam maior crise na Penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão, iniciada em 2013.

Prisões suecas: aqui se reabilitam seres humanos - Boletim Outras Palavras

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País fecha cárceres, por falta de detentos, e comprova: presídios bárbaros só alimentam ódios; para combater criminalidade e reincidência, receita é outra


Por Cibelih Hespanhol
Quando Alexander Petrovich, assassino confesso de sua própria mulher, viu-se encarcerado entre as paredes de um presídio na Sibéria, passou a conhecer o dia-a-dia, detalhes e hábitos deste sistema. E escreveu as seguintes linhas em seu diário pessoal: “não resta dúvidas de que o tão gabado regime de penitenciária oferece resultados falsos, meramente aparentes. Esgota a capacidade humana, desfibra a alma, avilta, caleja e só oficiosamente faz do detento ‘remido’ um modelo de sistemas regeneradores”. Se Alexander e sua história pertencem ao romance Recordações da Casa dos Mortos, de Dostoievski, publicado em 1860, seu drama ainda pode ser considerado absurdamente atual.

As recentes notícias sobre o fechamento de quatro prisões suecas reabriram discussões sobre a forma como lidamos com nossos detentos. Isto porque a falta de presos no país nórdico é atribuída principalmente à forma de organização de seu sistema penitenciário, que conta com investimentos na reabilitação dos prisioneiros; adoção de penas mais leves em delitos relacionados a drogas; e revisões judiciais que optam por penas alternativas em alguns casos, como liberdade vigiada. Em situação semelhante, a Holanda já havia anunciado em 2012 a necessidade de fechar oito prisões e demitir mais de mil funcionários – pelo mesmo motivo: suas celas estavam praticamente vazias. O que tem a nos dizer estes países?

Em sentindo inverso, nos Estados Unidos, país com maior população carcerária do mundo, o número de detentos chega a praticamente 2,3 milhões. E a taxa de reincidência é de 60% – ou seja, a cada dez pessoas que saem da prisão, seis voltarão para o crime. O Brasil, que ocupa o quarto lugar no ranking de população carcerária, possui cerca de 500 mil presos, num índice de 274 detentos por 100 mil habitantes. Além disso, o número de detentos é 66% maior do que a capacidade que o sistema brasileiro possui de abrigá-los nas prisões. Em junho do ano passado, a ONU declarou em relatório oficial a necessidade do país “melhorar as condições de suas prisões e enfrentar o problema da superlotação”. Casos de violação dos direitos humanos, torturas físicas e psicológicas são recorrentes em presídios brasileiros: no Rio de Janeiro, um preso é morto a cada dois dias, principalmente de tuberculose e AIDS.


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A abismal diferença entre prisões suecas e brasileiras (ou norte americanas) está nas teorias que fundamentam seus sistemas penitenciários. O país da pena de morte é o mesmo que viu sua população carcerária praticamente dobrar desde o início dos anos 90. Já o país que optou por uma política de reinserção social, em que uma agência governamental é encarregada de supervisionar os detentos e oferecer programas de tratamento para aqueles com problemas com drogas, vê agora suas prisões serem fechadas por falta de prisioneiros. Em entrevista ao The Guardian, Kenneth Gustafsson, governador da prisão de Kumla, a mais segura da Suécia, declara: “existem pessoas que não querem ou não podem mudar. Mas na minha experiência a maioria dos prisioneiros quer mudar, e nós precisamos fazer o que pudermos para ajuda-los. E não é apenas a prisão que pode reabilitar. Isso é um processo combinado, que envolve a sociedade. Podemos dar educação e treinamento, mas quando essas pessoas deixam as prisões elas precisam de moradia e emprego”.

Em suma, o que a Suécia tem a nos ensinar é a noção contrária do senso comum de que “cadeia boa é cadeia infernal”: optar pela humanização do sistema penitenciário prova-se como a maneira mais eficaz de se verem reduzidos os índices de criminalidade. Ou nas palavras daquele personagem de Dostoievski, de duzentos anos atrás: “E já que [o detento] é de fato um homem, deve ser assim tratado. Um tratamento humano pode até devolver a condição humana mesmo àqueles que se esquivaram…”.

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Brasil, 10 de janeiro de 2014
Universidade Planetária do Futuro

Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
Departamento de Divulgação Cultural e Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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