O Fórum acadêmico e cultural da Universidade Planetária do Futuro - Ano V, publica e divulga o artigo do Prof. e acadêmico, Senhor Leopoldo Gil Dulcio Vaz, intitulado A "Descoberta do Maranhão".
A “DESCOBERTA” DO MARANHÃO [1]
Leopoldo Gil Dulcio Vaz*
Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão
Academia Ludovicense de Letras
FRANCESES NO MARANHÃO
A “ilha de Maranhão” e suas cercanias haviam sido
povoadas tardiamente pelos Tupinambá, em grande parte originários das zonas do
litoral situadas mais a leste. É de 1612 a informação da chegada dos Tupinambá
à ilha grande do Maranhão, dada pelos primeiros contatos dos capuchinhos aqui
estabelecidos e os índios; estes ainda se lembravam da chegada à região. Claude
d’Abbeville afirma haver encontrado testemunhas oculares daquela primeira vaga
migratória, ocorrida provavelmente entre 1560 e 1580:
“Muitos desses índios ainda vivem e se recordam de
que, tempos após a sua chegada na região, fizeram uma festa, ou vinho, a que
dão o nome de cauim […]” (Abbeville, 1614, p. 261) [2].
Alfred Métraux (1927, p. 6-7) [3] cita outras
narrativas concordantes com a de Claude d’Abbeville, a fim de assegurar-se do
período provável dessa primeira migração (entre 1560 e 1580), especialmente a
do português Soares de Souza (Tratado Descriptivo do Brasil) [4] que afirma, em
1587, que a costa atlântica, do Amazonas à Paraíba, era povoada pelos Tapuia.
Essa primeira migração é a única que teve como resultado, segundo Métraux, uma
nova extensão dos Tupi (DAHER, 2004) [5].
Jacques Riffault, Charles des Vaux, David Migan –
natural de Vienne, no Delfinado, e Adolphe de Montville, na companhia de
centenas de outros navegadores e selvagens de diferentes tribos, se faziam
presentes nos mais diversos recantos do Norte e Nordeste brasileiro, entre o
Potengi e o Amazonas.
Em 1583, dois capitães franceses disseram a sir
Walter Ralegh conhecer o Maranhão, mas nunca se saberá se se tratava do
Maranhão ilha ou do Maranhão rio.
Era tão forte a presença francesa que muitos
recantos de nossa costa foram batizados com nomes como porto Velho dos
Franceses e porto Novo dos Franceses (ambos no Rio Grande do Norte), rio dos
Franceses (na Paraíba), baía dos Franceses (em Pernambuco), boqueirão dos
Franceses (em Porto Seguro), ou praia do Francês (próximo à atual Maceió, em
Alagoas). Outro ponto no qual os navios normandos ancoravam com muita
freqüência era a praia de Búzios, no Rio Grande do Norte, a cerca de 25 km ao
sul de Natal. Ao porto localizado na praia de Búzios podiam “surgir navios de
200 toneladas”. Os franceses usavam o porto da desembocadura do rio Pirangi
(aproximadamente 25 km de Natal) para o “resgate do pau” como os portugueses se
referiam aos locais de corte e estocagem de pau- brasil.
Já em 1594, Jacques Riffault, depois de Natal, veio
para São Luis, no Maranhão. Junto com Charles des Vaux aporta na Ilha Grande,
atual Ilha de São Luis, no Maranhão[6]. O navio de Jacques Riffault naufraga
nos baixios da ilha, mais tarde denominada Sant´Ana.
Riffault e Des Vaux aqui desembarcados fundam um
estabelecimento que se tornou o “refúgio dos piratas”. Mas para os seus planos,
um simples estabelecimento não significava grande obra; pensaram em aí fundar
uma colônia: a França Equinocial.
Data de 1596 a visita de um Capitão Guérard, que
armou dois navios, sendo um deles para o Maranhão – Poste (atual Camocim) [7]
-, – estabelecendo com regularidade as visitas à terra de corsários de
Dieppe[8], de La Rochelle[9] e de Saint Malo[10]. É nesse ano que o Ministro
Signeley toma como ponto de partida dos direitos da França nesta região,
funcionando como uma linha regular de navegação entre Dieppe e a costa leste do
Amazonas.
Na virada do século, segundo o padre e cronista Luis
Figueira[11], que escreveu sua penosa saga na Serra de Ibiapaba[12], os
franceses no Maranhão contavam, inclusive, com “duas fortalezas na boca de duas
grandes ilhas”. Uma destas fortificações, por certo, era o Forte do Sardinha,
localizado no atual bairro Ilhinha, nos fundos do bairro Basa em São Luís.
Esta, em mãos portuguesas, foi nomeada de Quartel de São Francisco, que deu
nome ao bairro. Servia de proteção ao lugar, em especial, a Uçaguaba[13],
reduto de Migan.
Datado de 26 de julho de 1603 há um arresto do tenente
do Almirantado em Dieppe relativo a mercadorias trazidas do Maranhão, ilha do
Brasil, pelo Capitão Gérard. Meireles (1982, p. 34) [14] traz também Du Manoir
em Jeviré; Millard e Moisset, também encontrados na Ilha Grande. Os comandados
de Du Manoir e Gérard chegam a quatrocentos; há esse tempo já dois religiosos
da Companhia de Jesus haviam estado no Norte do Brasil.
Entre 1603-1604 Jacques Riffault percorre o litoral
do Ceará, quando o Capitão-mor Pero Coelho de Souza[15] recebeu Regimento,
passado pela Coroa ibérica, que lhe determinava:
“[…] descobrir por terra o porto do Jaguaribe,
tolher o comércio dos estrangeiros, descobrir minas e oferecer paz aos gentios”
e “fundar povoações e Fortes nos lugares ou portos que melhores lhe parecerem“.
Riffault fora buscar recursos e permissão na Europa,
partindo para a França, divulgando as grandes riquezas da terra e facilidades
de conquista. Charles Des Vaux ficara em
terra conquistando a confiança dos tupinambás, para aprender a sua língua.
O interior do Maranhão era bem conhecido por eles. O
Mearim, Itapecuru, Munim, Grajaú, Tocantins e tantos outros eram vias
utilizadas que ligavam o interior maranhense com o litoral e a Europa. Nos
outros recantos, a história faz menção a eles no constante comércio com os
potiguaras, no porto do Rifoles – na margem direita do Rio Potengi; nos dois
ataques à Fortaleza do Cabedelo, na Paraíba, realizadas em 1591 e 1597. Nesta
última, Migan foi gravemente ferido, mas sobreviveu.
Foram eles que fundaram o núcleo urbano de Viçosa do
Ceará[16], sendo que a cidade ainda hoje conserva os topônimos do legado
francês. O Pará e o Rio Amazonas eram lugares bem conhecidos destes
navegadores. Quando Francisco Caldeira Castelo Branco partiu do Maranhão para
fundar Belém (1615) levou consigo Des Vaux e Rabeau para auxiliarem na
navegação e nos primeiros contatos com os índios de lá.
Quando a esquadra de Daniel de La Touche, Francisco
de Rasilly e o Barão de Sancy a 6 de agosto de 1612 vêem fundear frente a
Jeviré (ponta de São Francisco), ali encontraram as feitorias de Du Manoir e do
Capitão Guérard. Du Manoir, Riffault, Des-Vaux e os piratas de Dieppe,
encontravam-se fundeados no porto, confirmam a presença continuada dos
exploradores de todas as procedências nas costas do Maranhão, e do Norte em
geral: uma companhia holandesa presidida pelo burgomestre de Flessingue[17],
ingleses, holandeses e espanhóis negociando com os índios o pau-brasil;
armadores de Honfleur[18] e Dieppe; o Duque de Buckigham[19] e o conde de
Pembroke[20] e mais 52 associados fundaram uma empresa para explorar o Brasil;
espanhóis de Palos[21].
FORTE DO SARDINHA
Tanto comércio fez com bretões e normandos se
estabelecessem com feitorias na Ilha Grande, e um desses lugares era a aldeia
de Uçaguaba/Miganville (atual Vinhais Velho), misto de aldeia e povoação
européia. O porto usado nessas atividades era o de Jeviré (Ponta d’Areia).
É quase inimaginável que todo esse aparato comercial
existisse sem uma forte proteção das armas. Some-se que o chefe maior de tudo
isso era David Mingan, o Minguão, o “chefe dos negros” (daí o nome de
Miganville), que tinha a seu dispor cerca de 20 mil índios e era “parente do
governador de Dieppe”. Por fim, a localização da fortaleza está exatamente no
lugar certo de proteção do Porto de Jeviré e da entrada do rio Maiove (Anil),
que protegeria Miganville.
Pianzola, em sua obra “OS PAPAGAIOS AMERELOS – os
franceses na conquista do Brasil (1992) [22] apresenta decalque de mapa datado
de 1627, cujo original desapareceu, feito em torno de 1615 pelo português João
Teixeira Albernaz[23], cosmógrafo de sua Majestade, certamente feito a partir daquele
que LaRavardiére deu ao Sargento- Mor Diogo de Campos Moreno[24] durante a
trégua de 1614. O autor chama atenção para os nomes constantes dos mapas, entre
os quais muitos de origem francesa, ‘traduzidos’ para o português. Vê-se, na
Grande Ilha dentre outros, Migao-Ville, propriedade do intérprete de Dieppe,
David Migan, seguramente um psudônimo, no entender de Pianzola:
“[…] No último quartel daquele século, o que era
apenas um posto de comércio, sem maior raiz, tornou-se morada definitiva dos
corsários gauleses, vindos de Dieppe, Saint-Malo, Havre de Grace e Rouen, que
aqui deixavam seus trouchements (tradutores) que viviam simbioticamente com os
tupinambá (escreve-se sem “s” mesmo). Entre estes estava David Migan, o
principal líder francês desta época. Ele era o “chefe dos negros” (índios) e
“parente do governador de Dieppe”. Tinha a seu dispor cerca de vinte mil
guerreiros silvícolas e residia na poderosa aldeia de Uçaguaba (atual Vinhais
Velho), apelidada de Miganville[…].(NOBERTO SILVA, 2011).
Fonte: PIANZOLA, 1992
Continuemos com Noberto Silva (2011) [25]:
[…] Na virada do século, segundo o padre e cronista
Luis Figueira, que escreveu sua penosa saga na Serra de Ibiapaba, os franceses
no Maranhão contavam, inclusive, com “duas fortalezas na boca de duas grandes
ilhas”. Uma destas fortificações, por certo, era o Forte do Sardinha,
localizado no atual bairro Ilhinha, nos fundos do bairro Basa em São Luís.
Esta, em mãos portuguesas, foi nomeada de Quartel de São Francisco, que deu
nome ao bairro. Servia de proteção ao lugar, em especial, a Uçaguaba, reduto de
Migan.
Quando da implantação da França Equinocial esse
complexo passou para mãos oficiais. Uçaguaba/Miganville passou a ser chamada
pelos cronistas Claude Abbeville e Yves d’Evreux de “o sítio Pineau” em razão
de Louis de Pèzieux, primo do Rei, ter adotado o local como moradia.
ANTES DOS FRANCESES …
Bandeira (2013) [26] traz que a ocupação do Vinhais
Velho – na Ilha de Upaon-Açú, ou de São Luis, data de pelo menos 3.000 anos:
As datações obtidas para as ocupações humanas que
habitaram o Vinhais Velho possibilitaram construir uma cronologia para a presença
humana nesta região da Ilha de São Luis, que data desde 2.600 anos atrás se
estendendo até a chegada dos colonizadores (1590-1612?). […] Essas datações se
relacionam com os três períodos de ocupação humana no Vinhais Velho em tempos
pré-históricos: ocupação sambaqueira / conchífera, ocupação ceramista com
traços amazônicos e ocupação Tupinambá. (p. 75).
[…] A presença dos grupos sambaquieiros na região
durou até 1.950 atrás, com uma permanência de 650 anos. (p. 76).
[…] Em torno de 1840 anos atrás essa região foi
novamente ocupada por grupos humanos bastante diferentes dos povos que ocuparam
o sambaqui. Esses grupos produziam uma cerâmica muito semelhante às encontradas
em regiões amazônicas, sendo prováveis cultivadores de mandioca. (p. 76).
[…] Esses grupos habitaram a região do Vinhais Velho
até o ano 830 antes do presente, totalizando uma ocupação de 1.010 anos. A
provável origem dos grupos ceramistas associados à terra preta é a área
amazônica, possivelmente o litoral das Guianas e do Pará. (p. 76).
A ultima ocupação humana […] ocorreu em torno de 800
anos antes do presente e durou até o período de contato com o colonizador
europeu, já no século XVII.
Trata-se de povos Tupinambás, que ocuparam essa
região, possivelmente vindos da costa nordestina, nas regiões do atual
Pernambuco e Ceará […]
[…] a ocupação Tupi, a julgar pelas datações durou
pouco mais de 800 anos […] (p. 76).
Nos anos 1970, outro pesquisador deu visibilidade à
ocupação humana pré-histórica da Ilha de São Luís – Mário Ferreira Simões,
ligado ao Museu Paraense Emílio Goeldi que realizou o Projeto São Luís. A
pesquisa inspecionou oito sambaquis com o objetivo de comparar os sítios
residuais de São Luís com os do litoral leste e litoral paraense. Essas
pesquisas resultaram nas primeiras datações para os assentamentos humanos
pré-históricos do Estado do Maranhão, em torno de 2.686 anos antes do presente
[27].
Outro associado do IHGM que se destaca e que atuou
nas áreas da Antropologia, Arqueologia, Etnologia, entre outros interesses foi
Olavo Correia Lima[28].
O padre António Vieira afirmou que os Tupinambá e
Tabajara contaram-lhe que os povos Tupi migraram para o Norte do Brasil:
[…] pelo mar, vindos de um país que não mais
existia, e que o país Caraíba, teria desaparecido progressivamente, afundando
no mar, e os tupis salvaram-se, rumando para o continente. Os tabajaras
diziam-se o povo mais antigo do Brasil, e se chamavam de “tupinambás”, (homens
da legítima raça tupi), desprezando parte dos outros tupis, com o insulto
“tupiniquim” e “tupinambarana”, (tupis de segunda classe), e sempre conservaram
a tradição de que os tupis eram originados de sete tribos; e que o povo tapuia,
do povo tupi, eram os verdadeiros indígenas brasileiros (RAHME, 2013) [29].
… OS FENICIOS… [30], [31]
Em A
Pacotilha (30 de maio de 1925), de autoria de Ludovico Schwennhagen [32] é
publicado artigo com o seguinte título: MINHAS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NO
MARANHÃO. Realizando pesquisas em vários estados do Brasil, deteve-se no Piauí
e no Maranhão. Sobre o Maranhão, em seu relato, sustenta a tese de que a cidade
de São Luís – como Tutóia – foi fundada por navegadores fenícios:
As duas cidades, porém, não eram cidades fenícias;
somente os fundadores e organizadores eram gente que chegara ao Mediterrâneo. A
grande massa dos habitantes eram tupis: em Tutóia, tabajaras, em Tupaón,
tupiniquins. (Schwennhagen, 1925) [33].
Chegados por estas terras por volta do ano 1.000 a.C
– relacionaram-se com os habitantes da terra – tupis – fundando Tu-Troia –
Tutóia – e Tupaón –Upau-açú:
OS FENÍCIOS E OS TUPIS
Os fenícios já estavam desde muito tempo em relações
com os povos tupis; mas estes não tinham portos de mar, querendo viver só em
terras altas e solidas. Entretanto, ficou terminada, no Mediterrâneo, a guerra
de Tróia, em 1080 A.C. Caiu em poder dos aliados pelasgo-gregos a grande
fortaleza que dominava o estreito dos Dardanelos e a entrada para a Ásia.
Os fenícios, os carios e muito outros povo da Ásia
Menor eram amigos ou aliados de Tróia, mesmo as briosas guerreiras e cavaleiras
amazônicas, das quais morreram centenas no vasto campo troiano.
Os sobreviventes dos povos vencidos andavam em
navios dos fenícios, procurando nova pátria, e por isso aparecem, cerca do ano
1000 a.C., em diversos países, cidades com o nome de Tróia Nova ou Tróia
Rediviva. Para o norte do Brasil chegaram também sobreviventes da grande guerra
e fundaram Tu-Troia, ajudaram a fundar Tupaón, e os sobreviventes da Amazonas
fundaram no Brasil uma sociedade de mulheres montadas amazônicas, que deu
finalmente seu nome ao grande rio. Essas são as deliberações que indicam o
tempo de 1000 anos a.C. para a fundação de Tutoia e de Tupaón (S. Luis).
(Schwennhagen, 1925).
Segundo Rahme (2013) [34], Schwennhagen, em sua obra
“História antiga do Brasil”[35], expôs a teoria da presença de fenícios no
Brasil, com base no trabalho de Onfroy de Thoron[36] (Gênova, 1869), sobre as
viagens das frotas do fenício rei Hirão de Tiro[37], e do rei Salomão [38], da
Judéia[39], no rio Amazonas, entre os anos 993/960 A.C.. E também apresentou
outras diversas evidências, em sua maior parte, escritos do alfabeto fenício, e
da escrita demótica do Egito, que também foram encontrados; além de inscrições
da escrita suméria, antiga escrita babilônica, e também letras gregas e
latinas. Schwennhagen ao citar o historiador grego do século I A.C., Diodoro
Sículo[40], disse que este relatou a primeira viagem de uma frota de fenícios
atravessando o Atlântico, e chegando às costas do Nordeste do Brasil, através
das correntes marítimas, propícias para a travessia.
Nos anos 350 a.C., os cartagineses cunhavam moedas
em ouro, com uma imagem no reverso, que muitos julgam representar o mar
mediterrâneo, com o continente americano a oeste. Se era o continente
americano, de fato, ou não, não se sabe, mas, diversos autores (Ludwig
Schwennhagen[41], Bernardo de Azevedo da Silva Ramos[42], Robertus Comtaeus
Nortmannus[43], Georg Horn[44], Frederic Ward Putnam[45], Zelia M. M.
Nuttall[46], Howard Barraclough Fell[47]) defendem que o Brasil foi visitado
pelos fenícios, na antiguidade. As provas disso encontram-se nos diversos
registros na forma de inscrições e artefato.[48]
Diz Guimarães (2009) [49], que em 1100 A. C. o rei
Hiram de Tyros, capital da Fenícia, ofereceu aos reis David e Salomão da
Judéia, uma aliança para explorar as riquezas do Brasil. Nos anos 995 e 992
navegaram as frotas aliadas dos fenícios e judeus no rio Amazonas, onde elas
fundaram uma colônia hebraica, no rio Solimões, chamado assim por honra do rei
Salomão. Esse fato prova que os fenícios já tinham circunavegado, entretanto,
toda a costa do Brasil e subido todos os rios. Eles procuraram a aliança dos
hebraicos, pois eles mesmos, como nação muito pequena, não tinham elementos
suficientes para colonizar tão vasto país.
Para Ludovico Schwennhagen[50], os Fenícios tiveram
um forte interesse para levarem ao Brasil muitos imigrantes. Já se referira –
no Segundo Capitulo de sua História -, sobre a expedição dos Tirrênios à ilha
de Marajó, sobre a aliança do rei Hirã de Tiro com os reis Davi e Salomão, da
Judéia, para colonizar e explorar as terras no Alto Amazonas, e sobre a
emigração duma parte da nação das Amazonas com navios dos Fenícios. O grande número
de emigrantes, porém, saiu dos países cários, inclusive Iônia:
Os emigrantes denominaram Ion o litoral maranhense,
que mostra com suas centenas de ilhas e penínsulas, uma surpreendente
semelhança com o litoral da Iônia asiática: Maran·lon, que quer dizer “a grande
Iônia”. Os Gurges do Piauí têm irmãos do mesmo nome na Ilíria da Península
Balcânica; sobre o nome de Taba-Jaras do Norte do Piauí e da Serra da Ibiapaba
já falamos; os Poti-Jaras, que mudou para Poti-Garas e Poti-Guaras, tiraram seu
nome de Poti, que significa na língua pelasga um rio pequeno, respectivamente
afluente dum rio grande. Nas regiões dos Cários existem muitos rios de nome
Poti. No grego mudou a palavra em Pot-amos. Meso-Potânia é a zona entre os dois
Pati: Eufrates e Tigre.
Colônias e vilas dos Cários foram espalhadas sobre
todo o território do Brasil; mas a maior parte dos Cários domiciliou-se no
interior do Nordeste, entre os rios Tocantins e São Francisco. Nas serras e
sertões do Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco formaram os Cari e Cariri uma
numerosa população branca, cujos descendentes representam hoje ainda a maioria
da população. A raça indígena, legítimo-brasileira, os Tapuias de cor parda e
cabelos lisos e pretos, vivia nas regiões dos Cários, até a chegada dos
Portugueses, em malocas, separadas dos brancos Tupis-Caris.
Ludovico Schwennhagen (1928; 1986) [51] informa que
“[…] conquistadores europeus encontraram no Brasil numerosas populações que se
chamaram: Cara, Carara, Caru, Cari, Cariri, Cairari, Carahi, Carahiba, Caryo e
Cariboca.”. E que na língua tupi têm os nomes dos povos a mesma forma no
singular como no plural. Diz-se: eu sou Cara; nós somos Cara:
[…] A mesma regra, existia nas antigas línguas
fenício-pelasgas. A língua grega que é mais recente começou a formar o plural
pelo sufixo s, cuja regra transferiu-se às línguas romanas. Por isso aplicamos
nós como plural as formas: Tupis, Caras, Caris, Cários etc., que não
corresponde com a língua tupi. [Continua a explicação sobre os vocábulos] Aos
padres portugueses declararam os pajés: Cara, Cari, Cário significa “homem
branco”. A cor branca é no tupi: tinga, também uma palavra pelasga, de cuja
raiz vem nossa palavra tingir. A palavra tupi tabatinga significa “preparada de
cal e argila branca”. Mais tarde transferiu-se o nome tabatinga à argila dessa
cor. A. palavra oca significa “casa” qualquer e pertence também às línguas
fenício-pelasgas. No grego mudou oka em oeka, oika oikia- “administração da
casa” é, no grego, oiko-nomia.
Para Ludovico Schwennhagen, a palavra tupi tabatinga
significa “casa branca”; mas cari-oca é “casa dos brancos”, respectivamente dos
Cários:
Essa curta explicação lingüística contém a prova de
que os “Cários brasileiros” são os descendentes dos homens brancos que
imigraram para o Brasil, nos navios dos Fenícios, na época de 1100 anos a.C. em
diante.
Para esse autor, a pátria desses imigrantes eram os
países reunidos na confederação dos povos cários[52], a qual abrangia quatro
divisões:
Caru, que se estendeu desde o promontório Carmel até
o monte Tauros; a grande metrópole desse país era a cidade Tur (respectivamente
Tiro) o Os Gregos denominaram esse país Fenícia; hoje é chamado Síria. Caindo
sob o dom1nio do Império Romano a Fenícia foi incorporada à província romana.
da Síria que, curiosamente, recebeu esse nome pela corruptela da pronúncia
grega do nome Tiro. Seus habitantes eram tírios, por conseguinte sírios na
região, Síria, usado até hoje.
Cari, que abrangia a costa meridional da Ásia Menor,
à qual chamaram os Gregos Kilikia, respectivamente Cilicia. Uma das maiores
cidades dessa província era Taba, que nos lembra o Tabajaras, que pode
significar: senhores de tabas ou cidadãos de Taba. O último significado parece
mais razoável. Perto da cidade Taba passa o rio Pinaré, que nos lembra o rio
Pinaré (não Pindaré) do Maranhão, onde o lago Maracu mostra ainda hoje as
linhas de esteios petrificados, que são os restos dos estaleiros dos Fenícios.
Cara ou Caria, com a esplêndida capital Hali-Car-Nassos,
cuja situação geográfica rivaliza em beleza com a do Rio de Janeiro, onde os
Cários fundaram uma colônia com o nome entusiástico “Dos Cários Casa”
(carl-oca). Na placa colossal da rocha, em cima da qual dorme hoje ainda o
gigante brasileiro, cravaram aqueles navegantes de Halicarnassos, com letras
lapidares seus nomes e a data da sua chegada.
Caramania foi o vasto “hinterland” que se estendia
atrás de Caru e Cari, até o Eufrates. A capital dessa província era Carmana, e
de lá vieram os pequenos comerciantes (Caramanos), que se estabeleceram no
interior do Brasil. Esses viajaram nos navios dos Fenícios; mas esses últimos
eram mercadores-capitalistas, que não trataram de comércio retalhista. Eis a
origem do nome “Carcamano”.
Amigos e aliados dos Cários eram os reinados Ion e
Il-Ion. Os Gregos mudaram o nome Ion para Ionia e Iion para Tróia, como Homero
intitulou sua grande epopéia Ilíada. lônia abrangia a maior parte da costa
ocidental da Ásia Menor e dominava no Mar Egeu,’ sua antiga capital era Éfeso,
um grande empório comercial e artístico.
Interessante, que Schwennhagen nos informa que, na
nomenclatura Tupi acham-se os nomes Canaã e Aramés; mas em geral encontramos os
nomes Cari, Cara e Caru:
[…] Caru-tapera, no Maranhão, era um estabelecimento
marítimo e comercial dos Caru, entre a foz dos rios Gurupi e Iriti. Nas margens
desses rios exploraram os Fenícios as minas auríferas, e a colônia, situada na
margem dum canal largo e fundo, que florescia durante muito tempo. Depois,
quando os Caru abandonam a colônia, ficou o nome “Taba dos Caru”, que era
Carutapera. Na chegada dos portugueses estava ainda ali uma aldeia de Tupis,
que conheciam bem a existência das minas auríferas.
Para Rahme (2013) [53]:
[…] a língua tupi pertence à grande família das
línguas pelasgas, um ramo da língua suméria[54], cujas sete tribos da nação
tupi residiam inicialmente, em um país chamado Caraíba, um grande pedaço de
terra firme localizado onde hoje fica o mar das Caraíbas, onde eles haviam se
refugiado após o desmoronamento de Atlântida. E os chamados “Caris”, eram
ligados aos povos cários, da Cária, no Mediterrâneo. Segundo a obra “História
do Brasil” de Francisco Adolfo de Varnhagen, existe a confirmação de uma
migração dos Caris – Tupis da Caraíba, para o norte do continente
sul-americano, uma tradição que sobrevive, ou sobrevivia, ainda entre o povo
indígena da Venezuela.
Em vários
lugares do Brasil, além da Pedra da Gávea, foram encontradas supostas
inscrições fenícias gravadas em rochas. Em Pouso Alto, na Paraíba, um conjunto
dessas misteriosas inscrições teve a curiosa tradução: ‘Somos filhos de Caná,
de saída, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma
terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano
de 19 de Hiram, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion Geber, no mar Vermelho,
e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por 2 anos, em volta da
terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos
afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui: 12 homens e 3
mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente
passam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor’. Fonte:
BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html
Pressupõem Schwennhagen que a ‘diáspora’ dos
Cários/Fenícios começa com a queda de Tróia em 1184 a. C.:
[…] Schliemann provou, pelos documentos indeléveis
de pedras lavradas, que a guerra de Tróia não foi uma lenda, mas um
acontecimento histórico de alta relevância, e hoje sabemos, pelas inscrições
nas pedras lavradas do Brasil, que as conseqüências da guerra troiana deram o
impulso para o primeiro descobrimento do Brasil e a primeira emigração de povos
brancos a este continente.
Os Gregos, senhores da passagem dos estreitos e da
entrada para o interior da Asia Menor, ocuparam todo o litoral da Iônia e Cária
e todas as ilhas do Mar Egeu, inclusive a grande ilha de Creta. A ilha Kopros
(no grego Kipros, no latim Cyprus, no português Chipre) ficou ainda alguns
séculos contestada entre os Fenícios e os Gregos. Assim, o florescente reinado
de Ion com Éfeso, Kolofon e muitas outras cidades, e Caria com Halicarnassos,
Meandro e Rhodo caíram em poder dos Gregos e foram helenizados. As populações
indígenas foram escravizadas ou expulsas. Isso se deu na época de 1150 a 1000
anos a. C. e assim começou a época das emigrações dos povos do Mediterrâneo.
Encontramos nas narrações dos antigos escritores muitas informações de que
tribos pelasgas e povos Cários emigraram da Ásia e da Grécia para a Itália e
Ibéria, e mesmo para as costas do Oceano Atlântico.
Depois, os Gregos iniciaram sua expansão colonial
para Oeste e ocuparam Sicília e o Sul da Itália, desalojando passo a passo os Fenícios de suas colônias. Por todos esses
motivos transferiram estes seu grande movimento marítimo às costas e ilhas
atlânticas. Informados pelos Tartéssios e Atlantes sobre a existência duma
“ilha enorme”, no outro lado do mar, experimentaram os Fenícios a travessia
oceânica, desde as ilhas de Cabo Verde para o Nordeste do Brasil, sobre que
possuímos o documento histórico de Diodoro da Sicília.
Explica, ainda que:
Os Fenícios nunca chamaram sua terra de Fenícia; o
nome era – como já explicamos – Cara para o país, bem como para o povo.
Existiam também os nomes Canaã para o litoral e Araméia para a parte
montanhosa. O nome Fenícios deram-lhes os Gregos aos navegadores de Tiro como
apelido, significando “mercadores de tintas da ave fabulosa Fênix”.
O mestre Antenor Nascentes explica o nome Fenício
vindo do grego Phoinikeioi, do latim Phoenicios. O termo grego vem de Phoinix,
que significa cor vermelha, púrpura; É fato que na cidade de Tiro fabricavam a
famosa tinta de púrpura, obtida das glândulas de um marisco chamado murex e
usada como corante de tecidos.[…] A cidade de Tiro teve 300 tinturarias e
fábricas de tintas finas, cujos segredos químicos os Gregos nunca descobriram.
Jaime Barossi (2011) [55] considera como achado
curioso que nas margens do lago Pensiva, no Maranhão, foram encontrados
estaleiros de madeira petrificada, com espessos pregos de bronze. O pesquisador
maranhense Raimundo Lopes[56] encontrou utensílios tipicamente fenícios no
lugar, na década de 1920. Na ilha de Marajó, foram encontrados tipos de portos
tipicamente fenícios, parecidos com muralhas de pedras, iguais aos encontrados
na costa do território da antiga Fenícia.
No
portal São Francisco [57] há um interessante estudo sobre os Fenícios no
Brasil:
[…] Subindo o rio Mearim, no Estado do Maranhão, na
confluência dos rios Pindaré e Grajaú, encontramos o lago Pensiva, que outrora
foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de
madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador
maranhense Raimundo Lopes escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou
utensílios tipicamente fenícios.[…].[58]
Pablo Villarrubia Mauso (2006), em As Cidades
Perdidas do Maranhão[59], refere-se às pesquisas de Raimundo Lopes sobre as
estearias maranhenses[60]:
Em 1919, o explorador e arqueólogo Raimundo Lopes
iniciou escavações num terreno cheio de lama, no centro do Lago Cajari, durante
uma seca jamais vista na região. Isso facilitou suas escavações, já que em
alguns trechos a profundidade não ultrapassava 50 centímetros. Contudo, em
condições normais, o nível de água é de dois ou três metros, e oculta uma cidade
extinta. Algumas centenas de anos antes, o nível do lago e de suas margens
devia ser mais baixo que o de hoje. Do barro mole, Raimundo Lopes via surgir
grande número de troncos negros de árvores, como um imenso bosque morto.
Pouco a pouco, ele foi encontrando restos de
cerâmica e objetos de pedra, atribuídos a um povo relativamente numeroso e bem
organizado. Mas quem teriam sido seus habitantes? Os poucos vestígios
encontrados – as condições de preservação do lago não são as mais propícias –,
não dão muitas pistas. No entanto, foram encontrados muitos troncos grandes e
fortes, que apóiam a teoria de que ali foram construídas casas que se elevavam
acima do nível da água na época das chuvas.
No mesmo ano, Raimundo Lopes encontrou outra cidade
construída em palafitas no Lago Encantado e, em 1922, no Lago Maiobinha. Em
1923, expôs os resultados de suas escavações durante uma conferência no Museu
Nacional do Rio de Janeiro, quando disse que as construções eram palafitas
assentadas sobre uma região pantanosa.
Embora fragmentada, a cerâmica encontrada na região
de Cajari parece ter sido bastante elaborada, pintada em vermelho e preto, com
relevos zoomorfos, e seria mais antiga do que a cerâmica da Ilha de Marajó, na
foz do Rio Amazonas, uma das mais bonitas do mundo. Contudo, Lopes acreditava
que a cerâmica de Cajari não tinha qualquer relação com outras culturas da
região amazônica.
O arqueólogo não pôde encontrar qualquer figura
humana representada nos restos de cerâmica, e tampouco restos de ossos humanos,
impossibilitando assim a identificação da raça de seus antigos ocupantes.
A descoberta mais importante no lago foi o dos
muiraquitãs, amuletos com forma estilizada de rã, como os que foram encontrados
na região amazônica de Santarém, e que são atribuídos às míticas mulheres
amazonas. Lopes dizia que “… os amuletos do Cajari são semelhantes aos do baixo
Amazonas, México e Costa Rica, feitos com uma técnica bastante avançada”. Mas,
ao contrário da América Central, os muiraquitãs do Maranhão foram feitos de ágata
e não de jadeíta.
Informa Rahme (2013) [61] que, em 1872, o Instituto
Histórico e Geográfico do Brasil foi notificado por Joaquim Alves da Costa,
falando sobre a sua descoberta em Pouso Alto, às margens do Paraíba, de umas
inscrições gravadas em uma pedra. Uma transcrição da inscrição foi enviada ao
IHGB, e onde a principio, o botânico carioca, Ladislau de Souza Mello Netto,
fez uma primeira tradução:
[…] historiador francês Ernest Renan, afirmou que as
inscrições eram fenícias, e de cerca de 3000 anos. Quase um século depois, nos
60, o professor americano, Cyrus H. Gordon, da Universidade Brandeis, em
Boston, um reconhecido e notório especialista em línguas mediterrâneas,
confirmou que as inscrições encontradas em Pouso Alto, eram realmente autênticas
inscrições fenícias, até então desconhecidas no século XIX, e as traduziu para
o português:
“Somos filhos de Canaã, de Sídon, a cidade do rei. O
comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos
um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hirão, nosso poderoso
rei. Embarcamos em Ezion-Geber, no mar Vermelho, e viajamos com 10 navios.
Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente à Cam
(África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos
companheiros e, assim, aportamos aqui, 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia
que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e
deusas intercederem em nosso favor”.
Em 1839, uma expedição liderada pelo historiador
Manoel Araújo Porto Alegre confirmou a localização dos estranhos sinais. A
surpresa geral veio a público quase um século depois, em 1928, quando o
arqueólogo amazonense Bernardo da Silva Ramos (1858–1931) publicou o livro
‘Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, Especialmente do Brasil’,
onde afirma que os sinais são inscrições fenícias, cuja tradução para o
português revela: “Tyro, Fenícia, Badezir, primogênito de Jethbaal”. Em 856
Antes de Cristo, Badezir sucedeu o pai no trono da cidade de Tiro, capital da
Fenícia, e reinou até 850 AC, quando desapareceu misteriosamente.
Fonte:
BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html
Tanto Souza (s.d.) quanto Sodré (2008) informa[62]
que o Rei Badezir[63] foi exilado no Brasil; para a expulsão do território em
direção ao exílio, foi constituída uma frota de seis navios, sendo que, nos
dois primeiros foi distribuída a corte exilada, da seguinte forma.[64]:
1º) Badezir, os dois filhos, YET-BAAL e YET-BAAL-BEL,
oito Sacerdotes, cujo chefe tinha o nome de BAAL-ZIN (literalmente, “O Deus da
Luz e do Fogo”), dois escravos núbios, tripulação e soldados (que deveriam
retornar);
2º) Gente do povo e 49 militares expulsos por terem
ficado fiéis a Badezir e 222 seres que representavam a elite do povo fenício.
O destino da frota de exílio era o Brasil, local de
há muito conhecido pelos fenícios. O próprio nome “Brasil”, como ensina o
eminente Prof. Henrique, deriva do de “Badezir”… Quando aqui chegaram, formaram
duas cortes:
a) De natureza Temporal, composta por Badezir,
Sacerdotes, militares, e que se estendia do Amazonas a Salvador, Bahia;
(Amazonas, do tupi AMAXON, “puras, virgens, sem união sexual”; AMAXÁ, AMAXANA,
AMANJÁ, IEMANJÁ – 8 ª das Sereias ou Nereidas (do mar), enquanto o termo XANAS
se refere às sereias dos lagos).
b) De cunho espiritual, formada pelos Gêmeos
YET-BAAL, os 222 seres da elite fenícia e os dois escravos núbios.
Bacari (2013) [65] informa – e pergunta – que em
torno de 856 a.C., Badezir ocupou o lugar do seu pai no trono de Tyro, na
Fenícia, hoje o Líbano: É a Pedra da Gávea o túmulo deste rei ? A imagem mostra
com o que a esfinge teria se parecido quando ela foi feita.
Sobreposição de uma esfinge dos templos
assírios/babilônicos, o touro alado com cabeça humana, sobreposta à Pedra da
Gávea.
Prossegue Bacari (2013) [66]:
Outros sítios arqueológicos foram encontrados em
Niterói, Campos e Tijuca que sugerem que os fenícios de fato, a cerca de três
mil anos atrás, eles por lá perambularam também. Em uma ilha na costa da
Paraíba, outro estado do Brasil muito longe do Rio, pedras ciclópicas e ruínas
de uma antiga construção com quartos enormes, corredores e passagens extensas
foi encontrado.
Segundo alguns especialistas, as ruínas seriam de
construções de uma relíquia deixada pelos fenícios, apesar de existirem pessoas
que contestam as conclusões desse tipo.
Robert Frank Marx, um arqueólogo americano
interessado em descobrir indícios de navegação pré-colombiana no Brasil,
iniciou em 1982 uma série de mergulhos na baía da Guanabara à procura de restos
de barcos antigos.
Guimarães (2009) [67] informa que durante a década
de 20 havia uma acentuada tendência de se debater sobre a descoberta da
América. No Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, em 1924, compareceu o
cientista Ludovic Schwenhagen, incansável pesquisador da origem ariana dos
povos tupis, fazendo uma palestra sobre suas pesquisas pelo nordeste
brasileiro. Em sua memorável conferência ele relatou suas idéias sobre o que
vira pelo Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e pela Paraíba. Seguiu
depois para Sergipe e Bahia, passou também pelo Mato Grosso. O Instituto
Histórico da Paraíba nomeou uma comissão para se manifestar sobre esses
estudos.
Na Revista n° 10, ano 1953, do Instituto Histórico e
Geográfico de Alagoas, consta que Ludovic Schwenhagen, acompanhado do
engenheiro francês Sr. Frot, descobriu na Bahia grandes obras de viação, as
quais ele atribuía aos fenícios e egípcios, em uma época de mais de mil anos
antes de Cristo. O professor Schwenhagen dirigiu carta relatando suas pesquisas
e andanças, que lhe convenceram que a América fora descoberta pelos fenícios há
1100 anos A. C.:
“Aracaju, 9 de janeiro de 1926
Mui prezado sr. Paulo de Magalhães
Demorei-me muito tempo na Bahia, em cujos sertões
viajei com o engenheiro Apollinaris Frot, e copiei muitas inscrições
importantes, que tratam todas de explicações de minas. Minhas teorias expostas
na Paraíba ficam então um tanto alteradas, mas, parece-me, ganharam em base.
Ainda não havia eu encontrado a chave do grande segredo.
Hoje, porém, opino de ter chegado ao ponto final,
baseado nas indagações importantes que tive a de felicidade fazer no interior
dos Estados da Bahia e de Sergipe. Encontrei ali as provas, que a maior parte
das antigas inscrições e letreiros que se acham nos rochedos de todos os
Estados do Norte e Nordeste são escritas pelos fenícios e engenheiros egípcios
que construíram longas estradas terrestres, através do Brasil, e organizaram ali
a exploração de minas.
Quase todas as grutas, furnas, corredores
subterrâneos e escavações verticais são os restos do antigo trabalho de
mineração.
A cronologia dos fatos históricos é a seguinte:
Em 1250 A. C. fundaram os fenícios, com o
consentimento dos tartésios, a estação marítima de Gades, hoje, Cadix, para
dominar a estrada do Mar Mediterrâneo. O acordo estipulou que os fenícios
podiam fundar colônias e benfeitorias nas costas atlânticas da África e Europa,
enquanto os tartésios reservaram para si a navegação às ilhas do Oceano,
inclusive os Açores e as Antilhas.
Na época de 1250 a 1100 A. C. colonizaram os
fenícios a costa africana até Dakar, que significa “Casa do Kar”, sendo Kar o
progenitor e organizador dos povos cários.
Em seu livro “História Universal” [68], Haddock Lobo
diz o seguinte:
“Com suas embarcações leves e resistentes, iam
buscar (os fenícios), em praias distantes e desconhecidas dos demais povos
asiáticos, artigos que depois vendiam sem o mínimo temor de concorrência”. Foi
nessas buscas que eles se instalaram no norte do Brasil, especialmente no delta
do rio Parnaíba, onde a penetração do interior era fácil.(citado por BARROS,
s.d.)[69]
Schwennhagen cita também, Varnhagen – Visconde de
Porto Seguro – em História Brasileira, para confirmar a tradição de uma
migração dos Caris-Tupis, de Caraiba para o norte do continente sul-americano,
tradição que sobrevive ou sobrevivia ainda, entre o povo indígena da Venezuela.
Ele relembra o padre Antonio Vieira, que afirmava: os tupinambás e os tabajaras
contaram-lhe que, os povos tupis migraram para o Norte do Brasil, pelo mar,
vindos de um país não mais existente. O país Caraíba teria desaparecido
progressivamente, afundando no mar, e os tupis teriam se salvado, rumando para
o continente.[70]
Naquele ano de 1100 A. C. saiu uma grande frota dos
fenícios de Dakar para as ilhas do Cabo Verde e atravessou de lá o Oceano, para
o Brasil. O historiador grego Diodoro Sicuto, que vivia durante muitos anos em
Cartago e escreveu a história das navegações fenícias e cartaginesas, narra o
fato do descobrimento do Brasil assim:
Quando os fenícios já tinham fundado muitas cidades
e colônias na costa da África, saiu uma frota deles de lá para as ilhas (do
Cabo Verde) onde os navios foram levados por fortes ventos e correntezas do
Oceano (uma mentira diplomática, por causa do contrato com os cartésios!). Os
navegantes andaram durante muitos dias ao alto mar e, depois eles encontraram
uma grande ilha com praias lindas, com muitos rios navegáveis, com um clima
ameno e uma população pacífica, que vivia nas aldeias em casas bonitas, como
nossa gente rica no estio. A ilha era tão grande que os fenícios gastaram
muitos dias para circunvagá-la.
Continua Guimarães (2009) [71], relatando os
informes de Schwenhagen, que em 950, entraram os fenícios numa aliança com os
povosTupi, que moravam nas Antilhas e no país Caraibia, hoje afundado no Mar
Caraibico. Durante 50 anos imigraram os Tupi, que eram um ramo dos povos cários
e pertenciam à raça branca atlântico-européia, em navios fenícios para o Norte
e Nordeste do Brasil. Em 850, o Senado de Cartago proibiu a imigração para a
grande ilha do Oceano, porque ele receava a despovoação do território
cartaginês. Esse fato prova que naquele tempo o estado econômico do Brasil era
tão florescente, que atraiu muitos imigrantes dos países mediterrâneos.
Com o auxílio dos Tupi e aproveitando os indígenas
Tapuio como trabalhadores, os fenícios e os por eles contratados engenheiros
egípcios fizeram trabalhos extraordinários, no interior do Brasil. Como indicam
as inscrições escritas em letras fenícias e egípcias, ficou estabelecida a
estação marítima principal perto do Cabo S. Roque, na costa do Rio Grande do
Norte:
Ali existe um lago, hoje chamado de Extremoz ou dos
Touros, que é ligado com o mar por um canal, antigamente bem navegável. Dali
saiu duas estradas para o interior, uma rumo ao Sudoeste, que foi prolongada
até o Paraguai, onde estava o ponto final da navegação dos fenícios, no rio da
Prata, e onde o coronel Fawcett procurava as ruínas de uma grande cidade. Esta
estrada central, desde Rio Grande do Norte até o limite de Mato Grosso, está
indicada por mais de cem inscrições, dando as distâncias com a medida egípcia,
como provou o engenheiro francês Apollinaris Frot, que trabalha a 20 anos no
interior da Bahia. Esta estrada central tem muitos ramais para as diversas
zonas da mineração e era ligada com os portos dos rios Paraíba e S. Francisco.
A grande inscrição da pedra lavrada, na Paraíba, representa um mapa da grande
estrada com indicações minuciosas, a respeito do rumo, das distâncias e da
posição das minas.
Pergunto: seria o Piabiru?[72]:
Os peabiru (na língua tupi, “pe” – caminho; “abiru”
– gramado amassado) são antigos caminhos utilizados pelos indígenas
sul-americanos desde muito antes do descobrimento pelos europeus, ligando o
litoral ao interior do continente. A designação Caminho do Peabiru foi
empregada pela primeira vez pelo jesuíta Pedro Lozano em sua obra “História da
Conquista do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán“, no início do século XVIII.
Outras fontes, no entanto, dizem que o termo já era utilizado em São
Vicentelogo após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500. O
principal destes caminhos, denominado Caminho do Peabiru, constituía-se em uma
via que ligava os Andes ao Oceano Atlântico. Mais precisamente, Cusco, no Peru
(embora talvez se estendesse até o oceano Pacífico), ao litoral brasileiro na
altura da Capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo), estendendo-se
por cerca de 3 000 quilômetros, atravessando os territórios dos atuais Peru,
Bolívia, Paraguai e Brasil. Segundo os relatos históricos, o caminho passava
pelas regiões das atuais cidades de Assunção, Foz do Iguaçu, Alto Piquiri,
Ivaí, Tibagi, Botucatu, Sorocaba e São Paulo até chegar à região da atual
cidade de São Vicente. Ainda havia outros ramos do caminho que terminavam nas
regiões das atuais cidades de Cananeia e Florianópolis. Em território
brasileiro, um de seus traços ou ramais era a chamada Trilha dos Tupiniquins,
no litoral de São Vicente, que passava por Cubatão e por São Paulo, em lugares
posteriormente conhecidos como o Pátio do Colégio e rua Direita; cruzava o Vale
do Anhangabaú; seguia pelo traçado que hoje é o das avenidas Consolação e
Rebouças; e cruzava o rio Pinheiros.[3] Outro ramal partia de Cananeia.
Ramificações adicionais partiam do litoral dos atuais estados de Santa Catarina
e Rio Grande do Sul
Schwenhagen (in Guimarães, 2009) [73], informa que a
outra grande estrada [74] saia do Cabo S. Roque no rumo do poente, passava Rio
Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará e ia até o Acre:
Grandes trechos dessa estrada existem hoje ainda e
ficam aproveitadas pelos sertanejos dos respectivos Estados. As grandes
inscrições do Ceará, do rio Jaguaribe, de Quixadá e de Urubu-Retama são
itinerários dessa estrada, da qual um ramal ia às minas de cobre de Viçosa. A
estrada principal atravessou a serra da Ibiapaba, na altura de Ipu, onde os
engenheiros construíram uma estrada em serpentinas, para subir o alto barranco
da serra. Os restos dessa obra foram encontrados, quando a nova estrada ali
ficou construída por ordem do dr. Epitácio Pessoa.
De lá passa a estrada o Piauí e o rio Parnaíba na
altura de União; de lá ia a estrada através o Maranhão até o alto Mearim e de
lá, pelas cabeceiras do Pindaré, Gurupy e Capim até a confluência do Tocantins
e Araguaia, continuando até o Acre.
Os delegados das 14 cidades dos Tupynambás do Pará,
que chegaram em São Luís, para convidar o padre Antônio Vieira, explicaram bem
o rumo dessa antiga estrada.
Um ramal, dentro do território maranhense, saiu do
Mearim para os rios Tury-Assu, Maracassumé e Gurupy, para encontrar a zona
aurífera entre Maranhão e Pará. Os denominados Montes Áureos e as minas de
ouro, hoje usurpadas pelo Sr. Guilherme Linden, já foram descobertos pelos
fenícios. Essa estrada existe hoje ainda e foi usada, no tempo do Império, como
estrada militar. Eu vi mesmo os restos das colônias militares, organizadas por
ordem de D. Pedro II, para policiar aquela antiga estrada de minas, indicada
pelas inscrições fenícias.
Os Tupys escolheram para sua residência as terras
férteis da Ilha do Marajó, o litoral do Maranhão com o centro na Ilha de S.
Luís, antigamente Tupaón, a Serra da Ibiapaba (o paraíso brasileiro), as serras
do Rio Grande e da Paraíba e as serras do baixo rio S. Francisco. Além disso,
eles fizeram colônias, tabas fortificadas ao longo das grandes estradas, para
segurar as comunicações e os comboios de mercadorias.
Os fenícios tinham sempre até 1000 tupy-guaranys
(guerreiros da raça tupy) à sua disposição. A ortografia guarany é uma forma
moderna. Assim, se explica a larga espalhação dos tupys e a implantação da
língua tupy até Paraguai e Bolívia.
Os tupys, guiados pelos fenícios e ensinados pelos
engenheiros egípcios, fizeram grandes obras de utilidade pública; na ilha de
Marajó, na costa do Ceará e nas praias de Sergipe encontrei os longos aterros,
para deter as águas do mar. Chama-se sambaqui; mas as acumulações de conchas
era só um meio auxiliar. Em muitos lugares encontrei as conchas queimadas, cuja
cal dava a ligação do concreto. Na serra da Ibiapaba encontrei dúzias de
cascatas artificiais, que levavam a água da serra para abaixo, para irrigar o
sertão. No Piauí e Ceará existem muitas antigas represas de água, algumas de
grandes dimensões, mas hoje inutilizadas. O Dr. Epitácio, que mandou fazer
tantas obras contra as secas do Nordeste, já tinha antecessores há 2500 anos.
Na margem do baixo S. Francisco existem restos duma larga irrigação no sistema
dos egípcios.
Schwenhagen (in Guimarães, 2009) [75], também
relaciona as cidades que teriam origem fenícia:
Os fenícios fundaram numerosas cidades marítimas:
Macapá, na foz do Amazonas, Tupaón (S. Luís), Tutoya (corruptela de Troja),
Camocim e Jericoara, no norte do Ceará, Aracaty na foz do Jaguaribe, Macau,
Touros, no Rio Grande (o nome de Touros deve ser corruptela de Tyros), Paraúba
e Mamanguape, onde existem tantos subterrâneos, Marim (Olinda), Piaçaba, na foz
do S. Francisco, e Aracaju. Os portos do sul não pude eu ainda verificar. Todas
essas cidades receberam um certo número de habitantes de origem tupy e trabalhadores
da raça tapuya.
Em 332 A. C., a cidade de Tyros, a grande metrópole
dos fenícios,foi destruída por Alexandre Magno, que mandou, em 326, uma grande
frota para apoderar-se do império colonial fenício sul americano. Essa frota
naufragou na entrada do Rio da Prata. O almirante grego foi enterrado na costa
do Uruguai e seu túmulo foi descoberto no século passado. A espada e o escudo
desse general de Alexandre Magno acham-se no museu de Montevidéu; as letras
gregas, indicando o nome e grau do general são bem legíveis.
Alguns autores[76] nomeiam algumas marcas por vários
lugares do solo brasileiro, tais como:
Nordeste – podem-se encontrar ruínas de canais de
irrigação e ruínas de outros monumentos, entre elas a título de exemplo a “A
Galinha Choca”, em Fortaleza;
Vale do Rio São Francisco – o uso das carrancas nas
proas das embarcações.
Piauí – perto da confluência dos rios Longá e
Parnaíba, em um lago – Extremoz, foram descobertos um porto e navios fenícios.
Niterói, Campos e Tijuca – Segundo consta, outros
túmulos fenícios foram encontrados, os quais sugerem que esse povo realmente
esteve aqui.
Paraíba – Em uma ilha na costa do Estado da Paraíba,
pedras ciclope e ruínas de um castelo antigo com quartos enormes e diversos
corredores e passagens foi encontrado. De acordo com alguns especialistas, o
castelo seria uma relíquia deixada pelos fenícios, apesar de haver pessoas que
contestam essa teoria.
Amazônia – inscrições fenícias na Amazônia
referentes a reis de Tiro e Sidon.
Maranhão também há indícios que corroboram com a
tese da presença fenícia no Brasil. Nas margens do lago Pensiva, antigamente
chamado de Maracu, existem estaleiros de madeira petrificada com grossos pregos
e cavilhas de bronze. Ali, o pesquisador maranhense Raimundo Lopes encontrou,
na década de 20, utensílios tipicamente fenícios.
Mas o que chama atenção é que Robert Frank Marx[77],
um arqueólogo americano interessado em descobrir provas de navegantes
pré-colombianos no Brasil, começou em outubro de 1982, uma série de mergulhos
na Baía de Guanabara. Ele queria achar um navio fenício afundado e provar que a
costa do Brasil foi, em épocas remotas, visitada por civilizações orientais.
Apesar de não achar tal embarcação, o que ele encontrou pode ser considerado um
tesouro valioso. Sobre esta procura, O GLOBO[78] publicou:
Buscando provas da navegação pré colombiana no
Brasil, e sugerindo que um navio fenício poderia ter naufragado na baía de
Guanabara, o arqueólogo americano Robert Frank Marx iniciou uma série de
mergulhos na referida baía, para tentar descobrir embarcações fenícias
naufragadas e provar, assim, que o Brasil e sua costa foram visitados em um
passado remoto, pelos barcos dessa civilização semita do Oriente Médio, os
fenícios de Tiro e Sidon.
O navio, supostamente naufragado não estava lá, mas
o arqueólogo descobriu algo muito interessante: Ânforas (vasos) e outras peças
fenícias!
O caso da descoberta dessas ânforas fenícias no
leito da baía de Guanabara sempre foi tratado com o maior sigilo pelas
autoridades e sua descoberta foi
revelada somente em 1978, com vagas informações.
O nome do mergulhador que encontrou as três ânforas,
junto com outras 12 peças arqueológicas, foi revelado, após a conferência do
Museu da Marinha, pelo presidente da Associação Profissional de Atividades
Subaquáticas, Raul Cerqueira.
Trata-se do mergulhador José Roberto Teixeira,
membro da associação que ficou com uma ânfora e entregou as outras à Marinha.
O cabo José Tadeu Cabral, com mestrado em
Arqueologia Pré-Histórica, que trabalha no Museu da Marinha, disse que as
peças, com capacidade para 36 litros, estão guardadas pelo Governo brasileiro,
em um local sigiloso, afirmou “O GLOBO”,
em notícia publicada em 23 de setembro de 1982. (LUZ, 2014) [79].
Para Rahme (2013) [80], atualmente não há mais
dúvidas de que o Brasil está repleto de indícios comprobatórios da passagem dos
fenícios, e que eles se concentraram no nordeste:
[…] confluência do Rio Longá e do Rio Parnaíba, no
Estado do Piauí, existe um lago onde foram encontrados estaleiros fenícios e um
porto, com local para atracação dos “carpássios” (navios antigos de longo
curso).
Subindo o Rio Mearim, no Estado do Maranhão, na
confluência dos Rios Pindaré e Grajaú, está o lago Pensiva, que outrora foi
chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira
petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador maranhense,
Raimundo Lopes, escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios
tipicamente fenícios.
No Rio Grande do Norte, por sua vez, depois de
percorrer um canal de 11 km, os barcos fenícios ancoravam no Lago Extremoz. O
professor austríaco Ludwig Schwennhagen estudou cuidadosamente os aterros e
subterrâneos do local, e outros que existem perto da Vila de Touros, onde os
navegadores fenícios ancoravam após percorrer uns 10 km de canal.
Na Amazônia, Schwennhagen encontrou inscrições
fenícias gravadas em pedra, nas quais havia referências a diversos reis de Tiro
e Sídon (datados de 865/887 A.C.).
Schwennhagen acreditava que os fenícios usaram o
Brasil como base, durante pelo menos 800 anos, deixando aqui, além das provas
materiais, uma importante influência lingüística entre os nativos. Nas entradas
dos Rios Camocim (Ceará), Parnaíba (Piauí) e Mearim (Maranhão), existem
inclusive muralhas de pedra e cal, semelhantes às muralhas encontradas em
Batroun, na costa norte do Líbano, erguidas pelos antigos fenícios.
… E OS TUPIS
Em matéria publicada em 1924, a 4 de setembro,
também em A Pacotilha e sob o titulo “São Luis na Antiguidade”,
Schwennhagen[81] afirma que a Ilha do Maranhão tem um grande passado histórico.
Que “Pinson, o companheiros de Colombo, tinha noticias duma grande ilha, que
era o centro da nação dos Tupinambás, um trato de terra muito rico e populado”.
Chegando às Antilhas, desligou-se de seu companheiro para procurar o
continente, situado ao Sul, “onde a Ilha do Maranhão devia ser, conforme as
antigas histórias que viviam ainda na memória dos índios, a cabeça de ponte
para entrar no continente”. Não sabemos se Pinson realmente esteve nesta ilha,
“mas fora de duvidas que a procurou”. Outros tentaram chegar a Ilha do
Maranhão, informa, dentre eles Luis de Melo, Aires da Cunha e João de Barros;
“a idéia sempre ficou”. Surgiu ainda em projetos a partir de Pernambuco, para
descobrir a falada ilha do Maranhão: Pedro Coelho de Sousa e Martins Soares
Moreno; as expedições terrestres de Francisco Pinto e Luis Figueira:
[…] Entretanto, o instituto marítimo de Dieppe, o
centro intelectual da Normandia, tinha por sua vez estudado a questão da ilha
afamada do Maranhão, e os veleiros dos normandos franceses procuraram, já desde
decênios, esse ponto milagroso da antiga civilização dos povos Tupis, dos
filhos de Tupan, do grande Deus.
Quando os normando entraram, em 1612, na ilha,
estava ela já, desde muitos séculos, em decadência, mas sempre superava de
muito todos os outros pontos marítimos dos Tupis, entre Pernambuco e a foz do
Amazonas. Os primeiros viajantes europeus que andaram por terra, perto do
litoral, de Recife à Ilha do Maranhão, encontraram nessa grande distancia
somente oito aldeias de índios, em quanto esta ilha tinha 27 aldeias bem
organizadas, com seus chefes, com casas comuns para suas reuniões, com
comerciantes e operários, e com cemitérios. […] [82]
O Padre Abbeville [83] contou em algumas aldeias até
mil habitantes, o que nos leva a pelo menos 27 a 30.000 habitantes; mantinha um
grande comercio com o interior, de couros, mantimentos e pedras preciosas, etc.
Não só Abbeville, mas ao padres português que sucederam aos capuchinhos
franceses[84], contaram:
[…] que os índios da ilha mostravam um alto grau de
inteligência e usavam na sua língua as formas duma educação relativamente
altiva. Não só com os estrangeiros, também entre eles mesmos usavam sempre palavras
cerimoniosas e de respeito. Eles davam a impressão de fidalgos pobres, que
tivessem conservado os costumes de sua antiga nobreza.
Para Schwennhagen (1924) [85] todos os momentos
geográficos e etnográficos indicam que a ilha do Maranhão:
[…] constituía, na primeira época das grandes
navegações, isto é, entre 3500 a 1000 anos antes da era christã, um empório
marítimo e comercial. Essa época começou naquele momento em que se completou o
desmoronamento do antigo continente Atlantis e que os povos que lá se
refugiaram no ocidente, quer dizer na America Central, ou no oriente, nos
países ao redor do mar Mediterrâneo. Sabemos que as frotas dos Fenícios
navegavam desde 3500 a.C. entre a Europa, a África e a América, e sabemos que
também os povos do México e do Norte do Brasil tinham uma extensa navegação. Os
mapas marítimos, encravados em grandes placas de pedra calcareas, os quais
existem hoje ainda em Paraíba e Amazonas, são documentos inegáveis.
Prossegue:
A migração dos povos Tupi ao Norte do Brasil pode
ser calculada para a data de 3000 a 2000 a.C. As ultimas levas entraram quando
se quebraram as terras do golfo do México e do mar Caraibico. Assim se pode
colocar a ocupação e cultivação da ilha do Maranhão na época de 2000 anos a.C.,
ou 3500 anos antes da chegada dos europeus.
De acordo com Schwennhagen (citado por Rahme, 2013)
[86], o continente americano é a lendária ilha das Sete Cidades. Diz o autor
que tupi significa “filho, ou crente de Tupã”. A religião tupi teria aparecido
no Norte do Brasil cerca de 1000/1050 A.C., juntamente com os fenícios, e
propagada por sacerdotes cários, da ordem dos piagas. Os piagas (de onde deriva
a expressão pajés) fundaram no Norte do Brasil, um centro nacional dos povos
tupis, chamando este local de Piaguia, de onde surgiu o nome Piauí. Esse lugar
era as Sete Cidades (hoje Parque Nacional de Sete Cidades). A Gruta de Ubajara
teria sido fruto de escavações, para retirada de salitre, produto
comercializado pelos fenícios. A cidade de Tutóia, no Maranhão, teria sido
fundada por navegadores fenícios e por emigrantes da Ásia Menor, que chegavam
por navios fenícios, e escolheram o local para construir uma praça forte, de
onde dominariam a foz do Rio Parnaíba:
Explicando a posição geográfica em que se
encontravam inúmeras tribos indígenas, o professor Ludwig acreditava que as
sete cidades era o centro da grande região cercada pelos rios Poti e Parnaíba,
pelo litoral piauiense e pela serra da Ibiapaba. Por essa localização
estratégica, ali se instalou a sede da Ordem e do Congresso dos povos Tupis. A
afirmação parte da premissa de que as próprias formações rochosas de Sete
Cidades foram dádivas da natureza, evitando a construção de uma “cidade” e
distribuindo a sociedade indígena em seus salões, praças e ruas. Até hoje,
inscrições rupestres garantem a passagem de índios e estrangeiros por Sete
Cidades, numa demonstração de que em tempos remotos ali foi palco de grande
movimentação humana. (BARROS, s.d.) [87].
Prossegue Barros (s.d.) [88]: o nome Tupi, que
significa Filho de Tupã, foi dado pelos sacerdotes aos povos indígena que
habitavam a antiga Atlântida:
Eram sete tribos, que fugiram para outra grande
ilha, a Caraíba (situada no Mar das Antilhas), em função do desmoronamento da
Atlântida. Essa outra ilha teve o mesmo fim, fazendo com que os indígenas
fugissem para a região da Venezuela.
Segundo Ludwig, a capital Caracas vem da região de Car, trazida pelos
sacerdotes que acompanhavam os fenícios.
Justifica-se a origem do nome Tupi pela língua dos
Cários, Fenícios e Pelasgos, onde o substantivo Thus, Thur, Tus, Tur e Tu
significa sacrifícios de devoção. O infinitivo do verbo sacrificar é, no
fenício, tu-na, originando tupã. “A origem de Tupã, como nome de Deus
onipotente, recua à religião monoteísta de Car”, afirma Ludwig.
Ao tomarem
conhecimento da existência desses povos na Venezuela, os fenícios conseguiram
levá-los para em seus navios para o norte do Brasil. Os Tupinambás e os
Tabajaras contaram ao Padre Antonio Vieira que os povos tupis se dirigiram ao
norte do Brasil pelo mar, vindos de um lugar que não existe mais. Os Tabajaras,
que se consideravam o povo mais antigo do Brasil, habitavam a região que fica
entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba.
O local para a ordem e Congresso dos povos Tupis foi
batizado pelos piagas (pagés) de Piagui, de onde originou-se Piauhy.
Geograficamente, o lugar era Sete Cidades. Para Ludwig, a palavra Piauí
significa terra dos piagas, condenando a interpretação de que o nome provém do
peixe piau, abundante nas águas do Rio Parnaíba.
Para esse professor do Liceo de Parnaíba, onde está
hoje São Luis, ‘devia estar 3000 anos antes a Acrópole da ilha do Maranhão’.
Pode ser que navegadores estrangeiros, ‘talvez Fenícios, lhe dessem o impulso
inicial para fazer daqui um empório comercial’.
Por volta do ano 1.000, os territórios amazônicos
haviam sido conquistados pelos movimentos de expansão dos povos tupi-guaranis,
aruaques e caribes, principalmente. É por essa época que a Amazônia
provavelmente atingiu uma das maiores densidades demográfica. (MIRANDA, 2007,
p. 15) [89].
Luciara Silveira de Aragão e Frota (2014) [90]
afirma que a dispersão da grande família Tupi-guarani parece ter sido das mais
remotas. Bem mais remota que a verificada com os Aruaques. Sua origem seria dos
protomalaios que, em várias correntes, acostaram no istmo do Panamá [91]. Para
Thomaz Pompeu Sobrinho (1955) [92]:
Os tabajaras, diziam-se os povos mais antigos do
Brasil, isso quer dizer que eles foram aquela tribo dos tupis que primeiro
chegou ao Brasil , e que conservou sempre as suas primeiras sedes entre o rio
Parnaíba e a serra da Ibiapaba[93]. Desse
relato é pois de se encaminhar para a conclusão de que os tabajaras
foram precedidos pelos cariris no povoamento do Ceará, e antecederam aos
potiguares dentro da divisão denominada de grupo Brasília . Para Ludwig
Schwennhagen os fenícios transportaram os tupis, palavra que significa filho de
Tupan, de lugar onde está hoje o Mar das Caribas onde havia”um grande pedaço de
terra firme, chamado Caraíba (isto é, terra dos caras ou caris). Nessa Caraíba
e nas ilhas em redor viviam naquela época as sete tribos da nação tupi que
foram refugiados da desmoronada Atlântida, chamaram-se Caris, e eram ligados
aos povos cários, do Mar Mediterrâneo…O país Caraíba…teve a mesma sorte que a
Atlântida. Todos os anos desligava-se em pedaços até que desapareceu
inteiramente afundado no mar. Contam que os
tupis salvaram-se em pequenos botes, rumando para o continente onde já
está a República da Venezuela… Quando chegaram os primeiros padres espanhóis na
Venezuela, contaram-lhes os piegas aqueles acontecimentos do passado. Disseram
que a metade da população das ilhas, ameaçadas pelo mar, retirou-se em pequenos
navios para a Venezuela, mas que morreram milhares na travessia. A outra metade
foi levada em grandes navios para o Sul onde encontraram terras novas e firmes.
Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, confirma na sua História Brasileira, que
essa tradição a respeito da emigração dos Caris-tupis, da Caraíba para o Norte do continente sul-americano, vive ainda entre
o povo indígena da Venezuela. O padre Antonio Vieira, o grande apóstolo dos
indígenas brasileiros, assevera em diversos pontos de seus livros, que os
Tupinambás, como os Tabajaras, contaram-lhe que os povos tupis imigraram para o
Norte do Brasil pelo mar, vindos dum país que não existia mais”. Segundo esta
tese os fenícios, amigos dos tupis, exigiam como pagamento pelo transporte o
fornecimento de soldados para garantirem e policiarem suas empresas no
interior. Tupigarani que teria sido modificado pelos padres portugueses para
tupi-guarani significaria “guerreiro da raça tupi”. Os primeiros emigrantes
teriam aportado em Tutóia e daí se dividiram em três povos: Tabajaras, entre o
rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba; os Potiguares além do rio Poti, e Cariris
que tomaram as terra da Ibiapaba para o nascente. A segunda leva de emigrantes
veio dar a um segundo ponto escolhido pelos fenícios: a ilha do Maranhão que
denominaram Tupaon (burgo de Tupan) e ali fundaram várias vilas, das quais existiam
vinte e sete ao tempo da vinda dos europeus. Os Tabajaras duvidaram da
legitimidade de tupi de tais emigrantes pois eles trouxeram antigos indígenas
Caraíbas que para eles trabalhavam. Adotaram eles então o nome referencial de
Tupinambás. Quanto aos guaranis foram os legítimos tupis e se armaram com armas
de bronze que lhes forneceram os fenícios.[94]
SOBRE TUPIS E TAPUIAS[95]
O termo “tupi” possui dois sentidos: um genérico e
outro específico. O sentido genérico do termo remete aos índios que habitavam a
costa brasileira no século 16 e que falavam a língua tupi antiga[96].
Considera-se como Civilização Tupi-guarani todo elemento cultural que esteja de
alguma forma relacionado com os idiomas do tronco linguístico tupi[97]. Tronco
tupi é um tronco lingüístico que abrange diversas línguas das populações
indígenas sul-americanas[98]. O tupi ou tupi antigo era a língua falada pelos
povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no século XVI (tupinambás,
tupiniquins, caetés, tamoios).
Tapuia é um termo que foi utilizado, ao longo dos séculos, no Brasil,
para designar os índios que não falavam a língua tupi.
Há diversos entendimentos das origens do termo, mas,
em geral, observa-se que seria de procedência tupi e que teria significado
semelhante a “forasteiro”, “bárbaro”, “aquele que não fala nossa língua”,
“inimigo” [99]:
O termo “Tapuio” não é expressão designativa de uma
etnia. É tão somente “Um vocábulo de origem tupi, corruptela de tapuy-ú – o
gênio bárbaro come, onde vive o gentio. […] É um dos termos de significação
mais vária [diversificada] no Brasil. No Brasil pré-cabraliano, assim chamavam
os tupis aos gentios inimigos, que, em geral, viviam no interior, na Tapuirama
ou Tapuiretama – a região dos bárbaros ou dos tapuias”. Tomislav R. Femenick,
2007[100]
[…] Tapuia significa “bárbaro, inimigo”. De taba –
aldeia e puir – fugir: os fugidos da aldeia. José de Alencar, Iracema, 1865[101]
No período colonial, dividiam-se os índios
brasileiros em dois grandes grupos: os tupis (tupinambás), que habitavam
principalmente o litoral e os tapuias, que habitavam as regiões mais interiores
e que falavam, principalmente, línguas do tronco macro-jê[102].
O tronco macro-jê é um tronco lingüístico cuja
constituição ainda permanece consideravelmente hipotética. Teoricamente,
estendem-se por regiões não litorâneas e mais centrais do Brasil [103]. Também
conhecidos por “Bárbaros”, habitavam, dentre outras regiões, os sertões da
Capitania do Rio Grande do Norte, divididos em vários grupos nomeados de acordo
com a região onde moravam – Cariris (Serra da Borborema), Tarairiou (Rio Grande
e Cunhaú), Canindés (no sertão do Acauã ou Seridó), e eram chefiados por vários
reis e falavam línguas diversas, e entre os mais destacados eram os reis Janduí
e Caracar, cujo poder real não era hereditário. Os Tapuias eram fortes,
possuíam semblante ameaçador, corriam igual as feras, por isso eram muito
temidos. Eles eram inconstantes, fáceis de ser levados a fazer o mal, eram
endocanibalistas, isto é, devoravam até mesmo os de sua tribo quando da sua
morte. Os Tapuias eram nômades. Eles paravam onde havia abundância de alimentos
e gostavam de viver ao ar livre. Não construíam casa (por isso as suas
habitações eram toscas e feias).[104]
Para Fernandes (2012)[105], a origem dos índios
brasileiros é controversa e o que é mais aceito, hoje em dia, é o modelo de
origem baseado nas quatro migrações:
# a primeira foi uma migração africana/aborígine,
como atesta o crânio da Luzia com seus traços negróides, de 11.000 anos atrás,
# as três últimas migrações foram mongólicas vindas
pelo estreito de Behring, também a partir de 11.000 anos, que dá o DNA dos
nossos índios atuais,
# porém a maior das dúvidas/controvérsias retroage
há 48.000 anos atrás com as fogueiras da Toca do Boqueirão no Piauí, até hoje
não explicadas convincentemente.
Pesquisa da revista científica Nature“: cientistas
analisaram quase 400 mil variantes de uma única “letra” química do DNA, a
partir de amostras do genoma de 52 povos nativos, entre eles caingangues e
suruís do Brasil, por exemplo. A comparação dessas variantes nos indígenas com
as versões de outros povos do mundo permitiu mostrar que, conforme o esperado,
a maior parte do genoma dos nativos das Américas foi legado por imigrantes
vindos da Sibéria, há pelo menos 15 mil anos. No entanto, os esquimós e outros
povos do Ártico parecem ter herdado cerca de 50% de seu DNA de outra onda, mais
recente, vinda da Ásia. E um povo canadense, os chipewyan, derivam 10% de seu
genoma de uma terceira onda, estimam os cientistas. (FSP: 12/7/12).
Existiam também povos Tapuias em alguns pontos da
Região Nordeste do Brasil. Viviam na Amazônia, antes dos Tupis e dos
Nuaruaques, provavelmente desalojados por esses grupos, passaram a ocupar o
Xingu (região a partir da qual emigraram, atingindo vários Estados brasileiros,
como Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Piauí, Mato Grosso, Paraná, Santa
Catarina e outros) [106].
Os estudos indicam que as diversas migrações tenham
ocorrido há pelo menos 40.000 anos. Ou mais… Nativos americanos pré-históricos
tardios, como os índios, apresentam uma morfologia craniana semelhante à dos
homens norte asiáticos modernos; já os crânios sul-americanos mais antigos
tendem a ser mais semelhantes aos australianos, melanésios e africanos
subsaarianos atuais (morfologia paleoamericana) (MIRANDA, 207, p. 39-40).
Povos mongolóides vindos da America do Norte
chegaram à America do Sul através do Istmo do Panamá, começando a colonização
da Amazônia por norte-americanos de origem, encontrando-se sítios com cerca de
15 mil anos (Venezuela), 11.800 anos (Peru), 11.300 o sitio de Pedra Pintada no
Pará. (MIRANDA, 207, p. 39-40).
Teoria mais recente levante a hipótese de ter
ocorrido também uma migração anterior de povos aparentados com os africanos e
aborígenes australianos. De lá, eles provavelmente desceram ao longo do
continente americano até atingir o extremo sul da América do Sul. Um desses
povos diferenciou-se dos demais e desenvolveu uma língua proto-tupi, no sul da
Amazônia, por volta do século V a.C. (provavelmente na região do atual estado
brasileiro de Rondônia. Embora uma hipótese alternativa aponte a região dos
rios Paraguai e Paraná como o centro original da dispersão tupi-guarani[107].
Outros estudos demonstram que os tupis teriam
habitado originalmente os vales dos rios Madeira e Xingu, que são afluentes da
margem meridional do rio Amazonas. Estas tribos, que sempre foram nômades,
teriam iniciado uma migração em direção à foz do rio Amazonas e, de lá, pelo
litoral para o sul. Supõe-se que esta migração, que teria também ocorrido pelo
continente adentro no sentido norte-sul, tenha principiado no início da era
cristã. Numa hipótese alternativa, o folclorista Luís da Câmara Cascudo aponta
a região dos rios Paraguai e Paraná como o centro original da dispersão dos
tupis-guaranis (incluindo os povos guaranis junto com os tupis[108].
Alguns autores suspeitam que, nesta trajetória, os
tupis tenham enfrentado os tupinambás, que já habitariam o litoral; outros
sustentam que apenas se tratava de levas sucessivas do mesmo povo, os posteriores
encontrando os anteriores já estabelecidos. Certo é que, nesse processo, as
tribos tupis derrotaram as tribos tapuias que já habitavam o litoral
brasileiro, expulsando-as, então, para o interior do continente, por volta do
ano 1000[109].
De lá, ele se expandiu no início da era cristã pelo
leste da América do Sul, dividindo-se em várias tribos falantes de línguas
derivadas desse idioma proto-tupi e que constituiriam o tronco lingüístico
tupi: tupinambás, potiguares, tabajaras, temiminós, tupiniquins, caetés,
carijós, guaranis, chiriguanos etc.[110].
Outra proposta [111] considera que a migração no
sentido sul dos povos que formariam os guaranis e os tupinambás teria ocorrido
em duas levas em separado:
[…] a de povos protoguaranis e a de povos prototupinambás.
A primeira, dos protoguaranis, teria se dividido algumas vezes. Um ramo entrou
na Bolívia. Outro seguiu para o sul até a bacia dos rios Paraná e Uruguai.
Deste segundo ramo, alguns grupos acompanharam os rios Paranapanema e Uruguai
para o leste, chegando enfim ao litoral. Já os prototupinambás teriam descido o
rio Paraguai, mas rumaram para o leste, um pouco mais ao norte do que os
guaranis. Eles teriam seguido os rios Grande e Tietê, alcançando o litoral onde
hoje é São Paulo, e depois ocupado a costa do sul para o norte. Por essa
versão, os povos tupis-guaranis que não saíram da Amazônia migraram para o
leste, mas não pelos grandes rios, e sim por seus afluentes (que muitas vezes
quase se emendam), chegando ao Maranhão e ao Centro-Oeste (Kneip, MELLO, 2013).
Ainda seguindo esses autores [112], estudos
arqueológicos, por sua vez, apontam para outra direção:
A partir da análise de cerâmicas, indicam como
centro de origem da família tupi-guarani a região de confluência do rio Madeira
com o Amazonas, ainda dentro dos limites daquele que hoje reconhecemos como o
estado do Amazonas. A partir desse local, uma cisão teria resultado, grosso
modo, em duas rotas de expansão. Um grupo origina os tupinambás. Eles migram em
direção ao leste, pela boca do Amazonas, até encontrar o oceano. De lá, descem
pela costa até o litoral de São Paulo, ou seja, do norte para o sul. Outro
grupo, que daria origem aos guaranis, teria de início subido o rio Madeira para
o interior da Amazônia e, então, descido pelo rio da Prata, até chegar ao
litoral sul do Brasil. (Kneip, MELLO, 2013).
Apresentam, então, uma terceira visão, lingüística:
Apesar de Rondônia ter a maior diversidade
lingüística do tronco tupi, há apenas um subconjunto tupi-guarani, e com
línguas bastante semelhantes. A maior diversidade lingüística da família
tupi-guarani está mais para o leste amazônico, portanto, seguindo esse
raciocínio, teria partido de lá a dispersão. A migração de tupinambás deve ter
se dado no sentido norte-sul, novamente, por povoações não muito afastadas umas
das outras, formando uma área contínua, em conjunto com outros grupos
tupis-guaranis localizados no leste amazônico e no meio-norte. De fato, quando
os europeus começaram a povoar a América do Sul, os tupinambás ocupavam cerca
de três quartos do litoral que hoje corresponde ao Brasil: do Maranhão até São
Paulo. As diferenças lingüísticas entre o norte e o sul eram mínimas, o que
sugere uma rápida dispersão. (Kneip, MELLO, 2013).
Estudo de 2008 aponta que a saída de índios
tupis-guaranis da Amazônia remonta há 2.920 anos[113]:
A saída de índios tupis-guaranis da Amazônia não é
um evento tão recente como se imaginava. Um novo estudo encontrou evidências do
povo na região onde hoje está o município de Araruama, no Rio de Janeiro, há
2.920 anos – mais de mil anos antes do que as evidências indicavam até então.
Os resultados do trabalho foram publicados nos Anais
da Academia Brasileira de Ciências. De acordo com a primeira autora, Rita
Scheel-Ybert, […] o aparecimento de datas cada vez mais antigas no Sul, Sudeste
e Nordeste do Brasil, nos últimos anos, tem mudado o paradigma a respeito da
ocupação.
Segundo ela, a hipótese mais aceita até o momento,
baseada em dados lingüísticos, considerava que a saída dos tupis-guaranis da
Amazônia não poderia ter ocorrido antes de cerca de 2.500 anos atrás.
“A datação anterior existente para o sítio Aldeia
Morro Grande, em Araruama, de 1.740 anos, já era considerada bastante recuada,
sendo inclusive a mais antiga para o Estado do Rio de Janeiro. As novas datas,
de cerca de 2.900 e 2.600 anos, seriam, por essa razão, completamente
inesperadas”, disse à Agência FAPESP.
[…] As novas datas, acredita ela, não questionam a
origem amazônica dos tupis-guaranis, pois, para isso, seria necessário um
número maior de evidências.
Nossa hipótese é que a multiplicação dos estudos e
um maior investimento em datações, tanto na Amazônia como no resto do Brasil,
tenderão a revelar outras datações tão ou mais antigas como essas e permitirão
uma melhor compreensão dos processos de ocupação do nosso território”, disse,
salientando que outros autores já haviam sugerido que a expansão tupi-guarani a
partir da Amazônia possa ter começado há bem mais de 2.000 anos.
Para Neves e Outros (2011) [114] pode-se dizer que a
idéia de que esses povos, que ocuparam grande parte do território brasileiro e
parte da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina, tiveram sua
etnogênese na Amazônia e dali partiram para o leste e para o sul, por volta de
2.500 anos antes do presente, é bastante aceita entre os especialistas, embora
uma dispersão no sentido oposto, isto é, do sul para o norte, com origem na
bacia do Tietê-Paraná, não seja completamente descartada. Entre os arqueólogos
que consideram a Amazônia como berço desses povos, alguns acreditam que esse
surgimento se deu na Amazônia central. Outros acreditam que a etnogênese
Tupiguarani ocorreu no sudoeste da Amazônia, onde hoje se concentra a maior
diversidade linguística do tronco Tupi. (NEVES, e Outros, 2011).
De acordo com Feitosa (1983)[115], não é possível
determinar a origem dos primeiros habitantes, havendo várias teorias que supõem
o aparecimento do homem com duas hipóteses explicativas: a monogenica (o homem
descendente de um único casal original) e a poligenica. Dentre as diversas
teorias, temos: Africana, Monogenismo Americano, Australiana, Atlante,
Cartaginesa, Chinesa, Egipcia, Grega, Ibera, Irlandesa, Malaio-Polinesia, e por
fim a Mista. Ainda a Paleo-Asiática, Viking…[116]
Correia Lima e Aroso (1989) [117] apresenta as
correntes migratórias das Américas, segundo Canals-Pompeu Sobrinho, em número
de cinco: Australóides, Protossiberianos, Paleo-siberianos, Protomalaios, e
Protopolinésios. Os australoides deram descendentes em ambas as Américas, sendo
que na do Sul, aparecem os Lácidas, Huarpidas, Patagônicos.
Os Lácidas, paleossiberianso, atingem o Brasil e o
Maranhão; assim como os nordéstidas e os fueguinos, sendo que os primeiros
atingem o Brasil e o Maranhão.
Durante a expansão dos Tupis-Guaranis – descendentes
dos protomalaios, e desembarcados nas costas ocidentais do istmo do Panamá,
deslocaram-se para o suleste, atravessando os Andes, e atingindo o Amazonas,
onde fizeram seu centro de dispersão. Migravam com muita freqüência,
surpreendentemente rápidos. Desceram o Rio Amazonas e se embrenharam em seus
afluentes: Madeira, Tapajós, Xingu, Tocantins, Araguaia e ainda Gurupi, Mearim,
etc. Passaram ao rio Paraguai e seus afluentes do Paraná, chegando ao
Atlântico.
Marginaram-se em direção ao Norte, parando no
Maranhão, para reencontrar seus irmãos amazonenses. Sua migração pela costa
nacional é recente e se fazia sempre ás custas dos velhos ocupantes,
notadamente os Lácidas. Os quais eram empurrados para o interior. Deixaram
sempre ocupantes por onde passam, a exemplo dos Tupinambás, na Ilha de São
Luis.
Dos Tupis, hoje, restam os Guajajara – Tenetehára –
com uma história longa e suingular de contato, a partir de 1615, nas margens do
Rio Pindaré, com uma expedição exploradora francesa. Os Awá-guajá – se
autodenominam Awá, também chamados Wazaizara (Tenetehara), Aiayé (Amanayé),
Gwazá. O termo Awá significa ‘homem’, pessoa’, ou ‘gente’; sua origem é
obscura, acreditando-se originários do baixo Tocantins. Acredita-se que a
partir da Cabanagem (1835-1840) tenha inicado a migração rumo ao Maranhão. Já
os Ka´apor (Urubu-Kaapor, Kaáporté) surge como povo distinto à cerca de 300
anos, provasvelmente na região entre os rios Tocantins e Xingu. Talvez os
conflitos com colonizadpores luso-brasileiros e outros povos nativos, iniciaram
longa e lenta migração, por volta de 1870, do Pará ao Maranhão, atraves do
Gurupi. Foram pacificados em 1911. [118]
Correia Lima e Aroso (1989) [119] traz que a
ocupação do território maranhense se deu através de três correntes migratórias
– Lácidas, Nordéstidas e Brasílidas, nessa ordem. Embora os traços mais antigos
da presença do homem no continente americano datem de 19 mil anos, as teorias
mais recentes o dão como procedentes da Ásia a 20 ou 30 mil anos. Esses
autores, ao adotarem a sistemática de Canals (1950) – Pompeu Sobrinho (1955),
afirmam que caçadores australóides do nordeste asiático – Sibéria, de acordo
com Aquino, Lemos & Lopes (1990, p.19) [120] – ingressaram no Alasca há
pelo menos 36 mil anos e durante os 20.000 anos seguintes consolidaram sua
cultura e se expandiram pelo território, tendo seus descendentes atingido Lagoa
Santa há 7.000 +/- 120 anos (VAZ, 1995, 1996, 2001, 2011, 2012) [121].
Sander-Marino (1970, citados por Correia Lima &
Aroso, 1989, p. 19) registram entre 40 e 21 mil anos a presença dos superfilos
MACRO-CARIB-JÊ, uma das correntes pré-históricas povoadoras das Américas. Para
Feitosa (1983, p. 70) [122] há um consenso quando da “determinação temporal” da
chegada dos australóides no Novo Mundo, com as estimativas variando de 20.000
a.C. (RIVET); 28.000 a.C. (CANALS); 40.000 a.C. (VAZ, 1995, 1996, 2001, 2011,
2012) [123].
De acordo com pesquisas mais recentes, realizadas em
São Raimundo Nonato – Piauí, foram encontrados fosseis com datação de 41.500
anos (FRANÇA & GARCIA, 1989)[124].
Os Lácidas, descendentes dos australóides, atingem o
Maranhão. Das famílias lingoculturais suas descendentes, destaca-se a JÊ, grupo
mais populoso; de maior expansão territorial; e de melhor caracterização
étnica. Os Jês caracterizam-se pela ausência da cerâmica e tecelagem, aldeias
circulares, organização clânica e grande resistência à mudança cultural, mesmo
depois de contato, como se observa entre os Canelas, ou RANKAKOMEKRAS como se denominam
os índios da aldeia do Escalvado (DICKERT & MEHRINGER, 1989, 1989b, 1994)
[125].
Para Miranda (2007)[126]:
A partir da chegada dos humanos, cuja data os
arqueólogos tendem a multiplicar em diversos eventos, origens e a recuar no
tempo, progressivamente o espaço natural da Amazônia passa a ser objeto de uso,
controle, acesso, exploração, mudanças, disputa, transferência e até
transmissão entre grupos humanos cada vez mais numerosos e organizados, com
diferentes histórias e patrimônios culturais.
Uma coisa é certa: a mais antiga e permanente
presença humana no Brasil está na Amazônia:
Há cerca de 400 gerações, e segundo autores
controversos, há mais de 2.000 anos, diversos grupos humanos ocupam, disputam,
exploram e transformam os territórios e seus recursos alimentares.( MIRANDA,
2007, p. 41)
Na época da chegada dos portugueses ao Brasil, os
povos que viviam ao longo da costa eram os Tupi. Estes tinham escorraçado os
povos de língua e cultura Jê para o interior, vivendo, em geral, na região dos
cerrados.
Teixeira e Papavero (2009) [127], ao narrarem a
“Viagem do Capitão de Gonneville” – viagem de Binot de Paumier ao Brasil (1504)
traz um passo curioso, de porque foram os brancos bem recebidos em certas
tribos do litoral:
[…] Durante os reparos da nau souberam os visitantes
que se formara uma espécie de confederação das tribos daquele setor do litoral
contra as tribos do sertão que as hostilizavam. Os amigos dos normandos
pertenciam, assim como os vizinhos imediatos, ao ramo Tupi, que do Paraguai,
segundo dizem especialistas, subiram a costa até além de Pernambuco, e, com
interrupções, atingiram a região da marcha do silvícolas do sul para o norte,
em que deslocavam outros indígenas e provocavam lutas contínuas […]. (p. 152).
Correia Lima e Aroso (1989) trazem que os Lácidas
foram os primeiros povoadores do Maranhão, como o foram do Brasil. Vieram
através de correntes migratórias interioranas e se localizaram de preferencia
na parte setentrional e maranhense do Planalto Central do Brasil. Eram
representados por um povo, os Tremembé (Tatamembé, Trememmbé) que ocuapava
inicialmente a costa maranhense, antes da chegada dos brasílidas. Na época do
contato, viviam da fronteira do Pará (Rio Caeté) à do Piauí (Tutóia), sendo sua
área preferida o Delta do Parnaíba e a Baia de Turiaçú.
Os Nordéstidas chegaram ao Maranhão pela corrente
litoranea local, ocupando todo o litoral, sendo os primeiros a usar essa
corrente, vindo do Nordeste. Apenas os Muras seguiram para o Amazonas,
tornando-se fluviais.
Correia Lima e Aroso (1989) ao analisarem as
estearias maranhenses, área ocupada pelos brasilidas, que atingiram também o
Maranhão através de duas correntes migratórias, interiorana – Nu-Uraques
(Uraques), depois os caraíbas, e finalmente os Tupi-Guaranis – e pela
litoranea, e às vesperas e durante o contato, chegaram os ultimos Tupis,
representados pelos Tupinambás. Com a invasão dos Tupis-Guaranis perderam a
Ilha de São Luis e seus arredores.
Ainda dos Macro-jê temos os Canelas (Rankokamekrá;
Apanyekrá); são remanescentes das cinco nações Timbira Oriental, sendo os
Rankakomekrás descendentes dos Kapiekran, como eram conhecidos até 1820. Os
primeiros contatos, indiretos, se dão por forças militares no fim do século
XVII, ocorrendo incursões contra essas populações na ultima decada do seculo
XVIII, dizimados por volta de 1814. Os Krikati se localizam ao sul do Maranhão,
com os primeiros contatos por volta de 1814. O Gavião (Pukobyê) teve contato a
partir do século XVIII, por volta de 1728. [128]
Os Jê são conhecidos no Maranhão com a denominação
de “TIMBIRAS”, e dividem-se em dois ramos principais, segundo seu habitat –
Timbiras do Mato e Timbiras do Campo -, estes apelidados de canelas finas “pela
delicadeza de suas pernas e pela velocidade espantosa que desenvolvem na
carreira pelos descampados”, conforme afirma Teodoro Sampaio (1912, apud
CORREIA LIMA & AROSO, 1989, p. 41), confirmando Spix e Martius (1817,
citados por CORREIA LIMA & AROSO, 1989, p.59) quando afirmam, sobre os
Canelas, “… gaba-se a sua rapidez na corrida, na qual igualariam a um cavalo.”.
Os Timbira são um povo física, lingüística e
culturalmente caracterizado como da família Jê, que disperso, habitava o
interior do Maranhão e partes limítrofes dos Estados do Pará, Goiás e Piauí.
Esse povo existe ainda parcialmente, compondo-se hoje das seguintes tribos
(NIMUENDAJÚ, 2001) [129]:
Timbira orientais:
Timbira de Araparytiua
Kukóekamekra e Kr˜eyé de Bacabal
Kr˜eyé de Cajuapára
Kre/púmkateye
Pukópye e Kr˜ikateye
Gaviões
Apányekra (Canellas de Porquinhos)
Ramkókamekra (Canellas do Ponto)
Krahó
Timbira ocidentais:
Apinayé
Seus parentes mais próximos são os Kayapó do norte,
os Suyá e os hoje extintos Kayapó do sul.
Hoje, os Tremembé são um grupo étnico indígena que habita
os limites do município brasileiro de Itarema, no litoral do estado do Ceará,
mais precisamente na Área Indígena Tremembé de Almofala (Itarema), Terras
Indígenas São José e Buriti (Itapipoca), Córrego do João Pereira (Itarema e
Acaraú) e Tremembé de Queimadas (Acaraú). Originalmente nômades que viviam num
território que estendia-se nas praias entre Fortaleza e São Luís do Maranhão.
Foram aldeados pelos Jesuítas no século XVII nas missões de Tutoya
(Tutóia-Maranhão) [130], Aldeia do Cajueiro (Almofala) e Soure (Caucaia). Foram
declarados como não existentes pelo então governador da Província do Ceará
(José Bento da Cunha Figueiredo Júnior), após decreto de 1863. Antes disto, em
1854, os índios perderam o direito da terra pela regulamentação da Lei da Terra.
Estes ressurgem no cenário cearense nas décadas de 1980 e 1990, quando são
reconhecidos pela FUNAI. [131]
Retornamos com Schwennhagen[132]
O MARANHÃO. REPUBLICA DOS TUPINAMBAS
Mas o Maranhão existia como a republica dos
tupinambás, já antes da fundação de Tupaón. O sete povos tupis, que tomaram
posse do norte do Brasil, cerca de 1500 anos A.C., entram pela foz do rio
Parnaíba, procurando as serras em ambos os lados desse rio. Do lado oriental
ficam os tabajaras, do lado ocidental os tupinambás; os outros cinco povos
estenderam-se para o sul e sudeste. Todos os sete povos formaram uma
confederação e as Sete Cidades (no Piauí) era a capital federal, isto é, o
lugar, onde se reuniam todos os anos o Congresso dos Sete Povos. (Schwennhagen,
1925).
O CONGRESSO DO MULUNDÚS
Mas a harmonia não ficou sempre intacta; por
quaisquer motivo desligaram-se os tupinambás da confederação e constituíram seu
próprio congresso, ao lado ocidental do Parnaíba, em Mulundús.
Os tupinambás já eram grandes senhores, tinham
ocupado a maior parte do interior do Maranhão, tinham fundado mais de cem
colônias no Grão Para, Amazonas e Mato Grosso e precisavam dum centro nacional
para conservar a unidade da nação dos tupinambás. Esse centro era Mulundús,
onde se reuniam todo ano os delegados de todas as regiões, ocupadas pelos
tupinambás. Nas cartas e relatórios do padre Antonio Vieira encontram-se muitos
indícios desses factos. Ele relata que alguns dos seus amigos tupinambás lhe
contaram que no interior do Maranhão se reúnem os delegados de todas as aldeias
que falam a mesma língua geral, e pediram ao padre mandasse para lá um
sacerdote católico para celebrar missa, dentro da grande reunião do povo. Assim
o antigo congresso de Mulundús ficou transformado numa festa cristã, dedicada à
memória de São Raimundo, como ainda agora se faz. Sempre, porém, essa festa
conservou o caráter dum congresso popular, para onde vêem de longe, de Goiás,
Mato Grosso e Pará amigos, parentes e comerciantes daquelas regiões que
pertenciam antigamente ao grande domínio dos tupinambás.
Ludovico Schwennhagen
[3] MÉTRAUX,
Alfred. Migrations historiques des tupi-guaranis. Paris:
Maisonneuve Frères, 1927 citado por Daher, Andrea. A conversão dos Tupinambá
entre oralidade e escrita nos relatos franceses dos séculos XVI e XVII, Horiz.
antropol. vol. 10 no. 22 Porto Alegre. July/Dec. 2004
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200004
[5] DAHER, Andrea. A conversão dos Tupinambá entre
oralidade e escrita nos relatos franceses dos séculos XVI e XVII, Horiz.
antropol. vol. 10 no. 22 Porto Alegre. July/Dec. 2004 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200004
[7] Não seria POTE –
[8] Dieppe ou, na sua forma portuguesa, Diepa[2] é
uma comuna francesa na região administrativa da Alta Normandia, no departamento
do Sena Marítimo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dieppe
[9] La Rochelle[2] [3] [4] [5] (raramente
aportuguesada como Rochela ou Arrochela[6] ) é uma comuna francesa, situada no
departamento de Charente-Maritime, na região de Poitou-Charentes.[7] Foi um
importante porto no período colonial, junto com Havre, Honfleur e Bordéus.
https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Rochelle
[10] Saint-Malo (Bretão: Sant-Maloù) é uma comuna
francesa situada no departamento de Ille-et-Vilaine, na região Bretanha.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Malo
[11] Luís Figueira (1574 ou 1576, Almodôvar,
Portugal – outubro de 1643, Ilha de Joanes, Brasil colônia), foi um padre
jesuíta de destacada atuação no Brasil colonial. Foi autor de uma das primeiras
gramáticas da língua tupi, denominada Arte da Lingua Brasilica. Entre 1607 e
1608, acompanhou Francisco Pinto e 60 índios numa trágica expedição ao
Maranhão. Inicialmente chegaram a uma aldeia na Chapada de Ibiapaba (atual
Ceará), e dali seguiram à aldeia de Jurupariaçu, onde receberam notícias sobre
a presença de franceses e índios hostis.[2] Dali partiram para o Maranhão, mas
foram atacados por índios, instigados pelos franceses. O padre Francisco Pinto
foi morto pelos indígenas em 10 de janeiro de 1608; Luís Figueira conseguiu escapar
e foi depois resgatado por outro jesuíta, Gaspar de Samperes, regressando a
Pernambuco. Estes fatos são bem conhecidos pela Relação do Maranhão, escrita
por Luís de Figueira em 1609, na qual são descritos em detalhe as peripécias da
viagem. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Figueira
[12] O topônimo “Ibiapaba” é oriundo do termo tupi
yby’ababa, que significa “terra fendida” (yby, terra + ‘ab, cortar + aba .
A Serra da
Ibiapaba, também conhecida como Serra Grande, Chapada da Ibiabapa e Cuesta da
Ibiapaba, é uma região montanhosa que localiza-se nas divisas dos estados do
Ceará e Piauí. Uma região atraente em riquezas naturais que já era habitadas
por diversas etnias indígenas. Os povos que viviam já negociavam diversos
produtos naturais com povos europeus, tais como os franceses, antes mesmos da
chegadas dos portugueses. Habitada inicialmente por índios tabajaras e tapuias,
como a índia Iracema que se banhava na bica do ipu foi bastante retratada no
livro Iracema de José de Alencar. A cidade mais antiga da serra é Viçosa do
Ceará, que foi colonizada pelos jesuítas da Companhia de Jesus a partir do
século XVI. Também encontram-se as cidades do Tianguá, Ubajara – onde existe a
Gruta de Ubajara. https://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_de_Ibiapaba
[13] Segundo Capistrano de ABREU , “EUSSAUAP – nom
do lieu, c’est à dire le lieu ori on mange les Crabes”. – Bettendorf leu em
Laet Onça ou Cap, que supôs Onçaquaba ou Oçaguapi; mas tanto na edição
francesa, como na latina daquele autor, o que se lê, é EUSS-OUAP. Na história
da Companhia de Jesus na extinta Província do Maranhão e Pará, do Padre José de
Morais, está Uçagoaba, que com melhor ortografia é Uçaguaba composto de uçá,
nome genérico do caranguejo, e guaba, particípio de u comer: o que, ou “onde se
come caranguejos”. ABBEVILLE, Claude d´. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES
CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte:
Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975
[14] MEIRELES, Mário Martins. FRANÇA EQUINOCIAL. 2
ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; São Luis: Secretaria de Cultura do
Maranhão, 1982
[15] Pero Coelho de Sousa foi um explorador
português, oriundo dos Açores, primeiro representante da Coroa a desbravar os
territórios da capitania do Ceará no início do século XVII. Em 1603, requereu e
obteve da Corte Portuguesa por intermédio de Diogo Botelho, oitavo
Governador-geral do Brasil, o título de Capitão-mor para desbravar, colonizar e
impedir o comércio dos nativos com os estrangeiros que a anos atuavam na
capitania do “Siará Grande”. Após uma série de lutas, conquistou a região da
Ibiapaba vencendo os franceses e indígenas. Depois dessa vitória ele tentou
entrar mais na região na direção do Maranhão, mas devido à rebelião de seus
homens, retornou à barra do rio Ceará onde ergueu o Fortim de São Tiago da Nova
Lisboa. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pero_Coelho_de_Souza
[16] Viçosa do Ceará é o primeiro município criado
na Serra da Ibiapaba, inicialmente habitada por índios Tabajaras pertencentes
ao ramo Tupi, anacé, arariú ecroatá do ramo Tapuia. Viçosa foi antiga aldeia de
índios dirigida por padres da Companhia de Jesus(Veja Missão da Ibiapaba). Foi
desbravada ao findar o século XVI, quando do contato dos índios com os
franceses, vindos do Maranhão entre 1590 e 1604, data em que foram expulsos por
Pero Coelho de Sousa, quando este fazia tentativas de colonização portuguesa no
Ceará.. https://pt.wikipedia.org/wiki/Vi%C3%A7osa_do_Cear%C3%A1
[18] Honfleur é uma comuna francesa na região
administrativa da Baixa-Normandia, no departamento Calvados.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Honfleur
[19] Os títulos de Marquês e Duque de Buckingham,
referindo-se à Buckingham, foram criados várias vezes nos pariatos Inglaterra,
Grã-Bretanha, e no Reino Unido.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ducado_de_Buckingham
[20] El Condado de Pembroke, asociado con el
Castillo de Pembroke, en Gales, fue creado por el rey Esteban de Blois. En
varias ocasiones la línea se extinguió y el Condado hubo de ser recreado,
empezando la cuenta de nuevo con el primer nuevo conde. El 1 de septiembre de
1533, Enrique VIII, ascendió a su esposa Ana Bolena creando para ella el rango
de marqués de Pembroke,1 en señal de honor, ya que su tío abuelo Jasper Tudor
había sido Conde de Pembroke y el padre de Enrique VIII, Enrique VII, había
nacido allí. Ana Bolena, reina consorte de Inglaterra por su matrimonio con
Enrique VIII y primera marqués de Pembroke. El actual conde también ostenta el
título de Conde de Montgomery, creado en 1605, para el hijo más joven del Henry
Herbert, II conde de la octava creación antes de que él ascendiera como IV
conde en 1630. Los actuales condes ostentan también los títulos subsidiarios de
Barón Herbert de Cardiff, de Cardiff, en el Condado de Glamorgan (1551), Barón
Herbert de Shurland, de Shurland, en la Isla de Sheppey, en el Condado de Kent
(1605), y Barón Herbert de Lea, de Lea, en el Condado de Wilts (1861). Todos
están en el rango de nobleza de Inglaterra excepto la Baronía de Herbert de
Lea, que está en el rango de nobleza del Reino Unido. La sede familiar está en
la Casa Wilton, en Wiltshire. https://es.wikipedia.org/wiki/Condado_de_Pembroke
[22] PIANZOLA, Maurice. OS PAPAGAIOS AMARELOS – os
franceses na conquista do Brasil. São Luis: SIOGE, 1992.
[23] João Teixeira Albernaz, também referido como
João Teixeira Albernaz I ou João Teixeira Albernaz, o Velho (Lisboa, último
quartel do século XVI — c. 1662), para distingui-lo do seu neto homónimo, foi o
mais prolífico cartógrafo português do século XVII. A sua produção inclui
dezanove atlas, num total de duzentas e quinze cartas. Destaca-se pela
variedade de temas, que registam o progresso das explorações marítimas e
terrestres, em particular no que respeita ao Brasil. João Teixeira Albernaz I
pertenceu a uma destacada família de cartógrafos cuja actividade se estende
desde meados do século XVI até ao fim do século XVIII, incluindo o seu pai Luís
Teixeira, o tio Domingos Teixeira, o irmão Pedro Teixeira Albernaz e o neto
João Teixeira Albernaz, o Moço além de Estevão Teixeira.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Teixeira_Albernaz,_o_Velho
[24] Diogo de Campos Moreno (Tânger, 1566 – 1617)
foi um militar português. Após ter combatido na Flandres, seguiu para o Brasil
em 1602, com o posto de sargento-mor, junto com Diogo Botelho. No Maranhão
juntou-se a Jerônimo de Albuquerque Maranhão e a Alexandre de Moura na luta
contra os franceses e seus aliados indígenas, estabelecidos na chamada França
Equinocial, conseguindo a vitória em 1615. Com base nas suas experiências no
Brasil redigiu o “Livro que Dá Razão ao Estado do Brasil” (1612) e a “Jornada
do Maranhão” (1614), obras que não assinou. Nesta última, Moreno relata a
conquista do território, embora tenha enaltecido os seus próprios feitos. Foi
tio de Martim Soares Moreno.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Campos_Moreno
[26] BANDEIRA, Arkley Marque. VINHAIS VELHO:
ARQUEOLOGIA, HISTÓRIA E MEMÓRIA. São Luis: Edgar Rocha, 2013.
VER TAMBÉM:
BANDEIRA, Arkley
Marques. POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO DA ILHA DE SÃO LUÍS-MARANHÃO: SÍNTESE DOS
DADOS ARQUEOLÓGICOS E HIPÓTESES PARA COMPREENSÃO DESSA PROBLEMÁTICA. Anais do V
encontro do Núcleo Regional Sul da Sociedade de Arqueologia Brasileira –
SAB/Sul. De 20 a 23 de novembro de 2006, na cidade de Rio Grande, RS.
http://www.anchietano.unisinos.br/sabsul/V%20-%20SABSul/comunicacoes/59.pdf
BANDEIRA,
Arkley Marques. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o
povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas
arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Outros Tempos,
www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-8031, volume 03, p. 18-36 25
BANDEIRA,
Arkley M. Um panorama sobre os registros rupestres no Estado do Maranhão.
Monografia apresentada ao Curso de História como requisito para conclusão do
mesmo. Universidade Estadual do Maranhão. Campus Paulo VI, São Luís, 2003.
BANDEIRA,
Arkley M..O Sambaqui do Bacanga na Ilha de São Luís-Maranhão: um estudo sobre a
ocorrência cerâmica no registro arqueológico. Pré-projeto de dissertação de
mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em arqueologia do MAE-USP
como requisito obrigatório para seleção dos ingressantes no segundo semestre de
2005, São Paulo, 2005;
A PRODUÇÃO
DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na
Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões.
Arkley Marques Bandeira in
http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art02.pdf
[28] CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Ameríndios
maranhenses . REVISTA DO IHGM, Ano LIX, n. 08, março de 1985 38-54
CORREIA
LIMA, O. Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense REVISTA DO IHGM Ano
LIX, n. 9, junho de 1985 33-43
CORREIA
LIMA, O. Província espeleológica do Maranhão REVISTA DO IHGM Ano LIX, n. 10,
outubro de 1985 62-70
CORRIA
LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Cultura rupestre maranhense – arqueologia,
antropologia REVISTA DO IHGM Ano LX, n. 11, março de 1986 07-12
CORREIA
LIMA, O. Parque Nacional de Guaxenduba REVISTA DO IHGM ano LX, n. 12, 1986 ?
21-36
CORRÊA LIMA, O. No país dos Timbiras REVISTA DO IHGM
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 82-91
CORREIA LIMA, O. Mário Simões e a arqueologia
maranhense REVISTA DO IHGM Ano LXII, n. 14, março de 1991 23-31
LIMA, Olavo
Correia (1985). Província Espeleológica do Maranhão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico
do Maranhão.Ano LIX, n 10, São Luís-MA, p. 62-70.
LIMA,
Olavo Correia (1986). Cultura Rupestre Maranhense. Revista do Instituto
Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano LX, n. 11-São Luís –MA, p. 7-12.
LIMA,
Olavo Correia; AROSO, Olair Correia Lima (1989). Pré-História Maranhense. SIOGE
São Luís-MA
[29] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil
antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em
http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html
[30] Os fenícios – Considerado o maior povo
navegante da Antigüidade, os fenícios viviam numa área de apenas 400
quilômetros, entre as montanhas e o mar, onde hoje está o Líbano, parte de
Israel e da Síria. Segundo Heródoto, era um povo formado por tribos de semitas
vindas do Índico. No início, eram pastores, que acabaram empurrados até o mar
por tribos mais poderosas. Por vocação ou necessidade, especializaram-se no
comércio e na navegação. Foram influenciados por três grandes culturas, das
quais eram vizinhos: a egípcia, a mesopotâmica e a cretense. Situada no
cruzamento das rotas comerciais, a Fenícia desempenhou importante papel na
história do Mediterrâneo, possivelmente desde 4000 a.C. Seu principal produto
de exportação foi, por muito tempo, o cedro do Líbano. Mais tarde adquiriram
renome na manufatura de tecidos vermelho-escuros, fato que acabou lhes rendendo
o nome. É que, em grego, panos vermelhos significavam phoinios, que eram
vendidos pelos phoinikes, ou fenícios, do rosto vermelho queimado pelo sol ou
dos panos rubros que fabricavam. Além de hábeis artesãos e comerciantes de
peso, por volta do século VIII a.C. os fenícios viriam a repassar aos gregos o
alfabeto, herdado provavelmente de outro povo semita do Oriente Próximo.
/FENICIOS/__%20MUSEU%20NACIONAL%20DO%20MAR%20__.html
[31] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Fenícios no Maranhão?
In BLOG DO Leopoldo Vaz • sábado, 05 de setembro de 2015 às 11:33 , disponível
em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/05/fenicios-no-maranhao/
[32] Ludwig Schwennhagen (n. Áustria, fl. 1900-1928)
foi um professor de História e Filologia no Nordeste do Brasil, escritor e
proponente da Teoria da presença de fenícios no Brasil. Era membro da Sociedade
de Geografia Comercial de Viena. Em Teresina se diz que era um alemão calmo e
de grande porte, que ensinava História, que bebia cachaça nas horas de folga,
que esteve estudando ruínas no Estado do Piauí e outros do Nordeste, e chegou a
Teresina no primeiro quartel do século XX. Ludwig Schwennhagen foi sócio do
jornal anti-semita de Berlim na Alemanha Staatsbürgerzeitung, pelo qual entrou
em conflito com Hirsch Hildesheimer, da comunidade judaica.[2] [3] Schwennhagen
publicou artigos na imprensa norte-rio-grandense. Cf. Moacir C. Lopes na
apresentação à quarta edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500
d.C.”, ‘A primeira edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500
d.C.” é de 1928, da Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título:
Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História.
‘No livro Roteiro das Sete Cidades, de autoria de Vitor Gonçalves Neto,
publicado pela Imprensa Oficial de Teresina, para as Edições Aldeias Altas, de
Caxias, Maranhão, em 1963 (…) o autor faz o seguinte oferecimento: “À memória
de Ludovico Schwennhagen, professor de História e Filologia, que em maio de
1928 levantou a tese meio absurda de que os fenícios foram os primeiros
habitantes do Piauí. Em sua opinião as Sete Cidades serviram de sede da Ordem e
do Congresso dos povos tupis. Nasceu em qualquer lugar da velha Áustria de
ante-guerras, morreu, talvez de fome, aqui n’algum canto do Nordeste do Brasil.
Orai por êle!”‘
Schwennhagen, Ludwig; Hildesheimer, Hirsch.
Erklärung des Dr. H. Hildesheimer auf die Privatklagesache des Schriftstellers
Ludwig Schwennhagen wider Dr. H. Hildesheimer. s.n., 189?. (ficha em Livros
Google)
Schwennhagen, Ludwig; Silva, Luciano Pereira da;
Associação Comercial do Amazonas. Meios de melhorar a situação e moral da
população do interior do Amazonas: Conferencias dos Drs. Ludwig Schwennhagen,
da Sociedade de geographia commercial de Vienna d’Austria e Luciano Pereira da
Silva, publicista. Typ. de L. Aguiar & ca., 1910. (ficha em Livros Google)
Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De
1100 a.C. a 1500 d.C. Imprensa official, 1928. (ficha em Livros Google)
Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De
1100 a.C. a 1500 d.C.. Quarta edição. Apresentação e notas de Moacir C. Lopes.
Livraria Editora Cátedra, Rio de Janeiro 1986.
Schwennhagen, Ludwig. As inscrições Petroglíficas de
Jardim do Seridó. Em: Medeiros Filho, Olavo de. Os Fenícios do Professor
Chovenagua. Edição Especial Para o Projeto Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de
Faria. www.colecaomossoroense.org.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Schwennhagen
[33] Schwennhagen, Ludovico. São Luis na
Antiguidade. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924
Schwennhagen, Ludovico. MINHAS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NO MARANHÃO. A
Pacotilha, 30 de maio de 1925.
[34] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil
antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em
http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html
[35] Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do
Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C. Piauí, Imprensa official, 1928.
Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500
d.C.. Quarta edição. Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1986.
Apresentação e notas de Moacir C. Lopes..
[36] Onfroy de Toron (Umfredus de Torum en latin)
est un chevalier croisé qui apparaît pour la première fois en 1115 comme vassal
de Josselin de Courtenay, prince de Tibériade ; le château de Toron étant
construit depuis l’an 1105, il en était probablement le seigneur depuis cette
date après avoir participé à la Première croisade. D’une épouse inconnue, il
eut Onfroy II de Toron. Onfroy de Toron est probablement un Italo-Normand,
peut-être lié à la famille Hauteville, l’un de ses descendants se déclarant, au
xve siècle, issu de Tancrède de Hauteville, tandis que la mythologie familiale
se donnait une origine danoise, c’est-à-dire viking.
https://fr.wikipedia.org/wiki/Onfroy_Ier_de_Toron
[37] Hirão foi rei de Tiro no período de David e
Salomão, segundo relatos bíblicos de II Samuel 5:11. Quando David foi
constituído rei de Israel, na idade de trinta e um anos, Hirão enviou
mensageiros com madeira de cedro, carpinteiros e pedreiros que edificaram a
Davi uma casa. Já no período do reinado de Salomão, Hirão manteve boas relações
comerciais com Israel, e, em acordo comercial com Salomão, recebeu várias
cidades em troca da provisão de ouro e pela madeira de cedro e cipreste que
serviu para a construção do Templo de Salomão.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hir%C3%A3o; ver também
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200002035
[38] Salomão foi um rei de Israel (mencionado,
sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se
tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos
(segundo algumascronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.). https://pt.wikipedia.org/wiki/Salom%C3%A3o
[39] Hirão participou também com Salomão em outro
empreendimento conjunto, no qual este último construiu uma frota de navios no
golfo de ʽAqaba, em Eziom-Géber. Hirão forneceu então marinheiros experientes
para tripulá-los junto com os servos de Salomão. Além destes navios, que
navegavam nas águas ao largo da costa L da África, Hirão e Salomão tinham
outros navios que velejavam até Társis, evidentemente no extremo ocidental do
Mediterrâneo. Ao todo, estas extensas operações em alto-mar produziram muitas
riquezas — ouro, prata, marfim, pedras preciosas, madeiras valiosas, e
raridades tais como macacos e pavões. — 1Rs 9:26-28; 10:11, 12, 22; 2Cr 8:18;
9:10, 21; vejaEZIOM-GÉBER. http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200002035
[40] Diodoro Sículo ou Diodoro da Sicília (em grego
Διόδωρος ὁ Σικελός; ca. 90 a.C. — 30 a.C.), foi um historiador grego, que viveu
no século I a.C. Diodoro produziu uma única obra, a “Biblioteca Histórica”
(também chamado de “História Universal”), que reunia 40 livros escritos em
grego comum (κοινὴ διάλεκτος), sendo que somente os livros 1-5 e 11-20
sobreviveram, praticamente na íntegra; dos outros, restam apenas alguns
fragmentos. Mesmo assim, é o mais extenso relato sobre a história da Grécia e
de Roma que chegou até nós, desde as origens míticas até as últimas décadas da
República Romana. Nos capítulos 19 e 20 do 5º livro, ele menciona a viagem de
uma frota de fenícios que teria saído da costa da África, perto de Dakar, e
navegado pelo oceano Atlântico, no rumo do Sudoeste. Em função desse registro,
especula-se a possibilidade desses fenícios terem chegado ao continente
americano. https://pt.wikipedia.org/wiki/Diodoro_S%C3%ADculo
[41] Ludwig Schwennhagen (n. Áustria, fl. 1900-1928)
foi um professor de História e Filologia no Nordeste do Brasil, escritor e
proponente da Teoria da presença de fenícios no Brasil. Era membro da Sociedade
de Geografia Comercial de Viena. Em Teresina se diz que era um alemão calmo e
de grande porte, que ensinava História, que bebia cachaça nas horas de folga,
que esteve estudando ruínas no Estado do Piauí e outros do Nordeste, e chegou a
Teresina no primeiro quartel do século XX. Ludwig Schwennhagen foi sócio do
jornal anti-semita de Berlim na Alemanha Staatsbürgerzeitung, pelo qual entrou
em conflito com Hirsch Hildesheimer, da comunidade judaica.[2] [3] Schwennhagen
publicou artigos na imprensa norte-rio-grandense. Cf. Moacir C. Lopes na
apresentação à quarta edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500
d.C.”, ‘A primeira edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500
d.C.” é de 1928, da Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título:
Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História
[42] Bernardo de Azevedo da Silva Ramos (Manaus, 13
de novembro de 1858 — Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1931) foi um
arqueologista, linguista e numismata brasileiro. Foi ainda fundador do
Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (25 de março de 1917), e um dos
fundadores do Clube Republicano do Amazonas. A sua obra mais importante é
Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, baseando-se na Hístória
Antiga, na lingüística e nas decifrações litográficas. SILVA RAMOS, Bernardo de
Azevedo da. Inscripcões e tradiçoes da America prehistorica, especialmente do
Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1932.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_de_Azevedo_da_Silva_Ramos
Georg Horn
(Kemnath, Oberpfalz, 1620 — Leiden, 10 de
Novembro de 1670) foi um geógrafo, teólogo, historiador alemão e professor de
história da Universidade de Leiden. Sua obra “Historia ecclesiastica et
politica” (Leipzig, 1677), com 442 páginas foi dedicada a Carlos I Luís,
Eleitor Palatino (1618-1680). https://pt.wikipedia.org/wiki/Georgius_Hornius
[46] Zelia Maria Magdalena Nuttall (6 septembre
1857, San Francisco – 12 avril 1933, Coyoacan, Mexico) fut une spécialiste
américaine des cultures mexicaines préaztèques et des manuscrits précolombiens,
dont elle identifia deux exemplaires oubliés dans des collections. L’un d’entre eux, le Codex Zouche-Nuttall, porte son
nom. Exemple
typique des pionniers de l’américanisme aux activités éclectiques, elle
s’intéressa également à l’histoire coloniale, aux plantes traditionnelles
mexicaines, ainsi qu’à la revitalisation de la culture précolombienne.
https://fr.wikipedia.org/wiki/Zelia_Nuttall
[47] Barry Fell
(born Howard Barraclough Fell) (June 6, 1917 – April 21, 1994) was a professor
of invertebrate zoology at the Harvard Museum of Comparative Zoology. While his
primary professional research included starfish and sea urchins, Fell is most
well known for his controversial work in New World epigraphy, arguing that
various inscriptions in the Americas are best explained by extensive
pre-Columbian contact with Old World civilizations. His writings on epigraphy
and archaeology are generally rejected by those mainstream scholars who have
considered them. https://en.wikipedia.org/wiki/Barry_Fell
[50] In COSTA, Leopoldo. A IMIGRAÇAO DOS CÁRlOS AO
BRASIL -1100 A 700 A. C.. Texto adaptado de Ludwig Schwennhagen no livro
“Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C”, Rio de Janeiro: Livraria
Editora Cátedra, 1986.
[51] Schwennhagen, Ludwig . Antiga História do
Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial do Piaui;
Golden Star Publicadora, Rio de Janeiro, 1928, excertos p.77 a 85, republicado
em 1986 pela Livraria Editora Cátedra, Rio de Janeiro. Digitado, adaptado e
ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
COSTA,
Leopoldo. A IMIGRAÇAO DOS CÁRlOS AO BRASIL -1100 A 700 A. C.. Texto adaptado de
Ludwig Schwennhagen no livro “Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500
d.C”, Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1986.
[52] Cária (do luvita “Karuwa” – “terra íngreme”; em
grego antigo: Καρία – Karia) era o nome de uma região no oeste da antiga Ásia
Menor (Anatólia) que se estendia ao longo da costa da Jônia, de Mícale(Mykale)
para o sul até a Lícia e para o leste até a Frígia. Os gregos jônios e dórios
colonizaram a porção ocidental da Cária e se juntaram à população nativa para
formar estados de matiz grega na região. Os epônimos habitantes nativos da
região eram conhecidos como “cários” e Heródoto os descreve como sendo de
ascendência minoica . Eles falavam uma língua do grupo anatólico conhecida como
cário, que não necessariamente reflete uma origem geográfica, pois os anatólios
podem um dia terem estado dispersos. Muito próximos dos cários eram os léleges,
um termo que pode ser um nome antigo para os cários ou um para um um povo que
os precedeu na região e continuou a existir como parte da sociedade cária,
supostamente com um status menor. https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ria
[53] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil
antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em
http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html
[54] Pelasgos (em grego: Πελασγοί, Pelasgoí,
singular Πελασγός, Pelasgós) era um termo usado por alguns autores da Grécia
Antiga para se referir a populações que teriam sido ancestrais dos gregos ou
que os teriam antecedido na colonização do território onde hoje em dia está a
Grécia, “um termo abrangente que englobava qualquer povo antigo, primitivo e, presumivelmente,
autóctone no mundo grego.”[1] No geral, “pelasgo” passou a significar, de
maneira mais ampla, todos os habitantes autóctones das terras ao redor do mar
Egeu, bem como suas culturas, antes do advento da língua grega.[2] Este não é
um significado exclusivo, porém os outros sentidos do termo quase sempre
necessitam ser especificados quando utilizados. Durante o período clássico da
história grega antiga,enclaves caracterizados como pelasgos subsistiram em
diversos locais da Grécia continental, Creta e outras regiões do Egeu. As
populações que se identificavam como tal falavam um idioma ou idiomas que os
gregos identificaram como não sendo grego(s), ainda que alguns autores antigos
tenham descrito os pelasgos como gregos. Uma tradição que afirmava que grandes
territórios da Grécia teriam sido pelasgos antes de sua helenização também
persistiu no mundo antigo; estas partes geralmente se encontravam dentro do
domínio étnico que, pela altura do século V a.C., atribuía-se aos falantes de
determinada variante do grego antigo, identificados como jônicos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelasgos
[55] BAROSSI, Jaime. Fenício no Brasil…Chegaram
antes dos Portugueses. Blog Paiçandu, do Prof. Jaime Barossi, 9 de agosto de
2011. BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html
.
[56] Raimundo Lopes da Cunha nasceu em Viana em 1894
e foi um dos pioneiros na construção do conhecimento sobre o Maranhão, sua
territorialidade, geografia, arqueologia, etnografia e outras áreas afins no
âmbito natural e cultural. Bacharel em Letras produziu seu primeiro trabalho
científico, O Torrão Maranhense, aos 17 anos, logo depois, Uma Região
Tropical[56], através do qual delineou um panorama abrangente sobre aspectos
geográficos, econômicos, etnológicos, recursos arqueológicos e particularidades
culturais regionais. Lopes localizou os primeiros sítios arqueológicos
maranhenses, sambaquis e estearias, servindo sua obra de orientação a todas as
pesquisas posteriormente realizadas no Estado[56]. Sua produção científica como
pesquisador efetivo do Museu Nacional do Rio de Janeiro foi significativa e
seus estudos voltados ao desenvolvimento de ações na defesa e salvaguarda de
bens patrimoniais inovadores em sua época. Morreu no Rio de Janeiro, em 1941, pouco
após o término do seu último trabalho acadêmico, Antropogeografia
CORREA, Mariza. TRAFICANTES DO EXCÊNTRICO – os
antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60. Disponível em
http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm
LOPES, Raimundo. O TORRÃO MARANHENSE. Rio de
Janeiro: Typ. Do Jornal do Commercio, 1916
LOPES, Raimundo. UMA REGIÃO TROPICAL. Rio de
Janeiro: Fon-Fon e Seleta, 1970
Raimundo Lopes na Internet:
Alexandre Fernandes Corrêa (2003, 2009) reproduz
texto de Paulo Avelino: ”Resenha de livro raro: Uma Região Tropical, de
Raimundo Lopes” [56], em Teatro de Memória[56], sobre a obra etno-geológica de
Raimundo Lopes: “Escreveu seu primeiro livro, “O Torrão Maranhense”,
considerado pelos especialistas o primeiro bom livro de geografia sobre a
região. Só que o escreveu quando a maioria das pessoas está pensando em outras
coisas que em teorias geográficas – ele o escreveu aos dezesseis anos. E o
publicou no ano seguinte, 1916 (nascera em 1899). […] “Nos anos vinte Raimundo
Lopes fez escavações pelo interior do estado, e disso resultaram descobertas
responsáveis por duas das três menções ao seu nome que existem na Internet
[56]. Uma é a estearia do lago Cajari, no município de Penalva, no vale do
grande rio Pindaré. Estearias ou cacarias eram os nomes que o povo da região
dava ao que o quase menino (tinha pouco mais de vinte) professor de geografia
descobriu que eram na verdade vestígios de uma aldeia de palafitas de pessoas
que habitavam aquele mesmo lugar, sobre a superfície daquele mesmo lago, cerca
de dois mil antes de Cristo. Foi uma descoberta importante. Eram as primeiras
habitações lacustres encontradas em todo o mundo fora da Suíça. As primeiras no
continente americano. Pesquisadores do Museu Nacional e do exterior louvaram
esse feito. Depois ele realizou outra descoberta, o sítio cadastrado como
MA-SL-4, também chamado de Sambaqui da Maiobinha. Sambaquis são pilhas de
conchas, peixes e outros vestígios de povos que viviam á beira-mar. Esse é bem
próximo da capital, na estrada entre São Luís e a cidade-dormitório de São José
de Ribamar, sítio que o próprio IPHAN classificou como relevância Alta.
CORREA, Alexandre Fernandes. A ANTROPOGEOGRAFIA DE
RAIMUNDO LOPES SOB INFLUÊNCIA DE EUCLIDES DA CUNHA in
CORREA, Alexandre Fernandes. AS RELAÇÕES ENTRE A
ETNOLOGIA E A GEOGRAFIA HUMANA EM RAIMUNDO LOPES. Cad. Pesq .. São Luís. v. 14.
n. 1. p.88-1 03. jan.!jun. 2003disponivel em http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%206(16).pdf
AVELINO, Paulo. ”Resenha de livro raro: Uma Região
Tropical, de Raimundo Lopes”, disponível em
http://www.fla.matrix.com.br/pavelino/lopes.htmlfala – LOPES, Raimundo. Uma
região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-fon e Seleta, 1970. 197p.
Coleção São Luís, volume 2.
ver também:
[60] Estearia: termo que corresponde ao vocábulo
italiano palafitti, designativo das habitações lacustres pré-históricas da
Europa. No Maranhão, os ribeirinhos do lago Cajari, perto da vila Penalva1,
chamam estearia a uns vestígios de moradias lacustres dos caboclos aborígenes.
Estudou-os Raymundo Lopes, em 1919, publicando a respeito um trabalho A
Civilização lacustre no Brasil no Boletim do Museu Nacional (Vol. 1 N.º 2.
Janeiro de 1924), no qual afirma ter visto os referidos vestígios, graças a uma
seca que fez baixar consideravelmente as águas do lago. Apresentou-se-lhe a
antiga habitação “com seus milhares de esteios, numa perspectiva belíssima,
impressionante, esponteando com os seus troncos negros, como se fosse imensa
floresta morta, à face argentada das águas”. Volta o ilustrado cientista a
tratar do assunto em O Jornal de 27 de novembro de 1927, no qual diz que o
termo estearia está consagrado nos círculos científicos brasileiros, falando de
novas ‘estearias’, ou ‘esteames’ como também designa, em outros sítios do Maranhão
e escreve: “A aldeia — jazida palafítica ou lacustre como a estearia do Cajari,
a primeira que observei em 1919, fica em pleno rio e, com o canal deste de
permeio, defronta a ponta da ‘Estrela’ oposta à bocaina do Parauá; está coberta
de água, mesmo no dezembro adusto em que a visitamos. Mas num fundo de cerca de
metro, embora a escassez do tempo, às apalpadelas, na lama cheia de estrepes,
sempre em tais pontos se colhe uma massa de fragmentos de cerâmica e pedra que,
se nem sempre enfeitam coleções, identificam suficientemente as jazidas”.
Informa-nos Jorge Hurley que, no Pará, especialmente no litoral atlântico, há
as ‘meruadas’ dos currais de pesca e das feitorias dos pescadores, abandonados,
idênticos à estearia do lago Cajari, no Maranhão. (Bernardino José de Souza, in
dicionário da terra e da gente do brasil, 1939.) Correspondência eletrônica de
Luis Melo a Leopoldo Gil Dulcio Vaz From: luis-mello-neves@hotmail.com To:
vazleopoldo@hotmail.com Subject: RE:Date: Mon, 22 Aug 2011 03:37:20 +0000. disponível
em
http://www.brasiliana.com.br/brasiliana/colecao/obras/116/dicionario-da-terra-e-da-gente-do-brasil
[62] SOUZA, Henrique José de. PEDRA DA GÁVEA (6. Rei
Badezir). In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm
SODRÉ,
Marcos. Os fenícios no Brasil. In RECANTO DAS LETRAS, 06/02/2008; 09/12/2008,
disponível em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/848406
[63] BADEZIR
foi um Rei fenício, que era viúvo e tinha 8 filhos, tendo vivido por volta do
ano 800 A.C. Os filhos gêmeos eram os mais velhos, e eram odiados pelos outros
irmãos. Por força desse sentimento, durante algum tempo forjaram a deposição de
Badezir, o que veio a acontecer, quando um conluio entre as castas militar e
religiosa, destronou o Rei e o expulsou, juntamente com os dois gêmeos, do
reino, passando a Fenícia, de Império à República. SOUZA, Henrique José de.
PEDRA DA GÁVEA (6. Rei Badezir). In
http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm
[64] SOUZA, Henrique José de. PEDRA DA GÁVEA (6. Rei
Badezir). In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm
[65] BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge
semita no Brasil… Fonte: http://www.viewzone.com
– Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21, 2013, disponível em
http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm
[66] BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge
semita no Brasil… Fonte:
http://www.viewzone.com – Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21,
2013, disponível em http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm
[67] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento
do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br. Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html
[68] LOBO, Haddock. História Universal. Rio de
Janeiro: Egéria, 1979. 3 volumes.
[74] O caminho [Peabiru] tinha diversas ramificações
utilizadas pelos guaranis, que, através delas, se deslocavam pelas diversas
partes do seu território, mantendo, em contato, as tribos confederadas através
de uma espécie de correio rudimentar chamado parejhara que ligava o norte e o
sul do Brasil, da Lagoa dos Patos até a Amazônia. Segundo a tradição desse
povo, o caminho não foi aberto por eles, que atribuem a sua construção ao
ancestral civilizador Sumé, que teria criado a rota no sentido leste-oeste.
Através do caminho, era realizada uma intensa troca comercial (na base do
escambo) entre os índios do litoral e do sertão e os incas: os índios do
litoral forneciam sal e conchas ornamentais, os índios do sertão forneciam
feijão, milho e penas de aves grandes como ema e tucano para enfeite, e os
incas forneciam objetos de cobre, bronze, prata e ouro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_do_Peabiru
ver ainda
Roberto Khatlab, in Brasil – Líbano: Amizade que
desafia a distância;
Bastani, Tanus Jorge “0
Líbano y los libaneses en Brasil” Parte octava: “Evidencia de los fenicios
llegando a Brasil”, páginas 155-159. Edición independiente. Río de Janeiro,
1945.
Bastani,
Tanus Jorge “El Líbano y los libaneses en Brasil” – Octava parte: “Huellas de
la llegada fenicia en Brasil”, páginas 155-159 edición independiente. Río de
Janeiro, 1945.
[78] “O GLOBO”, em notícia publicada em 23 de
setembro de 1982
[81] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na
Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924.
[82] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na
Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924.
[83] D´ABBEVILLE, Claude. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS
PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte:
Itatiaia; São Paulo: USP, 1975.
[84] MORAES, Pe. José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE
JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E PARÁ. São Luís 1759.
[85] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na
Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924.
[86] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil
antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em
http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html
[87] BARROS, Eneas. A tese de Ludwig Schwennhagen.
(s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em
http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí.
[88] BARROS, Eneas. A tese de Ludwig Schwennhagen.
(s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em
http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí.
[89] MIRANDA, Evaristo Eduardo de. QUANDO O AMAZONAS
CORRIA PARA O PACÍFICO. 2 Ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
[90] FROTA, Luciara Silveira de Aragão e. Os
Tabajaras e a Localização de Tribos Circunvizinhas.
Os%20Tabajaras%20e%20a%20Localização%20de%20Tribos%20Circunvizinhas.html
[91] Exposição feita por Thomas Pompeu Sobrinho in
“Pré-história Cearense”, página 99. Refuta ele a hipótese de Paul Radin,
levantada in “Índias of South América” (1946), de que os tupi irradiaram-se do
Guairá, na região média do Paraná, fundamentando essa hipótese em semelhanças
de caráter cultural entre os tupis e os indígenas da América do Norte, com quem
teriam estreitas ligações através da corrente antiliana. Possivelmente teriam
estes passado ao continente subindo o rio Amazonas, estabelecendo-se na sua
parte sul, na região entre o Xingu e o tapajós. SOBRINHO, Thomas Pompeu.
HISTÓRIA DO CEARÁ PRÉ-HISTÓRIA CEARENSE.Fortaleza: Editora Instituto do Ceará,
1955. página 19
[92] SOBRINHO, Thomas Pompeu. HISTÓRIA DO CEARÁ
PRÉ-HISTÓRIA CEARENSE.Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1955.
[93] Cf.Ludwig Schwennhagen, Antiga História do
Brasil de 1.100 a 1.500 A.C. pág. 45.
[94]
SCHEWENNHAGEN, Ludwig .
ANTIGA HISTÓRIA DO
BRASIL DE 1.100 A.C a 1.500
D.C., apresentação de Moacir L. Lopes,
2ª edição: Rio de Janeiro. Livraria e Editora Cátedra. 1970.
STUDART FILHO, Carlos. O
ANTIGO ESTADO DO
MARANHÃO E SUAS
CAPITANIAS FEUDAIS,
Biblioteca da Cultura,
série b – Estudos Pesquisas – vol. I. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará,
1960.
VIEIRA, Antonio. Relação da
missão da serra
de Ibiapaba pelo padre Antonio Vieira
da Companhia de Jesus, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ. Tomo XVIII (1904)
VIEIRA, Antonio; Cópia de uma carta a El-rey sobre
as Missões do Ceará, do Maranhão,
do Pará e das Amazonas, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ, Tomo X (1896), 106 –
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Miganville precede a
fundação de São Luis… Blog do Leopoldo Vaz • sábado, 05 de setembro de 2015 às
16:56, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/05/miganville-precede-a-fundacao-de-sao-luis/
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
Canelas. In Painel apresentado na III Jornada de Iniciação Científica da
Educação Física da UFMA, 1995;
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas – contribuições à história da educação física maranhense. In SOUSA E
SILVA, José Eduardo Fernandes de (org.). Esporte Com Identidade Cultural:
Coletâneas. Brasília: INDESP, 1996, p. 106-111.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas – contribuições à história da educação física maranhense. In Revista
“Nova Atenas” de Educação Tecnológica, São Luís, v.4, n. 2, jul/dez 2001,
disponível em www.cefet-ma.br/revista.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas. REV. IHGM 36, MARÇO 2011, p 128. Revisto e ampliado para apresentação
no IHGM em 2011.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A Fundação Do Maranhão São
Luis/Vinhais. In II ENCONTRO DE ESTUDOS CULTURAIS: CULTURA E SUBJETIVIDADES
Mesa-redonda: Comemorações Históricas: São Luís 400 anos: Ciência, Arte e
Humanidades 30/05/2011
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas. In XIII Congress
of the International Society for the History of Physical Education and Sport
and; XII Congress of the Brazilian Society for the History of Physical
Education and Sport, Rio de Janeiro, 2012
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CONTRIBUIÇÕES PARA A
HISTÓRIA DE CAMOCIM – CEARÁ.
BARRETO, Gilton. VIÇOSA DO CEARÁ – História, fatos e
fotos. Fortaleza: Pouchain Ramos, 2006
BARRETO, Gilton. VIÇOSA DO CEARÁ sob um olhar
histórico. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2012.
BANDEIRA, Arkley Marques. VINHAIS VELHO –
Arqueologia, História e Memória. São Luis: Ed. Foto Edgar Rocha, 2013.
SARNEY, José; COSTA, Pedro. AMAPÁ: A TERRA ONDE O
BRASIL COMEÇA. Brasilia: Senado Federal, 1999
MIRANDA, Evaristo Eduardo de. QUANDO O AMAZONAS
CORRIA PARA O PACÍFICO – uma história desconhcida da Amazônia. 2 ed.
Petrópolis: Vozes, 2007
[110] Civilização Tupi-Guarani/História.
https://pt.wikibooks.org/wiki/Civiliza%C3%A7%C3%A3o_Tupi-Guarani/Hist%C3%B3ria
[114] NEVES, Walter Alves; Bernardo, Danilo
Vicensotto; OKUMURAI, Mercedes; ALMEIDA, Tatiana Ferreira de; STRAUSS, André
Menezes. Origem e dispersão dos Tupiguarani: o que diz a morfologia craniana?
Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 6, n. 1, p. 95-122, jan.-
abr. 2011
[115] FEITOSA, Antonio Cordeiro. O MARANHÃO PRIMITIVO:
UMA TENTATIVA DE RECONSTITUIÇÃO. São Luis: Augusta, 1983.
[116] DOMINGUES, Virgilio. O TURIAÇU. São Luis:
SIOGE, 1953
LOPES, Raimundo. A civilização lacustre do Brasil.
In COSTA, Cássio Reis. A BAIXADA MARANHENSE, no plano do Governo João Castelo.
São Luis: SIOGE, 1982.
LOPES, Raimundo. UMA REGIÃO TROPICAL. Rio de
janeiro: Cia Ed. Brasileira; Fon-Fon, 1970.
LOPES DA CUNHA, Antônio. Instituto histórico. In
ESTUDOS DIVERSOS. São Luís: SIOGE, 1973.
LIMA, Olavo Correia (1985). Província Espeleológica
do Maranhão. Revista do Instituto
Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano LIX n 10, São Luís-MA, p. 62-70.
LIMA, Olavo Correia (1986). Cultura Rupestre
Maranhense. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano LX, n.
11-São Luís –MA, p. 7-12.
LIMA, Olavo Correia; AROSO, Olair Correia Lima
(1989). Pré-História Maranhense. SIOGE São Luís-MA.
CARVALHO, J. B. de. Nota sobre a arqueologia da Ilha
de São Luís. Revista do IHGM, Ano VII, n. 6, dezembro de 1956
LOPES, Raimundo. O TORRÃO MARANHENSE. Rio de
Janeiro: Typ. Do Jornal do Commercio, 1916
LOPES, Raimundo. ANTROPOGEOGRAFIA. Rio de Janeiro:
Museu Nacional, 1956. (Edição fac-similar comemorativa ao centenário de
fundação da Academia Maranhense de Letras, São Luis: AML, 2007).
SAMPAIO, Alberto José de. Biogeografia Dinâmica – a
natureza e o homem no Brasil. Coleção Brasiliana, vol. 53, 1935
SAMPAIO, Alberto José de. Fitogeografia do Brasil
Coleção Brasiliana, vol. 35, 1935
AVELINO, Paulo. ”Resenha de livro raro: Uma Região
Tropical, de Raimundo Lopes”, disponível em
http://www.fla.matrix.com.br/pavelino/lopes.htmlfala – LOPES, Raimundo. Uma
região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-fon e Seleta, 1970. 197p.
Coleção São Luís, volume 2.
CORREA, Alexandre Fernandes. A ANTROPOGEOGRAFIA DE
RAIMUNDO LOPES SOB INFLUÊNCIA DE EUCLIDES DA CUNHA in
EVREUX, Ives d´. VIAGEM AO NORTE DO BRASIL FEITAS
NOS ANOS DE 1613 A 1614. São Paulo: Siciliano, 2002.
ABBEVILLE, Claude d´. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES
CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte:
Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975
MELLO, Evaldo Cabral de (org.). O BRASIL HOLANDÊS
(1630-1654). São Paulo: Penguin Classics, 2010.
PAULA RIBEIRO, Francisco de. MEMÓRIAS DOS SERTÕES
MARANHENSES. São Paulo: Siciliano, 2002
PROJETO JOGOS INDÍGENAS DO BRASIL. in
http://www.jogosindigenasdobrasil.art.br/port/campo.asp#canela
[117]CORREIA LIMA, Olavo; AROSO, Olir Corria Lima.
PRÉ-HISTÓRIA MARANHENSE. São Luis: Gráfica Escolar, 1989.
CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Ameríndios
maranhenses. REVISTA IHGM, Ano LIX, n. 08, março de 1985 38-54
CORREIA LIMA, O. Homo Sapiens stearensis –
Antropologia Maranhense REVISTA IHGM Ano LIX, n. 9, junho de 1985 33-43
CORREIA LIMA, O. Província espeleológica do Maranhão
REVISTA IHGM Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 62-70
CORRIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Cultura rupestre
maranhense – arqueologia, antropologia REVISTA IHGM Ano LX, n. 11, março de
1986 07-12
CORREIA LIMA, O. Parque Nacional de Guaxenduba
REVISTA IHGM ano LX, n. 12, 1986 ? 21-36
CORRÊA LIMA, O. No país dos Timbiras REVISTA IHGM
Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 82-91
CORREIA LIMA, O. Mário Simões e a arqueologia
maranhense REVISTA IHGM Ano LXII, n. 14, março de 1991 23-31
[118] Associação Carlos Ubbiali; Instututo Ekos. OS
ÍNDIOS DO MARANHÃO. O MARANHÃO DOS ÍNDIOS. São Luís: Associação Carlos Ubbiali,
2004
[119] CORREIA LIMA, Olavo & AROSO, Olir Correia
Lima. Pré-história maranhense. São Luís: Gráfica Escolar, 1989.
[120] AQUINO, Rubim S.L; LEMOS, Nivaldo J. F. de
& LOPES, Oscar G.P. C. História das sociedades americanas. Rio de Janeiro:
Ao Livro Técnico, 1990.
[121] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os
índios Canelas. In Painel apresentado na III Jornada de Iniciação Científica da
Educação Física da UFMA, 1995;
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas – contribuições à história da educação física maranhense. In SOUSA E
SILVA, José Eduardo Fernandes de (org.). Esporte Com Identidade Cultural:
Coletâneas. Brasília: INDESP, 1996, p. 106-111.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas – contribuições à história da educação física maranhense. In Revista
“Nova Atenas” de Educação Tecnológica, São Luís, v.4, n. 2, jul/dez 2001,
disponível em www.cefet-ma.br/revista.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas. REV. IHGM 36, MARÇO 2011, p 128. Revisto e ampliado para apresentação
no IHGM em 2011.
VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios
canelas. In XIII Congress
of the International Society for the History of Physical Education and Sport
and; XII Congress of the Brazilian Society for the History of Physical
Education and Sport, Rio de Janeiro,
[122] FEITOSA, Antonio Cordeiro. O Maranhão
primitivo: uma tentativa de reconstituição. São Luís: Augusta, 1983.
[123] VAZ, obras citadas.
[124] FRANÇA, Martha San Juan & GARCIA, Roberto.
Os primeiros brasileiros. Superinteressante v. 3, n. 4, p. 30-36, abril de
1989.
[125] DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. A
corrida de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canelas (relatório
de pesquisa provisório). Zeitgschift Muncher Beltrdzur Vulkerkunde, julho,
1989.
DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. Cultura do
lúdico e do movimento dos índios Canelas. Revista Brasileira de Ciências do
Esporte, Campinas, v. 11, n. 1, p. 55-57, set. 1989.
DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. . A corrida
de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canelas. Revista Brasileira
de Ciências do Esporte – v.15 – n.2 – 1994
[126] MIRANDA, 2007, obra citada, p. 40-41.
[127] TEIXEIRA, Dante M.; PAPAVERO, Nelson. A viagem
do Capitão de Gonneville.In OS PRIMEIROS DOCUMENTOS SOBRE A HISTÓRIA NATURAL DO
BRASIL (1500-1511) – viagens de Pinzón, Cabral, Vespucci, Albuquerque, do
Capitão de Gonneville e da Nau Bretoa. 2 ed. Belém: Museu Paraense Emilio
Goeldi, 2009, p. 151-153.
[128] Associação Carlos Ubbiali; Instututo Ekos. OS
ÍNDIOS DO MARANHÃO. O MARANHÃO DOS ÍNDIOS. São Luís: Associação Carlos Ubbiali,
2004
PREZIA, Benedito; HOORNAERT, Eduardo. ESTA TERRA
TINHA DONO. 6 ed. Revs. E atual. São Paulo: FTD, 2000
[129] NIMUENDAJÚ, Curt. A corrida de toras dos
timbira. MANA v.7 n.2 Rio de Janeiro
oct. 2001
[130] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. “BREVE DESCRIÇÃO DAS
GRANDES RECREAÇÕES DO RIO MUNI DO MARANHÃO, Pelo Padre João Tavares, da
Companhia de Jesus, Missionário no dito Estado, ano 1724”. REVISTA DO IHGM, No.
37, junho de 2011 – Edição Eletrônica, p 176-186
http://issuu.com/leovaz/docs/revista_ihgm_37_-_junho_2011
[132] Schwennhagen, Ludovico, MINHAS PESQUISAS
ARQUEOLÓGICAS NO MARANHÃO. IN A Pacotilha, São Luis, 30 de maio de 1925.
Prof. Leopoldo Gil Dulcio Vaz
=============================================
UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V
Brasil, 12 de abril de 2016
Departamento de Cultura, Comunicação e Divulgação
Diretora: Socióloga e Acadêmica
:Ana Maria Felix Garjan
_________________________________________________