* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

sábado, 30 de novembro de 2013

Organizações não estatais internacionais: Cruz Vermelha Internacional e Human Rights Watch International - Boletim Jus Notícias



Uma das mais importantes missões da Universidade Planetária do Futuro é divulgar artigos, textos científicos e matérias relacionadas com os importantes temas da humanidade.

Neste último dia do mês do novembro de 2013, às vésperas de completarmos mais um ano de atividades em prol do desenvolvimento da nossa "cultura humanista-planetária de paz", a Universidade Planetária do a UNIFUTURO, divulga importante artigo do Boletim Jus Notícias.

Organizações não estatais internacionais: Cruz Vermelha Internacional e Human Rights Watch International

Boletim Jus Notícias

Publicado por Nestor Sampaio, em 29/11/2013

Além do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do Direito Internacional dos Refugiados, há o Direito Internacional Humanitário, que é um conjunto de regras que buscam, por questões humanitárias, limitar e minimizar os efeitos do conflito armado. Ele protege as pessoas que não participam ou não mais participam das hostilidades e restringem os meios e métodos de guerra. O Direito Internacional Humanitário também é conhecido como direito de guerra e direito do conflito armado.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi fundado há 150 anos em Genébra, Suíça, e seu símbolo homenageia a bandeira daquele Estado. O seu princípio básico é que, mesmo na guerra, há limites relativos à forma como a guerra é conduzida e relativos ao comportamento dos combatentes. As regras no combate foram aceitas por quase todas as nações no mundo e são conhecidas pela designação de Direito Internacional Humanitário, do qual as Convenções de Genébra constituem o fundamento. Para evitar conflitos com países que não admitem o simbolismo católico (embora a Cruz Vermelha não se vincule ao Cristianismo), tal organismo adota uma lua, na posição de quarto crescente, de cor vermelha, em fundo branco.

A aceitação da CICV deriva do direito humanitário, construído em decorrência da Convenção de Genébra de 1949. Trata-se uma organização não governamental, imparcial, neutra e independente, cuja atribuição exclusivamente humanitária volta-se para proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e de revoluções internas, dando-lhes assistência médica, de suprimentos etc.

Existe uma Assembleia, que é o órgão máximo de direção da Cruz Vermelha, que traça a política e estratégias de seu funcionamento. O Conselho de Assembleia, de caráter colegiado, prepara as atividades da CICV no que atine a recursos, pessoal e comunicação. A diretoria é um órgão executivo que zela pelo cumprimento dos objetivos gerais e pela linha de funcionamento definida pela Assembléia.

A Human Rights Watch International é uma organização não governamental internacional independente, custeada por doações, mas que não aceita doações de governos ou de entidades públicas, que se dedica à tutela dos direitos humanos dos povos do mundo todo. Foi criada em 1978, com a Divisão de Helsinki (Finlândia), contando atualmente com 5 divisões, referentes à África, Américas, Ásia, Oriente Médio e aos países que aderiram aos Acordos de Helsinki. Possui 3 divisões temáticas: direitos da criança, direitos da mulher e transferência de armas. Investiga e pública violações de direitos humanos, responsabilizando seus autores.

Estimula governos, imprensa e sociedade a respeitarem o direito internacional dos direitos humanos e induz as vítimas de violações de direitos a afrontarem práticas discriminatórias. Dedica-se também à mobilização internacional pela causa dos direitos humanos e defende a liberdade de pensamento, o devido processo legal, o princípio de legalidade, uma sociedade civil atuante etc. A Human Rights documenta e oferece denúncias de homicídios, desaparecimentos, torturas, prisões ilegais, discriminações, abusos sexuais e outras, visando responsabilizar governos e governantes pelo desrespeito dos direitos humanos de seus povos.

http://nestorsampaio.jusbrasil.com.br/




Brasil, 30 de novembro de 2013

Universidade Planetária - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Maria de Fátima Felix Rosar
Depto de Divulgação Cultural e Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A linguagem das flores, por Ivonete Lucirio - Agência FAPESP

A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo da Agência FAPESP 

A linguagem das flores


Por Ivonete Lucirio

Agência FAPESP – A açucena branca significa candura. Já a amarela quer dizer “tens a preferência”. Se for um amor-perfeito da mesma cor, a mensagem é “não te demores”. Esses e outros significados são encontrados nos “dicionários das flores” – tipo de publicação bastante popular no século XIX, na qual cada flor correspondia a uma mensagem de amor. Eram livros fartamente divulgados, baratos e atingiam grande circulação.

O dicionário funcionava como uma espécie de código amoroso, usado para enviar mensagens cifradas entre os jovens amantes com o intuito de driblar os olhares vigilantes dos pais e maridos.
“A popularização desse tipo de publicação no século XIX no Rio de Janeiro esteve intimamente ligada ao desenvolvimento urbano da corte. Foi nesse período que as moças, em particular as nascidas na burguesia urbana, começaram a frequentar os espaços públicos”, disse a pesquisadora Alessandra El Far, antropóloga e professora do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que dedicou dois anos, de 2011 a 2013, à pesquisa dos dicionários das flores, com apoio da FAPESP.

As primeiras publicações do tipo tiveram origem na França no próprio século XIX. A versão mais antiga conhecida, e também a mais famosa, foi escrita por Madame Charlotte de Latour, em 1819. Várias edições foram traduzidas e adaptadas a partir dessa.

O formato das edições variava bastante, indo desde as mais simples, de capa brochada, contendo apenas os verbetes e que somavam 50 a 70 páginas, até as ricamente ilustradas, de luxo, que traziam -- além dos significados – jogos galantes, outras linguagens secretas baseadas nos usos de leques, bengalas, pedras e cores, além de poemas que versavam sobre as flores. Na tentativa de atrair o público leitor, os editores estampavam logo na capa a mensagem: “aos fiéis súditos de cupido”.

“No século XIX, ocasiões como bailes e passeios públicos passaram a ser muito bem aproveitadas para galanteios. E, nesse cenário, a linguagem das flores poderia ser usada pelos namorados, que também aproveitavam essas oportunidades para a troca discreta de bilhetes e cartas de amor”, completou El Far. A partir do início do século XX, entre as décadas de 1910 e 1920, os dicionários das flores começaram a cair em desuso. “Quando as moças passam a desfrutar de uma maior liberdade de convívio com os rapazes, a linguagem das flores perde importância como ferramenta de galanteio.”

Durante sua pesquisa, a antropóloga avaliou mais de 20 edições publicadas no Rio de Janeiro e em Portugal, além de outras publicações também relacionadas à linguagem das flores, como, por exemplo, os manuais de jardinagem. Entre as portuguesas, deu preferência às que também circulavam no Brasil.

Entre as obras estudadas está o Dicionário da Linguagem das Flores, publicado em Lisboa em 1869. No Rio de Janeiro, esse tipo de livro era editado por diversas livrarias, entre elas a Garnier e a Laemmert.

Para realizar sua investigação, El Far fez várias viagens ao Rio de Janeiro, para pesquisar na Biblioteca Nacional, e duas a Portugal. Durante a primeira visita, em setembro de 2011, apresentou um trabalho sobre o dicionário das flores no Congresso Internacional Pluridisciplinar com o tema “Flowers/Fleurs/Flores”, realizado pelo Centro de História e Teoria das Ideias da Universidade Nova de Lisboa, que discutiu os diversos usos e significados das flores nos contextos filosófico, religioso, histórico e na literatura.

Durante a segunda visita, realizada ao longo do mês de julho de 2012, a antropóloga deteve-se no acervo da Biblioteca Nacional de Portugal. “Descobri que havia lá diversas edições, tanto cariocas quando portuguesas”, contou El Far.

Livro sobre o galanteio
O interesse da antropóloga por esse tipo de publicação nasceu durante as pesquisas que realizou para seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), desenvolvido com apoio da FAPESP, quando resolveu descobrir o que as pessoas liam no fim do século XIX e começo do XX.

“Concluí que, além dos cânones da literatura, como Machado de Assis, Raul Pompéia e Aluísio Azevedo, havia também o interesse por gêneros literários que não existem mais hoje, como as narrativas de sensação, romances só para homens, proibidos para mulheres por trazer histórias de teor pornográfico”, contou El Far.

Casualmente, durante suas pesquisas, deparou-se com os dicionários das flores, que despertaram seu interesse. “Agora, vou reunir todo o material pesquisado com o objetivo de analisar a linguagem secreta das flores e então começar a escrever um livro sobre como se dava o namoro e o galanteio no século XIX”, disse a antropóloga.



Brasil, 29 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
Direção: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar

Departamento de Divulgação Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Educação para combater a desigualdade, Por Washington Castilhos - Agência FAPESP



A Universidade Planetária do Futuro - Ano IV desenvolve seus objetivos maiores, através da pesquisa, seleção e divulgação de importantes conteúdos científicos e culturais. Hoje divulgamos, na Academia Científica da UNIFUTURO, importante matéria da Agência FAPESP.






Educação para combater a desigualdade

26/11/2013 Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP – Qual a melhor estratégia para enfrentar a desigualdade social, uma das grandes barreiras para a sustentabilidade global? Cientistas reunidos no 6º Fórum Mundial de Ciências (FMC), que ocorre no Rio de Janeiro até quarta-feira (27/11) sob o tema “Ciência para o desenvolvimento sustentável”, concordam que um dos caminhos é por meio da redução das iniquidades em áreas como saúde e educação.

“Precisamos compartilhar o conhecimento científico”, defendeu o geneticista inglês John Burn, professor de genética clínica na Newcastle University, no Reino Unido, e um dos colaboradores do consórcio do Projeto Varioma Humano, iniciativa global criada em 2006, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que visa à redução de doenças de origem genética por meio do compartilhamento de dados sobre alterações genômicas.

“O sequenciamento do genoma humano nos permitiu dar respostas. Conhecemos inteiramente o DNA do homem, mas isso não é a solução. É preciso saber como interpretá-lo. Todos nós carregamos uma mutação genética, mas o importante é saber quantas variações podem levar a doenças. Se todos compartilharem essa informação, podemos reduzir em muito o risco de doenças”, afirmou o cientista, que em 2009 foi condecorado com o título de Sir pelos serviços prestados à Medicina.

Burn salientou o quanto a ciência tem se tornado cada vez mais inclusiva, citando como exemplo o teste de sequenciamento genético. “Há dez anos, quem podia fazer o seu mapeamento genético? A tecnologia de um teste de DNA custava US$ 100 mil. Hoje custa cerca de US$ 5 mil”, observou.

Burn lembrou o quanto o teste genético se tornou popular após ter permitido à atriz Angelina Jolie se livrar do risco de desenvolver um câncer de mama com uma mastectomia, depois da descoberta de uma mutação genética hereditária no gene BRCA1. Mulheres com mutação neste gene têm um risco de 55% a 85% de ter câncer de mama. Com a cirurgia, o risco de a atriz desenvolver a doença caiu para 5%.

“Angelina Jolie prestou um grande serviço. Mas a mutação que ela apresentava era conhecida e, portanto, mais fácil de ser detectada. No entanto, temos que reconhecer que todas as pessoas são diferentes, daí a importância do compartilhamento de informações. Sobretudo para o Brasil, país de etnias tão diferentes”, disse Burn.

“Recentemente, tivemos conhecimento de que uma em cada 300 mulheres do sul do Brasil carregavam a mutação R337H no gene p53, responsável por um em cada 12 casos de câncer de mama. Tal informação pode ser importante para mulheres do outro lado do mundo. Compartilhar o conhecimento pode salvar vidas”, disse o geneticista.

No projeto Varioma Humano (HVP) a informação é coletada da literatura, dos laboratórios ou dos registros dos pacientes e compartilhada para todo o mundo. Com sede em Melbourne (Austrália), fazem parte do HVP 18 países e o consórcio conta com a colaboração de 1.200 membros em todo o mundo. O Brasil não faz parte do consórcio.

Saída pelo capital humano

Se a genética tem se mostrado um instrumento de eliminação de desigualdades, no Brasil os avanços no campo da educação podem ser relacionados à crescente inclusão social, afirmou o economista Ricardo Paes de Barros, secretário de assuntos estratégicos da Presidência da República.

“O progresso na educação brasileira, aliado ao aumento de renda da população, é o que tem nos permitido reduzir as iniquidades sociais”, disse Paes de Barros, em sua apresentação no FMC.

Ainda há, no entanto, segundo ele, muitos desafios a serem superados. “Embora a renda atual tenha aumentado aproximadamente 30% em relação a 2003, o país ainda enfrenta problemas relacionados à produtividade. E como podemos ter um país onde os salários aumentam mais que a produtividade?”, questionou.

Diferentemente do representante brasileiro, a economista chinesa Linxiu Zhang, vice-diretora do Centro Chinês para Políticas de Agricultura, assumiu que as desigualdades na China – país que forma com o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul o bloco conhecido como Brics – persistem. “Ainda falta alcançarmos a equidade no que diz respeito ao capital humano, ou seja, em relação à educação e à saúde”, disse Zhang.

“Em dez anos, nossa renda aumentou somente 10% e apenas 40% dos alunos do ensino médio de áreas rurais vão para a universidade. Nossos estudos também mostram que 40% dos alunos não completam nem sequer o ensino médio”, afirmou.

De acordo com a economista, "diferentemente de países que, com sucesso, conseguiram alcançar o status do crescimento com equidade – como Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Irlanda, Nova Zelândia –, a China segue os passos de países que alcançaram o crescimento com alto nível de desigualdades – como a Argentina (nos anos 1950), Venezuela, Brasil e Chile (nos anos 1960/1970) e o México de hoje em dia".

Outro tema abordado na mesa da qual participaram John Burn, Ricardo Paes de Barros e Linxiu Zhang foi a relação entre o aumento populacional e a desigualdade social. Os cientistas discutiram se o tratamento igualitário na solução do problema é que vai produzir a igualdade entre as pessoas ou se é o tratamento diferenciado do problema que vai fazer chegar à solução das desigualdades sociais. Os cientistas apostam na segunda alternativa.

“Depende de qual país estamos falando. A taxa de fecundidade no Brasil está em constante declínio e já se encontra abaixo do nível de reposição. Ou seja, em alguns anos seremos um país de idosos. Então, dependendo do país, há de se desenvolver políticas de redução ou de aumento populacional”, afirmou Barros.

“O tratamento para cada família deve ser diferente, porque elas têm necessidades diferentes”, avaliou Zhang.

O Fórum Mundial de Ciência 2013 é organizado pela Academia de Ciências da Hungria em parceria com a Unesco, o International Council for Science (ICSU), a Academy of Sciences for the Developing World (Twas), a European Academies Science Advisory Council (Easac), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a American Association for the Advancement of Science (AAAS), com a missão de promover o debate entre a comunidade científica e a sociedade. Mais informações: www.sciforum.hu

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Brasil, 27 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV

Centro de Ciências Sociais
Profa. Dra. Maria de Fatima Felix Rosar

Departamento de Divulgação Científica
Ana Felix Garjan

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pelos caminhos da crítica literária, por Samuel Antenor - Agência FAPESP

 

A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo importante sobre crítica literária.

Continuamos a divulgar as matérias da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, uma das organizações mais importantes do Brasil.



 

 

Pelos caminhos da crítica literária

07/11/2013
Por Samuel Antenor
Agência FAPESP – Não há crítica sem juízo e, se não houver juízo, o que resta é apenas comentário. A frase é da crítica literária Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), que participou na segunda-feira (04/11) de um café literário promovido pela Fundação Bunge, em parceria com a FAPESP, na Casa das Rosas, em São Paulo.
Perrone-Moisés foi uma das vencedoras da 58ª edição do Prêmio Fundação Bunge na categoria Vida e Obra, ao lado do escritor catarinense Alexandre Nodari, ganhador do 34º Prêmio Fundação Bunge Juventude.
 
Em sua apresentação, a professora falou sobre os diferentes contextos literários e sobre como esses contextos influenciam a crítica tanto na academia quanto nos jornais e revistas – forma pela qual os leitores das obras têm acesso às análises dos especialistas. “A crítica literária tem validade, não tem verdade”, afirmou, citando o crítico e linguista francês Roland Barthes (1915-1980), a quem considera um de seus mestres em sua área de atuação, ao lado do professor Antônio Cândido e do poeta Haroldo de Campos (1929-2003).
 
Autora de livros como O Novo Romance francês (1966), Falência da crítica (1973) e Vinte Luas (1992), com o qual venceu o Prêmio Jabuti em 1993 na categoria Estudos Literários (Ensaio), Perrone-Moisés conviveu com Cândido e Campos, em São Paulo, e com Barthes, em Paris, nos anos 1950, quando iniciou sua trajetória profissional.
 
A mesa-redonda na Casa das Rosas foi coordenada pelo poeta e crítico literário Frederico Barbosa, diretor do centro cultural voltado à divulgação da literatura e da poesia. O casarão construído por Ramos de Azevedo na Avenida Paulista, no início do século 20, abriga o Centro de Referência Haroldo de Campos, com um acervo de 20 mil livros da biblioteca do poeta concretista.
 
Na abertura do debate, o presidente da FAPESP, Celso Lafer, destacou a importância da obra de Perrone-Moisés e de sua escolha para a edição deste ano do Prêmio Bunge. “Creio que ninguém é mais representativo do que ela para falar, neste momento, sobre os caminhos trilhados pela crítica literária no Brasil, pois sua capacidade de análise vai ao encontro do que se pretende aqui: debater o papel da crítica para a compreensão da literatura e da poesia no Brasil”, disse.
 
O ex-reitor e professor da USP Jacques Marcovitch, presidente do conselho administrativo da Fundação Bunge, lembrou o papel da professora na aproximação entre pesquisadores da área e autores do Brasil e de países como a França. E falou da importância da atuação dos críticos para a formação do mercado editorial brasileiro.
 
“Escolhemos o tema para o prêmio deste ano com a convicção de que o Brasil é um país onde a questão editorial está em expansão. E o crítico literário é quem nos mostra quais são as prioridades para publicação”, enfatizou.
 
Leitor especializado
Para Perrone-Moisés, embora nos últimos anos a crítica literária tenha perdido espaço na mídia impressa, na internet, segundo ela, surgiu uma “espécie de crítica literária” ainda pouco aprofundada e com capacidade de argumentação em construção.
 
“Até o fim do século 20, a crítica de jornal mantinha um antagonismo em relação à crítica universitária. Mas isso se modificou e hoje tanto os críticos na academia como os que escrevem em publicações impressas e eletrônicas têm entre si muito mais similaridades de análise”, afirmou.
 
Segundo a professora, vários críticos que publicam em jornais e revistas buscaram uma formação específica, como mestrado e doutorado, especializando-se nesse tipo de análise, que exige, na visão da professora, apurada capacidade de exame. “Os jornalistas literários, assim como os escritores, se beneficiaram dos estudos e debates feitos na academia”, disse.
 
“É fato que o espaço para a crítica cresceu um pouco nos jornais, nos últimos cinco anos. Há mais revistas literárias, e há também a internet. O lamentável, atualmente, é que haja muito pouco debate de qualidade”, observou.
 
Poder de argumentação
Perrone-Moisés destacou que as transformações históricas e linguísticas pelas quais passa a literatura demoram a ser absorvidas. “Os bons autores não são efêmeros. Eles permanecem lidos por muito tempo. E, com o tempo de permanência de suas obras, vem também o juízo formulado pela crítica.” Por isso, a chamada literatura de entretenimento, segundo ela, ainda que encontre espaço no mercado editorial, não tende a ocupar os raros espaços destinados à crítica literária.
 
“As editoras estão atentas e tendem a publicar muito mais o que tem qualidade. Da mesma forma, os críticos se informam também pelo que é publicado e sabemos que dificilmente autores de qualidade escapam das boas editoras”, disse à Agência FAPESP.
 
Para fazer uma crítica, porém, não basta gostar ou não gostar de uma obra. É preciso ter argumentos. “A internet permite que todos possam falar sobre literatura em sites e blogs, mas nesses espaços percebo que acontece um debate sem crítica”, afirmou.
 
Segundo sua definição, “o crítico nada mais é do que um leitor especializado, que se torna crítico por ler muito; com critérios técnicos e experiência, pode fazer comparações entre obras de referência e o que está sendo analisado”.
 
Sobre o prêmio
O Prêmio Fundação Bunge foi criado em 1955 como forma de incentivar a inovação e a disseminação de conhecimento. É concedido anualmente a personalidades de destaque em diversos ramos das Ciências, Letras e Artes no país
.
O prêmio está dividido nas categorias Vida e Obra, em reconhecimento à obra consolidada de um especialista, cuja pesquisa represente um patrimônio importante para o país, e Juventude, que premia jovens talentos, destacando um profissional de até 35 anos cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.
 
Em 2013, além de Leyla Perrone-Moisés e Alexandre Nodari, Klaus Reichardt foi premiado na categoria Vida e Obra e Samuel Beskow, na categoria Juventude, na área de Recursos Hídricos e Agricultura (leia mais emagencia.fapesp.br/18019).
Os prêmios foram entregues em 1º de outubro. Desde a criação do Prêmio Bunge, foram laureadas 171 pessoas.


http://www.fapesp.br/
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Divulgação: UNIFUTURO

 
Brasil, 08/11/2013
Universidade Planetária do Futuro
Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Maria de Fátima Felix Rosar
.
Departamento de Divulgação cultural e científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TURISMO E CULTURA NO MARANHÃO: as caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara, dissertação de mestrado da Profa. Cristiane Mesquita Gomes


A UNIFUTURO - Universidade Planetária do Futuro divulga importante matéria, na data de hoje.

Trata-se da dissertação da Profa. Cristiane Mesquita Gomes, que estará sendo apresentada hoje pela tarde, na cidade de Fortaleza, a partir das 15h, horário do nordeste.

(Estamos em tempo real)





A Profa. Cristiane Mesquita Gomes, turismologa, especialista em docência na educação superior e mestre em gestão de negócios turísticos pela UECE - Universidade Estadual do Ceará, e  literária com autoria de 6 obras entre contos, crônicas, epopeias e poemas, defende hoje, dia 04 de novembro de 2013, a Dissertação sob o título: TURISMO E CULTURA NO MARANHÃO: as caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara.

Pesquisa de relevância sociocultural, justificada pelo ineditismo, pretendendo perfilar a realidade das caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara, delineando o universo sacroprofano do festejo e a urdidura complexa do "código de conduta" próprio destas que são mulheres negras e pobres, oriundas dos quilombos erigidos no entorno alcantarense. São também trabalhadoras rurais aposentadas, muitas vezes, únicas provedoras financeiras do ambiente familiar.

A mais evidente peculiaridade das caixeiras alcantarenses é  rufar suas caixas somente em louvor ao Divino,  o que as diferencia das demais no estado, que tocam também em Terreiros de Mina.
A festa do Divino Espirito Santo na pequena cidade é um expoente atrativo turístico no Maranhão, entre  outras no estado.

Em Alcântara as senhoras do Divino são ditas sacerdotisas do Espirito Santo.

Dos resultados da pesquisa evidenciam-se a iminente preocupação com a possibilidade de extinção da festa pela ausência de novas caixeiras que dediquem suas vidas ao mundo sagrado do Divino.

Entre entrevistas e questionários, adolescentes, mães, alunos, professores da rede pública local, gestores públicos, o padre, caixeiras e festeiros depuseram em unicidade sobre a possibilidade de extinção da festa considerando que esta não existe sem caixeiras e as duas últimas sacerdotisas do Divino que restam na cidade de Alcântara estão com avançada idade.

Em depoimento, emocionada, a caixeira de 82 anos disse: quando eu morrer se acaba tudo, acaba o batuque, acaba a festa...

Quando morre uma caixeira, perda irreparável, leva consigo boa parte do repertório que é dito de improviso ou repentes. Enfim, a questão é seria e não apresenta providencias fáceis, ainda que o festejo na cidade seja um dos atrativos turísticos, mais vendidos do Estado, pois o legado, antes passado entre gerações, agora não conta com herdeiros que garantam a manutenção de herança cultural ímpar.




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 Cristiane Mesquita Gomes conversa com um jornalista de São Luís.


Profa. Cristiane com alunos da Escola onde dá aulas.
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Brasil, 04 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
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Depto de Divulgação Cultural e Científica.
Coordenadora: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com



Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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