* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Adeus a Nelson Mandela, o Pai de Todos!



Muitos eventos celebram a memória de um grande homem que livrou seu país da opressão de uma minoria branca, durante muitos anos.



Mandela deu 67 anos de sua vida lutando pelos direitos da humanidade.

Hoje, dia 10 de dezembro de 2013, foi o dia da despedida do grande/inesquecível humanista e defensor da Paz, o africano Nelson Mandela, considerado o Pai de Todos. Mais de 90 chefes de governo do mundo e as autoridades da África do Sul estiveram ouvindo cantos de despedida e cerimônias, em homenagem a um dos maiores líderes da humanidade.

Disse Mandela:

”A morte é algo inevitável. Quando um homem fez o que ele considera ser seu dever para com o seu povo e seu país, ele pode descansar em paz. Creio ter feito esse esforço e que, portanto, é por isso que vou dormir para a eternidade “-. Parte de uma entrevista para o documentário Mandela, 1994.

O Estádio Soccer City, de Soweto, em Johanesburgo foi o grande palco das cerimônias de despedidas de Mandiba, Nelson Mandela, o filho e o pai da humanidade da África do Sul e da humanidade! Foi nesse estádio, em 2010, durante a Copa do Mundo, que Mandela fez sua última aparição.

O primeiro presidente negro da África do Sul morreu na última quinta-feira, dia 5 de dezembro. Milhares de pessoas visitaram durante esses dias, a casa onde Mandela morreu, que virou um imenso memorial de homenagens.

Ele foi considerado por alguns religiosos como "uma luz na escuridão". "Madiba não duvidou da luz. Ele construiu o caminho para um futuro melhor, mas ele não pode fazer isso sozinho", disse um religioso, referindo-se a Mandela pelo seu nome de clã.

Mais de 90 líderes de governo estiveram presentes na cerimônia. Entre eles, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, o presidente alemão Joachim Gauck, o presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso, o rei holandês Willem-Alexander e o príncipe Felipe da Espanha.

Três ex-presidentes americanos acompanharam Obama: George W. Bush, Bill Clinton e Jimmy Carter. Dilma Rousseff foi acompanhada pelos ex-presidentes brasileiros José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula.

Celebridades envolvidas com a luta contra o apartheid também estiveram presentes como os músicos Bono e Peter Gabriel. O presidente palestino Mahmoud Abbas e o presidente indiano Pranab Mukherjee estiveram presentes ao funeral.

Após a cerimônia de hoje, o corpo de Mandela será levado, em cortejos, por três dias em Pretória, e depois seguirá para a vila de Qunu, onde será enterrado no domingo, dia 15, dez dias antes do Natal deste ano.

Frases de Mandela:

”Dedicamos este dia a todos os heróis e heroínas neste país e no resto do mundo que sacrificaram em muitos aspectos e entregaram suas vidas para que pudéssemos ser livres".

”Poucas coisas fazem a vida de um pai mais gratificante e doce como ver os filhos bem-sucedidos.”

”Algumas coisas sempre parecem impossíveis até que sejam realizadas.”
"Sul-africanos não têm noção de tempo e isso também é por que não conseguimos resolver a pobreza e os problemas sociais … É agora 10 anos desde a queda do governo do Apartheid, e não podemos culpar o Apartheid depois de tanto tempo". – Nelson Mandela, 22 de agosto de 2003.

Ninguém sabe verdadeiramente o que uma é nação até que tenha estado dentro de suas prisões. Uma nação não deve ser julgada pela forma como trata seus cidadãos mais elevados, mas seus menos queridos.

”Não me julgue pelo meu sucesso, me julgue por quantas vezes eu caí e voltei de novo.” – Nelson Mandela

Eu estou aqui diante de vocês, não como um profeta, mas como um humilde servo de vocês, do povo. Seus sacrifícios incansáveis e heróicos tornaram possível para que estivesse aqui hoje. Por isso, coloco os restantes anos da minha vida em suas mãos. – Primeiro dia da sua libertação, Cidade do Cabo (11 Fevereiro de 1990.

Eu odeio a discriminação racial mais intensamente e em todas as suas manifestações. Eu lutei durante toda a minha vida, eu a combati, e vou fazê-lo até o fim dos meus dias. Mesmo apesar de acontecer agora de eu ser julgado por alguém cuja opinião eu tenho em alta estima, eu detesto mais violentamente o sistema que me rodeia aqui. Faz-me sentir que sou um homem negro no tribunal de um homem branco. Isso não devia ser assim – Primeiro declaração judicial de 1962.

"Nossas crianças são o nosso maior tesouro. Eles são o nosso futuro. Aqueles que abusam delas rasgam o tecido da nossa sociedade e enfraquece a nossa nação. – Homens Nacional `s de março de 1997

”O que vale na vida não é o simples fato de que termos vivido. É o que temos feito diferença na vida de outras pessoas que irão determinar o significado da vida que levamos “-. 90ª festa de aniversário de Walter Sisulu, Walter Sisulu Hall, Joanesburgo, 18 de maio de 2002

”Que haja trabalho, pão, água e sal para todos.”

"Nunca, nunca e nunca mais deve deixar que esta bela terra volte a experimentar a opressão de um pelo outro e sofrer a indignidade de ser o esgoto do mundo – Nelson Mandela, Discurso Inaugural, Pretoria 09 de maio de 1994.

”Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Eu estimo o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas possam viver juntas em harmonia com igualdade de oportunidades. É um ideal que espero viver, e ver realizado. Mas meu Senhor, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer “-. Declaração de Defesa durante o julgamento de Rivonia, 1964.

Adeus, Pai de Todos!


"Morreu Nelson Mandela, mas seu legado estará sempre a se reproduzir, se tivermos a determinação de fazer nascer uma sociedade sem escravos e sem miséria".
Maria de Fatima Felix Rosar


Universidade Planetária do Futuro
Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 13 anos

Depto. de Divulgação Cultural e Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

sábado, 30 de novembro de 2013

Organizações não estatais internacionais: Cruz Vermelha Internacional e Human Rights Watch International - Boletim Jus Notícias



Uma das mais importantes missões da Universidade Planetária do Futuro é divulgar artigos, textos científicos e matérias relacionadas com os importantes temas da humanidade.

Neste último dia do mês do novembro de 2013, às vésperas de completarmos mais um ano de atividades em prol do desenvolvimento da nossa "cultura humanista-planetária de paz", a Universidade Planetária do a UNIFUTURO, divulga importante artigo do Boletim Jus Notícias.

Organizações não estatais internacionais: Cruz Vermelha Internacional e Human Rights Watch International

Boletim Jus Notícias

Publicado por Nestor Sampaio, em 29/11/2013

Além do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do Direito Internacional dos Refugiados, há o Direito Internacional Humanitário, que é um conjunto de regras que buscam, por questões humanitárias, limitar e minimizar os efeitos do conflito armado. Ele protege as pessoas que não participam ou não mais participam das hostilidades e restringem os meios e métodos de guerra. O Direito Internacional Humanitário também é conhecido como direito de guerra e direito do conflito armado.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi fundado há 150 anos em Genébra, Suíça, e seu símbolo homenageia a bandeira daquele Estado. O seu princípio básico é que, mesmo na guerra, há limites relativos à forma como a guerra é conduzida e relativos ao comportamento dos combatentes. As regras no combate foram aceitas por quase todas as nações no mundo e são conhecidas pela designação de Direito Internacional Humanitário, do qual as Convenções de Genébra constituem o fundamento. Para evitar conflitos com países que não admitem o simbolismo católico (embora a Cruz Vermelha não se vincule ao Cristianismo), tal organismo adota uma lua, na posição de quarto crescente, de cor vermelha, em fundo branco.

A aceitação da CICV deriva do direito humanitário, construído em decorrência da Convenção de Genébra de 1949. Trata-se uma organização não governamental, imparcial, neutra e independente, cuja atribuição exclusivamente humanitária volta-se para proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e de revoluções internas, dando-lhes assistência médica, de suprimentos etc.

Existe uma Assembleia, que é o órgão máximo de direção da Cruz Vermelha, que traça a política e estratégias de seu funcionamento. O Conselho de Assembleia, de caráter colegiado, prepara as atividades da CICV no que atine a recursos, pessoal e comunicação. A diretoria é um órgão executivo que zela pelo cumprimento dos objetivos gerais e pela linha de funcionamento definida pela Assembléia.

A Human Rights Watch International é uma organização não governamental internacional independente, custeada por doações, mas que não aceita doações de governos ou de entidades públicas, que se dedica à tutela dos direitos humanos dos povos do mundo todo. Foi criada em 1978, com a Divisão de Helsinki (Finlândia), contando atualmente com 5 divisões, referentes à África, Américas, Ásia, Oriente Médio e aos países que aderiram aos Acordos de Helsinki. Possui 3 divisões temáticas: direitos da criança, direitos da mulher e transferência de armas. Investiga e pública violações de direitos humanos, responsabilizando seus autores.

Estimula governos, imprensa e sociedade a respeitarem o direito internacional dos direitos humanos e induz as vítimas de violações de direitos a afrontarem práticas discriminatórias. Dedica-se também à mobilização internacional pela causa dos direitos humanos e defende a liberdade de pensamento, o devido processo legal, o princípio de legalidade, uma sociedade civil atuante etc. A Human Rights documenta e oferece denúncias de homicídios, desaparecimentos, torturas, prisões ilegais, discriminações, abusos sexuais e outras, visando responsabilizar governos e governantes pelo desrespeito dos direitos humanos de seus povos.

http://nestorsampaio.jusbrasil.com.br/




Brasil, 30 de novembro de 2013

Universidade Planetária - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Maria de Fátima Felix Rosar
Depto de Divulgação Cultural e Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A linguagem das flores, por Ivonete Lucirio - Agência FAPESP

A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo da Agência FAPESP 

A linguagem das flores


Por Ivonete Lucirio

Agência FAPESP – A açucena branca significa candura. Já a amarela quer dizer “tens a preferência”. Se for um amor-perfeito da mesma cor, a mensagem é “não te demores”. Esses e outros significados são encontrados nos “dicionários das flores” – tipo de publicação bastante popular no século XIX, na qual cada flor correspondia a uma mensagem de amor. Eram livros fartamente divulgados, baratos e atingiam grande circulação.

O dicionário funcionava como uma espécie de código amoroso, usado para enviar mensagens cifradas entre os jovens amantes com o intuito de driblar os olhares vigilantes dos pais e maridos.
“A popularização desse tipo de publicação no século XIX no Rio de Janeiro esteve intimamente ligada ao desenvolvimento urbano da corte. Foi nesse período que as moças, em particular as nascidas na burguesia urbana, começaram a frequentar os espaços públicos”, disse a pesquisadora Alessandra El Far, antropóloga e professora do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que dedicou dois anos, de 2011 a 2013, à pesquisa dos dicionários das flores, com apoio da FAPESP.

As primeiras publicações do tipo tiveram origem na França no próprio século XIX. A versão mais antiga conhecida, e também a mais famosa, foi escrita por Madame Charlotte de Latour, em 1819. Várias edições foram traduzidas e adaptadas a partir dessa.

O formato das edições variava bastante, indo desde as mais simples, de capa brochada, contendo apenas os verbetes e que somavam 50 a 70 páginas, até as ricamente ilustradas, de luxo, que traziam -- além dos significados – jogos galantes, outras linguagens secretas baseadas nos usos de leques, bengalas, pedras e cores, além de poemas que versavam sobre as flores. Na tentativa de atrair o público leitor, os editores estampavam logo na capa a mensagem: “aos fiéis súditos de cupido”.

“No século XIX, ocasiões como bailes e passeios públicos passaram a ser muito bem aproveitadas para galanteios. E, nesse cenário, a linguagem das flores poderia ser usada pelos namorados, que também aproveitavam essas oportunidades para a troca discreta de bilhetes e cartas de amor”, completou El Far. A partir do início do século XX, entre as décadas de 1910 e 1920, os dicionários das flores começaram a cair em desuso. “Quando as moças passam a desfrutar de uma maior liberdade de convívio com os rapazes, a linguagem das flores perde importância como ferramenta de galanteio.”

Durante sua pesquisa, a antropóloga avaliou mais de 20 edições publicadas no Rio de Janeiro e em Portugal, além de outras publicações também relacionadas à linguagem das flores, como, por exemplo, os manuais de jardinagem. Entre as portuguesas, deu preferência às que também circulavam no Brasil.

Entre as obras estudadas está o Dicionário da Linguagem das Flores, publicado em Lisboa em 1869. No Rio de Janeiro, esse tipo de livro era editado por diversas livrarias, entre elas a Garnier e a Laemmert.

Para realizar sua investigação, El Far fez várias viagens ao Rio de Janeiro, para pesquisar na Biblioteca Nacional, e duas a Portugal. Durante a primeira visita, em setembro de 2011, apresentou um trabalho sobre o dicionário das flores no Congresso Internacional Pluridisciplinar com o tema “Flowers/Fleurs/Flores”, realizado pelo Centro de História e Teoria das Ideias da Universidade Nova de Lisboa, que discutiu os diversos usos e significados das flores nos contextos filosófico, religioso, histórico e na literatura.

Durante a segunda visita, realizada ao longo do mês de julho de 2012, a antropóloga deteve-se no acervo da Biblioteca Nacional de Portugal. “Descobri que havia lá diversas edições, tanto cariocas quando portuguesas”, contou El Far.

Livro sobre o galanteio
O interesse da antropóloga por esse tipo de publicação nasceu durante as pesquisas que realizou para seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), desenvolvido com apoio da FAPESP, quando resolveu descobrir o que as pessoas liam no fim do século XIX e começo do XX.

“Concluí que, além dos cânones da literatura, como Machado de Assis, Raul Pompéia e Aluísio Azevedo, havia também o interesse por gêneros literários que não existem mais hoje, como as narrativas de sensação, romances só para homens, proibidos para mulheres por trazer histórias de teor pornográfico”, contou El Far.

Casualmente, durante suas pesquisas, deparou-se com os dicionários das flores, que despertaram seu interesse. “Agora, vou reunir todo o material pesquisado com o objetivo de analisar a linguagem secreta das flores e então começar a escrever um livro sobre como se dava o namoro e o galanteio no século XIX”, disse a antropóloga.



Brasil, 29 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
Direção: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar

Departamento de Divulgação Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Educação para combater a desigualdade, Por Washington Castilhos - Agência FAPESP



A Universidade Planetária do Futuro - Ano IV desenvolve seus objetivos maiores, através da pesquisa, seleção e divulgação de importantes conteúdos científicos e culturais. Hoje divulgamos, na Academia Científica da UNIFUTURO, importante matéria da Agência FAPESP.






Educação para combater a desigualdade

26/11/2013 Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP – Qual a melhor estratégia para enfrentar a desigualdade social, uma das grandes barreiras para a sustentabilidade global? Cientistas reunidos no 6º Fórum Mundial de Ciências (FMC), que ocorre no Rio de Janeiro até quarta-feira (27/11) sob o tema “Ciência para o desenvolvimento sustentável”, concordam que um dos caminhos é por meio da redução das iniquidades em áreas como saúde e educação.

“Precisamos compartilhar o conhecimento científico”, defendeu o geneticista inglês John Burn, professor de genética clínica na Newcastle University, no Reino Unido, e um dos colaboradores do consórcio do Projeto Varioma Humano, iniciativa global criada em 2006, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que visa à redução de doenças de origem genética por meio do compartilhamento de dados sobre alterações genômicas.

“O sequenciamento do genoma humano nos permitiu dar respostas. Conhecemos inteiramente o DNA do homem, mas isso não é a solução. É preciso saber como interpretá-lo. Todos nós carregamos uma mutação genética, mas o importante é saber quantas variações podem levar a doenças. Se todos compartilharem essa informação, podemos reduzir em muito o risco de doenças”, afirmou o cientista, que em 2009 foi condecorado com o título de Sir pelos serviços prestados à Medicina.

Burn salientou o quanto a ciência tem se tornado cada vez mais inclusiva, citando como exemplo o teste de sequenciamento genético. “Há dez anos, quem podia fazer o seu mapeamento genético? A tecnologia de um teste de DNA custava US$ 100 mil. Hoje custa cerca de US$ 5 mil”, observou.

Burn lembrou o quanto o teste genético se tornou popular após ter permitido à atriz Angelina Jolie se livrar do risco de desenvolver um câncer de mama com uma mastectomia, depois da descoberta de uma mutação genética hereditária no gene BRCA1. Mulheres com mutação neste gene têm um risco de 55% a 85% de ter câncer de mama. Com a cirurgia, o risco de a atriz desenvolver a doença caiu para 5%.

“Angelina Jolie prestou um grande serviço. Mas a mutação que ela apresentava era conhecida e, portanto, mais fácil de ser detectada. No entanto, temos que reconhecer que todas as pessoas são diferentes, daí a importância do compartilhamento de informações. Sobretudo para o Brasil, país de etnias tão diferentes”, disse Burn.

“Recentemente, tivemos conhecimento de que uma em cada 300 mulheres do sul do Brasil carregavam a mutação R337H no gene p53, responsável por um em cada 12 casos de câncer de mama. Tal informação pode ser importante para mulheres do outro lado do mundo. Compartilhar o conhecimento pode salvar vidas”, disse o geneticista.

No projeto Varioma Humano (HVP) a informação é coletada da literatura, dos laboratórios ou dos registros dos pacientes e compartilhada para todo o mundo. Com sede em Melbourne (Austrália), fazem parte do HVP 18 países e o consórcio conta com a colaboração de 1.200 membros em todo o mundo. O Brasil não faz parte do consórcio.

Saída pelo capital humano

Se a genética tem se mostrado um instrumento de eliminação de desigualdades, no Brasil os avanços no campo da educação podem ser relacionados à crescente inclusão social, afirmou o economista Ricardo Paes de Barros, secretário de assuntos estratégicos da Presidência da República.

“O progresso na educação brasileira, aliado ao aumento de renda da população, é o que tem nos permitido reduzir as iniquidades sociais”, disse Paes de Barros, em sua apresentação no FMC.

Ainda há, no entanto, segundo ele, muitos desafios a serem superados. “Embora a renda atual tenha aumentado aproximadamente 30% em relação a 2003, o país ainda enfrenta problemas relacionados à produtividade. E como podemos ter um país onde os salários aumentam mais que a produtividade?”, questionou.

Diferentemente do representante brasileiro, a economista chinesa Linxiu Zhang, vice-diretora do Centro Chinês para Políticas de Agricultura, assumiu que as desigualdades na China – país que forma com o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul o bloco conhecido como Brics – persistem. “Ainda falta alcançarmos a equidade no que diz respeito ao capital humano, ou seja, em relação à educação e à saúde”, disse Zhang.

“Em dez anos, nossa renda aumentou somente 10% e apenas 40% dos alunos do ensino médio de áreas rurais vão para a universidade. Nossos estudos também mostram que 40% dos alunos não completam nem sequer o ensino médio”, afirmou.

De acordo com a economista, "diferentemente de países que, com sucesso, conseguiram alcançar o status do crescimento com equidade – como Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Irlanda, Nova Zelândia –, a China segue os passos de países que alcançaram o crescimento com alto nível de desigualdades – como a Argentina (nos anos 1950), Venezuela, Brasil e Chile (nos anos 1960/1970) e o México de hoje em dia".

Outro tema abordado na mesa da qual participaram John Burn, Ricardo Paes de Barros e Linxiu Zhang foi a relação entre o aumento populacional e a desigualdade social. Os cientistas discutiram se o tratamento igualitário na solução do problema é que vai produzir a igualdade entre as pessoas ou se é o tratamento diferenciado do problema que vai fazer chegar à solução das desigualdades sociais. Os cientistas apostam na segunda alternativa.

“Depende de qual país estamos falando. A taxa de fecundidade no Brasil está em constante declínio e já se encontra abaixo do nível de reposição. Ou seja, em alguns anos seremos um país de idosos. Então, dependendo do país, há de se desenvolver políticas de redução ou de aumento populacional”, afirmou Barros.

“O tratamento para cada família deve ser diferente, porque elas têm necessidades diferentes”, avaliou Zhang.

O Fórum Mundial de Ciência 2013 é organizado pela Academia de Ciências da Hungria em parceria com a Unesco, o International Council for Science (ICSU), a Academy of Sciences for the Developing World (Twas), a European Academies Science Advisory Council (Easac), a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a American Association for the Advancement of Science (AAAS), com a missão de promover o debate entre a comunidade científica e a sociedade. Mais informações: www.sciforum.hu

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Brasil, 27 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV

Centro de Ciências Sociais
Profa. Dra. Maria de Fatima Felix Rosar

Departamento de Divulgação Científica
Ana Felix Garjan

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pelos caminhos da crítica literária, por Samuel Antenor - Agência FAPESP

 

A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo importante sobre crítica literária.

Continuamos a divulgar as matérias da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, uma das organizações mais importantes do Brasil.



 

 

Pelos caminhos da crítica literária

07/11/2013
Por Samuel Antenor
Agência FAPESP – Não há crítica sem juízo e, se não houver juízo, o que resta é apenas comentário. A frase é da crítica literária Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), que participou na segunda-feira (04/11) de um café literário promovido pela Fundação Bunge, em parceria com a FAPESP, na Casa das Rosas, em São Paulo.
Perrone-Moisés foi uma das vencedoras da 58ª edição do Prêmio Fundação Bunge na categoria Vida e Obra, ao lado do escritor catarinense Alexandre Nodari, ganhador do 34º Prêmio Fundação Bunge Juventude.
 
Em sua apresentação, a professora falou sobre os diferentes contextos literários e sobre como esses contextos influenciam a crítica tanto na academia quanto nos jornais e revistas – forma pela qual os leitores das obras têm acesso às análises dos especialistas. “A crítica literária tem validade, não tem verdade”, afirmou, citando o crítico e linguista francês Roland Barthes (1915-1980), a quem considera um de seus mestres em sua área de atuação, ao lado do professor Antônio Cândido e do poeta Haroldo de Campos (1929-2003).
 
Autora de livros como O Novo Romance francês (1966), Falência da crítica (1973) e Vinte Luas (1992), com o qual venceu o Prêmio Jabuti em 1993 na categoria Estudos Literários (Ensaio), Perrone-Moisés conviveu com Cândido e Campos, em São Paulo, e com Barthes, em Paris, nos anos 1950, quando iniciou sua trajetória profissional.
 
A mesa-redonda na Casa das Rosas foi coordenada pelo poeta e crítico literário Frederico Barbosa, diretor do centro cultural voltado à divulgação da literatura e da poesia. O casarão construído por Ramos de Azevedo na Avenida Paulista, no início do século 20, abriga o Centro de Referência Haroldo de Campos, com um acervo de 20 mil livros da biblioteca do poeta concretista.
 
Na abertura do debate, o presidente da FAPESP, Celso Lafer, destacou a importância da obra de Perrone-Moisés e de sua escolha para a edição deste ano do Prêmio Bunge. “Creio que ninguém é mais representativo do que ela para falar, neste momento, sobre os caminhos trilhados pela crítica literária no Brasil, pois sua capacidade de análise vai ao encontro do que se pretende aqui: debater o papel da crítica para a compreensão da literatura e da poesia no Brasil”, disse.
 
O ex-reitor e professor da USP Jacques Marcovitch, presidente do conselho administrativo da Fundação Bunge, lembrou o papel da professora na aproximação entre pesquisadores da área e autores do Brasil e de países como a França. E falou da importância da atuação dos críticos para a formação do mercado editorial brasileiro.
 
“Escolhemos o tema para o prêmio deste ano com a convicção de que o Brasil é um país onde a questão editorial está em expansão. E o crítico literário é quem nos mostra quais são as prioridades para publicação”, enfatizou.
 
Leitor especializado
Para Perrone-Moisés, embora nos últimos anos a crítica literária tenha perdido espaço na mídia impressa, na internet, segundo ela, surgiu uma “espécie de crítica literária” ainda pouco aprofundada e com capacidade de argumentação em construção.
 
“Até o fim do século 20, a crítica de jornal mantinha um antagonismo em relação à crítica universitária. Mas isso se modificou e hoje tanto os críticos na academia como os que escrevem em publicações impressas e eletrônicas têm entre si muito mais similaridades de análise”, afirmou.
 
Segundo a professora, vários críticos que publicam em jornais e revistas buscaram uma formação específica, como mestrado e doutorado, especializando-se nesse tipo de análise, que exige, na visão da professora, apurada capacidade de exame. “Os jornalistas literários, assim como os escritores, se beneficiaram dos estudos e debates feitos na academia”, disse.
 
“É fato que o espaço para a crítica cresceu um pouco nos jornais, nos últimos cinco anos. Há mais revistas literárias, e há também a internet. O lamentável, atualmente, é que haja muito pouco debate de qualidade”, observou.
 
Poder de argumentação
Perrone-Moisés destacou que as transformações históricas e linguísticas pelas quais passa a literatura demoram a ser absorvidas. “Os bons autores não são efêmeros. Eles permanecem lidos por muito tempo. E, com o tempo de permanência de suas obras, vem também o juízo formulado pela crítica.” Por isso, a chamada literatura de entretenimento, segundo ela, ainda que encontre espaço no mercado editorial, não tende a ocupar os raros espaços destinados à crítica literária.
 
“As editoras estão atentas e tendem a publicar muito mais o que tem qualidade. Da mesma forma, os críticos se informam também pelo que é publicado e sabemos que dificilmente autores de qualidade escapam das boas editoras”, disse à Agência FAPESP.
 
Para fazer uma crítica, porém, não basta gostar ou não gostar de uma obra. É preciso ter argumentos. “A internet permite que todos possam falar sobre literatura em sites e blogs, mas nesses espaços percebo que acontece um debate sem crítica”, afirmou.
 
Segundo sua definição, “o crítico nada mais é do que um leitor especializado, que se torna crítico por ler muito; com critérios técnicos e experiência, pode fazer comparações entre obras de referência e o que está sendo analisado”.
 
Sobre o prêmio
O Prêmio Fundação Bunge foi criado em 1955 como forma de incentivar a inovação e a disseminação de conhecimento. É concedido anualmente a personalidades de destaque em diversos ramos das Ciências, Letras e Artes no país
.
O prêmio está dividido nas categorias Vida e Obra, em reconhecimento à obra consolidada de um especialista, cuja pesquisa represente um patrimônio importante para o país, e Juventude, que premia jovens talentos, destacando um profissional de até 35 anos cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.
 
Em 2013, além de Leyla Perrone-Moisés e Alexandre Nodari, Klaus Reichardt foi premiado na categoria Vida e Obra e Samuel Beskow, na categoria Juventude, na área de Recursos Hídricos e Agricultura (leia mais emagencia.fapesp.br/18019).
Os prêmios foram entregues em 1º de outubro. Desde a criação do Prêmio Bunge, foram laureadas 171 pessoas.


http://www.fapesp.br/
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Divulgação: UNIFUTURO

 
Brasil, 08/11/2013
Universidade Planetária do Futuro
Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Maria de Fátima Felix Rosar
.
Departamento de Divulgação cultural e científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TURISMO E CULTURA NO MARANHÃO: as caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara, dissertação de mestrado da Profa. Cristiane Mesquita Gomes


A UNIFUTURO - Universidade Planetária do Futuro divulga importante matéria, na data de hoje.

Trata-se da dissertação da Profa. Cristiane Mesquita Gomes, que estará sendo apresentada hoje pela tarde, na cidade de Fortaleza, a partir das 15h, horário do nordeste.

(Estamos em tempo real)





A Profa. Cristiane Mesquita Gomes, turismologa, especialista em docência na educação superior e mestre em gestão de negócios turísticos pela UECE - Universidade Estadual do Ceará, e  literária com autoria de 6 obras entre contos, crônicas, epopeias e poemas, defende hoje, dia 04 de novembro de 2013, a Dissertação sob o título: TURISMO E CULTURA NO MARANHÃO: as caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara.

Pesquisa de relevância sociocultural, justificada pelo ineditismo, pretendendo perfilar a realidade das caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara, delineando o universo sacroprofano do festejo e a urdidura complexa do "código de conduta" próprio destas que são mulheres negras e pobres, oriundas dos quilombos erigidos no entorno alcantarense. São também trabalhadoras rurais aposentadas, muitas vezes, únicas provedoras financeiras do ambiente familiar.

A mais evidente peculiaridade das caixeiras alcantarenses é  rufar suas caixas somente em louvor ao Divino,  o que as diferencia das demais no estado, que tocam também em Terreiros de Mina.
A festa do Divino Espirito Santo na pequena cidade é um expoente atrativo turístico no Maranhão, entre  outras no estado.

Em Alcântara as senhoras do Divino são ditas sacerdotisas do Espirito Santo.

Dos resultados da pesquisa evidenciam-se a iminente preocupação com a possibilidade de extinção da festa pela ausência de novas caixeiras que dediquem suas vidas ao mundo sagrado do Divino.

Entre entrevistas e questionários, adolescentes, mães, alunos, professores da rede pública local, gestores públicos, o padre, caixeiras e festeiros depuseram em unicidade sobre a possibilidade de extinção da festa considerando que esta não existe sem caixeiras e as duas últimas sacerdotisas do Divino que restam na cidade de Alcântara estão com avançada idade.

Em depoimento, emocionada, a caixeira de 82 anos disse: quando eu morrer se acaba tudo, acaba o batuque, acaba a festa...

Quando morre uma caixeira, perda irreparável, leva consigo boa parte do repertório que é dito de improviso ou repentes. Enfim, a questão é seria e não apresenta providencias fáceis, ainda que o festejo na cidade seja um dos atrativos turísticos, mais vendidos do Estado, pois o legado, antes passado entre gerações, agora não conta com herdeiros que garantam a manutenção de herança cultural ímpar.




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 Cristiane Mesquita Gomes conversa com um jornalista de São Luís.


Profa. Cristiane com alunos da Escola onde dá aulas.
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Brasil, 04 de novembro de 2013

Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
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Depto de Divulgação Cultural e Científica.
Coordenadora: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Palestras com Gilles Boeuf - Agência FAPESP

 
 
 
A Universidade Planetária do Futuro - 13 anos divulga matéria da Agência FAPESP:
 
Palestras com Gilles Boeuf
30/10/2013
Agência FAPESP – O biólogo marinho e fisiologista ambiental Gilles Boeuf, presidente do Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris (França), estará em São Paulo nos dias 30 e 31 de outubro para ministrar palestras sobre biodiversidade e adaptação de ecossistemas.
 
Boeuf é professor de biologia marinha e fisiologia ambiental na Université Pierre et Marie Curie e pesquisador no Centre National pour la Recherche Scientifique (CNRS). Membro do Conselho Científico do Patrimônio Natural e da Biodiversidade do Ministério da Ecologia, do Desenvolvimento Sustentável e da Energia francês, foi nomeado este ano para ocupar a cátedra “Desenvolvimento sustentável, energia, meio ambiente e sociedades”, do Collège de France.
 
No dia 30 de outubro, às 16 horas, ele apresentará uma palestra científica em inglês intitulada “Oceanos, biodiversidade e recursos”, no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).
Às 20 horas, Boeuf proferirá a palestra “Os desafios da preservação da biodiversidade”, no Centro Universitário Maria Antônia.
 
As inscrições para o evento devem ser feitas pelo e-mail elisabeth.chouraki@diplomatie.gouv.fr e as vagas são limitadas.
 
Dia 31 de outubro, às 11 horas, será a vez de o Sesc Vila Mariana receber a palestra “O homem pode se adaptar a ele mesmo?”. Nessa ocasião, Boeuf abordará questões relacionadas aos limites da capacidade de adaptação dos ecossistemas, assunto do seu livro homônimo. Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência na central de atendimento do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.
Mais informações sobre as palestras podem ser conferidas em http://saopaulo.ambafrance-br.org/Visita-de-Gilles-Boeuf-Presidente 
 
 
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Brasil, 30 de outubro de 2013
Universidade Planetária do Futuro
Centro de Ciências Tecnológicas
 
Departamento de Comunicação Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Detesto aquele papo de que é possível educação de qualidade sem recursos, por Leonardo Sakamoto

A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo sobre educação.

Detesto aquele papo de que é possível educação de qualidade sem recursos

UOL ON LINE

Leonardo Sakamoto
15/10/2013 17:45

Ai, como eu detesto aquele papinho-aranha de que é possível uma educação de qualidade com poucos recursos, usando apenas a imaginação. Aulas tipo MacGyver, sabe? “Agora eu pego essa ripa de madeira de demolição, junto com esses potes de azeitona usados, coloco esses dois pregadores de roupa, mais essa corda de sisal… Pronto! Eis um laboratório para o ensino de química para o ensino médio!”

É possível ter boas aula sem estrutura? Claro. Há professores que viajam o mundo com seus alunos embaixo da copa de uma mangueira, com uma lousa e pouco giz. Por vezes, isso faz parte do processo pedagógico. Em outras, contudo, é o que foi possível. Nesse caso, transformar o jeitinho provisório em padrão consolidado é o ó do borogodó. Pois, como sempre é bom lembrar, quem gosta da estética da miséria é intelectual, porque são preferíveis escolas que contem com um mínimo de estrutura. Para conectar o aluno ao conhecimento. Para guiá-lo além dos limites de sua comunidade.

“Ah, mas Sakamoto, seu chato! Eu achei linda a história da Ritinha, do Povoado Todecas Tigo, que passa a madrugada encadernando sacos de papel de pão e apontando lascas de carvão, que servirão de lápis, para seus alunos da manhã seguinte. Ela sozinha dá aula para 176 pessoas de uma vez só, do primeiro ao nono ano, e perdeu peso porque passa seu almoço para o Joãozinho, um dos alunos mais necessitados. Ritinha, deu um depoimento emocionante ao Globo Repórter, dia desses, dizendo que, apesar da parca luz de candeeiro de óleo de rato estar acabando com sua visão, ela romperá quantas madrugadas for necessário porque acredita que cada um deve fazer sua parte.”

Para quem não se lembra, Joãozinho é velho personagem deste blog. Ele comia biscoitos de esterco com insetos e vendia ossos de zebu para sobreviver. Mas não ficou esperando o Estado, nem seus professores lhe ajudarem e, por conta, própria, lutou, lutou, lutou (às vezes, contando com a ajuda de um mecenas da iniciativa privada com sentimento de culpa ou feeling para ganho de imagem institucional), andando 73,5 quilômetros todos os dias para pegar o ônibus da escola e usando folhas de bananeira como caderno. Hoje, é presidente de uma multinacional.

Ritinha simboliza a construção de um discurso que joga nas costas do professor a responsabilidade pelo sucesso ou o fracasso das políticas públicas de educação. Esqueçam o desvio do orçamento da educação para pagamento de juros da dívida, esqueçam a incapacidade administrativa e gerencial, o sucateamento e a falta de formação dos profissionais, os salários vergonhosamente pequenos e planos de carreira risíveis, a ausência de infraestrutura, de material didático, de merenda decente, de segurança para se trabalhar.

Ritinha é alfa e ômega, a responsável por tudo.

Ao mesmo tempo, Joãozinho simboliza aquele papinho mandrake do self-made man, bonito, mas vazio, de que os alunos podem conseguir vencer, com esforço individual e apesar de toda adversidade, “ser alguém na vida”. A exibição ad nauseam do “Joãozinho Way of Fight”, favorecido nas metas de muitas organizações não-governamentais e nos sonhos dos liberais festivos, passa uma mensagem do tipo “se não consegue ser como Joãozinho e vencer por conta própria sem depender de uma escola de qualidade e de um bom professor, você é um verme nojento que merece nosso desprezo”. Daí para tornar o sistema educacional como um todo algo cada vez mais acessório é um passo.

Joãozinho é alfa e ômega, outro responsável por tudo.

Sabe o que dá desgosto no 15 de outubro, Dia da Professora e do Professor? Saber que parte daqueles que foram às ruas, nos últimos meses, segurando suas plaquinhas como “Por mais educação”, “Um país sem educação não tem solução” e “Anauê! Quero Educação para Você”, não acredita que a garantia da dignidade do profissional da educação, o que incluiria salários altos, tenha a ver com a melhoria da sociedade.

Ergueram plaquinhas porque esses mantras são superficiais. É bonito pedir educação para todos e todas. Mas a mudança real de modelo que isso significa na prática fere os valores defendidos por quem almeja um Estado mínimo. Educação de qualidade, desde que você trabalhe e pague por ela.

Esses mesmos repetem bobagens como “a pessoa é pobre porque não estudou ou trabalhou”. Pois acham que basta trabalhar e estudar para ter uma boa vida e que um emprego decente e uma educação de qualidade é alcançável a todos e todas desde o berço. E que todas as pessoas ricas e de posses conquistaram o que têm de forma honesta. Acham que todas as leis foram criadas para garantir Justiça e que só temos um problema de aplicação. Não se perguntam quem fez as leis, o porquê de terem sido feitas ou questiona quem as aplica.

Qual educação é a saída? Aquela defendida pelo pessoal de campanhas como “Amigos do Joãozinho”? Educar por educar, passar dados e técnicas, sem conscientizar o futuro trabalhador e cidadão do papel que ele pode vir a desempenhar na sociedade, é o mesmo que mostrar a uma engrenagem o seu lugar na máquina e ponto final. Uma das principais funções da escola deveria ser produzir pessoas pensantes e contestadoras que podem colocar em risco a própria estrutura política e econômica montada para que tudo funcione do jeito em que está. Educar pode significar libertar ou enquadrar. Que tipo de educação estamos oferecendo? Que tipo de educação precisamos ter?

Apesar da evolução dos últimos anos, parte dos jovens de escolas públicas têm entrado no ensino médio sabendo apenas ordenar e reconhecer letras, mas não redigir e interpretar textos.

Uma educação de baixa qualidade, insuficiente às características de cada lugar, que passa longe das demandas profissionalizantes e com professores mal tratados pode mudar a vida de um povo?

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Brasil, 16/10/2013


Universidade Planetária do Futuro - Ano IV

Centro de Ciênciais Sociais
Diretora: Dra. Profa. Maria de Fatima Felix Rosar
Depto de Divulgação Cultural e Científica
Coordenação: Ana Felix Garjan

sábado, 12 de outubro de 2013

Rodovias federais têm mais de 1.700 pontos de exploração sexual de menores, diz PRF

A Universidade Planetária do Futuro - Ano IV divulga uma realidade das mais lamentáveis sobre crianças que estão na rota da exploração sexual no Brasil:

Rodovias federais têm mais de 1.700 pontos de exploração sexual de menores, diz PRF

Do UOL, em São Paulo
11/10/201308h32
Um estudo da Polícia Rodoviária Federal constatou a existência de 1.776 pontos de risco de exploração sexual nas BRs. A região campeã de casos é a Centro-Oeste, com 398 pontos mapeados; a rodovia que lidera o ranking é a BR-230.

Veja os pontos onde há mais casos de exploração sexual de menores

  • Fonte: Polícia Rodoviária Federal
Os números foram divulgados na manhã desta sexta-feira (11) pelo "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, e consideram um monitoramento feito pela PRF desde 2006.

Ao todo, desde então, 3.800 crianças e adolescentes em situação de perigo foram encaminhados a conselhos e órgãos de proteção espalhados pelo país.

De acordo com o levantamento, a região Nordeste é a segunda na lista de pontos de risco, com 371 casos, seguida do Sudeste (358), Norte (333) e Sul (316).

Já entre as BRs, além da 230, são considerados pontos de maior incidência a 116 e 101.
Os principais pontos usados para exploração sexual, conforme a PRF, são estacionamentos de postos de gasolina, bares e restaurantes.

Só ano passado, a PRF resgatou 405 menores de idade de situações de exploração sexual, segundo a reportagem, e prendeu 142 pessoas.
A PRF orienta que situações de exploração sexual infantil sejam denunciadas pelo Disk 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
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Divulgação:
Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Grupo ARTFORUM Brasil XXI - 13 anos

Coordenação de Divulgação:
Ana Felix Garjan - anafelixgarjan.artes2010@gmail.com

Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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