Trata-se da dissertação da Profa. Cristiane Mesquita Gomes, que estará sendo apresentada hoje pela tarde, na cidade de Fortaleza, a partir das 15h, horário do nordeste.
(Estamos em tempo real)
A Profa. Cristiane Mesquita Gomes, turismologa, especialista em docência na educação superior e mestre em gestão de negócios turísticos pela UECE - Universidade Estadual do Ceará, e literária com autoria de 6 obras entre contos, crônicas, epopeias e poemas, defende hoje, dia 04 de novembro de 2013, a Dissertação sob o título: TURISMO E CULTURA NO MARANHÃO: as caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara.
Pesquisa de relevância sociocultural, justificada pelo ineditismo, pretendendo perfilar a realidade das caixeiras do Divino Espirito Santo de Alcântara, delineando o universo sacroprofano do festejo e a urdidura complexa do "código de conduta" próprio destas que são mulheres negras e pobres, oriundas dos quilombos erigidos no entorno alcantarense. São também trabalhadoras rurais aposentadas, muitas vezes, únicas provedoras financeiras do ambiente familiar.
A mais evidente peculiaridade das caixeiras alcantarenses é rufar suas caixas somente em louvor ao Divino, o que as diferencia das demais no estado, que tocam também em Terreiros de Mina.
A festa do Divino Espirito Santo na pequena cidade é um expoente atrativo turístico no Maranhão, entre outras no estado.
Em Alcântara as senhoras do Divino são ditas sacerdotisas do Espirito Santo.
Dos resultados da pesquisa evidenciam-se a iminente preocupação com a possibilidade de extinção da festa pela ausência de novas caixeiras que dediquem suas vidas ao mundo sagrado do Divino.
Entre entrevistas e questionários, adolescentes, mães, alunos, professores da rede pública local, gestores públicos, o padre, caixeiras e festeiros depuseram em unicidade sobre a possibilidade de extinção da festa considerando que esta não existe sem caixeiras e as duas últimas sacerdotisas do Divino que restam na cidade de Alcântara estão com avançada idade.
Em depoimento, emocionada, a caixeira de 82 anos disse: quando eu morrer se acaba tudo, acaba o batuque, acaba a festa...
Quando morre uma caixeira, perda irreparável, leva consigo boa parte do repertório que é dito de improviso ou repentes. Enfim, a questão é seria e não apresenta providencias fáceis, ainda que o festejo na cidade seja um dos atrativos turísticos, mais vendidos do Estado, pois o legado, antes passado entre gerações, agora não conta com herdeiros que garantam a manutenção de herança cultural ímpar.
____________________________
Cristiane Mesquita Gomes conversa com um jornalista de São Luís.
Profa. Cristiane com alunos da Escola onde dá aulas.
__________________________________
Brasil, 04 de novembro de 2013
Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
.
.
Depto de Divulgação Cultural e Científica.
Coordenadora: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com
Coordenadora: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com