* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Mineração: três séculos de desprezo pela vida - Outras Mídias


O Fórum Cultural e Científico da UNIFUTURO divulga matéria do 
Boletim Outras Palavras, sobre a história da mineração de Minas.


Mineração: três séculos de desprezo pela vida - Outras Mídias

– 17 de novembro de 2015
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Tragédia de Mariana relembra episódios de escravos enterrados vivos e revela: exploração mineral brasileira não superou lógica da devastação ambiental e desprezo pela população
Por Marcos Paulo de Souza Miranda, no Saúde do Meio

“Minas Gerais tem o seu próprio nome ligado à mineração, atividade que durante o apogeu do ouro e do diamante sustentou, em boa parte, a economia de Portugal. Nos dias de hoje, sem a fartura de pedras e metais preciosos, o minério de ferro é uma das bases da economia do Estado. Mas um lado funesto decorrente das atividades minerárias ao longo de mais de três séculos de exploração é ainda pouco conhecido: a perda de vidas humanas e a destruição do meio ambiente em episódios recorrentes na história do povo mineiro.

Tratando sobre a extração de ouro no Morro de Pascoal da Silva, em Vila Rica, em 1717, o Conde de Assumar deixou registrado em seu diário que os negros faziam “huns buracos mui profundos aonde se metem, e pouco a pouco vão tirando a terra para a lavar; porém esta sorte de tirar ouro he mui arriscado, porque sucede muitas vezes cahir a terra e apanhar os negros debayxo deitando-os enterrados vivos”.

O Barão de Langsdorff, ao percorrer região de Mariana em 1824, registrou: “passamos por um vale pobre e árido, por onde ocorre o rio São José, turvo pela lavação do ouro e em cujas margens se veem montes de cascalhos, alguns até já cobertos de capim. É difícil imaginar uma visão mais triste do que a deste vale, outrora tão rico em ouro”.

Em meados de 1844, na Mina de Cata Branca, município de Itabirito, à época alvo da exploração aurífera por uma empresa britânica, houve o desabamento da galeria explorada e soterramento de dezenas de operários escravos. Segundo os registros, dias depois do acidente ainda eram ouvidas vozes e gemidos dos negros em meio aos escombros. Ante a dificuldade de resgate, foi tomada a decisão de se desviar um curso d’água para inundar a mina, matando os pobres trabalhadores sobreviventes afogados, ao invés de espera-los morrer de fome.

Sobre o fato, José Pedro Xavier da Veiga deixou registrado nas suas célebres Efemérides Mineiras: “E lá estão enterradas naquele gigantesco túmulo da rocha as centenas de mineiros infelizes, que encontraram a morte perfurando as entranhas da terra para lhe aproveitar os tesouros. A mina conserva escancarada para o espaço uma boca enorme rodeada de rochas negras e como que aberta numa contorção de agonia”.

Em 21 de novembro de 1867, na Mina de Morro Velho, em Nova Lima, um desabamento matou dezessete escravos e um trabalhador inglês. Dezenove anos mais tarde, em 10 de novembro de 1886, a história se repetiu em Morro Velho. Mais recentemente, rompimentos de barragens nas minas de Fernandinho (1986) e Herculano (2014), em Itabirito; Rio Verde (2001), no Distrito de Macacos, em Nova Lima; e da Mineração Rio Pomba (2008), em Miraí, redundaram em dezenas de outras mortes e prejuízos irreversíveis ao meio ambiente.

No último dia 05 de novembro de 2015, em Mariana, o rompimento de duas barragens da empresa Samarco soterrou quase integralmente o Distrito de Bento Rodrigues, ceifou vidas, destruiu dezenas de bens culturais e danificou de forma severa os recursos ambientais de vasta extensão da Bacia do Rio Doce. Todos sabem que a história é mestra da vida e os fatos adversos por ela registrados devem servir de alerta para o futuro, para que os erros não sejam repetidos.

O aprendizado com os equívocos de antanho deveria impor ao setor minerário da atualidade uma completa mudança de paradigmas. Afinal, temos condições de sermos autores da nossa própria história e não podemos admitir a repetição reiterada desses desastres como algo normal, inerente às atividades econômicas de Minas Gerais.

Entretanto, percebemos que ainda se avultam as inconsequentes condutas induzidas pela ambição do lucro fácil e pelo desdém aos direitos alheios, não raras vezes secundadas pela omissão ou incompetência de autoridades públicas responsáveis pelos processos de licenciamento ambiental, que se contentam com a adoção de tecnologias ultrapassadas em empreendimentos de alto risco, que raramente são fiscalizados.

A anunciada flexibilização do licenciamento ambiental pelo Governo de Minas, com o nítido propósito de beneficiar, entre outros, o seguimento dos empreendimentos de mineração, segue na contramão do que a sociedade mineira espera e precisa: segurança e respeito aos seus direitos.
É hora de dizer um basta.”
Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.

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Divulgação: Fórum Cultural e Científico da UNIFUTURO.

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Brasil, 19 de novembro de 2015


Universidade Planetária do Futuro - Ano V
Grupo ARTFORUM Brasil XXI - 15 Anos
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Diretora de Assuntos Científicos:
Prof. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
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Coordenadora de Cultura e Divulgação:
Socióloga Ana Felix Garjan
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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Terror: o Ocidente prepara a pior resposta - Outras Palavras


A Universidade Planetária do Futuro divulga importante matéria
sobre o Terror no Ocidente e suas causas

Terror: o Ocidente prepara a pior resposta - Outras Palavras

– on 17/11/2015Categorias: CapaGeopolíticaMundo
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Evitar novos atentados exigiria enfrentar o ISIS, em coordenação com Rússia. Mas governantes parecem preferir duas políticas ineficazes: militarização e vigilância
Por Patrick Cockburn | Tradução: Inês Castilho
O “Estado Islâmico” (ISIS) ficará satisfeito com o resultado do seu ataque em Paris. Mostrou que pode retaliar com a usual selvageria um país que está bombardeando seu território, e é um poder a ser temido num momento em que está sob séria pressão militar. Bastou a ação de oito homens-bombas e atiradores suicidas do grupo para que este dominasse a agenda da mídia internacional por muito tempo.
Não há muito que possa ser feito a respeito. As pessoas estão compreensivelmente ansiosas para saber se serão metralhadas na próxima vez que se sentarem num restaurante ou assistirem a um concerto em Paris ou Londres. Mas o tom apocalíptico da cobertura de imprensa é exagerado: a violência vivida até agora em Paris não é comparável à de Belfast e Beirute nos anos 1970 ou à de Damasco e Bagdá, hoje. Ao contrário do que a cobertura hiperbólica da TV tenta mostrar, o choque de viver numa cidade bombardeada passa logo. As previsões de Paris amedrontada para sempre, na expectativa de outro ataque, jogam água no moinho do ISIS.

Outra desvantagem decorre da retórica exagerada sobre o massacre: ao invés de as atrocidades servirem como incentivo para ação efetiva, palavras iradas substituem políticas reais. Depois dos assassinatos no Charlie Hebdo, em janeiro, 40 líderes mundial marcharam de braços dados pelas ruas de Paris proclamando, entre outras coisas, que dariam prioridade à derrota do ISIS e seus equivalentes da al-Qaeda.
Mas, na prática, não fizeram nada parecido. Quando as forças do ISIS atacaram Palmira no leste da Síria, em maio, os EUA não lançaram ataques aéreos contra elas porque a cidade era defendida pelo exército sírio e Washington tinha medo de ser acusado de manter o presidente Bashar al-Assad no poder.
Na verdade, os EUA entregaram ao ISIS um trunfo militar, que o grupo usou prontamente para tomar Palmira, decapitar soldados sírios capturados e explodir antigas ruínas.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse na reunião do G20, na Turquia, que “o tempo para conversas acabou” e é preciso haver ação coletiva contra o “terrorismo”. Soa como uma afirmação impressionante da Turquia contra o ISIS, mas Erdogan explicou que sua definição de “terrorista” é ampla e inclui os curdos sírios e sua guerrilha YPG (Unidades de Proteção Popular), considerada pelos EUA a melhor aliada militar contra o ISIS.
O entusiasmo de Erdogan para atacar insurgentes curdos na Turquia e no norte do Iraque mostrou-se muito mais forte que seu desejo de atacar o ISIS, o Jabhat al-Nusra e o Ahrar al-Sham.
Há poucos sinais de que os líderes do G20, reunidos na Turquia, tenham entendido a natureza do conflito no qual estão envolvidos. A estratégia militar do ISIS é uma combinação única de terrorismo urbano, tática de guerrilha e guerra convencional. No passado, vários Estados usaram terrorismo contra seus opositores, mas, no caso do ISIS, sua estratégia de guerra é toda baseada em esquadrões suicidas com foco em alvos civis leves, em seu país e no exterior.
Quando o YPG tomou a passagem fronteiriça do ISIS, que cruzava para a Turquia em Tal Abyad, em junho, o grupo retaliou enviando soldados disfarçados à cidade curda de Kobani, onde massacraram mais de 220 homens, mulheres e crianças.
Quando a Rússia começou sua campanha aérea contra o ISIS e outros jihadistas extremistas, em 30 de setembro, o grupo respondeu plantando uma bomba num avião russo que deixava Sharm el-Sheikh, e matou 224 passageiros.
Outro erro cometido pelos líderes do G20 é subestimar insistentemente o ISIS. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que o grupo não deveria ser chamado pelo nome “Estado Islâmico”, mas infelizmente ele é de fato um Estado, e mais poderoso que metade dos membros das Nações Unidas – com um exército experiente, serviço militar obrigatório, tributação e controle de todos os aspectos da vida das pessoas na vasta área que domina.
Enquanto existir, irá projetar seu poder por meio de operações suicidas como as que acabamos de ver em Paris. Como o alvo potencial é a população civil como um todo, nenhuma ampliação das medidas de controle e das medidas de segurança será efetiva. O homem-bomba sempre passará.
A única solução real é a destruição do ISIS: isso poder ser feito apenas por meio de uma ação dos EUA e da Rússia, em parceria com aqueles que estão de fato lutando contra o grupo em terra.
A Força Aérea norte-americana agiu muito efetivamente com o YPG, habilitando-o a derrotar o ISIS em Kobani, e com a Peshmerga curdo-iraquiana, que capturou a cidade de Sinjar na semana passada. Mas os EUA resistem a atacar o ISIS quando este luta contra o exército sírio ou as milícias xiitas no Iraque. Como estas são as duas formações militares mais fortes envolvidas no combate ao ISIS, a força militar dos EUA está sendo retirada de onde seria mais efetiva.
Diante da simpatia internacional pelos franceses após o massacre em Paris, é inevitável que não haja quase nenhuma crítica à política “durona” da França em relação ao conflito sírio.
Há alguns meses, numa entrevista a Aron Lund, da Fundação Carnegie para a Paz Internacional (Carnegie Endowment for International Peace), um dos maiores especialistas franceses na Síria, Fabrice Balanche, atualmente no Instituto Washington para Política no Oriente Médio, contou que “em 2011-2012 sofremos uma espécie de macartismo intelectual na questão síria: se você dissesse que Assad não cairia em três meses, poderia tornar-se suspeito de estar sendo pago pelo regime sírio”.
Ele observou que o ministro das Relações Exteriores da França assumiu a causa da oposição síria, enquanto a mídia insistia em ver a revolta síria como a continuidade das revoluções na Tunísia e no Egito. Estavam cegos para as divisões políticas, sociais e entre seitas que marcam o país.
Como a burocracia estatal, a maior parte do exército e os serviços de segurança estão firmes com os alauítas, é quase impossível livrar-se de Assad e seu regime – cujos líderes vêm desta comunidade – sem que o Estado entre em colapso, deixando um vácuo que será preenchido pelo ISIS e seus pares da Al-Qaeda.
A despeito dos últimos ataques terroristas, ainda não há política de longo prazo para evitar que venham a acontecer novamente.

Patrick Cockburn

Patrick Cockburn é um jornalista irlandês. Foi correspondente no Oriente Médio, primeiro para o Financial Times e depois pelo Independent. Já escreveu três livros sobre o Iraque a invasão americana no país.

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                           Divulgação: Fórum Cultural e Científico da Universidade Planetária do Futuro


Brasil, 17 de novembro de 2015


Universidade Planetária do Futuro 
Departamento de Cultura e Ciências Humanas
Diretora do Departamento de Assuntos Científicos:
Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar

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*Grupo ARTFORUM Brasil XXI - 15 Anos
Coordenação de Edição: Ana Felix Garjan
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domingo, 1 de novembro de 2015

A crise humanista dos refugiados, por Aldy Mello




Fórum Cultural e Científico da UNIFUTURO

O Fórum cultural e científico da Universidade Planetária do Futuro - Ano V tem a satisfação de publicar o artigo do Professor Aldy Mello, Ex - Reitor da UFMA - Universidade Federal do Maranhão e do Ceuma - Centro de Ensino Superior da Maranhão, membro do IHGM - Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Ludovicense de Letras - ALL e membro de outras instituições brasileiras.



A crise humanitária dos refugiados

                                                                                 Aldy Mello * 

Ao contrário da comoção social que presenciamos pela mídia, quando o Charlie Hebdo foi atacado, em janeiro de 2015, em Paris, matando jornalistas e chargistas, a Europa não reagiu da mesma forma, no caso dos refugiados da Síria e do Iraque.  O mundo esperava que os europeus dissessem Je suis réfugié, como uma prova de solidariedade, criando no continente uma forma de comoção coletiva.
A crise humanitária, que se tornou manchete em todo o planeta, barrou diante à incompreensão dos homens e às dificuldades dos Estados do continente europeu. Para alguns, a fronteira foi fechada pelas reais condições de receber os imigrantes, para outros, foi mesmo a incompreensão dos governantes, chegando-se a construir cercas farpadas (casos só visto nos campos de concentração) e até mesmo, como se fez em Berlin no tempo do nazismo, a construção de muros.
A crise dos refugiados, talvez, seja a maior tragédia depois das guerras mundiais. As pessoas, inclusive velhos e crianças, são todas europeias e buscam asilo e refúgio em outros países, fugindo da pobreza, da falta de esperanças e, sobretudo, da perseguição de guerra. Ninguém se torna refugiado porque quer.
Chega-nos a imagem de uma Europa onde os governantes atuais parecem  incapazes de lidar com  um fato que sempre foi previsível de acontecer. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), só em 2014  a Europa recebeu mais de 700 mil refugiados e, só no primeiro semestre deste ano, os pedidos de asilo já chegaram a 184 mil, vindos de sírios e afegãos, diz a União Europeia.
A solidariedade é um sentimento presente nos tempos atuais, ultrapassando até as fronteiras nacionais. É um terreno que em Sociologia já assumiu forma e presença na vida moderna, como é o caso da solidariedade social tão comum.   Ainda no mês de janeiro de 2015, assistimos a uma prova de solidariedade sob a forma de comoção coletiva, diante dos atos terroristas em Paris, quando do ataque ao jornal Charlie Hebdo e da morte trágica de jornalistas e chargistas. Comportamento como esse tem sido comum em nossos dias, principalmente na ocorrência de tragédias coletivas. Toda solidariedade é um ato de bondade que se dirige a uma pessoa ou grupo social, em situação difícil e delicada, com o intuito de ajudar.
Vinda do francês solidarité, esse sentimento é abordado pelo ilustre filósofo francês Émile Durkheim como existente sob duas formas, uma  orgânica e outra mecânica.  É orgânica quando praticada visando à melhoria de um vínculo social. Isso ocorre comumente nas relações entre empregados e patrões, muito usada nos relacionamentos sindicais. A solidariedade mecânica é aquela que visa a um ajustamento entre indivíduos ou grupos sociais, comumente oriunda de sentimentos religiosos, costumes ou mesmo tradições. O apoio ao movimento Je suis Charlie foi um tipo de solidariedade sociocultural, quando o mundo inteiro se uniu contra as ideologias radicais que pregam o terrorismo.
A solidariedade vem sempre carregada de padecimento com o sofrimento dos outros, seja moralmente falando, através da assistência moral, ou materialmente, como ocorre nas grandes tragédias.  Numa ação solidária existe mutualidade de interesses e objetivos e ligações recíprocas.  Nesse tipo de ação, instalam-se compromissos e uma rede de relações fica estabelecida, garantindo e assegurando a coesão social.
A solidariedade humana promove os direitos humanos e ajuda a vencer a pobreza daqueles que não têm ou tudo que tinham perderam. Ela é uma resposta às necessidades humanas, aos sonhos perdidos, enfim, ela refaz a aventura do ser humano em buscar incessantemente a felicidade.
Para Albert Camus, escritor, romancista dramaturgo e filósofo francês do século XIX, ou somos solidários ou somos solitários. Quando somos solidários, pensamos nos outros, ajudamos as pessoas a superar suas dificuldades. Estamos vinculados ao social, e nosso olhar sobre o mundo é outro.  Ao contrário, se optamos pela solidão, somos solitários, afastando-nos dos compromissos sociais e distanciando-nos da comunhão de esperanças que circula no mundo. A nossa capacidade de troca diminui e evapora-se a nossa relação como contribuinte para solução dos problemas que afligem o planeta terra.
Os dicionários dão várias definições de solidariedade, expressando sempre
a ideia de que sua prática requer  simpatia, ternura e até piedade aos mais pobres e necessitados.  No entanto, a solidariedade não deve ser vista apenas como associada à ação ou ações de caráter assistencialista  praticadas  por pessoas  ou grupo de pessoas. Ela pode ter um caráter público, praticada pelo Estado, com o intuito de promover políticas públicas de proteção social. Há autores que defendem essa teoria, desembocando suas consequências na liberdade e na democracia. Assim, a solidariedade deixa de ser meras ações individuais ou grupais para ser um
princípio político dotado de caráter  coletivo e social em que  o Estado efetiva a sua intervenção política, fortalecendo a liberdade dos homens  e agindo democraticamente.
Para muitos, foi um grande espanto, pois imaginavam que o continente europeu não podia mais revelar a triste imagem das ocorrências das duas guerras mundiais ou mesmo da caída do regime comunista, quando os fatos ocorreram quase na mesma proporção, com refugiados vindos do Leste Europeu.
Será que a Europa perdeu sua capacidade de receber imigrantes? A União Europeia, que há muito deixou de ser união, perdeu suas lideranças políticas?  As decisões tomadas têm se pautado mais nas razões eleitoreiras e nas políticas populistas do que nos julgamentos racionais?
Esse tipo de política migratória ou falta dela tem sido a predominante nos países desenvolvidos, a exemplo dos Estados Unidos com o México e outros países da América Central.  A linha do tempo nos diz que os governantes procuram buscar mais a retórica do que a solução dos problemas, quanto mais se eles forem problemas de massa.
Foi preciso o mundo inteiro se comover com o horror de um retrato em que Aylan Kundi estava morto numa praia da Turquia, no mar Egeu, para que a Europa reagisse e o mundo acordasse para o drama dos refugiados. Onde está a solidariedade?
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* Ex-Reitor da UFMA e do CEUMA, membro do IHGMA e da ALL.

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Brasil, 01 de novembro de 2015

Universidade Planetária do Futuro - Ano V
Grupo ARTFORUM Brasil XXI - 15 Anos
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Diretora  de Assuntos Científicos:
Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
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Coordenação Cultural e Divulgação:
 Ana Felix Garjan
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Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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