* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

terça-feira, 31 de julho de 2012

Homenagem ao fotógrafo e ativista Chris Jordan

A Universidade Planetária do Futuro homenageia o fotógrafo e ativista Chris Jordan, e seus amigos, que se dedicam a salvar os albatrozes que vivem em uma pequena ilha do Pacífico. Pessoas como eles fazem a grande diferença no mundo, diante das grandes causas do nosso planeta. 

Exemplos como o dele e de outros grupos serão divulgados aqui, no blog da UNIFUTURO.


Há uma ilha no Oceano Pacífico, a 2000 kms de costa onde não vivem pessoas, apenas aves. Mesmo assim, o que acontece é inacreditável! Como será o futuro do nosso planeta? O que deve ser feito, com urgência, para que a vida dos animais de todas as especieis sejam preservadas?

A Universidade Planetária do Futuro - Ano III divulgará vídeos e filmes, especialmente selecionados, que mostram e registram, para o futuro, exemplos de conscientização e preservação da vida, em divesas parte do mundo, através de pessoas, movimentos e organizações humanistas.

O filme MIDWAY registra o exemplo de pessoas que se dedicam a salvar aves e a mostrar o quanto o homem mata essas aves do Pacífico, através do lixo que é jogado nas praias, e que vão para os mares.

Que suas atitudes continuem a ser um exemplo de respeito à vida. Que suas ações transformadoras se juntem a milhares de outras, nos quatro cantos da Terra! Que nossas vozes não parem de pedir ao mundo que não joguem lixo nos oceanos! Que as vozes de milhões de cidadãos planetários possam salvar as aves da Terra, os animais de todos os reinos e espécies que vivem na terra e oceanos do planeta!



MIDWAY : trailer : a film by Chris Jordan from Midway on Vimeo.


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Brasil, 30 de julho de 2012

Universidade Planetária do Futuro- Ano III
Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 12 anos
Departamento de Meio Ambiente e Ecologia

O Futuro pode ser construído.

Departamento de Divulgação
Projetos Especiais
Coordenação: Ana Felix Garjan
artforum.universidadeplanetaria@gmail.com
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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Conservação Preventiva de Acervos Fotográficos







A Universidade Planetária do Futuro - Ano III divulga informações da Agência da FAPESP sobre Conservação Preventiva de Acervos Fotográficos.












26/07/2012

Agência FAPESP – A especialista em conservação de fotografia Sandra Baruki vai ministrar a palestra "Conservação Preventiva de  Acervos Fotográficos” no dia 6 de agosto, às 9 horas, no auditório do  Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP).

A atividade é direcionada aos especialistas em conservação e  restauração de fotografia e interessados em geral. O investimento é de  R$ 50,00 e estudantes pagam meia.

Baruki é mestre em Conservação pelo Camberwell College of Arts, The  London Institute, no Reino Unido. É membro da equipe técnica do Centro  de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte desde 1986, onde  atua como coordenadora desde 2002.

Coordenou importantes projetos nacionais para acervos fotográficos em  instituições públicas e privadas. Ministrou treinamentos, cursos e  oficinas no país e em outros países da América Latina e Caribe, como  professora convidada do International Centre for the Study of the  Preservation and Restoration of Cultural Property.

Baruki também é membro do Conselho Internacional de Museus e da  Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens  Culturais.

Mais informações e inscrições pelo telefone (11) 2065-8075 ou pelo e-mail acadmp@usp.br


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Brasil, 26 de julho de 2012


Universidade Planetária do Futuro - Ano III





Departamento de Comunicação e Divulgação
- Projetos Especiais
Coordenação: Ana Felix Garjan

terça-feira, 24 de julho de 2012

Fármaco brasileiro mostra potencial contra tuberculose e câncer, pela Agência FAPESP



A Universidade Planetária do Futuro - Ano III divulga importante artigo, da Agência FAPESP, na área da saúde, sobre o "Fármaco brasileiro contra tuberculose e câncer". 



Fármaco brasileiro mostra potencial contra tuberculose e câncer

23/07/2012

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Em artigo recém-publicado na revista Infectious Agents and Cancer,  pesquisadores brasileiros e norte-americanos demonstraram que um  fármaco desenvolvido no Brasil e batizado de P-MAPA é capaz de ativar  determinados receptores do sistema imunológico e favorecer o combate à  tuberculose e ao câncer de bexiga.

Estudos anteriores indicaram que a molécula, criada pela rede de pesquisa Farmabrasilis a partir do fungo Aspergillus oryzae,  tem ação imunomoduladora, ou seja, estimula o sistema imune a combater  diversos tipos de tumores e doenças infecciosas, entre elas malária,  leishmaniose visceral e algumas viroses hemorrágicas.

Agora, pela primeira vez, os possíveis mecanismos de ação da droga foram descritos. Testes in vitro com células humanas e experimentos em animais revelaram que o P-MAPA  ativa receptores existentes na membrana celular conhecidos como toll-like. Além disso, em ratos, a droga modificou a expressão da proteína p-53, possivelmente relacionada à regulação dos receptores.

“Os receptores toll-like são capazes de reconhecer fragmentos  de vírus e bactérias, além de fatores moleculares associados a tumores  ou a doenças infecciosas”, explicou Wagner José Fávaro, professor do  Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e  orientador do trabalho de pós-doutorado de Fábio Rodrigues Ferreira Seiva, que teve Bolsa da FAPESP.

Esses receptores podem auxiliar na redução tumoral de duas maneiras:  inibindo a formação dos vasos sanguíneos que irrigam a região e  recrutando células de defesa para atacar o tumor.

Segundo Fávaro, o P-MAPA – abreviação de agregado polimérico de  fosfolinoleato-palmitoleato de magnésio e amônio proteico –  atua  especificamente sobre os subtipos 2 e 4 dos receptores toll-like. De acordo com a literatura científica, esses subtipos estariam relacionados ao câncer de bexiga.

“Ainda não se sabe com certeza se a resposta desencadeada por eles é  favorável ou desfavorável. Podem atuar como reguladores negativos ou  positivos da carcinogênese, mas nossos resultados indicam que a ativação  dos receptores auxiliou na regressão do tumor”, disse Fávaro.

Os experimentos foram realizados em ratos. Os pesquisadores  introduziram diretamente na bexiga dos animais o carcinógeno  N-metil-N-nitrosoureia (composto N-nitroso) – substância também  existente no cigarro. Após oito semanas de exposição, os roedores já  apresentavam lesões pré-malignas e malignas na bexiga urinária.

“Esse modelo animal se aproxima muito do que acontece com humanos.  fumantes e trabalhadores expostos a determinadas substâncias químicas  inalam o N-nitroso e o excretam na urina. O contato do carcinógeno com o  epitélio da bexiga, ao longo do tempo, acaba causando o câncer”,  explicou Fávaro.

Os animais foram então tratados por outras oito semanas. O efeito do  P-MAPA foi comparado com o da vacina BCG (sigla para Bacillus  Calmette-Guerin), usada originalmente na prevenção da tuberculose e  considerada atualmente a melhor opção para o controle do câncer de  bexiga.

“O principal tratamento para o câncer do tipo não-músculo invasivo,  que apresenta lesões superficiais, consiste em remover cirurgicamente o  tumor e aplicar a imunoterapia com a vacina BCG diretamente na bexiga”,  disse Fávaro.

Descobriu-se na década de 1970 que a BCG induz uma resposta imune  massiva, estimulando a produção de células que atacam o tumor. No  experimento, os ratos tratados com a vacina, verificou-se uma redução de  20% a 30% no grau tumoral, mas os animais continuavam a apresentar  lesões malignas.

Já no grupo que recebeu o P-MAPA, a redução do grau tumoral foi de  90%. “Os animais deixaram de apresentar lesões malignas e pré-malignas,  passando a apresentar apenas lesões inflamatórias”, disse Fávaro.

Outra vantagem do P-MAPA é a baixa ocorrência de efeitos adversos  verificada em estudos com diversos tipos de animais. “A BCG é preparada  com bacilos atenuados e, portanto, é contraindicada para pacientes com  imunodeficiência”, disse.

Os efeitos colaterais, explicou o pesquisador, estão presentes em  mais de 90% dos pacientes tratados com BCG e vão desde sintomas  irritativos leves até reações alérgicas, instabilidade hemodinâmica e  febre persistente. Nesses casos, o tratamento precisa ser suspenso.

“Nos testes com animais, o P-MAPA mostrou resultados mais eficazes e  com menores efeitos colaterais. Isso indica que pode se tornar um grande  aliado no tratamento”, destacou Fávaro.

Tuberculose

 A eficácia do P-MAPA no combate à tuberculose foi investigada  graças a uma parceria da Farmabrasilis com o National Institute of  Allergy and Infectious Diseases (NIAID) e pesquisadores da Colorado  State University, nos Estados Unidos.

“Primeiro foram feitos testes in vitro, nos quais foi aplicado o  P-MAPA sobre colônias da bactéria causadora da tuberculose. O objetivo  era ver se a droga possuía efeito antibiótico”, contou Fávaro.

O resultado foi negativo. Quando comparado aos antibióticos  normalmente usados no tratamento da tuberculose, o P-MAPA não se mostrou  capaz de inibir o crescimento dos bacilos. “Mas quando foi testado em  animais, o imunomodulador se mostrou capaz de reduzir significativamente  as unidades formadoras de colônias”, ressaltou.

O experimento foi feito com ratos infectados com a bactéria causadora  da tuberculose por meio de um aerossol. Nesse caso, o tratamento com o  P-MAPA foi comparado com o moxifloxacin (fluorquinolona), antibiótico  sintético de quarta geração em fase final de aprovação pela Food and  Drug Administration (FDA) – órgão do governo norte-americano que regula  medicamentos .

No grupo tratado com P-MAPA, houve uma redução de 28% da carga  bacteriana. No grupo tratado com Moxifloxacin, a queda foi de 40%. Os  animais tratados com a associação das duas drogas apresentaram carga  bacteriana 38% menor.

“O P-MAPA sozinho teve um efeito menor, mas também causou menos  reações adversas. A vantagem de associar as duas drogas é que você  consegue obter um resultado semelhante ao do moxifloxacin isolado, mas  com menos efeitos colaterais”, disse Fávaro.

Em diversas pesquisas realizadas com animais e em testes preliminares  com humanos, o P-MAPA apresentou baixa toxicidade. Até o momento, não  foram relatados efeito adversos importantes nas dosagens usadas  experimentalmente.

Farmabrasilis

A rede Farmabrasilis, entidade sem fins lucrativos criada em 2001 e  constituída por cientistas brasileiros, chilenos, europeus e  norte-americanos, também pesquisa outros candidatos a fármacos. O P-MAPA  é o produto em estágio mais avançado de desenvolvimento.

“O próximo passo é tentar provar em testes com seres humanos que a  droga pode ser uma opção terapêutica valiosa”, disse Iseu Nunes, um dos  diretores da rede.

Segundo Nunes, a droga poderia ser usada em conjunto com a vacina BCG  no tratamento do câncer de bexiga. Também poderia ser usada para  auxiliar antivirais e antibacterianos no tratamento de doenças  infecciosas.

A Farmabrasilis é a primeira a adotar no Brasil o modelo de fonte  aberta para o desenvolvimento de fármacos e opera com uma política  diferenciada de propriedade intelectual.

“Todos os produtos em desenvolvimento podem vir a ser cedidos  gratuitamente para o tratamento de doenças negligenciadas e para  programas de interesse da saúde pública”, contou Nunes.

Para financiar seus projetos, a rede conta com doações, parcerias  nacionais e internacionais, apoio de órgãos de fomento e trabalho  voluntário de seus integrantes. Os estudos do P-MAPA em tuberculose  foram apoiados pela Farmabrasilis e NIAID e os estudos em câncer de  bexiga pela Farmabrasilis, FAPESP e CNPQ.

Há pelo menos outros cinco projetos de pesquisa financiados pela  FAPESP, alguns já concluídos, que investigam o efeito do P-MAPA no  combate a doenças como, leishmaniose visceral em cães, câncer de bexiga e na inflamação induzida por toxinas da bactéria Escherichia coli .

(Links:
http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/115474/avaliacao-expressao-tlr2-tlr4-ros/

http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/127025/caracterizacao-progressao-cancer-bexiga-urinaria/

http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/134642/acao-imunomodulador-p-mapa-sistema/ )

O artigo Effects of P-MAPA Immunomodulator on Toll-Like  Receptors and p53: Potential Therapeutic Strategies for Infectious  Diseases and Cancer pode ser lido em www.infectagentscancer.com/content/pdf/1750-9378-7-14.pdf.

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Brasil, 24 de julho de 2012

Universidade Planetária do Futuro - Ano III
Centro de Ciências da Saúde





Departamento de Comunicação e Divulgação
Projetos Especiais

Coordenação: Ana Felix Garjan
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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um mês depois da Rio+20











Um mês depois..."The Future We Want"...
"O futuro que queremos"

A Universidade Planetária do Futuro homenageia a humanidade e o planeta.















O grande encontro de setores do mundo, de governos, organizações, entidades, movimentos da sociedade civil, promovido pela Conferência das Nações Unidas na "Rio +20", no período de 13 a 22 de junho, obteve diversos resultados e reações por parte da grande maioria dos participantes: A grande insatisfação do mundo, diante do documento que não atingiu a maioria das demandas sociais dos países pobres.

Na foto abaixo, crianças e jovens de organizações alternativas e cidadãs participaram da Rio+20 e deixaram exemplos de amor à natureza. Plantar árvores é um gesto de cidadania, cuidado e amor pela natureza do nosso planeta! Enquanto isso, a Amazônia continua devastada, de forma anônima, irresponsável, e fora da lei. Que esses madeireiros e empresas sejam severamente punidos, é o que a sociedade brasileira quer e está cobrando das autoridades competentes!










Nós, dos Grupos ARTFORUM Brasil XXI, organizadores da Universidade Planetária do Futuro decidimos deixar aberta, por muitos dias, a página publicada do dia 22 de junho - data oficial do encerramento da Rio+20. Esse silêncio teve um significado importante para nós, foi um tipo de protesto e lamento pelos resultados que não alcançaram as expectativas do mundo.



Ontem, 22 de julho de 2012, completou um mês dos grandes acontecimentos e debates sobre o tema da Conferência das Nações Unidas, que foi "Desenvolvimento Sustentável", o qual gerou algumas decepções, bem como motivou o silêncio de milhares de pessoas, após o seu último dia, 22 de junho, sexta-feira.

Na foto abaixo, o Secretário da ONU, que presidiu  Conferência da RIO+20





Não há dúvida que foi construído um marco importante, após 20 anos da realização da Eco 92, que foi considerada, na época, uma esperança para o futuro. Mas a Rio+20 também motivou um tempo de silêncio e reflexões diante das diversas circunstâncias que provocaram a reação da Cúpula dos Povos, face ao documento final intitulado "O futuro que queremos". A "Carta da Cúpula dos Povos" foi decisiva em refletir sobre as contradições, no plano econômico, para o Desenvolvimento Sustentável dos países pobres.


Rio+20 terminou há um mês e o documento final intitulado "O Futuro que Queremos" foi aprovado com elogios e muitas críticas.

A Rio+20 foi a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Mas o que de fato isso significa? É uma reunião da ONU com quase todos os países do mundo (mais de 190) para discutir como o mundo poderá crescer economicamente, tirar pessoas da pobreza e preservar o meio ambiente --tudo ao mesmo tempo. Para isso, são necessários novos meios que evitem as crises financeira e de empregos pela qual passamos atualmente.

Foram escolhidos dois temas centrais: a economia verde, com um novo modelo de produção que degrade menos o meio ambiente, e a governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado.

A Rio+20 foi chamada assim porque iria dizer o que queremos para o futuro da humanidade, mas também marcou os 20 anos da Rio92 ou ECO92. Essa foi uma conferência símbolo no mundo todo pois trouxe a discussão sobre ambiente para o dia a dia das pessoas. Reciclagem de lixo, preocupação com poluição e desmatamento da Amazônia, incentivo para a economia de água foram, já eram na época, algumas atitudes comuns que tiveram grande projeção nas décadas seguintes.















A presidenta Dilma e ministros de governo, no encerramento da Rio+20.


Nesse encontro mundial, considerado o mais importante de todos, a Rio+20 foi palco das negociações oficiais, e  dos mais de mil eventos paralelos que reuniram governos, empresas, entidades, ONGs, acadêmicos e movimentos sociais para identificar soluções e metas para enfrentar os desafios globais, como a falta de acesso a energia e água potável, oceanos esgotados, insegurança alimentar, as crescentes desigualdades e cidades em rápida expansão. Eles também decidiram sobre diversas formas de impulsionar a a tão desejada "sustentabilidade corporativa", "criação de empregos verdes", e fazer avançar o papel da ciência e inovação, fechar lacunas tecnológicas, gerar financiamentos e melhorar mecanismos de cooperação internacional. Mas nem todos os resultados do documento oficial foram considerados positivos.


Registramos a Declaração final  dos Povos

Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental – Em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.


22 de junho, 2012


Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos, organizações da sociedade civil e ambientalistas de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental vivenciaram, nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade.

A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, lutadores pelo direito à cidade, e religiões de todo o mundo. As assembleias, mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima destas convergências.

As instituições financeiras multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferencia oficial. Em contraste a isso, a vitalidade e a força das mobilizações e dos debates na Cúpula dos Povos fortaleceram a nossa convicção de que só o povo organizado e mobilizado pode libertar o mundo do controle das corporações e do capital financeiro.

Há vinte anos o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema econômico-financeiro.

As múltiplas vozes e forças que convergem em torno da Cúpula dos Povos denunciam a verdadeira causa estrutural da crise global: o sistema capitalista patriarcal, racista e homofóbico. As corporações transnacionais continuam cometendo seus crimes com a sistemática violação dos direitos dos povos e da natureza, com total impunidade. Da mesma forma, avançam seus interesses por meio da militarização, da criminalização dos modos de vida dos povos e dos movimentos sociais, promovendo a desterritorialização no campo e na cidade.

Da mesma forma, denunciamos a dívida ambiental histórica que afeta majoritariamente os povos oprimidos do mundo, e que deve ser assumida pelos países altamente industrializados. Ao fim e ao cabo, eles foram os que provocaram as múltiplas crises que vivemos hoje.

O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitário sobre os recursos naturais e serviços estratégicos, que continuam sendo privatizados, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivência.

A dita “economia verde” é uma das expressões da atual fase financeira do capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super estímulo ao consumo, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras e as parcerias público-privadas, entre outros.

As alternativas estão em nossos povos, nossa história, nossos costumes, conhecimentos, práticas e sistemas produtivos, que devemos manter, revalorizar e ganhar escala como projeto contra-hegemônico e transformador.

A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economia cooperativa e solidária, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética, são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial.

A defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e pelo respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com trabalhadores/as e povos.

Exigimos uma transição justa que supõe a ampliação do conceito de trabalho, o reconhecimento do trabalho das mulheres e um equilíbrio entre a produção e a reprodução, para que esta não seja uma atribuição exclusiva das mulheres. Passa ainda pela liberdade de organização e o direito a contratação coletiva, assim como pelo estabelecimento de uma ampla rede de seguridade e proteção social, entendida como um direito humano, bem como de políticas públicas que garantam formas de trabalho decentes.

Afirmamos o feminismo como instrumento da construção da igualdade, a autonomia das mulheres sobre seus corpos e sexualidade e o direito a uma vida livre de violência. Da mesma forma reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito à terra e ao território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, à cultura, à liberdade de expressão e à democratização dos meios de comunicação.


O fortalecimento de diversas economias locais e dos direitos territoriais garantem a construção comunitária de economias mais vibrantes. Estas economias locais proporcionam meios de vida sustentáveis locais, a solidariedade comunitária, componentes vitais da resiliência dos ecossistemas. A diversidade da natureza e sua diversidade cultural associada é fundamento para um novo paradigma de sociedade.

Os povos querem determinar para que e para quem se destinam os bens comuns e energéticos, além de assumir o controle popular e democrático de sua produção. Um novo modelo enérgico está baseado em energias renováveis descentralizadas e que garantam energia para a população e não para as corporações.

A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas a partir das resistências e alternativas contra hegemônicas ao sistema capitalista que estão em curso em todos os cantos do planeta.

Os processos sociais acumulados pelas organizações e movimentos sociais que convergiram na Cúpula dos Povos apontaram para os seguintes eixos de luta:

Contra a militarização dos Estados e territórios;
Contra a criminalização das organizações e movimentos sociais;
Contra a violência contra as mulheres;
Contra a violência às lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros;
Contra as grandes corporações;
Contra a imposição do pagamento de dívidas econômicas injustas e por auditorias populares das mesmas;
Pela garantia do direito dos povos à terra e ao território urbano e rural;
Pela consulta e consentimento livre, prévio e informado, baseado nos princípios da boa fé e do efeito vinculante, conforme a Convenção 169 da OIT;
Pela soberania alimentar e alimentos sadios, contra agrotóxicos e transgênicos;
Pela garantia e conquista de direitos;
Pela solidariedade aos povos e países, principalmente os ameaçados por golpes militares ou institucionais, como está ocorrendo agora no Paraguai;
Pela soberania dos povos no controle dos bens comuns, contra as tentativas de mercantilização;
Pela mudança da matriz e modelo energético vigente;
Pela democratização dos meios de comunicação;
Pelo reconhecimento da dívida histórica social e ecológica;
Pela construção do DIA MUNDIAL DE GREVE GERAL e de luta dos Povos.

Voltemos aos nossos territórios, regiões e países animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos em luta, resistindo e avançando contra o sistema capitalista e suas velhas e renovadas formas de reprodução.

Em pé continuamos em luta!

Rio de Janeiro, 15 a 22 de junho de 2012.
Cúpula dos Povos por Justiça Social e ambiental em defesa dos bens comuns, contra a mercantilização da vida.


"O Futuro que Queremos foi o título do documento da Conferência da Rio+20, que foi aprovado pelas Delegações Oficiais dos 188 Estados-Membros da ONU que estiveram no período da Rio+20, que foi encerrada na noite de sexta-feira, dia 22 de junho de 2010, no Rio de Janeiro.

Após a assembléia final as delegações expressaram satisfação pelos resultados e esforços multilaterias e o documento "O Futuro que Queremos" foi considerado um grande avanço em relação às diversas questões debatidas como foco no Desenvolvimento Sustentável.

“Avançamos, mas perdemos oportunidade histórica.”, disse a delegação da Suíça exemplificando, em seguida, com o tema dos direitos reprodutivos no documento final. A Islândia classificou esses direitos como inegociáveis.

Foto dia dia 21 de jun.2012 - Marcela Temer (segunda à direita), mulher do vice-presidente, Michel Temer, participou de encontro com primeiras-damas, durante a conferência Rio+20.












Mulheres de organizações internacionais se reuniram na Rio+20 - 2012




















Ritual do fogo representa as nações indígenas presentes na RIO+20.


Manifestações culturais na Rio+20





Foto do dia 22 de junho, no encerramento da Rio+20.

Ban Ki Moon, secretário geral da ONU, ao lado de Iara Pietrovsky, representante oficial da Cúpula dos Povos. 
A cúpula perdeu a oportunidade única de entregar o documento de repúdio às decisões da Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, ao secretário na frente da imprensa internacional (Foto de Júlio Cesar Guimarães/UOL).

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu na sexta-feira, dia 22 de junho, representantes de 36 organizações não governamentais participantes da Cúpula dos Povos que expressaram descontentamento com o texto fechado pelos líderes da Rio+20.

"Geralmente digo que abrimos as portas das Nações Unidas, e a verdade é que vocês tiveram um papel-chave para que isso acontecesse. Hoje, nove grupos da sociedade civil se tornaram em uma peça fundamental da Rio+20", disse Ban.

Na reunião - que ocorreu por meia hora a portas fechadas - os ativistas classificaram de "infelizmente frustrante" a cúpula que reuniu 86 chefes de Estado e de governo.

"Nossa conversa não passou nem perto do que gostaríamos de ter escutado. Gostaríamos que ele tivesse mais ambição e abrisse mais espaços de diálogo e participação para mudar radicalmente este documento, que não expressa o que os povos querem", declarou Iara Pietricovsky, ativista brasileira que liderou a comissão.

"A Rio+20 acabou, mas nosso processo não dependia da Rio+20, vai mais além, a Rio+20 foi uma passagem infelizmente frustrante", completou Iara.



Mulheres na Rio+20







Jovens fazem manifestações na Rio+20. Elas estarão no futuro continuando suas lutas!


"O documento final da Rio+20, intitulado O Futuro que Nós Queremos, foi publicado na página da conferência, nos idiomas oficiais das Nações Unidas – inglês, francês, espanhol, chinês e árabe. O texto é o mesmo, salvo pequenos ajustes que não alteram seu conteúdo, daquele apresentado na terça-feira pela manhã, recebido com vaias no momento da apresentação pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota".

"O resultado, em última análise, resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para uma "economia verde", que freie a degradação do meio ambiente, combata a pobreza e reduza desigualdades. Não são apontadas origens dos recursos para se realizar essa transformação – os meios de implementação –, o que de certa forma, repete um dos problemas da histórica antecessora, a Rio 92".

"Entidades da sociedade civil denunciam o "fracasso" e a falta de ambição da conferência. “O acordo final é abstrato e não corresponde à realidade", afirmou Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na tarde desta sexta-feira, para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento".

"O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam", completou, com a esperada agressividade que marca as posições do grupo.













A diretora da ONU Mulher, Michelle Bachelet, durante conferência na Rio+20
(f. Andre Durão-AFP)

A Rio+20 deve continuar seu compromisso com o necessário Desenvolvimento Sustentável.

Cabe a todos nós cidadãos do mundo e do planeta fazermos a nossa melhor parte! Podemos juntos, construir o futuro que queremos para nossos descendentes do futuro! Que a natureza, as florestas, os animais, o planeta sejam respeitados, e a vida preservada, para que o planeta esteja vivo, em 2050, nos próximos séculos e milênios.

Qual o futuro que queremos para o planeta? Qual o desenvolvimento sustentável do qual podemos participar, fazendo a 'Nossa Parte', para ajudarmos nas políticas de preservação da vida das milhares de pessoas que passam fome e que são considerados ainda miseráveis no planeta?

E a vida da natureza, dos animais e do planeta, como será em 2030, em 2050, em 2100?

Divulgamos um pequeno filme para nossa reflexão e novas atitudes por parte da humanidade:

Um filme de apenas 3:05 minutos, feito numa ilha do Oceano Pacífico, a 200 kms da costa nos dá a sensação que cada pessoa residente no mundo é responsável pelo que acontece com as aves habitantes dessa ilha. Não vivem pessoas nesta ilha, apenas aves. Mesmo assim, as ações do homem contra o meio ambiente chega até esse pequeno paraíso, entre a vida e a morte. O flme é forte e emocionante!

http://www.midwayfilm.com

Toda vida é sagrada, deve ser respeitada e preservada!


Brasil, 23 de julho de 2012

Universidade Planetária do Futuro - Ano III

Centro de Ciências Sociais -UNIFUTURO
Departamento de Meio Ambiente e Ecologia



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Projetos Especiais
Coordenação: Ana Felix Garjan

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O jornalismo cego às armadilhas do discurso oficial, pelo Observatório da Imprensa



A Universidade Planetária do Futuro - Ano III é um espaço universitário, um observatório e um organização comprometida com as grandes causas da educação, da humanidade, do planeta e dos assuntos que são considerados importantes e relevantes para nossos Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 12 anos.


Nem sempre o que está na mídia nos interessa divulgar, e não temos comprometimento com partidos políticos, nem com governos ou grupos que não possuem afinidade com os objetivos maiores da Universidade Planetária do Futuro.


Somos a favor da democracia da informação, da verdade a respeito das diversas áreas e assuntos relacionados com as grandes causas da humanidade, da sociedade brasileira, da natureza e do planeta, através das ciências, filosofias, culturas, artes, comunicação, temáticas e projetos humanistas.


Divulgamos o seguinte artigo do observatório da imprensa:

O jornalismo cego às armadilhas do discurso oficial

Por Sylvia Debossan Moretzsohn em 17/07/2012 na edição 703


O que dizer de um noticiário que dá de manchete exatamente o contrário da informação correta?

Foi o que ocorreu na cobertura da coletiva convocada pelo governo, no fim da tarde de 13 de julho, para anunciar a proposta com a qual pretende pôr fim à greve nas universidades e institutos federais de ensino, que já dura quase dois meses. O noticiário revelou mais uma vez a submissão dos jornalistas às fontes oficiais e a absoluta ausência de apuração própria resultou em matérias que induzem a erro e anunciam o oposto do que a proposta significa. Pois, em vez do alardeado reajuste, os professores terão perda salarial, como se verá. E não apenas isso: o plano de carreira embute armadilhas que, se confirmadas, significarão um retrocesso aos tempos da ditadura.

Comecemos, porém, pelos aspectos mais evidentes da cobertura.

Uma primeira comparação entre as capas de dois dos principais jornais do país já levaria a algum arquear de sobrancelhas: enquanto O Globo alardeia em manchete “Governo cede e aumenta professores em até 48%”, aFolha de S.Paulo dá chamada de capa com um índice menor: “Governo propõe reajuste de até 40% a docentes das federais”. A discrepância se deve a opções diferentes entre os jornais – o maior índice se refere a professores de institutos federais, e não de universidades – e ao cuidado do jornal paulista em abater, do índice anunciado, o reajuste de 4% já pago aos docentes de universidades no contracheque de maio, retroativo a março, conforme acordo estabelecido no ano anterior.

Ainda assim, ambos os jornais associam os números exuberantes aos cargos de “maior titulação”, sem explicar que esse reajuste máximo atinge apenas o restrito grupo de professores titulares. Entre doutores com regime de dedicação exclusiva, tanto adjuntos quanto associados (e essa diferença é relevante, porque os associados ganham substancialmente mais), o índice fica na faixa dos 30%.

Fazendo contas

Os jornais informam corretamente que os reajustes serão concedidos parcialmente, ao longo dos próximos três anos. Porém, não alertam para o essencial: que se trata de um percentual bruto, do qual, obrigatoriamente, deveria ser descontada a previsão de inflação para o período. E é aí que fica clara a primeira armadilha da proposta: não se trata de oferta de reajuste, mas da imposição de uma redução salarial, na maioria dos casos.

Há muitos anos, um renomado colunista de economia, convidado a dar uma palestra para estudantes de jornalismo, surpreendeu – e provavelmente decepcionou – a plateia ao responder à pergunta inevitável sobre a preparação dos jovens para a profissão: não repetiu a ladainha de sempre sobre a necessidade de leitura dos clássicos; disse que um bom jornalista precisa saber fazer contas.

Essa tarefa, infelizmente, continua restrita aos especialistas, como o professor Wagner Ferreira Santos, do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Sergipe. Ele fez essas contas e disponibilizou o resultado num artigoem que demonstra o engodo de se comparar valores em períodos distintos sem considerar o índice de inflação correspondente, normalmente calculado pelo IGP-M. Com base nesse índice, ele projeta uma inflação de 20% até 2015, de modo que, assim (re)ajustada, a remuneração da grande maioria dos professores (mestres e doutores com dedicação exclusiva, que compõem a esmagadora maioria nas universidades públicas) sofreria, de fato, perda de 0,4% a 11,9%, conforme a titulação e o nível de carreira. Reajuste, a rigor, só para o professor titular (5,9%, nesse percentual corrigido) e para o doutor adjunto nível 4 (1%), como se pode conferir nas tabelas publicadas em seu artigo.

Para esclarecer, o professor argumenta, como se passasse uma tarefa a seus alunos: “Como exercício de fixação, façamos cálculos análogos com o salário mínimo, que é referência para a maioria da população brasileira. Primeiro, mostre que os atuais R$ 622 são realmente maiores que os R$ 510 de julho de 2010. Agora, a pergunta capciosa: se o governo anunciasse hoje que o salário mínimo sofreria aumentos consecutivos em três parcelas, chegando a R$ 700 em julho de 2015, você aceitaria?”.

Papagaios das fontes

Os jornalistas presentes à coletiva não apenas não fizeram essas contas como nem sequer indagaram por que a proposta anunciava percentuais brutos e ignorava a inflação projetada para o período. Seria o comportamento elementar de qualquer repórter minimamente qualificado e interessado em trabalhar com dados corretos para divulgar informações confiáveis. Ainda que se considere que o governo, espertamente, venha convocando suas coletivas mais problemáticas para o fim da tarde, quando já não sobra muito tempo para que os jornalistas analisem adequadamente os dados que precisam divulgar “em tempo real”, nos sites e no noticiário radiofônico e televisivo. Mesmo que não obtivessem a informação precisa, os repórteres poderiam relativizar o que receberam, e não agir como porta-vozes oficiosos. Entretanto, o máximo que fizeram foi ouvir “o outro lado”, o dos dirigentes sindicais, e publicar breves declarações contrárias à proposta, mas tampouco esclarecedoras.

À parte a questão do reajuste, que inevitavelmente ganharia destaque no noticiário, há pelo menos outras duas armadilhas embutidas na proposta do governo para o plano de carreira nas universidades federais, como se pode constatar aqui, e que sequer foram consideradas nas reportagens, como observou o professor Kleber Mendonça, chefe do Departamento de Estudos de Mídia da UFF. Uma delas, que já preocupava as entidades sindicais, é a de que todos os novos professores, independentemente de sua titulação, ingressarão no nível mais baixo da carreira, como auxiliares, e não poderão mudar de classe enquanto estiverem em estágio probatório (o período de três anos ao final do qual o profissional é confirmado ou desligado do cargo). Na prática, isso significa que aquele que já poderia estar recebendo como doutor ficará com remuneração inferior durante esses três anos. Note-se que os concursos, há muitos anos, vêm sendo abertos apenas para doutores, e só excepcionalmente para mestres. Ou seja, exige-se a titulação, mas a remuneração correspondente pode esperar.

É possível perder essa oportunidade tão clara de ironizar o discurso oficial de “valorização da carreira”?

Ironias da história

Além disso, a planilhacomparativa divulgada pelo governo mostra apenas os salários atuais (antes e depois do reajuste de 4% já concedido no mês passado, e retroativo a março) e os salários de 2015. O hiato de três anos até lá é apagado, mais ou menos como em certos anúncios imobiliários em que algumas ruas são suprimidas do mapa para dar a impressão de que o belo imóvel fica a poucas quadras da praia ou de um maravilhoso bosque. Quem olha as planilhas fica com a sensação de que os professores que recebem hoje, digamos, R$ 7.600 (adjunto 1, doutor com dedicação exclusiva), passarão logo a ganhar R$ 10 mil, quando esta é a remuneração para daqui a três anos.

A outra armadilha é que o governo propõe uma mudança no sistema de promoção “nos termos das normas regulamentares a serem expedidas pelo Ministério da Educação”. Portanto, propõe que os professores aceitem normas que desconhecem.

É de fazer inveja a Maquiavel.

Mas essa armadilha representa algo ainda mais grave, como lembrou o jornalista João Batista de Abreu, professor no Departamento de Comunicação da UFF: significa um retorno aos tempos da ditadura militar, quando não havia concursos públicos e a cada renovação de contrato os professores tinham que apresentar o famigerado atestado ideológico, emitido pelo DOPS. Quem estava respondendo a processo político não conseguia o documento. Depois da Lei da Anistia, em 1979, essa exigência caiu, mas um chefe de Departamento que não gostasse de determinado professor poderia simplesmente não renovar seu contrato.

João Batista, na época em início de sua carreira docente, recorda da greve iniciada em fins de 1980, que resultou na conquista desse aspecto fundamental da autonomia universitária que é a definição do sistema de ascensão funcional, através da constituição de comissões de progressão docentes, responsáveis também pela regulamentação das atividades do professor na instituição. “Se os critérios de progressão passarem a ser definidos pelo MEC”, diz João Batista, “voltaremos 30 anos no tempo”.

Seria uma dessas ironias da história se isso acontecesse, tendo em vista o passado dos atuais governantes. Mas a tentação autoritária é um fantasma sempre à espreita.

“Proposta definitiva”

Apesar de todas essas considerações, houve quem, embora com vasta experiência profissional – como a colunista de política da Folha Eliane Cantanhêde –, optasse por simplesmente reverberar as informações oficiais, afirmando tratar-se de uma “proposta definitiva”, esse absurdo lógico que ignora que uma proposta, por definição, é passível de negociação. Do contrário, trata-se de decisão, deliberação, imposição ou qualquer outro substantivo que expresse uma resolução unilateral de quem tem, ou pensa que tem, poder para agir dessa forma.

Para concluir, as reportagens não deixaram de notar o “impacto” de R$ 3,9 bilhões que essa “proposta definitiva” causará aos cofres públicos, ignorando oportunamente o teor da Medida Provisória 559, já aprovada pelo Congresso e dependendo apenas da sanção presidencial, segundo a qual o governo concede às instituições particulares de ensino R$ 15 bilhões sob a forma de renúncia fiscal.

Assim se faz o jornalismo de hoje, esse jornalismo que certa vez chamei “de mãos limpas”, porque se contenta em ouvir um lado, ouvir outro e lavar as mãos, deixando supostamente a conclusão para o público. Não é difícil imaginar a que tipo de conclusão esse público poderá chegar, privado que está das informações elementares a partir das quais poderia elaborar algum raciocínio minimamente fundamentado. Não por acaso tantos colegas professores receberam congratulações de parentes e amigos diante da expectativa do magnífico reajuste. Precisaram pacientemente desfazer o equívoco, para espanto de quem acreditou nos jornais.

***

[Sylvia Debossan Moretzsohn é jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense]
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed703_o_jornalismo_cego_as_armadilhas_do_discurso_oficial



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Divulgação:

Universidade Planetária do Futuro - Ano III
Departamento de Ciências Sociais


Departamento de Comunicação e Divulgação

Coordenadora: Ana Felix Garjan
artforum.universidadeplanetaria@gmail.com
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terça-feira, 17 de julho de 2012

Memorial em homenagem às vítimas do voo da TAM será inaugurado nesta 3ª em SP



Memorial em homenagem às vítimas da TAM

Cinco anos após tragédia que matou 199 pessoas, praça com monumento será inaugurada nesta terça-feira (17) às 18h45, a Praça Memorial 17 de Julho, em homenagem às 199 vítimas do maior desastre aéreo da aviação nacional, a queda do voo JJ 3054 da TAM, há  cinco anos.
O horário e o local da cerimônia marcarão o momento e o lugar exatos da tragédia.

No terreno do memorial, na Avenida Washington Luís, próximo à cabeceira da pista do Aeroporto de Congonhas, ficava um depósito de cargas da TAM. A empresa doou a propriedade para a Prefeitura, que arcou com os custos e a construção do monumento.

Autoridades municipais e estaduais vão à inauguração, bem como familiares das vítimas e religiosos. Uma missa campal vai ser celebrada pelo bispo de Santo Amaro, dom Fernando Figueiredo, às 17h30.
“É um marco importante para todos nós”, disse Archelau Xavier, vice-presidente da Anfavitam (Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054).

O ponto central da praça é ocupado por uma amoreira que sobreviveu ao impacto. Ao seu redor foi construído um espelho d’água, em torno do qual serão gravados em baixo relevo os nomes dos 199 mortos no acidente. No piso foram instaladas 199 luzes de led representando as vítimas.

A iluminação conta com 25 postes desenhados especialmente para o local com três focos de luz cada um, com as luzes dispostas em um círculo. Ocupando uma área de 8.318 metros quadrados, o equipamento tem espaço de lazer e convivência. O projeto é do arquiteto Marcos Cartum.

 “Nós fizemos algumas solicitações, entre elas que o nome Memorial 17 de Julho ficasse visível da Avenida Washington Luís, além dos nomes das vítimas no local, como acontece normalmente em outros memoriais do mundo”, afirmou Archelau Xavier, que perdeu a filha Paula Masseram Xavier, que  tinha completou 24 anos no dia do acidente com o Airbus A320.

3,6
milhões de reais custou a obra da Praça Memorial

Árvore recebeu cuidados e conseguiu sobreviver...




A amoreira que sobreviveu ao impacto do avião recebeu atenção de biólogos e especialistas e deu frutos neste ano pela primeira vez depois do acidente com o avião da TAM.

Plantas nas pedras são símbolo de continuação

No muro de arrimo que cerca a praça foram colocadas plantas que brotam no meio das pedras. “É uma forma de celebrar a vida que renasce”, disse o arquiteto Marcos Cartum.


Aos Familiares, Amigos e  Vítimas do vôo Airbus A320 da TAM,
nossas sinceras condolências ...


Grupos ARTFORUM SP
Dir. Edna MarS


Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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