* UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO, fundada em janeiro de 2010, pelos Grupos ARTFORUM Brasil XXI

*** Século XXI. A Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO foi organizada em 2009.São seus Fundadores: As famílias: D.G.F.C., M. F. F. R., A.M.F.G., J.L.C.F. J.L.C.F. Os fundadores são patronos dos Grupo ARTFORUM Brasil XXI que foi organizado em 2001- XXI. Setores UNIFUTURIO: Conselho Universitário, Diretores de áreas acadêmicas, departamento e Grupos de pesquisa, comunicação, edição, divulgação de suas e matérias, artigos institucionais, academias, revistas, sites, blogs e matérias de convidados, como professores, doutores, jornalistas, e homenagens especiais. *** Enunciados da Carta Magna da UNIFUTURO: Os fundadores, patronos, a presidência, diretores, consultores e diretores do presidência do Grupo ARTFORUM Brasil XXI, do seu Projeto especial, Universidade Planetária do Futuro prestam tributo à Humanidade, à Paz Mundial, ao Brasil de 5 séculos; Aos povos da África e do mundo; A todas as etnias que formam o povo brasileiro; Às montanhas e aos picos da Terra; A todas as florestas; águas, oceanos, mares, rios, riachos e fuos de água dos cinco continentes; À Amazônia sua biodiversidade e à biodiversidade brasileira e do planeta. Brasil, março de 2009, Séc. XXI. Boas vindas! Bienvenidos! Welcome#

domingo, 20 de novembro de 2016

3° Encontro Mundial de Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco


A Universidade Planetária do Futuro divulga artigo sobre o "3° Encontro Mundial de Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco, no Vaticano.





João Pedro Stedile - Brasil de Fato

Estive recentemente no 3° Encontro Mundial de Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco, realizado no Vaticano de 2 a 5 de novembro. Participaram mais de 200 delegados de 60 países, representando movimentos inseridos nas lutas sociais de três áreas: trabalho, terra e teto. Do Brasil, estávamos em oito delegados escolhidos pelos movimentos populares dessas áreas.

O encontro se insere em um processo permanente de debate, que iniciamos em 2013, do qual resultou o  primeiro encontro no Vaticano, em outubro de 2014, depois um segundo mais massivo e latino-americano, quando reunimos mais de 5 mil militantes populares em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. E, agora, o terceiro encontro, de novo no Vaticano.

Esse processo de debates e diálogos entre o Papa Francisco e os movimentos populares partiu de uma vontade política do pontífice, de dialogar e dar protagonismo aos movimentos populares em todo mundo, como estímulo à organização dos trabalhadores e dos mais pobres, como esperança e necessidade para as mudanças necessárias no sistema capitalista.

Por isso, os delegados são escolhidos entre os dirigentes de movimentos populares, de todos os continentes, com a maior pluralidade possível, considerando etnias, religiões, idade, culturas e equidade de gênero. Ele pediu que se evitasse levar agentes de pastorais da Igreja Católica, pois eles teriam outros espaços. Mas sempre participam também desse processo de diálogo, representantes do Vaticano, em especial da Pontifícia Comissão de Justiça e Paz, e alguns bispos e cardeais, que tenham vínculos reais com os movimentos populares em suas regiões.
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No primeiro encontro, a base do diálogo foi o debate sobre a realidade e a causa dos problemas que vivem os trabalhadores nas três esferas da luta social. Foi apresentado um amplo diagnóstico e reflexões sobre as saídas necessárias. Usando sempre o método ver-julgar-agir. O Papa Francisco construiu um documento, que, na essência, se resumiu na defesa de um programa de que não deveríamos ter mais: “Nenhum camponês sem terra; nenhum trabalhador sem direitos; e nenhuma família sem moradia digna!”.

Entre o primeiro e o segundo encontro, seguiu-se um diálogo em torno dos problemas ambientais, dos agrotóxicos, das sementes transgênicas, em que o Papa consultou muitos especialistas, teólogos, bispos e movimentos que atuam nessa área. E o resultado foi uma esplêndida encíclica: “Louvado seja!”, na qual o Papa sistematiza reflexões, analisa as causas dos problemas ambientais e propõe soluções. O texto é a mais profunda e rica contribuição teórica e programática sobre o tema produzida em todos os tempos. Uma contribuição que nem mesmo a tradição teórica de esquerda havia produzido.

Depois, no segundo encontro da  Bolívia, com presença marcante de afro-descendentes, povos indígenas e povos com conflitos em seus territórios, como o povo curdo, avançou-se para o direito ao território. O Papa  inseriu em suas reflexões o conceito de que todo o povo tem o direito a soberania popular sobre  o seu território. E avançou-se também na concepção de que os bens da natureza que existem nesses territórios devem ser aproveitados em beneficio de todo povo, ou seja, trata-se de um bem comum e não apenas um recurso a ser transformado em mercadoria e renda extraordinária, como querem as empresas capitalistas que exploram os bens da natureza, como os minérios, petróleo, água e biodiversidade.

Agora, no terceiro encontro, estava na pauta dos debates, novos temas  relacionados com os graves dilemas que a sociedade moderna está enfrentando em todo o mundo. O primeiro tema foi a questão do Estado e da democracia. Tivemos aqui a participação também do ex-presidente Pepe Mujica, do Uruguai, e de outros  dirigentes políticos progressistas que enviaram reflexões. Há uma crítica generalizada em todo mundo que a forma de funcionar do Estado burguês não representa mais as bases republicanas dos interesses da maioria. Porque a democracia representativa, formal, burguesa não consegue mais expressar apenas pelo voto, o direito e a vontade da maioria da população. O capital sequestrou a democracia pela forma de organizar as eleições.

E sobre esse tema, o Papa reagiu e foi contundente que assombrou a todos, quando definiu que, na realidade, existe um Estado mais que excludente, um estado terrorista, que usa do dinheiro e do medo, para manipular a vontade das maiorias. O dinheiro expressa a força do capital que sobrepassa as instituições democráticas e o medo, imposto à população pela manipulação midiática permanente.

Entre todos participantes, ficou a certeza de que precisamos aprofundar o debate em nossos países, para construir novas formas de participação política do povo que, de fato, garanta o direito do povo participar do poder político em todos os espaços da vida social. E ninguém tem uma receita, uma fórmula, depende da construção real na luta de classes de cada país. A realidade é que esses processos eleitorais atuais não são democráticos e nem permitem a realização da vontade do povo.

Um  outro  tema debatido, que representou avanços em relação aos encontros anteriores, foi o tema dos migrantes econômicos e dos refugiados políticos. A Europa vive uma verdadeira tragédia com os refugiados do Oriente médio e da África. Milhões, repito milhões, de pessoas estão migrando todos os dias, de todas as formas, de barco, caminhando quilômetros e quilômetros para  fugir da morte rumo à Europa e lá encontram mais  exclusão e xenofobia, sendo que eles apenas estão lá, porque as empresas européias são as principais fornecedoras de armas para a Arábia Saudita e governos repressores da região.

Nesse sentido, a reflexão dos movimentos seguiu na linha do direito a um território e da luta contra a xenofobia. Do direito à autodeterminação dos povos e contra as guerras. As guerras não resolvem nenhum conflito social e apenas criam mais problemas sociais, além de ceifar a vida de milhares de pessoas, em geral os mais pobres e trabalhadores. Todos os seres humanos são iguais, na sua natureza e nos seus direitos. Aqui, emergiu a ideia de que devemos incorporar em todos nossos programas a proposta da  igualdade. A igualdade de oportunidades, de direitos e deveres, é a única base de uma sociedade realmente democrática.

E, nesse tema, o Papa Francisco revelou toda a sua coragem, ao denunciar que, quando um banco vai a falência, logo surgem bilhões de euros para salvar seus acionistas. Porém, quando um povo esta em dificuldade e migra, nunca há recursos públicos para ajudá-los e encontra-se todo tipo de desculpas possíveis. O Papa denunciou o sistema capitalista como autor dessa tragédia humana, contemporânea que estamos vivendo, de exclusão, de superexploração dos migrantes e dos refugiados, não só na Europa, mas em diversas regiões do mundo, onde os países ditos ricos se protegem dos pobres e migrantes, praticando ainda mais exclusão. Nunca se ergueram tantos muros de exclusão, em tantos países, como agora.

Como  vêem, os debates foram muito interessantes.  E devem seguir, por muito tempo ainda, graças à abertura e à generosidade do Papa Francisco. Todos os documentos na íntegra e os discursos do Papa podem ser encontrados aqui.

De nossa parte, da delegação brasileira, levamos uma faixa com "Fora Temer", em plena praça da Basílica de São Pedro, denunciando o golpe por aqui e saímos convencidos de que, além de São Francisco de Assis, agora temos mais um Francisco revolucionário na Igreja.

Link original: http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Stedile-Papa-Francisco-um-homem-de-muita-coragem-/4/37234


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Universidade Planetária do Futuro 
Departamento de Assuntos Sociais

Divulgação: Ana Felix Garjan
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sábado, 12 de novembro de 2016

Crise do Ensino Público, por Katya Brasghini - Boletim Outras Palavras



O Fórum acadêmico da UNIFUTURO - Universidade Planetária do Futuro - ANO V, divulga entrevista sobre o futuro Presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, no Boletim Outras Palavras.


Crise do Ensino Público: depois dela, o vazio?
Boletim Outras Palavras

– on 12/11/2016 Categorias: BrasilDestaquesPolíticas
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Projeto de escola nascido com a Revolução Francesa está esgotado. Mas como retomar, no século 21, ideias de igualdade, democracia e participação coletiva no futuro comum?

Por Katya Braghini
Talvez estejamos assistindo à morte dos princípios da democracia liberal que são o fundamento de um ideário de escola, com mais de 200 anos, e que nos move como sujeitos que pensam o futuro de novas gerações. Foi essa a sensação que tive ao término da linda apresentação da professora Carlota Boto (da Faculdade de Educação da USP) acontecida numa tarde de outubro, na PUC-SP por conta do I Seminário de História da Educação do programa de pós-graduação em Educação: História, Política, Sociedade.

A professora fez explanação sobre os princípios democráticos da escola pública, laica, gratuita pensados por Condorcet durante a Revolução Francesa. A narrativa mostrava os encaminhamentos do pensador e revolucionário a respeito de como deveria ser a escola francesa e, de como esses princípios, foram sendo estabelecidos, paulatinamente, ao longo do século 19 naquele país. Implicitamente, na fala, percebíamos a montagem dessa grande tecnologia, “a escola”, uma incrível invenção que foi amparada por princípios liberais, democráticos, e mesmo diante de suas dubiedades e contradições históricas, fracassos até, se estabeleceu como uma necessidade, quase que se naturalizou, como instituição que forma e conforma pessoas dentro de padrões de racionalização e que, sendo assim, ou ainda assim, pensa e projeta futuros.


Porque, está intrínseco ao ideário projetado, que a escola, como ambiência de formação é um espaço que, em termos físicos, estéticos, morais e psicológicos, nasceu com uma certa concepção de história, aquela que se funda com o poder de organização de grandes coletivos, “coletivos singulares”, em nome de um futuro melhor, um mundo melhor, utopias de “progresso”, “desenvolvimento”, “socialismo” e “fortuna”. E a ideia de equidade está lá desde a gênese, como parâmetro desse processo histórico. E assim, com percalços, erros, disputas curriculares, brigas políticas, lutas sociais, contradições e quedas, nos lançamos por mais de dois séculos, repassando pela própria escola, uma tradição humanista: a defesa da escola pública, laica, gratuita que gerasse grandes coletivos esclarecidos. Forjar sujeitos cuja autonomia significasse a possibilidade de criação de discursos próprios, gerando o sentido de responsabilização diante do outro: ética do saber fazer, saber pensar, como marco de cidadania. É evidente que todas essas palavras ganham e perdem significações ao longo do tempo, mas aqui, estou falando de princípios. Pois afinal, até sem pensar muito, professores repetem essa ideia “em defesa de uma escola laica, pública, gratuita” uns para os outros e deles para o mundo.

Nicolas de Condorcet pensou,, em meio à Revolução Francesa, um projeto de Escola Pública que jamais foi plenamente adotado no Brasil

Nicolas de Condorcet pensou,, em meio à Revolução Francesa, um projeto de Escola Pública que jamais foi plenamente adotado no Brasil

Discutimos o desvanecer de princípios democráticos diante da força intervencionista do neoliberalismo na formulação de políticas públicas; ao mesmo tempo, vemos os movimentos sociais e educacionais combativos diante do rápido processo de desativação desses mesmos princípios. E o ataque à escola é o sinal de morte dessa longa tradição humanista que nos pautou como educadores nesse processo: igualdade, universalidade, laicidade, autonomia política, liberdades civis, cidadania.

Vemos a intervenção de instituições internacionais como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a agressiva investida de interesses empresarias, lobby de escolas particulares atuando decisivamente na configuração das reformas educacionais. Nesses discursos, a Educação ainda é apontada como “uma prioridade”. Mas, é necessário compreender o motivo e o sentido dessa ideia. Prioridade para quê? Se atualmente, o léxico empresarial se fixa aos discursos produzidos sobre a Educação, de forma que, palavras como “eficiência”, “flexibilização”, “enfoque setorial”, “empreendedorismo”, estimulam a entrada e manutenção de uma administração gerencial, concorrencial, no plano geral e, particularmente, incitam a fixação do setor privado nos interesses da escola pública?

A crise social gerada, em plano mundial, especialmente em relação ao trabalho, revela, cada vez mais, as contradições, injustiças e limites dessa estrutura hegemônica. É necessário, portanto, discutir a posição da Educação diante dos contornos historicamente dados na atualidade ao que Dardot e Laval (2016) chamam de “nova racionalidade ademocrática”, pois a corrosão dos direitos sociais do cidadão diz respeito aos fundamentos do que é a própria “cidadania” e como tal, passamos a uma nova fase da história, quando a principal invenção coletiva foi criar a ideia de “sujeito como empresa de si”. Lá estamos nós descartando a possibilidade de pensar em “outros”.

A educação, pensando a promoção da democracia, tem relação direta com a manutenção de espaços que impulsionam a multiplicação de contatos sociais e a ampliação de experiências acontecidas no entrelaçamento das várias atividades da vida conjunta e mutuamente comunicada. Por isso, a escola se mantém como território de transformação social; lugar com grande potencial de reflexão crítica da realidade. Mas, em tempos neoliberais, reside sobre essa instituição uma nova contradição: porque nela recai a ideia de conformação dos sujeitos aos padrões dessa racionalidade, dita “empresarial”; mas, é também nela que vemos mobilizações sociais, que contradizem o plano de sua adequação aos critérios da produtividade e da rentabilidade. Matar este contra-discurso que reside no seio da escola é a artimanha diabólica de um Estado que passa a ser ente horizontal na cumplicidade com os interesses privados sobre a educação. Chamar este Estado de “poder público” virou uma mentira retórica. Ele está longe de nós, fechado em palácios com banquetes, enquanto clamamos pela manutenção da escola democrática.

Atualmente, pela confusão criada entre as esferas política e econômica e a suspensão das fronteiras entre a esfera pública e a esfera privada, a educação manifesta-se como ação legitimadora de uma sociedade fortemente excludente. A compreensão dos processos políticos, sociais, econômicos, psicofísicos que fomentam essas reformulações sobre a pauta educacional, levando-a para este caminho antidemocrático, marca a importância de análises sobre a relação entre democracia e educação mediante o planejamento e a organização de um Estado que vê o “povo” como inimigo. Bresser Pereira está falando disso em um post que tem circulado na internet: de como o neoliberalismo, na articulação entre estado e interesses privados fomenta e faz funcionar uma “luta de classes inversa”. Ou seja, segundo sua análise, não estamos mais no momento de ver o povo clamando por seus benefícios diante de um poder que resguarda e protege os interesses do capital monopolista. Estamos vivendo uma batalha de ódio dos chamados “ricos rentistas” que não necessitam de comprometimento com a nação, mas que na fluidez mundial de suas riquezas, lutam ferozmente contra os limites estabelecidos pelo estado de bem estar social. Não somos nós, os comuns, que temos força de contradição. Ao contrário, eles têm força para o nosso aniquilamento, acabando com a ideia de direito público. Essa é a natureza da PEC 241.

Pensar os processos históricos de constituição de um contra discurso, ou seja, a ação prática do povo, que por meio do seu ativismo, manifestações, organizações de grupos, sindicatos e pensamento social apontaram outros caminhos e significados para a Educação. A professora Circe Bittencourt (PUC-SP), que tem sido uma ativista destacada contra este estado de coisas — porque percorre, de corpo presente, todo o país, fazendo política militante — perguntou durante a sessão: E nós, como pensadores da educação, como intelectuais, professores e alunos, o que fazer como desafio? Nós vimos o debate fluir para a história da educação, nos fazendo lembrar que, algumas vezes, intelectuais são “convocados” a tomar posição e a se lançar em manifestos crassos, formular um pensamento e o documentá-lo, agindo politicamente com a ideia de consenso para marcar uma posição. Não da forma “internética”, momento quando o excesso de “manifestos” vendem no atacado ideias múltiplas de frentes sem foco. Mas, talvez de outra forma, que eu mesma não saberia qual ou como?

Lembrei-me de que “a história não faz nada” senão por meio dos homens. Senti tristeza em constatar que talvez estejamos vendo o final de uma era para a história da escola. Lembramos ali, de que no Brasil, nunca conseguimos implantar essa escola de humanismo revolucionário. E hoje, diante de um momento de quase sonhos possíveis, andando lentamente rumo a uma educação pública de qualidade, laica, diversa, fomos lançados à morte de um “futuro melhor”. Paolo Bianchini, professor da Universidade de Torino, falava disso em outra palestra também: Qual professor vai poder dizer com honestidade que rumamos para um “futuro melhor”? Porque os processos históricos não estão mostrando isso, pelo contrário. Matamos aqui uma das funções históricas da escola e um dos sentimentos mais vigorosos que perpassam a longa história dos professores em relação aos seus alunos. Eu me fiz essa pergunta e a pronunciei: por que optamos em dar fim a uma invenção tão poderosa com princípios tão bonitos? Abrimos mão até mesmo dos princípios!

Julgo que um manifesto vale menos pelo papel, e mais, pela ação de sujeitos, seres de carne e osso, que se encontram cara a cara, ao vivo e em cores e ali registram o seu nome dizendo: Da forma como é, sou contra.Tem algo nessa história toda que está anunciando claramente a nossa incompetência para agir.


Katya Braghini

Katya Braghini é Doutora em Educação, professora e pesquisadora do PEPG em Educação: História, Política,Sociedade (PUC-SP), historiadora da educação.


Link: http://outraspalavras.net/brasil/crise-do-ensino-publico-depois-dela-o-vazio/

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UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V
Departamento de Assuntos Sociais
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar
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Departamento de Cultura e Comunicação:Coordenação: Ana Felix Garjan
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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Há quase 70 anos, a maior Superlua será vista no dia 14 de novembro de 2016


Divulgando assuntos planetários


Há quase 70 anos, a maior Superlua será vista no dia 14 de novembro de 2016!



Daqui a alguns dias, a Lua estará mais perto de nós do que o comum. Na verdade, ela não se mostra tão atrevida há algumas décadas. Na véspera do próximo dia 14, será possível observar a maior superlua em quase 70 anos.
Mas do que se trata o fenômeno? De acordo com a astrônoma britânica Heather Couper, as superluas são resultado de uma "casualidade".
"A Lua gira ao redor de uma órbita elíptica, e se a Lua Cheia coincide com o ponto do trajeto onde está mais próximo da Terra, ela pode parecer absolutamente enorme", afirma.
Essa coincidência ocorrerá novamente no dia 14 de novembro e o fenômeno deve ser extraordinário por causa da proximidade: nesta data a Lua se encontrará a 48,2 mil quilômetros mais próxima da Terra do que quando esteve recentemente no seu apogeu - que é o ponto mais distante da órbita. O satélite não chegava tão perto assim desde 1948 e não voltará a fazê-lo até 2034.
Com exceção do eclipse da superlua de 2015, não houve nem haverá por muito tempo uma Lua Cheia tão especial - mesmo que curiosamente tenhamos tido três superluas consecutivas em três meses - a anterior ocorreu em 16 de outubro e a última será no dia 14 de dezembro.
É possível se preparar para aproveitar melhor o fenômeno e ainda identificar algumas "surpresas".


Qual é a melhor forma de ver uma superlua?

A melhor maneira, claro, é para ir para um local aberto e tranquilo, longe das grandes cidades e da iluminação artificial muito forte e potente.
Como em qualquer outra Lua Cheia, o corpo celeste parece maior e mais brilhante quando aparece no horizonte. E o mesmo ocorre com as Superluas. Ainda que elas apareçam 14% maiores e 30% mais luminosas que as luas cheias comuns, são mais surpreendentes quando estão na linha do horizonte e não altas, no céu.
O especialista Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos (USNO, na sigla em inglês), explica que isso não é resultado de uma ilusão de ótica, mas de um efeito ótico que não é compreendido completamente nem astrônomos, nem por psicólogos.
Mesmo assim, ele acrescenta que superluas parecem ainda maior quando vistas através das árvores ou de casas.
Alguns especialistas sugerem outra dica no mínimo curiosa para dissipar a ilusão: uma pessoa pode ficar de costas para a Lua, curvar-se e olhar para o céu entre as pernas.

Surpresas para descobrir

Na região da Lua que ficará visível no próximo dia 14 de novembro, há uma abundância de crateras causadas por impactos de meteoritos e atividade vulcânica de bilhões de anos atrás.
Os contrastes entre as áreas que refletem a luz do Sol (as montanhas) e as planícies que permanecem na sombra (os mares) pode ser convertido, com um pouco de imaginação, nas mais surpreendentes figuras.
No momento em que a Lua aparecer maior e mais brilhante, teremos uma excelente oportunidade para descobrir figuras ocultas e "desenhos" na superfície da geografia lunar.
Uma das silhuetas mais reconhecidas é a de um coelho com grandes orelhas. A imagem é tão fascinante que a civilização maia criou até uma lenda para explicar o que era um mistério até então. A lenda envolve o deus Quetzalcóatl, que, depois de um ato de generosidade de um coelho que lhe ofereceu comida em um momento de extrema necessidade, ele decidiu levá-lo para a Lua em sinal de agradecimento. Dessa forma, a imagem do coelho seria visto por todos e por toda eternidade.
Os observadores mais atentos - Cleópatra e Abraham Lincoln entre eles - disseram ter visto um rosto humano na superfície da Lua. Certamente foi o mesmo que inspirou a famosa sequência do filme Viagem à Lua, do pioneiro cineasta George Meliés.
E tem até quem chegue a ver Elvis Presley, um par de mãos, uma árvore, mulheres, sapos, Jesus Cristo e um homem carregando lenha.
Mas não é preciso ir tão longe: para muita gente, brincar de identificar o coelho já é diversão suficiente.

Contra os mitos e as falsas crenças

Ao contrário do que muito se comenta, uma superLua não trará com ela o fim do mundo, nem causará um aumento na incidência de crimes.
Entre os muitos mitos que são repetidos, um dos mais comuns alega que esses fenômenos teriam algum efeito sobre os criminosos, que ficariam mais vorazes nas noites de Lua Cheia.
Mas os cientistas já descartaram a possibilidade de que o perigeu possa causar comportamentos estranhos, como a licantropia - a alucinação de que um ser humano poderia se transformar em um animal, como na lenda do lobisomem, ou ainda provocar desastres naturais de qualquer tipo.
Segundo o psicólogo Scott O. Lilienfeld, da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, "não importa quão perto ou longe ela passe, a Lua não incita crimes, como sugere a crença popular".
Autor do livro "50 Grandes Mitos da Psicologia Popular", ele alerta que estudos sobre esse tipo de conexão encontraram "uma grande quantidade de nada".
O especialista afirma que essa relação ocorre pela forma como as pessoas conectam as ideias.
"Quando há Lua Cheia e se comentem crimes, fazem esse tipo de relação. Quando não ocorre nada e ainda assim a Lua está cheia, não o fazem". Daqui a alguns dias, a Lua estará mais perto de nós do que o comum. Na verdade, ela não se mostra tão atrevida há algumas décadas. Na véspera do próximo dia 14, será possível observar a maior superlua em quase 70 anos.

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2016/11/06/como-se-preparar-para-a-maior-superlua-em-quase-70-anos.htm
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Brasil, 11 de novembro de 2016


UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V
Departamento de Cultura e Comunicação:Coordenação: Ana Felix Garjan
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Como se colocou Donald Trump no poder, por NAOMI KLEIN, jornalista canadense.

 
O Fórum acadêmico da UNIFUTURO - Universidade Planetária do Futuro - ANO V, divulga entrevista sobre o futuro Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Boletim Outras Palavras.

Como se colocou Donal Trump no poder

Como se colocou Donald Trump no poder - Boletim Outras Palavras

– on 10/11/2016Categorias: CapaCrise FinanceiraDesigualdadesMundo
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Não culpem os eleitores, nem pensem que se trata de uma guinada definitiva à direita. Voto expressa inconformismo contra as desigualdades e um Partido Democrata entregue ao neoliberalismo

Por Naomi Klein | Tradução Inês Castilho

Eles irão culpar, pelo derrota de Hillary Clinton, o FBI e seu chefe, James Comey [que reabriu o caso sobre os emails possivelmente criminosos da candidata]. Vão culpar a supressão de eleitores e o racismo. Vão por a culpa na atitude Bernie or bust (ou Bernie Sanders ou nada) e na misoginia. Vão apontar para candidatos independentes e terceiros: a mídia corporativa, por dar a Trump uma tribuna; a mídia social por ser um megafone; e o WikiLeaks por expor a roupa suja em público.

Mas estas avaliações deixam de fora o maior responsável por criar o pesadelo em que agora nos encontramos: o neoliberalismo. Essa visão de mundo – totalmente incorporada por Hillary Clinton e sua máquina – não é páreo para o estilo extremista de Trump. O fato de a disputa ter colocado um contra o outro é o que selou nossa sorte. Se não aprendermos mais nada, podemos por favor aprender com esse erro?
Eis o que precisamos entender: um enorme contingente de pessoas está sofrendo, nos Estados Unidos. Sob políticas neoliberais de desregulação, privatização, austeridade e comércio corporativo, seu padrão de vida despencou. Perderam seus empregos. Perderam suas aposentadorias. Perderam muito da rede de segurança que costumava tornar essas perdas menos apavorantes. Veem para seus filhos um futuro ainda pior do que o seu precário presente.

Ao mesmo tempo, testemunharam a ascensão da classe de Davos — uma rede hiperconectada de bilionários do setor financeiro, que elegeu líderes espantosamente próximos de seus interesses, e celebridades de Hollywood que fazem tudo parecer insuportavelmente glamourosas. O sucesso é uma festa à qual eles não foram convidados, e eles sabem que essa riqueza e poder crescentes está de alguma forma diretamente ligada às suas dívidas e impotência progressivas.

Para as pessoas que viam segurança e status como direitos de nascença – e isso significa homens brancos, principalmente – essas perdas são insuportáveis. Donald Trump fala diretamente para essa dor. A campanha do Brexit falou para essa dor. Também o fazem os partidos de extrema direita que crescem na Europa. Eles respondem a isso com um nacionalismo nostálgico e raiva das remotas burocracias econômicas – seja Washington, o Acordo Norte-americano de Livre omércio (Nafta), a Organização Mundial de Comércio ou a União Europeia. E claro, respondem a isso batendo nos imigrantes, latinos e negros, vilipendiando muçulmanos e degradando as mulheres. O neoliberalismo de elite não tem nada a oferecer para essa dor, porque o neoliberalismo lançou a classe de Davos. Pessoas como Hillary e Bill Clinton s& atilde;o o brinde da festa de Davos. Eles são, na verdade, a própria festa.
  
A mensagem de Trump era: “Está tudo um inferno.” Clinton respondeu: “Está tudo bem.” Mas nada está bem – longe disso.
As respostas neofascistas à insegurança e à desigualdade generalizadas não vão desaparecer. Mas o que sabemos dos anos 1930 é que, para lutar contra o fascismo, é preciso uma esquerda de verdade. Uma boa parte do apoio a Trump poderia ser afastada se houvesse sobre a mesa uma agenda redistributiva genuína. Uma agenda para tributar da classe bilionária com mais do que retórica, e usar o dinheiro para um New Deal verde. Esse plano poderia criar uma onda enorme de empregos sindicalizados bem pagos, trazer recursos e oportunidades extremamente necessários para as comunidades negras e insistir em que poluidores deveriam pagar pelas ações de formação necessárias para que os trabalhadores sejam inteiramente incluídos nesse futuro.
Tal plano poderia desenhar políticas que lutassem ao mesmo tempo contra o racismo institucionalizado, a desigualdade econômica e as mudanças climáticas. Ele poderia enfrentar maus acordos de comércio e violência policial, e honrar o povo indígena como os protetores originais da terra, da água e do ar.

As pessoas têm direito de estar com raiva, e uma agenda de esquerda poderosa e multitemática pode dirigir essa raiva para onde ela deve ser dirigida, enquanto luta por soluções globais que unirão uma sociedade desgastada.
Essa articulação é possível. No Canadá, começamos a pavimentar essa união sob a bandeira de uma agenda popular denominada The Leap Manifesto (O Manifesto do Salto), endossado por mais de 220 organizações, do Greenpeace do Canadá ao “Black Lives Matter” de Toronto e alguns dos nossos maiores sindicatos.
A surpreendente campanha de Bernie Sanders percorreu um longo caminho na direção de construir esse tipo de coalizão, e demonstrou que há espaço, nos EUA, para o socialismo democrático. Mas Sanders não foi capaz de se comunicar com os eleitores negros mais velhos e latinos que são, demograficamente, os que sofrem mais abuso do nosso modelo econômico atual. Esse fracasso impediu a campanha de atingir seu potencial. Aqueles erros podem ser corrigidos e uma coalizão forte e transformadora pode ser construída.

Essa é a tarefa que temos à frente. O Partido Democrata precisa ser, ou decididamente arrancado dos neoliberais pró-corporações, ou abandonado. De Elizabeth Warren a Nina Turner aos membros do Occupy que tocaram a campanha inovadora de Bernie, há hoje — mais do que em qualquer outro momento — um campo de líderes progressistas inspiradores para uma coalizão mais forte. Estamos cheios de líderes, como dizem muitos do Movimento pelas Vidas Negras.

Então, vamos sair do estado de choque o mais rápido possível e construir o tipo de movimento radical que tem uma resposta genuína ao ódio e medo representados pelos Trumps neste mundo. Vamos deixar de lado tudo o que está nos mantendo separados e começar já.

Naomi Klein

Naomi Klein é jornalista e ativista social canadense. Crítica do capitalismo, Naomi Klein vem ganhando notoriedade na imprensa internacional ao denunciar os crimes cometidos pelas grandes corporações em nome do capitalismo de livre mercado.

Link>
http://outraspalavras.net/capa/como-se-colocou-donald-trump-no-poder/



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Brasil, 11 de novembro de 2016



UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V
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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Considerações sobre Donald Trump, como Presidente dos Estados Unidos da América


A Universidade Planetária do Futuro - Ano V continua em pesquisa dos assuntos atuais que interessam ao Brasil e ao mundo. 

Divulgamos a entrevista de Álvaro Guzmán Bastida, com a socióloga Russel Hochschild. Tradução por Cavalcanti - Schiel, publicada no Boletim Outras Palavras.

América Profunda, explicação para o fenômeno Trump

América Profunda, explicação para o fenômeno Trump

Por
Redação
– on 08/11/2016Categorias: DestaquesGeopolíticaMundoPolíticas
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Após mergulhar por cinco anos num bastião conservador, socióloga constata: arrogante, esquerda desprezou os brancos empobrecidos. Eles a identificam com o poder e vingam-se no voto

Russell Hochschild, entrevistada por Álvaro Guzmán Bastida, em Contexto y Acción | Tradução: Ricardo Cavalcanti-Schiel
O que vai acontecer depois das eleições norte-americanas de 8 de novembro? A maioria dos comentaristas liberais, no sentido anglo-saxão do termo, sonham com baixar uma grossa cortina sobre a revolta do “trumpism”’ — como um pesadelo coalhado de fanatismo e “deplorável” ignorância — após vencer o magnata nas urnas. Isso, avalia Arlie Russell Hochschild (Boston, 1940), será um erro terrível. Há cinco anos, a reconhecida socióloga, professora emérita da Universidade da Califórnia em Berkeley, vem fazendo um exame de consciência em nome do Partido Democrata. Ela lavrou suas penitências em um novo livro, Strangers in their Own Land: Anger and Mourning on the American Right (Estrangeiros em sua própria terra. Raiva e luto na direita americana).
Arlie Hochschild, que começou sua pesquisa muito antes que Trump entrasse na política, detectou uma quebra entre a direita radical anti-Estado, materializada no por então emergente Tea Party, e certa elite progressista cheia de desdém e autossuficiência. Para a socióloga, grande parte da classe trabalhadora branca, “gente decente e com preocupações bem reais”, se sente esquecida pelo Partido Democrata, ainda que este seja, em tese, seu aliado natural. “Muitos têm simpatia por Bernie Sanders. A bola está no campo dos democratas. O erro é deles: foram eles que abandonaram a classe trabalhadora” — adverte ela, em uma conversa por Skype.

Ao seus setenta anos, Hochschild decidiu deixar para trás um confortável hábitat de intelectuais que compartilhavam suas ideias progressistas, para adentrar no sul profundo dos Estados Unidos. Mudou-se para o coração da Luisiana mais homogeneamente branca, cristã, rural e empobrecida, para tentar entender o que alimentava o ódio ao Estado e à redistribuição que imperavam nessa região. O resultado é um formidável retrato da direita norte-americana e daquilo que Arlie Hochschild chama sua deep story (narrativa profunda), que lhe valeu a indicação para o National Book Award (Prêmio Nacional do Livro).

Russell Hochschild: "Quando fui a uma plenária de Donald Trump antes das primárias na Luisiana, em março desse ano, me dei conta de que havia passado quatro anos e meio estudando um monte de lenha, e que agora, com Donald Trump, estava estudando o fósforo que acenderia a fogueira"

Russell: “Quando fui a uma plenária de Donald Trump, em março, me dei conta de que havia passado quatro anos estudando um monte de lenha, e agora estava estudando o fósforo que acenderia a fogueira”

Por que você decidiu embarcar nesse projeto que lhe custou cinco anos?
Há cinco anos, eu já notava uma enorme divisão nos Estados Unidos entre esquerda e direita. Essa brecha só fazia crescer, não porque a esquerda estivesse se movendo para a esquerda, mas porque a direita se tornava mais direita. Dei-me conta de que eu não entendi, de forma alguma, esse fenômeno; de que vivia num lugar habitado por gente que tampouco o entendia. Então decidi sair dali e buscar um entorno o mais diferente possível do meu. Encontrei-o no Sul, onde a direita cresceu mais rápido. A Luisiana era o supersul: branco, velho e religioso. Era o que eu queria realmente conhecer.
  
Meu objetivo era decifrar o paradoxo desse Estado vermelho [ou seja, republicano; por oposição aos “azuis” democratas]. Nos Estados Unidos são os Estados mais pobres, os que têm mais famílias desestruturadas, os piores sistemas de saúde e educação, e que recebem mais dinheiro do governo federal que os impostos que pagam, exatamente aqueles que se opõem com mais virulência ao Estado e que querem reduzir seu poder. Esse é o paradoxo: se você tem um problema, por que você não quer que lhe ajudem?
Tudo isso chegava ao extremo na Luisiana. Era o Estado mais pobre da União; 44% do orçamento vinha do governo federal; e ainda assim era o Estado mais pró Tea Party, o mais conservador. Pensei: “isso é perfeito!”. Desliguei meu sistema de alarme político e moral para poder escutar e tentar escalar o “muro da empatia” que me separava dessa gente. Queria averiguar o que sentiam, e por que sentiam o que sentiam. Esse era o projeto.
Você descreve sua viagem de cinco anos como a busca de uma narrativa profunda. A quê exatamente você se refere?

Esse é o conceito básico do livro. Quando perguntamos a alguém: “Quais são as suas ideias políticas?” É de se esperar que respondam falando dos seus valores e do tipo de políticas que gostariam de ver aplicadas. Mas por baixo disso há algo mais básico. Eu chamo a isso de deep story (narrativa profunda). Todos, sejamos de esquerda ou de direita, a temos. É a narrativa da vida como cada um a sente, desprovida de juízos morais e de fatos. É como um sonho, mas que parece real para uma pessoa.

A narrativa profunda da direita que subjaz a tudo o que escutei durante esses cinco anos é essa: A pessoa está numa fila, como em uma espécie de peregrinação; no final dessa fila está o sonho americano, que essa pessoa deseja e crê que merece, porque cumpriu as regras e trabalhou duro a vida toda; só que a fila não anda, e de repente as pessoas começam a ver que outros estão cortando a fila na frente delas. Isso provoca uma enorme sensação de injustiça.

Quem corta a fila nessa estória? Não tem ninguém para impedir isso?
Os que cortam a fila são os negros que, por meio de políticas de discriminação positiva, têm acesso a postos de trabalho que normalmente estavam reservados aos brancos. Antes da Affirmative Action, as políticas estatais de discriminação positiva, as mulheres não podiam ter acesso aos postos de trabalho dos homens. Agora podem. Imigrantes e refugiados… todos esses grupos.

Essa gente que espera na fila não tem, concretamente, nenhum rancor contra ninguém. Só querem alcançar o sonho americano, mas algo se interpõe no seu caminho e lhes empurra para trás. Nessa narrativa, isso é culpa de Barack Obama, que deveria vigiar a fila. Para todos então, ele seria o cara que facilita que os outros cortem a fila. Isso torna o governo federal uma imensa máquina de marginalização. “É o governo deles, não o nosso. Não quero pagar imposto para eles. Quero ficar de fora. Eu sou um estrangeiro na minha própria terra”.

Há uma outra parte nessa deep story: Enquanto a fila não anda, você vê alguém na frente se voltar para trás e dizer: “Sulistas estúpidos! Estão ferrados. Vocês são uns ignorantes”. É como uma bofetada.
O que você achou ao ouvir a Hillary Clinton chamar de “deploráveis” os eleitores de Donald Trump?
Eu gostaria de tê-la metido em um avião comigo, trazê-la a Lake Charles, Luisiana, e lhe apresentar as pessoas desses povoados, que cheguei a conhecer bastante bem; pedir-lhe que sentasse, tomasse uma cerveja, fosse pescar e conhecesse algumas pessoas dessa gente incrível que de modo algum é deplorável, ao contrário, bastante admirável, mas que vive numa verdade diferente. De fato, ela poderia fazer muito para resolver seus problemas, se se preocupasse por conhecê-los.

Você acredita que essa gente se sente ignorada pelo Partido Democrata?
Exatamente. Essa é a mensagem do livro: de que há gente decente com preocupações bem reais, que se sente esquecida. O Partido Democrata, o partido dos trabalhadores, está se desmilinguindo. Os trabalhadores abandonam o partido em massa, fazendo com que seja a esquerda que se transforme em estrangeira na sua própria terra. Não são absolutamente deploráveis. São seus aliados naturais. Muitos têm simpatia por Bernie Sanders, que chamam afetuosamente de “tio Bernie”. De fato, estamos já de acordo em muitas coisas. A bola está no campo dos democratas. O erro é todo deles: foram eles que abandonaram a classe trabalhadora.
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Um dos personagens do livro, Mike, sofreu por conta de um desastre ambiental, e é muito ativo em lutas ecológicas, mas também se opõe à regulação estatal. Como essas ideias convivem?
É verdade. Mike é agora ecologista, mas também vai votar em Donald Trump. Por que ele desconfia do Estado e preferiria não pagar impostos? Creio que há três respostas no seu caso. Uma é a narrativa profunda. Ele me disse: “Eu encarno a sua metáfora”. Ele acha que o Estado seria um instrumento da sua própria marginalização. Também acredita que ele representa o Norte, sempre dizendo para o Sul o que fazer, como nos tempos da Guerra Civil, e isso não lhe agrada. E tem uma terceira razão: Mike percebe o governo da Luisiana como um instrumento a serviço do petróleo, e acha o mesmo do governo federal, que é um instrumento a serviço da indústria.
Isso se aproxima bastante de uma perspectiva progressista. Da forma como eu o entendo, as grandes empresas petroquímicas e petroleiras são as novas plantations [fazendas de escravos]. São instituições de alto investimento e enorme rentabilidade, e que compraram o governo estadual. Pagam ao governo do Estado para que ele faça a sua licitação. É como se o Estado fosse parte da empresa. Essas grandes empresas fizeram uso de uma estratégia emocional. Dizem: “Necessitamos de um bilhão e meio de dólares do dinheiro dos contribuintes para poder assentar nossas raízes aqui na Luisiana, ao invés de ir para o Texas”. Com uma pitadinha desse dinheiro distribuem alguns presentes, pagam os uniformes da equipe de futebol americano da Universidade do Estado da Luisiana, da Audubon Society para a proteção da natureza, ou então financiam um curso de ciências para o ciclo básico. E as pessoas dizem: “As empresas são bondosas. Nos dão presentes e trabalho”.

Elas constroem, no entanto, plantas altamente automatizadas que importam trabalhadores de fora, filipinos instaladores de tubulações e químicos do Instituto Tecnológico de Massachusetts. Geram pouquíssimos postos de trabalho permanentes para as pessoas da Luisiana, algo em torno de 16%, segundo a maioria das estimativas. O resto são professores, enfermeiras, funcionários públicos… Mas a empresa goza de boa reputação. Enquanto isso, é o Estado que faz o trabalho sujo das empresas. Sua função é dizer que protege as pessoas da poluição, quando de fato não as protege. Assim, as pessoas odeiam o Estado e amam as empresas.

Os progressistas chegam e perguntam, consternados: “Como você pode amar a empresa que está contaminando e odiar o Estado que poderia solucionar o seu problema?”. As pessoas não veem as coisas assim. Esse é um Estado refém. Não me estranha que elas não gostem dele. Ele está dominado, é um instrumento do petróleo.
Você mencionou as plantations, parte da longa, profunda e enraizada história da discriminação racial na Luisiana. Muitos progressistas reputam as reclamações de pessoas como os personagens do seu livro à nostalgia dos privilégios abusivos desse passado. Eles os acusam de racistas. O que estaria falhando nessa análise?

Ela é parcial e distorcida; sugere que o problema está só no Sul. Creio que é um problema nacional. E também tira os preconceitos raciais de um contexto mais amplo, a que me refiro no livro como honor squeeze, ou sufocamento cultural. Essa gente se sente abandonada pelo caminho de muitas maneiras. É uma gente religiosa numa sociedade secularizante. Não se pode dizer “Feliz Natal” em um lugar público. Tem que dizer “Boas Festas” ou só “Felicidades”. Como sulistas, sentem-se desprezados. É maiscool estar em Nova York, San Francisco, Los Angeles.

Sentem que sua atitude a respeito da família é agora ilegal no país, desde que a Suprema Corte decidiu que as mulheres têm direito a abortar em certas circunstâncias e que os gays têm direito a se casar. Tudo isso os faz se sentir demográfica, social, cultural e economicamente marginalizados. Os sentimentos raciais são apenas uma parte disso. Sentem-se em competição com os negros. Sentem que os negros subiram e eles desceram, e que eles também são agora uma minoria.

Donald Trump não tinha ainda passado para a política durante a maior parte da sua pesquisa. Como a ascensão dele, até a indicação do Partido Republicano, afetou as pessoas que aparecem no seu livro?
Quando fui a uma plenária de Donald Trump antes das primárias na Luisiana, em março desse ano, me dei conta de que havia passado quatro anos e meio estudando um monte de lenha, e que agora, com Donald Trump, estava estudando o fósforo que acenderia a fogueira. Eles se sentem estrangeiros em sua própria terra, à deriva a bordo de uma América sem rumo. Trump se apresentou como um salvador. Prometeu-lhes tudo, recuperar a dignidade. Falava por eles “Sim, vocês se sentem jogados. Caem pouco a pouco…. Eu os levantarei”. Era um fenômeno quase religioso.

No livro você descreve seu encontro com uma cantora de gospel, Madonna Macy, que lhe falou do locutor de rádio favorito dela, um jornalista extremamente conservador. O que você aprendeu ao conhecê-la?
Eu a conheci em uma reunião das Mulheres Republicanas do sudoeste da Luisiana, em Lake Charles e ela me disse “Amo Rush Limbaugh”, um popular comentarista de rádio de direita, agressivo e extremadamente conservador, provavelmente o mais popular no dial americano. Perguntei-lhe por que gostava. “Ele odeia as feminazis”, me respondeu. Então lhe preguntei: “O que é uma feminazi?”. “São essas feministas que querem ser iguais aos homens. São más, ambiciosas, egocêntricas”. Essa era a sua visão. Em seguida disse amavelmente: “Foi difícil me escutar?” e completou: “Na realidade, vejo Rush Limbaugh como alguém que me protege de pessoas como você, os liberais que acreditam que sou retrógrada e inculta, e que tenho uma atitude equivocada, que sou racista, sexista e homofóbica, e, pra completar, também gorda”. Senti que os progressistas impunham até as regras alimentares no Sul, onde se ama comida frita.

Tem outro personagem no livro, chamado Lee, que encarna o grande paradoxo porque também apoia as causas ecologistas ao mesmo tempo que as políticas antirregulação do Tea Party. Despediram-no por contaminar um estuário? Por que ele não culpa a empresa que o empregava, que continua sendo muito poderosa na Luisiana?
Trata-se de um homem que fez o trabalho sujo da empresa durante anos. Todos os dias, ao pôr do sol, derramava às escondidas um resíduo quente, tóxico e perigoso em uma via fluvial. Ele se sentia muito culpado por fazê-lo. Acabou adoecendo por causa daquilo, porque estava exposto a um produto químico tóxico. Afastou-se por doença e então o despediram por faltar ao trabalho.
Ele odiava a empresa, Axiall, por ter-lhe feito isso. Disse-me: “Minha mulher teve que esconder a pistola. Estava tão furioso pelo que me tinham feito…” Ao mesmo tempo, sentiu que o Estado não o protegia dos abusos da empresa. É a lógica que vi em toda parte: as pessoas odeiam o Estado porque recolhe impostos e, daí, se supõe que tem que fazer coisas boas, mas depois sentem que só serve para os marginalizar.

A história de Lee continuou, e ele conseguiu se vingar da empresa. Os resíduos estavam contaminando os peixes, e isso levou o governo a sugerir um limite de consumo de pescado. Os pescadores e donos de restaurante ficaram furiosos. A recomendação do Estado deixava-os sem negócio. Houve uma grande reunião com mil pessoas. Lee Sherman subiu ao palco com um cartaz que dizia: “Fui eu que derramei o resíduo tóxico na água”. Os pescadores tiveram que coçar a cabeça e dizer: “Suponho que a culpa não é do grande Estado, mas da grande empresa”.
Agora Lee quer se vingar do Estado. Aos seus 83 anos está distribuindo cartazes para o candidato do Tea Party ao Congresso por Luisiana.

Você menciona no seu livro a emoção como um ingrediente chave da política. Por que ela é importante como elemento de análise?
Creio que chegar a entender a narrativa profunda de cada um de nós é um passo preliminar para respeitar e entender, fundamentalmente, o que leva as pessoas a pensar o que pensam na política. Isso nos abre aos outros. Não é exatamente um fim em si mesmo, mas é preciso fazê-lo. Do contrário, o diálogo será inútil e defensivo. Temos que criar — e me refiro à nação no seu conjunto, esquerda e direita — uma zona de segurança na qual possamos nos comunicar sobre esses assuntos de forma aberta e produtiva. Isso não vai acontecer até que analisemos as bases emocionais de nossas convicções políticas.

Link do Boletim Outras Palavras:
http://outraspalavras.net/destaques/na-america-profunda-explicacao-para-o-fenomeno-trump/





Brasil, 09 de novembro de 2016

UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V
Departamento de Assuntos Sociais
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Felix Rosar

Departamento de Cultura e Comunicação:Coordenação: Ana Felix Garjan
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Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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