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quarta-feira, 6 de abril de 2016

UM ACHADO ARQUEOLÓGICO - IHGM, por LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ



“UM ACHADO ARCHEOLOGICO” – O IHGM E A PESQUISA ARQUEOLÓGICA NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Arqueologia (do grego, « arqué », antigo ou poder, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais, relacionada fundamentalmente à pré-história e às civilizações da antiguidade, embora mais recentemente a metodologia arqueológica vem se aplicando a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o período industrial. Na atualidade, os arqueólogos dedicam-se cada vez mais a fases tardias da evolução humana, como a arqueologia industrial [1]. Esclarece Brandi (2004) [2] que a arqueologia tem seu inicio com as escavações ocorridas na Itália do século XVIII, quando um ex-oficial da cavalaria da Áustria por volta do ano de 1705 encontrou em suas terras estatuas e artefatos de valor artístico (econômico). Ainda seguindo esse autor, ao descrever os diversos períodos da constituição da arqueologia enquanto ciência coloca que até 1914 estava se fundamentando e desenvolvendo pressupostos-teóricos-metodológicos próprios, havendo “cisma” entre Europa e EUA. Esse racha ficou mais marcado durante o período histórico-classificatório (1914-1960) devido ao papel que o EUA passou a ter como país forte e com políticas geo-econômicas para os demais países latinos, além da homogeneidade americana no pós Segunda Guerra Mundial (p. 27) [3]. Durante o período anterior, denominado de Discritivo-classificatório (1840-1914) [4] houve um incentivo à institucionalização da Arqueologia, passando a ser ferramenta nacionalista para geração de identidade das populações com o território, ainda sobre as luzes do Iluminismo: O período histórico-classificatório (1914-1960) tinha como um dos objetivos, principalmente, na corrente européia, de identidade nacional, bastante ligada à construção de um passado grandioso para legitimar o Estado que se formava.

Alguns países latino-americanos tentaram utilizar essas categorias para se constituir, mas existiam algumas incoerências. Os países que possuíam grandes números de indígenas no seu povo, não os davam voz. Distorciam alguns discursos para tirar força dos movimentos indígenas. (BRANDI, 2004, p. 41). Pedro II foi um dos grandes incentivadores da ciência no Brasil, custeando expedições ao interior e ao litoral brasileiro, utilizando o então Museu Imperial – agora Museu Nacional – como ponto de partida para as expedições e visando encontrar potenciais de inúmeras áreas: Botânica, Zoologia, arqueologia, geologia entre outras Devido a essa fase de incentivos a pesquisa arqueológica que no momento tinha uma grande ação de amadores em busca de cidades perdidas, chamada de período “Dos primeiros arqueólogos brasileiros à busca das cidades perdidas”. A criação do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) também é desse período e enfatiza a consolidação nacional e criação de uma identidade nacional. Em 1925, é fundado o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM –, por Antonio Lopes da Cunha: “Em 1925, tomei a iniciativa de reunir alguns homens de boa vontade na livraria de Wilson Soares, expondo-lhes a minha idéia de se comemorar o centenário do nascimento de D. Pedro II com a inauguração, nesta capital, de um Instituto de História e Geografia. Os que prestaram apoio à idéia foram: Justo Jansen, Ribeiro do Amaral, José Domingues, Barros e Vasconcelos, Domingos Perdigão, José Pedro Ribeiro, José Abranches de Moura, Arias Cruz, Wilson Soares e José Ferreira Gomes. Mais tarde incorporou-se a esse grupo João Braulino de Carvalho. Ausentes de S. Luís apoiaram calorosamente a idéia Raimundo Lopes, Fran Pacheco, Carlota Carvalho e Antonio Dias, que também foram considerados sócios fundadores do Instituto. (p. 110) (…)

A 20 de novembro realizou-se a sessão inicial, sendo apresentado, discutido e votado os estatutos e eleita a diretoria, cujo presidente foi Justo Jansen. José Ribeiro do Amaral foi eleito presidente da assembléia geral. (p. 111)[5]. Borralho (2011) [6] considera haver uma relação dos fundadores do IHG e a geração fundadora da Oficina dos Novos, tais como Antonio Lopes da Cunha, Arias Cruz, José Eduardo de Abranches Moura, Barros e Vasconcelos, Domingos de Castro Perdigão, José Domingues da Silva, José Ferreira Gomes, José Pedro Ribeiro, Justo Jansen Ferreira, José Ribeiro do Amaral, Wilson Soares. Muito mais presentificada e personificada na relação dos sócios efetivos, como em Antonio Lopes Dias, Carlota Carvalho, Manuel Francisco Fran Paxeco, Raimundo Lopes da Cunha, Virgilio Domingues, Domingos Américo de Carvalho. Todos eles eram signatários da idéia de perpetuação das tradições do Estado, proclamada primeiro pela Oficina dos Novos, depois Academia Maranhense de Letras, Faculdade de Direito, Sociedade Musical Maranhense e finalmente, Instituto de História e Geografia que na sua renovada formação, em 1951, passaria a se chamar Instituto Histórico e Geográfico Maranhense. ARQUEOLOGIA MARANHENSE Brandi (2004), ao rever o papel da arqueologia catarinense, procedeu a uma revisão arqueográfica, utilizando-se da bibliometria[7] – análise de revistas especializadas em arqueologia e fontes extremamente citadas, não considerando monografias, dissertações e teses, não publicadas.

Uma investigação arqueológica começa pela investigação bibliográfica ou, em alguns casos, pela prospecção, que faz parte do levantamento arqueológico. Embora haja quem coloque que no Maranhão os estudos arqueológicos ainda não despertaram interesse (BANDEIRA, 2002) [8], a criação do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, naquele ano de 1925 demonstra que havia, sim, interesse no desenvolvimento dessa ciência: “Artigo 1 – Fica fundada nesta cidade de São Luiz uma associação scientifica para o estudo e diffusão do conhecimento da história, geografia, ethnographia, ethnologia, archeologia, especialmente do Maranhão, e incremento à commemoração dos vultos e factos notáveis do seu passado e a conservação dos seus monumentos” Estatuto do Instituto, in Revista do IHGM, no. 1, 1926, julho-setembro, p. 61. Bandeira (2002) [9] coloca ainda Tal constatação é atribuída à falta de instituições que promovam estudos e pesquisas sobre a história das populações que aqui habitaram o período anterior à chegada dos colonizadores, casada com a omissão dos órgãos competentes em todas as esferas governamentais […] Foto de 1939, da esquerda para a direita, Claude Lévi-Strauss, Ruth Landes, Charles Wagley, Heloísa Alberto Torres, Luís Castro Faria, Raimundo Lopes e Édison Carneiro (Mariza Corrêa TRAFICANTES DO EXCÊNTRICO – os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60. http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm (grifamos)[10]

A constituição em 2002 do “Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão” [11] é outra resposta a essas afirmações, já no período das pesquisas universitárias, ressaltando-se que esta instituição colocou à disposição do grande público uma cartilha – “Arqueologia do Maranhão” -, com textos explicativos sobre o período pré-colonial maranhense (arte rupestre nos abrigos sob rocha, os sambaquis, as estearias, as populações de horticultores e ceramistas, as nações indígenas encontradas pelos colonizadores) e o metódico trabalho do arqueólogo. Bandeira (2002) afirma ainda que os estudos arqueológicos sejam recentes, e em seu trabalho cita alguns deles, referindo-se ao que vem ocorrendo desde o inicio dos anos 90, embora em sua bibliografia site os trabalhos de Olavo Correia Lima, publicados na Revista do IHGM[12]. Esse mesmo autor em estudo posterior ((BANDEIRA, 2006) [13] refere-se às primeiras produções de conhecimento sobre a pré-história maranhense praticadas por pessoas interessadas, pertencentes a profissões diversas, mas sem formação científica especializada, destacam-se nesse momento as publicações de Raimundo Lopes, Civilização lacustre do Brasil (1924) e O Torrão Maranhense (1970); de José Silvestre Fernandes (1950), Os Sambaquis do Nordeste[14] e Olavo Correia Lima (1970), Pré-História Maranhense[15]. Coincidem com o período em que PROUS (1992) classifica como intermediário (1910-1950) [16].

“UM ACHADO ARCHEOLOGICO” Encontramos na Revista do IHGM em seu numero 1, de 1926 uma nota da redação, atribuída a Antonio Lopes [17]: “O Sr. Dr. Franklin Ribeiro Viegas, um investigador paciente da flora maranhense,comunicava, há pouco, ao Diretor desta revista haver o Sr. Euclydes Gomes da Silva, morador do sítio da Sra. Luiz Soares Ferreira, que fica ao lado esquerdo da estrada carroçável para o Anil, a alguns metros para além da ponte sobre o Riacho Cutim achado umas antigalhas curiosas quando realizava ali escavações para plantar um bananal. “O Dr. Antonio Lopes dirigiu-se ao lugar indicado com o Dr. Viegas e lá, em companhia ainda do agricultor já referido e dos Snrs. José A. da Silva Guimarães e Luiz Aranha, achou alguns vasos de barro, dos quaes o maior tem uns 50 centímetros de diâmetro médio, machados de pedra, collares de contas, extrahidos pelos trabalhadores da plantação, declarando-lhe o proprietário desta que os vasos estavam cheios de ossos tão decompostos que os trabalhadores, na anciedade de encontrar dinheiro sob a camada de terra que recobria, esfarelaram na sua ausência. “Alguns fragmentos desses ossos foram recolhidos. Em pesquisa realizada na occasião da visita do Dr. Antonio Lopes ao local foram encontrados a alguns metros da superfície do solo, outros machados de pedra, cascas de conchas (o terreno é todo capeado de uma onde ellas são abundantes), contas esparsas, restos de carvão. “Do material recolhido remetteu-se uma parte ao Professor Raymundo Lopes, no Rio de Janeiro, afim de o estudar. O Snr. Dr. Abranches Moura levantará um croquis do lugar, de modo a precisar a situação topographica. “Não é incrível se trate de mais um sambaqui, mas devemos aguardar que se pronuncie sobre o material que lhe foi remettido o nosso ilustre conterrâneo Raymundo Lopes. “A hypotese, mais simples, de um cemitério de índios não é inviável e mesmo nesta o material deve ser reputado muito antigo, porquanto desde o século XVII não há índios em estado selvagem usando armas de pedra, na Ilha do Maranhão. “O mais curioso do achado é constituído, porém, pelos collares e contas esparsas, pelo feitio e qualidade do vidro em que são fabricados. “No próximo numero da Revista o Dr. Antonio Lopes publicará um estudo minucioso e descriptivo do achado, acompanhado croquis do lugar e algumas photographias do material (Machados, vasos, etc.). Logo que venha ao Instituto, o parecer do Professor Raymundo Lopes será estampado nesta revista. “O material será recolhido ao Instituto”. Logo a seguir, outra nota sob o titulo “As Colleções do Instituto” relata as reclamações, pela imprensa, da falta de um museu histórico. Informa, então, que o IHGM estava organizando não um museu, mas uma coleção de material arqueológico, histórico, etnográfico, e geográfico do Maranhão; para esse fim, já se havia posto em campo, nomeando em alguns pontos do estado agentes incumbidos de angariar esse material, pessoas cultas e dedicadas. Aos seus agentes baixou algumas instruções para recolha de objetos destinados à coleção: “Material archeologico – Instrumentos, armas e outros objetos de pedra lascada ou polida, (machados, etc.) encontrados no solo ou subsolo, em cavernas, no fundo de lagos, lagoas ou rios. “Ossadas ou fragmentos de ossadas humanas ou de animais, encontrados em escavações, desbarreiramentos e cavernas, ou no fundo de lagos ou rios. “Fragmentos ou peças de louças de barro, (cerâmicas)encontradas em escavações, ou desbarreiramentos, ou nos lagos ou rios. “desenhos ou photographias de inscripções, entalhes curiosos ou esculpturas em serras, morros e rochas. “Fosseis.” (p. 79-80 Prossegue, dando instruções para a coleta de material etnográfico, geográfico, histórico. Em ‘observações’ (p. 81) informa que os objetos devem ser remetidos sem sofrerem limpeza, reparação, ou reconstituição; o frete seria pago pelo Instituto. Em seu número 2, de 1948, fala do Museu do Instituto, que reunia diversas peças, todas já perdidas com o tempo[18], em função dos acontecimentos decorrentes da revolução de 30, dentre outras conseqüências, foi responsável pela total desorganização do Museu do IHGM: “Não poucos revezes saltearam o Instituto na vigência do regimem político instaurado em fins daquele ano.

Uma administração do município de S. Luis retirou o parco auxilio com que eram custeadas as despesas com a revista. Desalojaram a associação, reconhecida de utilidade pública por lei estadual… do próprio Estado do qual a instalara o governo de um maranhense e os seus livros e as coleções do seu interessante museu foram atiradas para escuros e humidos porões de edifícios públicos, onde ficaram expostos a inevitáveis estragos.” (p. 3) Ao apresentar relatório dos fatos acontecidos no período de publicação da primeira revista (1926) e de seu numero 2 (1948), há uma nota referente a 1939 -14ª. sessão, 20 de julho, se refere à desorganização do museu devido ao seu despejo ocorrido em conseqüência da revolução de 30, com o corte de subsídios. Logo mais abaixo, em Notas Finais, referindo-se ao funcionamento do Museu do Instituto: “São do conhecimento do público maranhense os prejuízos que sofreu o Museu do Instituto em conseqüência de fatos que se alude no principio desta revista e nas sumulas das atas de assembléia geral publicadas nas páginas atrás. “Pretendendo reabrir em 1949 esse museu, o Instituto pede aos maranhenses de boa vontade lhe mandem material para as coleções geográficas, históricas, etnográficas, arqueológicas. Abaixo apresentamos sugestões de material a ser colhido e enviado. “Material arqueológico – instrumentos, armas e outros objetos de pedra lascada ou polida, machados, etc. encontrados no solo ou subsolo, em cavernas, no fundo de lagos, lagoas, alagadiços ou rios […] “ (p. 159) O que se verifica, com essas notas, que a Coleção, depois Museu, chegou a ser instalado, provavelmente com aquelas peças recolhidas no sitio do Anil, seu acervo inicial, e dado continuidade a coleta e pesquisas. Em 1939 já estava perdida parte do acervo, havendo o propósito de reabrir o Museu e reiniciarem as pesquisas. Não se tem noticia do relatório de Raimundo Lopes…

Outra nota referente ao Museu do IHGM aparece na revista de 1952[19], onde é informado que estava sendo (re)organizado pelo Dr. Domingos Vieira Filho, por incumbência da diretoria. Organizado em duas sessões: folclórica e etnográfica; sendo que esta reunia vasto material etnográfico referente ao negro, ao índio e ao luso. Registra que havia um vasto material, cedido pelo Serviço de Proteção ao Índio, constituído de objetos dos índios Canelas do Maranhão. Havia uma seção histórica, sob a responsabilidade de consorciado Osvaldo Soares, que estava organizando as fichas e, quanto ao material – louças antigas – não poderia ser exposta devido ao prédio estar em péssimas condições e não apresentar segurança. Borralho (2011, p. 13) [20] também faz referencias ao acervo arqueológico do IHGM, e aos estudos empreendidos por seus associados: Dessa forma, o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, logo no seu nascedouro, se coadunou com o seu objetivo de ser um guardião, um tutor da memória e da história do Maranhão, preceitos estabelecidos nos seus regimentos. Isto se comprova e está evidente no esforço que seus membros fizeram para levar ao Maranhão a Coleção Artística Artur Azevêdo, “prometida ao Instituto pelo presidente Magalhães de Almeida”, conforme está registrado nas súmulas das Atas da Assembléia Geral do Instituto, contidas no Livro I, página 148, ou ainda, nas várias exposições montadas por este órgão, reunindo livros, desenhos, autógrafos, retratos e escavações arqueológicas operadas por Raimundo Lopes em várias tribos indígenas do Maranhão, nas festas realizadas no Teatro Artur Azevedo em homenagem ao poeta Gonçalves Dias, na confecção de História do Maranhão feita por Antonio Lopes contendo uma minuciosa cronologia da região, no dever de ofício de pesquisa quando descobriram o acervo encontrado por John Wilson da Costa contendo a história da genealogia dos maranhenses, mais precisamente de sua família, de origem irlandesa, biografias de maranhenses considerados ilustres, como o senador Candido Mendes de Almeida, uma comparação entre a cidade dos séculos anteriores com a atual. (grifado) Encontramos, ainda, artigo de J. B. de Carvalho: “Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís”; e Olimpio Fialho com “A Casa da Pedra”, publicados em 1956[21]; e Eloi Coelho Neto publica “Antropologia e Sociologia” em 1987[22]. Mas quando se fala em arqueologia no Maranhão, um nome se destacam: Raimundo Lopes da Cunha – ex-professor do História e de Geografia do Liceu Maranhense – onde curso o secundário -, trabalhou com Roquete Pinto no Museu Nacional, onde realizou importantes trabalhos como etnólogo e naturalista[23]. Sua bibliografia é extensa, pois geógrafo, naturalista, antropólogo e polígrafo. Correa (s.d.) [24] ao ‘retratar’ os “os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60” lembra origem regional dos brasileiros fotografados: ladeando dona Heloísa e Castro Faria, ela carioca, ele fluminense, estão o baiano Édison Carneiro (1912-1972), principal guia de Ruth Landes nas suas pesquisas em Salvador e o ‘maranhense’ Raimundo Lopes (1894-1941). Ambos evocam, com sua presença, a de outros maranhenses e baianos sempre lembrados quando se fala nas origens da disciplina no país http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm . Chamo atenção para o fato de, ao referir-se a Raimundo Lopes, coloca entre aspas o fato de ser ‘maranhense’… Raimundo Lopes da Cunha nasceu em Viana em 1894 e foi um dos pioneiros na construção do conhecimento sobre o Maranhão, sua territorialidade, geografia, arqueologia, etnografia e outras áreas afins no âmbito natural e cultural. Bacharel em Letras produziu seu primeiro trabalho científico, O Torrão Maranhense[25], aos 17 anos, logo depois, Uma Região Tropical[26], através do qual delineou um panorama abrangente sobre aspectos geográficos, econômicos, etnológicos, recursos arqueológicos e particularidades culturais regionais.

Lopes localizou os primeiros sítios arqueológicos maranhenses, sambaquis e estearias, servindo sua obra de orientação a todas as pesquisas posteriormente realizadas no Estado[27]. Sua produção científica como pesquisador efetivo do Museu Nacional do Rio de Janeiro foi significativa e seus estudos voltados ao desenvolvimento de ações na defesa e salvaguarda de bens patrimoniais inovadores em sua época. Morreu no Rio de Janeiro, em 1941, pouco após o término do seu último trabalho acadêmico, Antropogeografia[28]. Alexandre Fernandes Corrêa (2003, 2009) reproduz texto de Paulo Avelino: ”Resenha de livro raro: Uma Região Tropical, de Raimundo Lopes” [29], em Teatro de Memória[30], sobre a obra etno-geológica de Raimundo Lopes: “Escreveu seu primeiro livro, “O Torrão Maranhense”, considerado pelos especialistas o primeiro bom livro de geografia sobre a região. Só que o escreveu quando a maioria das pessoas está pensando em outras coisas que em teorias geográficas – ele o escreveu aos dezesseis anos. E o publicou no ano seguinte, 1916 (nascera em 1899). […] “Nos anos vinte Raimundo Lopes fez escavações pelo interior do estado, e disso resultaram descobertas responsáveis por duas das três menções ao seu nome que existem na Internet [31]. Uma é a estearia do lago Cajari, no município de Penalva, no vale do grande rio Pindaré. Estearias ou cacarias eram os nomes que o povo da região dava ao que o quase menino (tinha pouco mais de vinte) professor de geografia descobriu que eram na verdade vestígios de uma aldeia de palafitas de pessoas que habitavam aquele mesmo lugar, sobre a superfície daquele mesmo lago, cerca de dois mil antes de Cristo. Foi uma descoberta importante. Eram as primeiras habitações lacustres encontradas em todo o mundo fora da Suíça. As primeiras no continente americano. Pesquisadores do Museu Nacional e do exterior louvaram esse feito.

Depois ele realizou outra descoberta, o sítio cadastrado como MA-SL-4, também chamado de Sambaqui da Maiobinha. Sambaquis são pilhas de conchas, peixes e outros vestígios de povos que viviam á beira-mar. Esse é bem próximo da capital, na estrada entre São Luís e a cidade-dormitório de São José de Ribamar, sítio que o próprio IPHAN classificou como relevância Alta. Ainda seguindo Avelino (2003) e Corrêa (2009), na década de trinta começaram a sair no Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio os capítulos sucessivos do livro de “Uma Região Tropical”, reeditado nos anos sessenta pela Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão; é uma ampliação d´”O Torrão Maranhense” ou, “o alargamento, o aprimoramento ou o fortalecimento das idéias e das análises do seu primeiro livro”. Nesse período dava radioaulas na Rádio MEC sobre geografia, que depois foram coletados por um seu irmão e publicados sob o nome “Antropogeografia – suas origens, seu objeto, seu campo de estudo e tendências”. Morreu em 1941, com apenas quarenta e dois anos de idade, quando trabalhava no Museu Nacional. Foi nessa década, por influência das pesquisas desse pesquisador maranhense, ligado ao Museu Nacional-RJ, que o Sambaqui do Pindaí localizado em Passo Lumiar na Ilha de São Luís, foi tombado pelo Governo Federal por preservar relíquias de antigos povos indígenas. O patrimônio arqueológico foi protegido anteriormente ao decreto lei n° 3.924/61 que salvaguarda todo sítio arqueológico como Patrimônio da União.

Atualmente esse sambaqui encontra-se totalmente destruído por ações antrópicas (construção de estradas, residências, extração de terra preta, etc.) [32]. Julio Cesar Melatti (1983, 1984,1990, 2007)[33] ao escrever uma história da antropologia no Brasil, traz diversos estudos realizados até os anos 50, considerando os mais importantes: As áreas pesquisadas nesse período se reduziam a alguns tesos da ilha de Marajó (Ferreira Penna, Steere, Derby, Ladislau Netto, Heloisa Alberto Torres), à cerâmica de Santarém, descoberta depois de um temporal que lavou as ruas dessa cidade, em 1922(Helen Palmatary, Frederico Barata) e outros sítios do baixo Amazonas e do Amapá(Lima Guedes, Nimuendajú); às estearias (habitações lacustres, sobre pilotis) do Maranhão (Raimundo Lopes); alguns sambaquis (concheiros) do litoral (Rath, Wiener);a vestígios dos índios do tronco Tupí do litoral; às cavernas de Lagoa Santa, em Minas Gerais (Mattos, Walter).(grifado) Pablo Villarrubia Mauso (2006), em As Cidades Perdidas do Maranhão[34], refere-se às pesquisas de Raimundo Lopes sobre as estearias maranhenses: Em 1919, o explorador e arqueólogo Raimundo Lopes iniciou escavações num terreno cheio de lama, no centro do Lago Cajari, durante uma seca jamais vista na região. Isso facilitou suas escavações, já que em alguns trechos a profundidade não ultrapassava 50 centímetros. Contudo, em condições normais, o nível de água é de dois ou três metros, e oculta uma cidade extinta. Algumas centenas de anos antes, o nível do lago e de suas margens devia ser mais baixo que o de hoje. Do barro mole, Raimundo Lopes via surgir grande número de troncos negros de árvores, como um imenso bosque morto. Pouco a pouco, ele foi encontrando restos de cerâmica e objetos de pedra, atribuídos a um povo relativamente numeroso e bem organizado. Mas quem teriam sido seus habitantes? Os poucos vestígios encontrados – as condições de preservação do lago não são as mais propícias –, não dão muitas pistas. No entanto, foram encontrados muitos troncos grandes e fortes, que apóiam a teoria de que ali foram construídas casas que se elevavam acima do nível da água na época das chuvas.

No mesmo ano, Raimundo Lopes encontrou outra cidade construída em palafitas no Lago Encantado e, em 1922, no Lago Maiobinha. Em 1923, expôs os resultados de suas escavações durante uma conferência no Museu Nacional do Rio de Janeiro, quando disse que as construções eram palafitas assentadas sobre uma região pantanosa. Embora fragmentada, a cerâmica encontrada na região de Cajari parece ter sido bastante elaborada, pintada em vermelho e preto, com relevos zoomorfos, e seria mais antiga do que a cerâmica da Ilha de Marajó, na foz do Rio Amazonas, uma das mais bonitas do mundo. Contudo, Lopes acreditava que a cerâmica de Cajari não tinha qualquer relação com outras culturas da região amazônica. O arqueólogo não pôde encontrar qualquer figura humana representada nos restos de cerâmica, e tampouco restos de ossos humanos, impossibilitando assim a identificação da raça de seus antigos ocupantes. A descoberta mais importante no lago foi o dos muiraquitãs, amuletos com forma estilizada de rã, como os que foram encontrados na região amazônica de Santarém, e que são atribuídos às míticas mulheres amazonas. Lopes dizia que “… os amuletos do Cajari são semelhantes aos do baixo Amazonas, México e Costa Rica, feitos com uma técnica bastante avançada”. Mas, ao contrário da América Central, os muiraquitãs do Maranhão foram feitos de ágata e não de jadeíta. No portal São Francisco (http://www.portalsaofrancisco.com.br/) [35] há um interessante estudo sobre os Fenícios no Brasil: […] Subindo o rio Mearim, no Estado do Maranhão, na confluência dos rios Pindaré e Grajaú, encontramos o lago Pensiva, que outrora foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador maranhense Raimundo Lopes escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios tipicamente fenícios.[…] (grifado) Para Carvalho e Funari (2009) [36], a preocupação com a divulgação dos trabalhos arqueológicos no Brasil mereceu atenção de Raimundo Lopes, haja vista que “As tentativas de defesa do patrimônio arqueológico brasileiro começaram na década de 1920. Naquele momento, o presidente da Sociedade Brasileira de Belas Artes e chefe do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alberto Childe, propunha a nacionalização das “fontes culturais”. A iniciativa não foi aprovada pelo Congresso, isto porque, a ação poderia significar a necessidade da nacionalização de propriedades privadas. Atitude nada interessante para os políticos do período. A proposta de 1920 não assinalava a necessidade de uma divulgação ou de um programa educacional acerca dos patrimônios. Essa preocupação surgiu apenas em 1935, período anterior à fundação do SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional): Naquele ano, Raimundo Lopes, arqueólogo maranhense, publicou um estudo sobre as fontes culturais nacionais e sobre a necessidade da elaboração de programas educacionais e da divulgação de informações sobre sítios arqueológicos (Bastos e Funari, 2008: 1128) [37]. Mesmo com a publicação de Lopes, o grande passo para a preservação do patrimônio arqueológico nacional só seria dado na década de 1960. Uma comissão formada por arqueólogos, pesquisadores da Pré-História, conquistou a elaboração da lei n. 3924/61, aprovada pelo congresso em 1961. O maior objetivo da lei era definir o patrimônio arqueológico, regularizar sua propriedade e seus usos (Bastos e Funari, 2008: 1128). (GRIFADO) Nos anos 1970, outro pesquisador deu visibilidade à ocupação humana pré-histórica da Ilha de São Luís – Mário Ferreira Simões, ligado ao Museu Paraense Emílio Goeldi que realizou o Projeto São Luís. A pesquisa inspecionou oito sambaquis com o objetivo de comparar os sítios residuais de São Luís com os do litoral leste e litoral paraense. Essas pesquisas resultaram nas primeiras datações para os assentamentos humanos pré-históricos do Estado do Maranhão, em torno de 2.686 anos antes do presente[38]. Encontrei outro associado do IHGM que se destaca – Olavo Correia Lima, que atuou nas áreas da Medicina, Antropologia, Arqueologia, Etnologia, entre outros interesses: – CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Ameríndios maranhenses Ano LIX, n. 08, março de 1985 38-54 – CORREIA LIMA, O. Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense Ano LIX, n. 9, junho de 1985 33-43 – CORREIA LIMA, O. Província espeleológica do Maranhão Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 62-70 – CORRIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia Ano LX, n. 11, março de 1986 07-12 – CORREIA LIMA, O. Parque Nacional de Guaxenduba ano LX, n. 12, 1986 ? 21-36 – CORRÊA LIMA, O. No país dos Timbiras Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 82-91 – CORREIA LIMA, O. Mário Simões e a arqueologia maranhense Ano LXII, n. 14, março de 1991 23-31.

Em sua homenagem foi criada a “BIBLIOTECA OLAVO CORREIA LIMA” em 2002, como setor integrante do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão. Iniciada a partir da doação de aproximadamente 3000 volumes pela sua família. Após a sua morte,em 1997, a família doou o acervo a Secretaria de Estado da Cultura que o armazenou no almoxarifado de sua propriedade até a fundação do CPHNAMA onde atualmente tais volumes compõem o referido espaço cultural.[39] “Se dependesse do Instituto, a memória, o patrimônio e a história do Maranhão estariam preservados. Cumpria aos demais fazerem sua parte”, afirma Borralho (2011, p. 32). A partir da década de 1990, observaram-se na literatura outras atividades de cunho arqueológico desenvolvidas no Estado, principalmente pesquisas relacionadas aos registros rupestres no Maranhão. Trata-se das primeiras intervenções arqueológicas através da atuação profissional do arqueólogo Deusdédit Carneiro Leite Filho[40], lotado, naquele momento, no Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão e atualmente Diretor do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão[41]. Segundo Bandeira (s.d.) [42] no âmbito acadêmico, outro desponta como pioneiro na produção de conhecimento acerca da história pré-colonial do Maranhão, monográfico e apresentados ao Curso de História da Universidade Estadual do Maranhão, Campus de São Luís: “Um Estudo Sobre a Arqueologia Pré-Histórica no Maranhão”[43] apresentado por Marcus Saldanha, em 2001, onde o mesmo realizou um levantamento de todas as pesquisas que tiveram como objeto de análise a pré-história do Estado, visitando inclusive alguns sítios arqueológicos Como já referido, e desde 2004, aparecem pesquisas do arqueólogo maranhense Arkley Bandeira[44], do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.

Os achados no Parque Estadual do Bacanga foi tema da sua dissertação de mestrado[45]. Atualmente desenvolve o Projeto Sambaquis do Maranhão (pesquisa acadêmica de doutorado). A análise está centrada na escavação sistemática de três sítios arqueológicos denominados: Sambaqui do Bacanga em São Luís – MA, Sambaqui da Panaquatira em São José de Ribamar – MA e Sambaqui do Mocambo em Cururupu – MA. Mas essas, já são outras histórias… [1] http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia [2] BRANDI, Rafael de Alcântara. ARQUEOLOGIA CATARINENSE análise bibliométrica e revisão arqueográfica. Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em História, na disciplina de Orientação do Trabalho Monográfico, pela Universidade do Vale do Itajaí, sob a orientação do professor Doutor José Bento Rosa da Silva. Itajaí, 2004 [3] O autor divide os períodos da forma que Robrahn-González (2000) levanta no seu trabalho sobre os 150 anos da prática arqueológica. ROBRAHN GONZÁLEZ, E. M. Regional pottery-making groups in southern Brazil. Antiquity. [S.l.], v.72, n.227, p. 616-624. 1998 [4] Período Descritivo-Classificatório (1840-1914) [5] LOPES DA CUNHA, Antônio. Instituto histórico. In ESTUDOS DIVERSOS. São Luís: SIOGE, 1973. [6] BORRALHO, José Henrique de Paula. Instituto De História E Geografia Do Maranhão (IHGM): Patrimônio, Memória E História Como Princípios De Perpetuação Da Imagem De Um Maranhão Grandioso. IN PATRIMÔNIO E MEMÓRIA, UNESP – FCLAs – CEDAP, v.7, n.1, p. 19-37, jun. 2011 [7] O termo “bibliometria” foi cunhado por Pritchard em 1969. A medição da ciência tem seu início com Paul Otlet, em 1934 e podemos nos referir ainda aos trabalhos de Hulme (1922) e Cole e Eales (1917). Outro grande pesquisador da área foi Ranganathan (1948). Pode-se definir a bibliometria como: “[…] o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. A bibliometria desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões”. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Elitismo no IHGM. Revista do IHGM, n. 30, agosto 2009 ed. Eletrônica, p. 123- 185 [8] BANDEIRA, Arkley Marques. Os registros rupestres no Estado do Maranhão, Brasil, uma abordagem bibliográfica. In http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/arkley_marques_bandeira.htm ver também: http://www.naya.org.ar/ – NAYA.ORG.AR – Noticias de Antropología y Arqueología [9] http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/arkley_marques_bandeira.htm [10] Roberto Da Matta (1985[10], citado por CORREA, s.d.) [10] chamou a atenção recentemente para uma foto de 1939 num artigo tão interessante pelo que diz quanto pelo que deixa de dizer. Nela aparecem da esquerda para a direita, Claude Lévi-Strauss, Ruth Landes, Charles Wagley, Heloísa Alberto Torres, Luís Castro Faria, Raimundo Lopes e Édison Carneiro (Foto 1). Tirada no Jardim da Princesa (2), no Museu Nacional, a foto parece emblemática pela ‘troca de guarda’ que sinaliza tanto quanto pela posição ocupada pelos retratados, enfatizada por Matta e levemente alterada em outra (Foto 2). http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm [11] Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão fica na Rua do Giz, 59 – Praia Grande. Centro Histórico de São Luís-MA; as visitas podem ser feitas de 2a a 6a das 8 às 12e das 14 às 18 hs; agendamento pelo tel: 98 3218-9906 http://marcushistorico.blogspot.com/2009/03/cartilha-de-arqueologia-do-maranhao.html http://www.overmundo.com.br/guia/centro-de-pesquisa-de-historia-natural-e-arqueologia [12] LIMA, Olavo Correia (1985). Província Espeleológica do Maranhão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.Ano LIX, n 10, São Luís-MA, p. 62-70. LIMA, Olavo Correia (1986). Cultura Rupestre Maranhense. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano LX, n. 11-São Luís –MA, p. 7-12. LIMA, Olavo Correia; AROSO, Olair Correia Lima (1989). Pré-História Maranhense. SIOGE São Luís-MA. [13] BANDEIRA, Arkley Marques. POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO DA ILHA DE SÃO LUÍS-MARANHÃO: SÍNTESE DOS DADOS ARQUEOLÓGICOS E HIPÓTESES PARA COMPREENSÃO DESSA PROBLEMÁTICA. Anais do V encontro do Núcleo Regional Sul da Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB/Sul. De 20 a 23 de novembro de 2006, na cidade de Rio Grande, RS. http://www.anchietano.unisinos.br/sabsul/V%20-%20SABSul/comunicacoes/59.pdf [14];

Consultor Técnico do Diretório Regional de Geografia, José Silvestre Fernandes, que em 1950 publicou no artigo Os Sambaquis do Nordeste a descrição de três sítios nas localidades de Areia Branca, Ilha das Moças e Mocambo, no município de Cururupu, litoral ocidental do Maranhão, cujo material arqueológico coletado foi enviando ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro. In BANDEIRA, Arkley Marques. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-8031, volume 03, p. 18-36 25 [15] Interessante síntese sobre os sambaquis do Maranhão foi elaborada pelo médico e antropólogo Olavo Correia Lima, que em meados de 1970, iniciou atividades arqueológicas em diversos pontos do Estado. Suas pesquisas acerca dos registros arqueológicos da região resultaram na publicação em 1989 do primeiro livro do gênero no Estado, Pré-História Maranhense. Lima trabalhou em colaboração com Mário Simões e outros pesquisadores do Museu Emílio Goeldi do Pará, no projeto São Luís (LIMA, 1991), realizado em 1971. In BANDEIRA, Arkley Marques. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-8031, volume 03, p. 18-36 25 [16] PROUS, André (1992). Arqueologia Brasileira.UNB, Brasília-DF. [17] Revista do IHGM, no. 1, 1926, julho-setembro http://issuu.com/leovaz/docs/revista_01_-_1926b [18] Revista do IHGM No. 2, 1948, novembro, p. 160 [19] Revista do IHGM – NOTICIÁRIO – Ano IV, n. 4, junho de 1952 127, O Museu do Instituto. [20] BORRALHO, José Henrique de Paula. Instituto De História E Geografia Do Maranhão (IHGM): Patrimônio, Memória E História Como Princípios De Perpetuação Da Imagem De Um Maranhão Grandioso. IN PATRIMÔNIO E MEMÓRIA, UNESP – FCLAs – CEDAP, v.7, n.1, p. 19-37, jun. 2011 [21] CARVALHO, J. B. de. Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís. Revista do IHGM, Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 FIALHO, Olimpio. A Casa da Pedra. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano VII n. 06, São Luís-MA, 1956, p.47-51. [22] COELHO NETO. E. “Antropologia e Sociologia”. Revista do IHGM, Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987, p. 79-81 [23] Raimundo Lopes, que já realizara estudos arqueológicos no lago Cajarí, “pertencente ao rosário de lagoas do Pindaré e do seu afluente o Maracú”, sobre os quais fez em 1923 uma conferência descrevendo essa Civilização lacustre do Brasil, foi enviado pelo Museu Nacional, em 1930, ao Gurupi, onde se demorou três meses, estudando os Índios Urubú, entre os quais encontrou o arco de secção quadrangular (peruano) junto com a flecha de emplumação costurada do Xingu. In Cândido de Melo Leitão História das explorações científicas no Brasil (1941) http://www.brasiliana.com.br/obras/historia-das-exploracoes-cientificas-no-brasil/pagina/342 (grifamos) e Mel [24] CORREA, Mariza. TRAFICANTES DO EXCÊNTRICO – os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60. Disponível em http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm [25] LOPES, Raimundo. O TORRÃO MARANHENSE. Rio de Janeiro: Typ. Do Jornal do Commercio, 1916 [26] LOPES, Raimundo. UMA REGIÃO TROPICAL. Rio de Janeiro: Fon-Fon e Seleta, 1970 [27] Estearia: termo que corresponde ao vocábulo italiano palafitti, designativo das habitações lacustres pré-históricas da Europa.

No Maranhão, os ribeirinhos do lago Cajari, perto da vila Penalva1, chamam estearia a uns vestígios de moradias lacustres dos caboclos aborígenes. Estudou-os Raymundo Lopes, em 1919, publicando a respeito um trabalho A Civilização lacustre no Brasil no Boletim do Museu Nacional (Vol. 1 N.º 2. Janeiro de 1924), no qual afirma ter visto os referidos vestígios, graças a uma seca que fez baixar consideravelmente as águas do lago. Apresentou-se-lhe a antiga habitação “com seus milhares de esteios, numa perspectiva belíssima, impressionante, esponteando com os seus troncos negros, como se fosse imensa floresta morta, à face argentada das águas”. Volta o ilustrado cientista a tratar do assunto em O Jornal de 27 de novembro de 1927, no qual diz que o termo estearia está consagrado nos círculos científicos brasileiros, falando de novas ‘estearias’, ou ‘esteames’ como também designa, em outros sítios do Maranhão e escreve: “A aldeia — jazida palafítica ou lacustre como a estearia do Cajari, a primeira que observei em 1919, fica em pleno rio e, com o canal deste de permeio, defronta a ponta da ‘Estrela’ oposta à bocaina do Parauá; está coberta de água, mesmo no dezembro adusto em que a visitamos. Mas num fundo de cerca de metro, embora a escassez do tempo, às apalpadelas, na lama cheia de estrepes, sempre em tais pontos se colhe uma massa de fragmentos de cerâmica e pedra que, se nem sempre enfeitam coleções, identificam suficientemente as jazidas”. Informa-nos Jorge Hurley que, no Pará, especialmente no litoral atlântico, há as ‘meruadas’ dos currais de pesca e das feitorias dos pescadores, abandonados, idênticos à estearia do lago Cajari, no Maranhão. (Bernardino José de Souza, in dicionário da terra e da gente do brasil, 1939.) Correspondência eletrônica de Luis Melo a Leopoldo Gil Dulcio Vaz From: luis-mello-neves@hotmail.com To: vazleopoldo@hotmail.com Subject: RE:Date: Mon, 22 Aug 2011 03:37:20 +0000. disponível em http://www.brasiliana.com.br/brasiliana/colecao/obras/116/dicionario-da-terra-e-da-gente-do-brasil (grifamos) [28] LOPES, Raimundo. ANTROPOGEOGRAFIA. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 1956. (Edição fac-similar comemorativa ao centenário de fundação da Academia Maranhense de Letras, São Luis: AML, 2007). http://www.cultura.ma.gov.br/portal/sede/index.php?page=cphna_noticia_extend&loc=arqueologia&id=10 [29] AVELINO, Paulo. ”Resenha de livro raro: Uma Região Tropical, de Raimundo Lopes”, disponível em http://www.fla.matrix.com.br/pavelino/lopes.html fala – LOPES, Raimundo. Uma região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-fon e Seleta, 1970. 197p. Coleção São Luís, volume 2. [30] CORREA, Alexandre Fernandes. A ANTROPOGEOGRAFIA DE RAIMUNDO LOPES SOB INFLUÊNCIA DE EUCLIDES DA CUNHA in http://teatrodasmemorias.blogspot.com/2009/12/antropogeografia-de-raimundo-lopes-sob.html ver também: CORREA, Alexandre Fernandes. AS RELAÇÕES ENTRE A ETNOLOGIA E A GEOGRAFIA HUMANA EM RAIMUNDO LOPES. Cad. Pesq .. São Luís. v. 14. n. 1. p.88-1 03. jan.!jun. 2003disponivel em http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%206 (16).pdf [31] Raimundo Lopes na Internet: http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp?CodSitio=5431 http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp?CodSitio=5434 http://acd.ufrj.br/museu/bibliote/revimn96.txt [32] Canalverde.tv/arqueologia, Pedro Gaspar –ArqPi, Pesquisa de Sambaquis revela Pré-história do Maranhão in http://www.arqueologiapiaui.com.br/noticias/brasil/133-pesquisa-de-sambaquis-revela-pre-historia-do-maranhao [33] MELATTI, Julio Cesar. A Antropologia no Brasil: Um Roteiro. Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais (BIB), nº 17, pp. 1-92,Rio de Janeiro, ANPOCS, 1984; in O que se Deve Ler em Ciências Sociais no Brasil , vol. 3, pp. 123-211,São Paulo: Cortez e ANPOCS, 1990. (Fascículo escrito originalmente para integrar a coleção Curso de Introdução à Antropologia, pelo Convênio Fundação Universidade de Brasília/OpenUniversity, que não chegou a ser publicada.Republicado no Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais (BIB), nº 17, pp. 1-92,Rio de Janeiro, ANPOCS, 1984, com poucas modificações.Novamente republicado em O que se Deve Ler em Ciências Sociais no Brasil, vol. 3, pp. 123-211,São Paulo: Cortez e ANPOCS, 1990.Esta nova digitação da Série Antropologia, feita em 2007, inclui as modificações do BIB e umas poucas correções.) disponível em http://pt.scribd.com/doc/51130216/20/Ate-os-anos-50 [34] MAUSO, Pablo Villarrubia. As Cidades Perdidas do Maranhão. IN Revista Sexto Sentido, postado em 2010-06-11 13:25, no sitio http://www.revistasextosentido.net/, disponível em http://www.revistasextosentido.net/news/%20as%20cidades%20perdidas%20do%20maranh%C3%A3o/ [35] http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/civilizacao-fenicia/civilizacao-fenicia2.php [36] CARVALHO, Aline Vieira de e FUNARI, Pedro Paulo A. As possibilidades da Arqueologia Pública. IN HISTÓRIA @ HISTORIA ISSN 1807-1783 IN http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=arqueologia&id=31 [37] Bastos, R. L.; Funari, P. P. A. “Public Archaeology and Management of the Brazilian Archaeological-Cultural Heritage”. Handbook of South American Archaeology. Silverman, Helaine e Isbell, William H. (orgs). New York: Springer, 2008. 1127-1133. [38] Canalverde.tv/arqueologia, Pedro Gaspar –ArqPi, Pesquisa de Sambaquis revela Pré-história do Maranhão in http://www.arqueologiapiaui.com.br/noticias/brasil/133-pesquisa-de-sambaquis-revela-pre-historia-do-maranhao http://arqueologiadigital.com/profiles/blogs/pesquisa-arqueologica -de ver também A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Arkley Marques Bandeira in http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art02.pdf [39] BAIMA, Carlucio de Brito. REFORMA DA BIBLIOTECA OLAVO CORREIA LIMA. IN Http://www.cultura.ma.gov.br/portal/sede/index.php?page=cphna_noticia_extend&loc=arqueologia&id=11 [40] FILHO, Deusdédit Carneiro Leite & LEITE, Eliane Gaspar. Ocupação pré-histórica na Ilha de São Luís: a ocorrência de grupos ceramistas proto-tupi. In: Boletim da Comissão Maranhense de Folclore. Nº 32. São Luís, 2005. [41] IN A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Arkley Marques Bandeira in http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art02.pdf [42] IN A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Arkley Marques Bandeira in http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art02.pdf [43] BARBALHO JUNIOR, Marcus Saldanha.

Um Estudo Sobre a Arqueologia Pré-Histórica no Maranhão. Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Maranhão. São Luís: UEMA, 2001. [44] BANDEIRA, Arkley M. Um panorama sobre os registros rupestres no Estado do Maranhão. Monografia apresentada ao Curso de História como requisito para conclusão do mesmo. Universidade Estadual do Maranhão. Campus Paulo VI, São Luís, 2003. BANDEIRA, Arkley M..O Sambaqui do Bacanga na Ilha de São Luís-Maranhão: um estudo sobre a ocorrência cerâmica no registro arqueológico. Pré-projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em arqueologia do MAE-USP como requisito obrigatório para seleção dos ingressantes no segundo semestre de 2005, São Paulo, 2005; [45] BANDEIRA, Arkley Marques. Ocupações humanas pré-históricas no litoral maranhense: um estudo arqueológico sobre o sambaqui do Bacanga na ilha de São Luís – Maranhão. Dissertação de Mestrado, 2008. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-26092008-145347/pt-br.php Categoria A VISTA DO MEU PONTO • Ciência & Informação • História sem comentário » CEV Novidades – Por Leopoldo Vaz • segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016 às 10:10 0comentário CEV Novidades Link to Centro Esportivo Virtual Fronteiras e Zonas na Circulação Global dos Jogadores Brasileiros de Futebol Jogadores Brasileiros na Espanha: Emigrantes Porém… Revista Ideação Empréstimos Linguísticos no Vocabulário do Futebol A Linguagem do Futebol: Variante Lusitana e Variante Nacional RDI Nº 02/2016 Um Casamento em Construção (editorial) Organicom A Construção de Narrativas de Idolatria no Futebol Brasileiro A Institucionalização do Movimento Religioso dos Surfistas Evangélicos de Florianópolis (1982 a 2006) Fut-baal – a Relação Entre Futebol e Religião Cultura e Tecnologias: Netnografia com Jovens Futebolistas Brasileiros na Europa Fronteiras e Zonas na Circulação Global dos Jogadores Brasileiros de Futebol Posted: Jogadores Brasileiros na Espanha: Emigrantes Porém… Posted: Revista Ideação Posted: Empréstimos Linguísticos no Vocabulário do Futebol Posted: A Linguagem do Futebol: Variante Lusitana e Variante Nacional Posted: RDI Nº 02/2016 Posted: Um Casamento em Construção (editorial) Posted: Organicom Posted: A Construção de Narrativas de Idolatria no Futebol Brasileiro Posted: A Institucionalização do Movimento Religioso dos Surfistas Evangélicos de Florianópolis (1982 a 2006) Posted: Fut-baal – a Relação Entre Futebol e Religião Posted: Cultura e Tecnologias: Netnografia com Jovens Futebolistas Brasileiros na Europa Posted: Categoria Ciência & Informação • Ciência da Informação • O QUE ROLA NO CEV sem comentário » A “DESCOBERTA” DO MARANHÃO Por Leopoldo Vaz • domingo, 28 de fevereiro de 2016 às 18:18 0 comentário Ainda em construção… mas resolvi compartilhar, após assistir parte do documentário de ontem, no Mirante Repórter – 27/02/2016, reportagem de Sidney Pereira, com o arqueólogo Alexandre Navarro “sobre os sítios arqueológicos do Maranhão são explorados por pesquisadores”… A “DESCOBERTA” DO MARANHÃO[1] Leopoldo Gil Dulcio Vaz Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Academia Ludovicense de Letras FRANCESES NO MARANHÃO A “ilha de Maranhão” e suas cercanias haviam sido povoadas tardiamente pelos Tupinambá, em grande parte originários das zonas do litoral situadas mais a leste.

É de 1612 a informação da chegada dos Tupinambá à ilha grande do Maranhão, dada pelos primeiros contatos dos capuchinhos aqui estabelecidos e os índios; estes ainda se lembravam da chegada à região. Claude d’Abbeville afirma haver encontrado testemunhas oculares daquela primeira vaga migratória, ocorrida provavelmente entre 1560 e 1580: “Muitos desses índios ainda vivem e se recordam de que, tempos após a sua chegada na região, fizeram uma festa, ou vinho, a que dão o nome de cauim […]” (Abbeville, 1614, p. 261) [2]. Alfred Métraux (1927, p. 6-7) [3] cita outras narrativas concordantes com a de Claude d’Abbeville, a fim de assegurar-se do período provável dessa primeira migração (entre 1560 e 1580), especialmente a do português Soares de Souza (Tratado Descriptivo do Brasil) [4] que afirma, em 1587, que a costa atlântica, do Amazonas à Paraíba, era povoada pelos Tapuia. Essa primeira migração é a única que teve como resultado, segundo Métraux, uma nova extensão dos Tupi (DAHER, 2004) [5]. Jacques Riffault, Charles des Vaux, David Migan – natural de Vienne, no Delfinado, e Adolphe de Montville, na companhia de centenas de outros navegadores e selvagens de diferentes tribos, se faziam presentes nos mais diversos recantos do Norte e Nordeste brasileiro, entre o Potengi e o Amazonas. Em 1583, dois capitães franceses disseram a sir Walter Ralegh conhecer o Maranhão, mas nunca se saberá se se tratava do Maranhão ilha ou do Maranhão rio. Era tão forte a presença francesa que muitos recantos de nossa costa foram batizados com nomes como porto Velho dos Franceses e porto Novo dos Franceses (ambos no Rio Grande do Norte), rio dos Franceses (na Paraíba), baía dos Franceses (em Pernambuco), boqueirão dos Franceses (em Porto Seguro), ou praia do Francês (próximo à atual Maceió, em Alagoas). Outro ponto no qual os navios normandos ancoravam com muita freqüência era a praia de Búzios, no Rio Grande do Norte, a cerca de 25 km ao sul de Natal. Ao porto localizado na praia de Búzios podiam “surgir navios de 200 toneladas”. Os franceses usavam o porto da desembocadura do rio Pirangi (aproximadamente 25 km de Natal) para o “resgate do pau” como os portugueses se referiam aos locais de corte e estocagem de pau- brasil. Já em 1594, Jacques Riffault, depois de Natal, veio para São Luis, no Maranhão. Junto com Charles des Vaux aporta na Ilha Grande, atual Ilha de São Luis, no Maranhão[6]. O navio de Jacques Riffault naufraga nos baixios da ilha, mais tarde denominada Sant´Ana. Riffault e Des Vaux aqui desembarcados fundam um estabelecimento que se tornou o “refúgio dos piratas”. Mas para os seus planos, um simples estabelecimento não significava grande obra; pensaram em aí fundar uma colônia: a França Equinocial. Data de 1596 a visita de um Capitão Guérard, que armou dois navios, sendo um deles para o Maranhão – Poste (atual Camocim) [7] -, – estabelecendo com regularidade as visitas à terra de corsários de Dieppe[8], de La Rochelle[9] e de Saint Malo[10].

É nesse ano que o Ministro Signeley toma como ponto de partida dos direitos da França nesta região, funcionando como uma linha regular de navegação entre Dieppe e a costa leste do Amazonas. Na virada do século, segundo o padre e cronista Luis Figueira[11], que escreveu sua penosa saga na Serra de Ibiapaba[12], os franceses no Maranhão contavam, inclusive, com “duas fortalezas na boca de duas grandes ilhas”. Uma destas fortificações, por certo, era o Forte do Sardinha, localizado no atual bairro Ilhinha, nos fundos do bairro Basa em São Luís. Esta, em mãos portuguesas, foi nomeada de Quartel de São Francisco, que deu nome ao bairro. Servia de proteção ao lugar, em especial, a Uçaguaba[13], reduto de Migan. Datado de 26 de julho de 1603 há um arresto do tenente do Almirantado em Dieppe relativo a mercadorias trazidas do Maranhão, ilha do Brasil, pelo Capitão Gérard. Meireles (1982, p. 34) [14] traz também Du Manoir em Jeviré; Millard e Moisset, também encontrados na Ilha Grande. Os comandados de Du Manoir e Gérard chegam a quatrocentos; há esse tempo já dois religiosos da Companhia de Jesus haviam estado no Norte do Brasil. Entre 1603-1604 Jacques Riffault percorre o litoral do Ceará, quando o Capitão-mor Pero Coelho de Souza[15] recebeu Regimento, passado pela Coroa ibérica, que lhe determinava: “[…] descobrir por terra o porto do Jaguaribe, tolher o comércio dos estrangeiros, descobrir minas e oferecer paz aos gentios” e “fundar povoações e Fortes nos lugares ou portos que melhores lhe parecerem“. Riffault fora buscar recursos e permissão na Europa, partindo para a França, divulgando as grandes riquezas da terra e facilidades de conquista. Charles Des Vaux ficara em terra conquistando a confiança dos tupinambás, para aprender a sua língua.

O interior do Maranhão era bem conhecido por eles. O Mearim, Itapecuru, Munim, Grajaú, Tocantins e tantos outros eram vias utilizadas que ligavam o interior maranhense com o litoral e a Europa. Nos outros recantos, a história faz menção a eles no constante comércio com os potiguaras, no porto do Rifoles – na margem direita do Rio Potengi; nos dois ataques à Fortaleza do Cabedelo, na Paraíba, realizadas em 1591 e 1597. Nesta última, Migan foi gravemente ferido, mas sobreviveu. Foram eles que fundaram o núcleo urbano de Viçosa do Ceará[16], sendo que a cidade ainda hoje conserva os topônimos do legado francês. O Pará e o Rio Amazonas eram lugares bem conhecidos destes navegadores. Quando Francisco Caldeira Castelo Branco partiu do Maranhão para fundar Belém (1615) levou consigo Des Vaux e Rabeau para auxiliarem na navegação e nos primeiros contatos com os índios de lá. Quando a esquadra de Daniel de La Touche, Francisco de Rasilly e o Barão de Sancy a 6 de agosto de 1612 vêem fundear frente a Jeviré (ponta de São Francisco), ali encontraram as feitorias de Du Manoir e do Capitão Guérard. Du Manoir, Riffault, Des-Vaux e os piratas de Dieppe, encontravam-se fundeados no porto, confirmam a presença continuada dos exploradores de todas as procedências nas costas do Maranhão, e do Norte em geral: uma companhia holandesa presidida pelo burgomestre de Flessingue[17], ingleses, holandeses e espanhóis negociando com os índios o pau-brasil; armadores de Honfleur[18] e Dieppe; o Duque de Buckigham[19] e o conde de Pembroke[20] e mais 52 associados fundaram uma empresa para explorar o Brasil; espanhóis de Palos[21]. FORTE DO SARDINHA Tanto comércio fez com bretões e normandos se estabelecessem com feitorias na Ilha Grande, e um desses lugares era a aldeia de Uçaguaba/Miganville (atual Vinhais Velho), misto de aldeia e povoação européia. O porto usado nessas atividades era o de Jeviré (Ponta d’Areia). É quase inimaginável que todo esse aparato comercial existisse sem uma forte proteção das armas. Some-se que o chefe maior de tudo isso era David Mingan, o Minguão, o “chefe dos negros” (daí o nome de Miganville), que tinha a seu dispor cerca de 20 mil índios e era “parente do governador de Dieppe”. Por fim, a localização da fortaleza está exatamente no lugar certo de proteção do Porto de Jeviré e da entrada do rio Maiove (Anil), que protegeria Miganville. Pianzola, em sua obra “OS PAPAGAIOS AMERELOS – os franceses na conquista do Brasil (1992) [22] apresenta decalque de mapa datado de 1627, cujo original desapareceu, feito em torno de 1615 pelo português João Teixeira Albernaz[23], cosmógrafo de sua Majestade, certamente feito a partir daquele que LaRavardiére deu ao Sargento- Mor Diogo de Campos Moreno[24] durante a trégua de 1614. O autor chama atenção para os nomes constantes dos mapas, entre os quais muitos de origem francesa, ‘traduzidos’ para o português. Vê-se, na Grande Ilha dentre outros, Migao-Ville, propriedade do intérprete de Dieppe, David Migan, seguramente um psudônimo, no entender de Pianzola: “[…] No último quartel daquele século, o que era apenas um posto de comércio, sem maior raiz, tornou-se morada definitiva dos corsários gauleses, vindos de Dieppe, Saint-Malo, Havre de Grace e Rouen, que aqui deixavam seus trouchements (tradutores) que viviam simbioticamente com os tupinambá (escreve-se sem “s” mesmo). Entre estes estava David Migan, o principal líder francês desta época. Ele era o “chefe dos negros” (índios) e “parente do governador de Dieppe”. Tinha a seu dispor cerca de vinte mil guerreiros silvícolas e residia na poderosa aldeia de Uçaguaba (atual Vinhais Velho), apelidada de Miganville[…].(NOBERTO SILVA, 2011). Fonte: PIANZOLA, 1992;

Continuemos com Noberto Silva (2011) [25]: […] Na virada do século, segundo o padre e cronista Luis Figueira, que escreveu sua penosa saga na Serra de Ibiapaba, os franceses no Maranhão contavam, inclusive, com “duas fortalezas na boca de duas grandes ilhas”. Uma destas fortificações, por certo, era o Forte do Sardinha, localizado no atual bairro Ilhinha, nos fundos do bairro Basa em São Luís. Esta, em mãos portuguesas, foi nomeada de Quartel de São Francisco, que deu nome ao bairro. Servia de proteção ao lugar, em especial, a Uçaguaba, reduto de Migan. Quando da implantação da França Equinocial esse complexo passou para mãos oficiais. Uçaguaba/Miganville passou a ser chamada pelos cronistas Claude Abbeville e Yves d’Evreux de “o sítio Pineau” em razão de Louis de Pèzieux, primo do Rei, ter adotado o local como moradia. ANTES DOS FRANCESES … Bandeira (2013) [26] traz que a ocupação do Vinhais Velho – na Ilha de Upaon-Açú, ou de São Luis, data de pelo menos 3.000 anos: As datações obtidas para as ocupações humanas que habitaram o Vinhais Velho possibilitaram construir uma cronologia para a presença humana nesta região da Ilha de São Luis, que data desde 2.600 anos atrás se estendendo até a chegada dos colonizadores (1590-1612?). […] Essas datações se relacionam com os três períodos de ocupação humana no Vinhais Velho em tempos pré-históricos: ocupação sambaqueira / conchífera, ocupação ceramista com traços amazônicos e ocupação Tupinambá. (p. 75). […] A presença dos grupos sambaquieiros na região durou até 1.950 atrás, com uma permanência de 650 anos. (p. 76). […] Em torno de 1840 anos atrás essa região foi novamente ocupada por grupos humanos bastante diferentes dos povos que ocuparam o sambaqui. Esses grupos produziam uma cerâmica muito semelhante às encontradas em regiões amazônicas, sendo prováveis cultivadores de mandioca. (p. 76). […] Esses grupos habitaram a região do Vinhais Velho até o ano 830 antes do presente, totalizando uma ocupação de 1.010 anos.

A provável origem dos grupos ceramistas associados à terra preta é a área amazônica, possivelmente o litoral das Guianas e do Pará. (p. 76). A ultima ocupação humana […] ocorreu em torno de 800 anos antes do presente e durou até o período de contato com o colonizador europeu, já no século XVII. Trata-se de povos Tupinambás, que ocuparam essa região, possivelmente vindos da costa nordestina, nas regiões do atual Pernambuco e Ceará […] […] a ocupação Tupi, a julgar pelas datações durou pouco mais de 800 anos […] (p. 76). Nos anos 1970, outro pesquisador deu visibilidade à ocupação humana pré-histórica da Ilha de São Luís – Mário Ferreira Simões, ligado ao Museu Paraense Emílio Goeldi que realizou o Projeto São Luís. A pesquisa inspecionou oito sambaquis com o objetivo de comparar os sítios residuais de São Luís com os do litoral leste e litoral paraense. Essas pesquisas resultaram nas primeiras datações para os assentamentos humanos pré-históricos do Estado do Maranhão, em torno de 2.686 anos antes do presente [27]. Outro associado do IHGM que se destaca e que atuou nas áreas da Antropologia, Arqueologia, Etnologia, entre outros interesses foi Olavo Correia Lima[28]. O padre António Vieira afirmou que os Tupinambá e Tabajara contaram-lhe que os povos Tupi migraram para o Norte do Brasil: […] pelo mar, vindos de um país que não mais existia, e que o país Caraíba, teria desaparecido progressivamente, afundando no mar, e os tupis salvaram-se, rumando para o continente. Os tabajaras diziam-se o povo mais antigo do Brasil, e se chamavam de “tupinambás”, (homens da legítima raça tupi), desprezando parte dos outros tupis, com o insulto “tupiniquim” e “tupinambarana”, (tupis de segunda classe), e sempre conservaram a tradição de que os tupis eram originados de sete tribos; e que o povo tapuia, do povo tupi, eram os verdadeiros indígenas brasileiros (RAHME, 2013) [29]. … OS FENICIOS… [30], [31] Em A Pacotilha (30 de maio de 1925), de autoria de Ludovico Schwennhagen[32] é publicado artigo com o seguinte título: MINHAS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NO MARANHÃO. Realizando pesquisas em vários estados do Brasil, deteve-se no Piauí e no Maranhão. Sobre o Maranhão, em seu relato, sustenta a tese de que a cidade de São Luís – como Tutóia – foi fundada por navegadores fenícios: As duas cidades, porém, não eram cidades fenícias; somente os fundadores e organizadores eram gente que chegara ao Mediterrâneo. A grande massa dos habitantes eram tupis: em Tutóia, tabajaras, em Tupaón, tupiniquins. (Schwennhagen, 1925) [33]. Chegados por estas terras por volta do ano 1.000 a.C – relacionaram-se com os habitantes da terra – tupis – fundando Tu-Troia – Tutóia – e Tupaón –Upau-açú: OS FENICIOS E OS TUPIS Os fenícios já estavam desde muito tempo em relações com os povos tupis; mas estes não tinham portos de mar, querendo viver só em terras altas e solidas. Entretanto, ficou terminada, no Mediterrâneo, a guerra de Tróia, em 1080 A.C. Caiu em poder dos aliados pelasgo-gregos a grande fortaleza que dominava o estreito dos Dardanelos e a entrada para a Ásia. Os fenícios, os carios e muito outros povo da Ásia Menor eram amigos ou aliados de Tróia, mesmo as briosas guerreiras e cavaleiras amazônicas, das quais morreram centenas no vasto campo troiano. Os sobreviventes dos povos vencidos andavam em navios dos fenícios, procurando nova pátria, e por isso aparecem, cerca do ano 1000 a.C., em diversos países, cidades com o nome de Tróia Nova ou Tróia Rediviva. Para o norte do Brasil chegaram também sobreviventes da grande guerra e fundaram Tu-Troia, ajudaram a fundar Tupaón, e os sobreviventes da Amazonas fundaram no Brasil uma sociedade de mulheres montadas amazônicas, que deu finalmente seu nome ao grande rio. Essas são as deliberações que indicam o tempo de 1000 anos a.C. para a fundação de Tutoia e de Tupaón (S. Luis). (Schwennhagen, 1925). Segundo Rahme (2013) [34], Schwennhagen, em sua obra “História antiga do Brasil”[35], expôs a teoria da presença de fenícios no Brasil, com base no trabalho de Onfroy de Thoron[36] (Gênova, 1869), sobre as viagens das frotas do fenício rei Hirão de Tiro[37], e do rei Salomão [38], da Judéia[39], no rio Amazonas, entre os anos 993/960 A.C.. E também apresentou outras diversas evidências, em sua maior parte, escritos do alfabeto fenício, e da escrita demótica do Egito, que também foram encontrados; além de inscrições da escrita suméria, antiga escrita babilônica, e também letras gregas e latinas. Schwennhagen ao citar o historiador grego do século I A.C., Diodoro Sículo[40], disse que este relatou a primeira viagem de uma frota de fenícios atravessando o Atlântico, e chegando às costas do Nordeste do Brasil, através das correntes marítimas, propícias para a travessia.

Nos anos 350 a.C., os cartagineses cunhavam moedas em ouro, com uma imagem no reverso, que muitos julgam representar o mar mediterrâneo, com o continente americano a oeste. Se era o continente americano, de fato, ou não, não se sabe, mas, diversos autores (Ludwig Schwennhagen[41], Bernardo de Azevedo da Silva Ramos[42], Robertus Comtaeus Nortmannus[43], Georg Horn[44], Frederic Ward Putnam[45], Zelia M. M. Nuttall[46], Howard Barraclough Fell[47]) defendem que o Brasil foi visitado pelos fenícios, na antiguidade. As provas disso encontram-se nos diversos registros na forma de inscrições e artefato.[48] Diz Guimarães (2009) [49], que em 1100 A. C. o rei Hiram de Tyros, capital da Fenícia, ofereceu aos reis David e Salomão da Judéia, uma aliança para explorar as riquezas do Brasil. Nos anos 995 e 992 navegaram as frotas aliadas dos fenícios e judeus no rio Amazonas, onde elas fundaram uma colônia hebraica, no rio Solimões, chamado assim por honra do rei Salomão. Esse fato prova que os fenícios já tinham circunavegado, entretanto, toda a costa do Brasil e subido todos os rios. Eles procuraram a aliança dos hebraicos, pois eles mesmos, como nação muito pequena, não tinham elementos suficientes para colonizar tão vasto país. Para Ludovico Schwennhagen[50], os Fenícios tiveram um forte interesse para levarem ao Brasil muitos imigrantes. Já se referira – no Segundo Capitulo de sua História -, sobre a expedição dos Tirrênios à ilha de Marajó, sobre a aliança do rei Hirã de Tiro com os reis Davi e Salomão, da Judéia, para colonizar e explorar as terras no Alto Amazonas, e sobre a emigração duma parte da nação das Amazonas com navios dos Fenícios. O grande número de emigrantes, porém, saiu dos países cários, inclusive Iônia: Os emigrantes denominaram Ion o litoral maranhense, que mostra com suas centenas de ilhas e penínsulas, uma surpreendente semelhança com o litoral da Iônia asiática: Maran•lon, que quer dizer “a grande Iônia”. Os Gurges do Piauí têm irmãos do mesmo nome na Ilíria da Península Balcânica; sobre o nome de Taba-Jaras do Norte do Piauí e da Serra da Ibiapaba já falamos; os Poti-Jaras, que mudou para Poti-Garas e Poti-Guaras, tiraram seu nome de Poti, que significa na língua pelasga um rio pequeno, respectivamente afluente dum rio grande. Nas regiões dos Cários existem muitos rios de nome Poti. No grego mudou a palavra em Pot-amos. Meso-Potânia é a zona entre os dois Pati: Eufrates e Tigre. Colônias e vilas dos Cários foram espalhadas sobre todo o território do Brasil; mas a maior parte dos Cários domiciliou-se no interior do Nordeste, entre os rios Tocantins e São Francisco. Nas serras e sertões do Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco formaram os Cari e Cariri uma numerosa população branca, cujos descendentes representam hoje ainda a maioria da população. A raça indígena, legítimo-brasileira, os Tapuias de cor parda e cabelos lisos e pretos, vivia nas regiões dos Cários, até a chegada dos Portugueses, em malocas, separadas dos brancos Tupis-Caris. Ludovico Schwennhagen (1928; 1986) [51] informa que “[…] conquistadores europeus encontraram no Brasil numerosas populações que se chamaram: Cara, Carara, Caru, Cari, Cariri, Cairari, Carahi, Carahiba, Caryo e Cariboca.”. E que na língua tupi têm os nomes dos povos a mesma forma no singular como no plural. Diz-se: eu sou Cara; nós somos Cara: […] A mesma regra, existia nas antigas línguas fenício-pelasgas. A língua grega que é mais recente começou a formar o plural pelo sufixo s, cuja regra transferiu-se às línguas romanas. Por isso aplicamos nós como plural as formas: Tupis, Caras, Caris, Cários etc., que não corresponde com a língua tupi. [Continua a explicação sobre os vocábulos] Aos padres portugueses declararam os pajés: Cara, Cari, Cário significa “homem branco”. A cor branca é no tupi: tinga, também uma palavra pelasga, de cuja raiz vem nossa palavra tingir. A palavra tupi tabatinga significa “preparada de cal e argila branca”. Mais tarde transferiu-se o nome tabatinga à argila dessa cor. A. palavra oca significa “casa” qualquer e pertence também às línguas fenício-pelasgas. No grego mudou oka em oeka, oika oikia- “administração da casa” é, no grego, oiko-nomia. Para Ludovico Schwennhagen, a palavra tupi tabatinga significa “casa branca”; mas cari-oca é “casa dos brancos”, respectivamente dos Cários: Essa curta explicação lingüística contém a prova de que os “Cários brasileiros” são os descendentes dos homens brancos que imigraram para o Brasil, nos navios dos Fenícios, na época de 1100 anos a.C. em diante. Para esse autor, a pátria desses imigrantes eram os países reunidos na confederação dos povos cários[52], a qual abrangia quatro divisões: Caru, que se estendeu desde o promontório Carmel até o monte Tauros; a grande metrópole desse país era a cidade Tur (respectivamente Tiro) o Os Gregos denominaram esse país Fenícia; hoje é chamado Síria. Caindo sob o dom1nio do Império Romano a Fenícia foi incorporada à província romana. da Síria que, curiosamente, recebeu esse nome pela corruptela da pronúncia grega do nome Tiro. Seus habitantes eram tírios, por conseguinte sírios na região, Síria, usado até hoje. Cari, que abrangia a costa meridional da Ásia Menor, à qual chamaram os Gregos Kilikia, respectivamente Cilicia. Uma das maiores cidades dessa província era Taba, que nos lembra o Tabajaras, que pode significar: senhores de tabas ou cidadãos de Taba. O último significado parece mais razoável. Perto da cidade Taba passa o rio Pinaré, que nos lembra o rio Pinaré (não Pindaré) do Maranhão, onde o lago Maracu mostra ainda hoje as linhas de esteios petrificados, que são os restos dos estaleiros dos Fenícios. Cara ou Caria, com a esplêndida capital Hali-Car-Nassos, cuja situação geográfica rivaliza em beleza com a do Rio de Janeiro, onde os Cários fundaram uma colônia com o nome entusiástico “Dos Cários Casa” (carl-oca). Na placa colossal da rocha, em cima da qual dorme hoje ainda o gigante brasileiro, cravaram aqueles navegantes de Halicarnassos, com letras lapidares seus nomes e a data da sua chegada. Caramania foi o vasto “hinterland” que se estendia atrás de Caru e Cari, até o Eufrates. A capital dessa província era Carmana, e de lá vieram os pequenos comerciantes (Caramanos), que se estabeleceram no interior do Brasil. Esses viajaram nos navios dos Fenícios; mas esses últimos eram mercadores-capitalistas, que não trataram de comércio retalhista. Eis a origem do nome “Carcamano”. Amigos e aliados dos Cários eram os reinados Ion e Il-Ion.

Os Gregos mudaram o nome Ion para Ionia e Iion para Tróia, como Homero intitulou sua grande epopéia Ilíada. lônia abrangia a maior parte da costa ocidental da Ásia Menor e dominava no Mar Egeu,’ sua antiga capital era Éfeso, um grande empório comercial e artístico. Interessante, que Schwennhagen nos informa que, na nomenclatura Tupi acham-se os nomes Canaã e Aramés; mas em geral encontramos os nomes Cari, Cara e Caru: […] Caru-tapera, no Maranhão, era um estabelecimento marítimo e comercial dos Caru, entre a foz dos rios Gurupi e Iriti. Nas margens desses rios exploraram os Fenícios as minas auríferas, e a colônia, situada na margem dum canal largo e fundo, que florescia durante muito tempo. Depois, quando os Caru abandonam a colônia, ficou o nome “Taba dos Caru”, que era Carutapera. Na chegada dos portugueses estava ainda ali uma aldeia de Tupis, que conheciam bem a existência das minas auríferas. Para Rahme (2013) [53]: […] a língua tupi pertence à grande família das línguas pelasgas, um ramo da língua suméria[54], cujas sete tribos da nação tupi residiam inicialmente, em um país chamado Caraíba, um grande pedaço de terra firme localizado onde hoje fica o mar das Caraíbas, onde eles haviam se refugiado após o desmoronamento de Atlântida. E os chamados “Caris”, eram ligados aos povos cários, da Cária, no Mediterrâneo. Segundo a obra “História do Brasil” de Francisco Adolfo de Varnhagen, existe a confirmação de uma migração dos Caris – Tupis da Caraíba, para o norte do continente sul-americano, uma tradição que sobrevive, ou sobrevivia, ainda entre o povo indígena da Venezuela. Em vários lugares do Brasil, além da Pedra da Gávea, foram encontradas supostas inscrições fenícias gravadas em rochas. Em Pouso Alto, na Paraíba, um conjunto dessas misteriosas inscrições teve a curiosa tradução: ‘Somos filhos de Caná, de saída, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hiram, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion Geber, no mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por 2 anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui: 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente passam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor’. Fonte: BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html Pressupõem Schwennhagen que a ‘diáspora’ dos Cários/Fenícios começa com a queda de Tróia em 1184 a. C.: […] Schliemann provou, pelos documentos indeléveis de pedras lavradas, que a guerra de Tróia não foi uma lenda, mas um acontecimento histórico de alta relevância, e hoje sabemos, pelas inscrições nas pedras lavradas do Brasil, que as conseqüências da guerra troiana deram o impulso para o primeiro descobrimento do Brasil e a primeira emigração de povos brancos a este continente. Os Gregos, senhores da passagem dos estreitos e da entrada para o interior da Asia Menor, ocuparam todo o litoral da Iônia e Cária e todas as ilhas do Mar Egeu, inclusive a grande ilha de Creta. A ilha Kopros (no grego Kipros, no latim Cyprus, no português Chipre) ficou ainda alguns séculos contestada entre os Fenícios e os Gregos. Assim, o florescente reinado de Ion com Éfeso, Kolofon e muitas outras cidades, e Caria com Halicarnassos, Meandro e Rhodo caíram em poder dos Gregos e foram helenizados. As populações indígenas foram escravizadas ou expulsas. Isso se deu na época de 1150 a 1000 anos a. C. e assim começou a época das emigrações dos povos do Mediterrâneo. Encontramos nas narrações dos antigos escritores muitas informações de que tribos pelasgas e povos Cários emigraram da Ásia e da Grécia para a Itália e Ibéria, e mesmo para as costas do Oceano Atlântico. Depois, os Gregos iniciaram sua expansão colonial para Oeste e ocuparam Sicília e o Sul da Itália, desalojando passo a passo os Fenícios de suas colônias.

Por todos esses motivos transferiram estes seu grande movimento marítimo às costas e ilhas atlânticas. Informados pelos Tartéssios e Atlantes sobre a existência duma “ilha enorme”, no outro lado do mar, experimentaram os Fenícios a travessia oceânica, desde as ilhas de Cabo Verde para o Nordeste do Brasil, sobre que possuímos o documento histórico de Diodoro da Sicília. Explica, ainda que: Os Fenícios nunca chamaram sua terra de Fenícia; o nome era – como já explicamos – Cara para o país, bem como para o povo. Existiam também os nomes Canaã para o litoral e Araméia para a parte montanhosa. O nome Fenícios deram-lhes os Gregos aos navegadores de Tiro como apelido, significando “mercadores de tintas da ave fabulosa Fênix”. O mestre Antenor Nascentes explica o nome Fenício vindo do grego Phoinikeioi, do latim Phoenicios. O termo grego vem de Phoinix, que significa cor vermelha, púrpura; É fato que na cidade de Tiro fabricavam a famosa tinta de púrpura, obtida das glândulas de um marisco chamado murex e usada como corante de tecidos.[…] A cidade de Tiro teve 300 tinturarias e fábricas de tintas finas, cujos segredos químicos os Gregos nunca descobriram. Jaime Barossi (2011) [55] considera como achado curioso que nas margens do lago Pensiva, no Maranhão, foram encontrados estaleiros de madeira petrificada, com espessos pregos de bronze. O pesquisador maranhense Raimundo Lopes[56] encontrou utensílios tipicamente fenícios no lugar, na década de 1920. Na ilha de Marajó, foram encontrados tipos de portos tipicamente fenícios, parecidos com muralhas de pedras, iguais aos encontrados na costa do território da antiga Fenícia. No portal São Francisco [57] há um interessante estudo sobre os Fenícios no Brasil: […] Subindo o rio Mearim, no Estado do Maranhão, na confluência dos rios Pindaré e Grajaú, encontramos o lago Pensiva, que outrora foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador maranhense Raimundo Lopes escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios tipicamente fenícios.[…].[58] Pablo Villarrubia Mauso (2006), em As Cidades Perdidas do Maranhão[59], refere-se às pesquisas de Raimundo Lopes sobre as estearias maranhenses[60]: Em 1919, o explorador e arqueólogo Raimundo Lopes iniciou escavações num terreno cheio de lama, no centro do Lago Cajari, durante uma seca jamais vista na região. Isso facilitou suas escavações, já que em alguns trechos a profundidade não ultrapassava 50 centímetros. Contudo, em condições normais, o nível de água é de dois ou três metros, e oculta uma cidade extinta. Algumas centenas de anos antes, o nível do lago e de suas margens devia ser mais baixo que o de hoje.

Do barro mole, Raimundo Lopes via surgir grande número de troncos negros de árvores, como um imenso bosque morto. Pouco a pouco, ele foi encontrando restos de cerâmica e objetos de pedra, atribuídos a um povo relativamente numeroso e bem organizado. Mas quem teriam sido seus habitantes? Os poucos vestígios encontrados – as condições de preservação do lago não são as mais propícias –, não dão muitas pistas. No entanto, foram encontrados muitos troncos grandes e fortes, que apóiam a teoria de que ali foram construídas casas que se elevavam acima do nível da água na época das chuvas. No mesmo ano, Raimundo Lopes encontrou outra cidade construída em palafitas no Lago Encantado e, em 1922, no Lago Maiobinha. Em 1923, expôs os resultados de suas escavações durante uma conferência no Museu Nacional do Rio de Janeiro, quando disse que as construções eram palafitas assentadas sobre uma região pantanosa. Embora fragmentada, a cerâmica encontrada na região de Cajari parece ter sido bastante elaborada, pintada em vermelho e preto, com relevos zoomorfos, e seria mais antiga do que a cerâmica da Ilha de Marajó, na foz do Rio Amazonas, uma das mais bonitas do mundo. Contudo, Lopes acreditava que a cerâmica de Cajari não tinha qualquer relação com outras culturas da região amazônica. O arqueólogo não pôde encontrar qualquer figura humana representada nos restos de cerâmica, e tampouco restos de ossos humanos, impossibilitando assim a identificação da raça de seus antigos ocupantes. A descoberta mais importante no lago foi o dos muiraquitãs, amuletos com forma estilizada de rã, como os que foram encontrados na região amazônica de Santarém, e que são atribuídos às míticas mulheres amazonas. Lopes dizia que “… os amuletos do Cajari são semelhantes aos do baixo Amazonas, México e Costa Rica, feitos com uma técnica bastante avançada”. Mas, ao contrário da América Central, os muiraquitãs do Maranhão foram feitos de ágata e não de jadeíta. Informa Rahme (2013) [61] que, em 1872, o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil foi notificado por Joaquim Alves da Costa, falando sobre a sua descoberta em Pouso Alto, às margens do Paraíba, de umas inscrições gravadas em uma pedra. Uma transcrição da inscrição foi enviada ao IHGB, e onde a principio, o botânico carioca, Ladislau de Souza Mello Netto, fez uma primeira tradução: […] historiador francês Ernest Renan, afirmou que as inscrições eram fenícias, e de cerca de 3000 anos. Quase um século depois, nos 60, o professor americano, Cyrus H. Gordon, da Universidade Brandeis, em Boston, um reconhecido e notório especialista em línguas mediterrâneas, confirmou que as inscrições encontradas em Pouso Alto, eram realmente autênticas inscrições fenícias, até então desconhecidas no século XIX, e as traduziu para o português: “Somos filhos de Canaã, de Sídon, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hirão, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion-Geber, no mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente à Cam (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui, 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor”. Em 1839, uma expedição liderada pelo historiador Manoel Araújo Porto Alegre confirmou a localização dos estranhos sinais. A surpresa geral veio a público quase um século depois, em 1928, quando o arqueólogo amazonense Bernardo da Silva Ramos (1858–1931) publicou o livro ‘Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, Especialmente do Brasil’, onde afirma que os sinais são inscrições fenícias, cuja tradução para o português revela: “Tyro, Fenícia, Badezir, primogênito de Jethbaal”. Em 856 Antes de Cristo, Badezir sucedeu o pai no trono da cidade de Tiro, capital da Fenícia, e reinou até 850 AC, quando desapareceu misteriosamente. Fonte: BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html Tanto Souza (s.d.) quanto Sodré (2008) informa[62] que o Rei Badezir[63] foi exilado no Brasil; para a expulsão do território em direção ao exílio, foi constituída uma frota de seis navios, sendo que, nos dois primeiros foi distribuída a corte exilada, da seguinte forma.[64]: 1º) Badezir, os dois filhos, YET-BAAL e YET-BAAL-BEL, oito Sacerdotes, cujo chefe tinha o nome de BAAL-ZIN (literalmente, “O Deus da Luz e do Fogo”), dois escravos núbios, tripulação e soldados (que deveriam retornar); 2º) Gente do povo e 49 militares expulsos por terem ficado fiéis a Badezir e 222 seres que representavam a elite do povo fenício. O destino da frota de exílio era o Brasil, local de há muito conhecido pelos fenícios. O próprio nome “Brasil”, como ensina o eminente Prof. Henrique, deriva do de “Badezir”… Quando aqui chegaram, formaram duas cortes: a) De natureza Temporal, composta por Badezir, Sacerdotes, militares, e que se estendia do Amazonas a Salvador, Bahia; (Amazonas, do tupi AMAXON, “puras, virgens, sem união sexual”; AMAXÁ, AMAXANA, AMANJÁ, IEMANJÁ – 8 ª das Sereias ou Nereidas (do mar), enquanto o termo XANAS se refere às sereias dos lagos). b) De cunho espiritual, formada pelos Gêmeos YET-BAAL, os 222 seres da elite fenícia e os dois escravos núbios. Bacari (2013) [65] informa – e pergunta – que em torno de 856 a.C., Badezir ocupou o lugar do seu pai no trono de Tyro, na Fenícia, hoje o Líbano: É a Pedra da Gávea o túmulo deste rei ? A imagem mostra com o que a esfinge teria se parecido quando ela foi feita. Sobreposição de uma esfinge dos templos assírios/babilônicos, o touro alado com cabeça humana, sobreposta à Pedra da Gávea Prossegue Bacari (2013) [66]: Outros sítios arqueológicos foram encontrados em Niterói, Campos e Tijuca que sugerem que os fenícios de fato, a cerca de três mil anos atrás, eles por lá perambularam também. Em uma ilha na costa da Paraíba, outro estado do Brasil muito longe do Rio, pedras ciclópicas e ruínas de uma antiga construção com quartos enormes, corredores e passagens extensas foi encontrado.

Segundo alguns especialistas, as ruínas seriam de construções de uma relíquia deixada pelos fenícios, apesar de existirem pessoas que contestam as conclusões desse tipo. Robert Frank Marx, um arqueólogo americano interessado em descobrir indícios de navegação pré-colombiana no Brasil, iniciou em 1982 uma série de mergulhos na baía da Guanabara à procura de restos de barcos antigos. Guimarães (2009) [67] informa que durante a década de 20 havia uma acentuada tendência de se debater sobre a descoberta da América. No Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, em 1924, compareceu o cientista Ludovic Schwenhagen, incansável pesquisador da origem ariana dos povos tupis, fazendo uma palestra sobre suas pesquisas pelo nordeste brasileiro. Em sua memorável conferência ele relatou suas idéias sobre o que vira pelo Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e pela Paraíba. Seguiu depois para Sergipe e Bahia, passou também pelo Mato Grosso. O Instituto Histórico da Paraíba nomeou uma comissão para se manifestar sobre esses estudos. Na Revista n° 10, ano 1953, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, consta que Ludovic Schwenhagen, acompanhado do engenheiro francês Sr. Frot, descobriu na Bahia grandes obras de viação, as quais ele atribuía aos fenícios e egípcios, em uma época de mais de mil anos antes de Cristo. O professor Schwenhagen dirigiu carta relatando suas pesquisas e andanças, que lhe convenceram que a América fora descoberta pelos fenícios há 1100 anos A. C.: “Aracaju, 9 de janeiro de 1926 Mui prezado sr. Paulo de Magalhães Demorei-me muito tempo na Bahia, em cujos sertões viajei com o engenheiro Apollinaris Frot, e copiei muitas inscrições importantes, que tratam todas de explicações de minas. Minhas teorias expostas na Paraíba ficam então um tanto alteradas, mas, parece-me, ganharam em base. Ainda não havia eu encontrado a chave do grande segredo. Hoje, porém, opino de ter chegado ao ponto final, baseado nas indagações importantes que tive a de felicidade fazer no interior dos Estados da Bahia e de Sergipe. Encontrei ali as provas, que a maior parte das antigas inscrições e letreiros que se acham nos rochedos de todos os Estados do Norte e Nordeste são escritas pelos fenícios e engenheiros egípcios que construíram longas estradas terrestres, através do Brasil, e organizaram ali a exploração de minas. Quase todas as grutas, furnas, corredores subterrâneos e escavações verticais são os restos do antigo trabalho de mineração.

A cronologia dos fatos históricos é a seguinte: Em 1250 A. C. fundaram os fenícios, com o consentimento dos tartésios, a estação marítima de Gades, hoje, Cadix, para dominar a estrada do Mar Mediterrâneo. O acordo estipulou que os fenícios podiam fundar colônias e benfeitorias nas costas atlânticas da África e Europa, enquanto os tartésios reservaram para si a navegação às ilhas do Oceano, inclusive os Açores e as Antilhas. Na época de 1250 a 1100 A. C. colonizaram os fenícios a costa africana até Dakar, que significa “Casa do Kar”, sendo Kar o progenitor e organizador dos povos cários. Em seu livro “História Universal” [68], Haddock Lobo diz o seguinte: “Com suas embarcações leves e resistentes, iam buscar (os fenícios), em praias distantes e desconhecidas dos demais povos asiáticos, artigos que depois vendiam sem o mínimo temor de concorrência”. Foi nessas buscas que eles se instalaram no norte do Brasil, especialmente no delta do rio Parnaíba, onde a penetração do interior era fácil.(citado por BARROS, s.d.)[69] Schwennhagen cita também, Varnhagen – Visconde de Porto Seguro – em História Brasileira, para confirmar a tradição de uma migração dos Caris-Tupis, de Caraiba para o norte do continente sul-americano, tradição que sobrevive ou sobrevivia ainda, entre o povo indígena da Venezuela. Ele relembra o padre Antonio Vieira, que afirmava: os tupinambás e os tabajaras contaram-lhe que, os povos tupis migraram para o Norte do Brasil, pelo mar, vindos de um país não mais existente. O país Caraíba teria desaparecido progressivamente, afundando no mar, e os tupis teriam se salvado, rumando para o continente.[70] Naquele ano de 1100 A. C. saiu uma grande frota dos fenícios de Dakar para as ilhas do Cabo Verde e atravessou de lá o Oceano, para o Brasil. O historiador grego Diodoro Sicuto, que vivia durante muitos anos em Cartago e escreveu a história das navegações fenícias e cartaginesas, narra o fato do descobrimento do Brasil assim: Quando os fenícios já tinham fundado muitas cidades e colônias na costa da África, saiu uma frota deles de lá para as ilhas (do Cabo Verde) onde os navios foram levados por fortes ventos e correntezas do Oceano (uma mentira diplomática, por causa do contrato com os cartésios!). Os navegantes andaram durante muitos dias ao alto mar e, depois eles encontraram uma grande ilha com praias lindas, com muitos rios navegáveis, com um clima ameno e uma população pacífica, que vivia nas aldeias em casas bonitas, como nossa gente rica no estio. A ilha era tão grande que os fenícios gastaram muitos dias para circunvagá-la. Continua Guimarães (2009) [71], relatando os informes de Schwenhagen, que em 950, entraram os fenícios numa aliança com os povosTupi, que moravam nas Antilhas e no país Caraibia, hoje afundado no Mar Caraibico. Durante 50 anos imigraram os Tupi, que eram um ramo dos povos cários e pertenciam à raça branca atlântico-européia, em navios fenícios para o Norte e Nordeste do Brasil. Em 850, o Senado de Cartago proibiu a imigração para a grande ilha do Oceano, porque ele receava a despovoação do território cartaginês. Esse fato prova que naquele tempo o estado econômico do Brasil era tão florescente, que atraiu muitos imigrantes dos países mediterrâneos. Com o auxílio dos Tupi e aproveitando os indígenas Tapuio como trabalhadores, os fenícios e os por eles contratados engenheiros egípcios fizeram trabalhos extraordinários, no interior do Brasil. Como indicam as inscrições escritas em letras fenícias e egípcias, ficou estabelecida a estação marítima principal perto do Cabo S. Roque, na costa do Rio Grande do Norte: Ali existe um lago, hoje chamado de Extremoz ou dos Touros, que é ligado com o mar por um canal, antigamente bem navegável. Dali saiu duas estradas para o interior, uma rumo ao Sudoeste, que foi prolongada até o Paraguai, onde estava o ponto final da navegação dos fenícios, no rio da Prata, e onde o coronel Fawcett procurava as ruínas de uma grande cidade. Esta estrada central, desde Rio Grande do Norte até o limite de Mato Grosso, está indicada por mais de cem inscrições, dando as distâncias com a medida egípcia, como provou o engenheiro francês Apollinaris Frot, que trabalha a 20 anos no interior da Bahia. Esta estrada central tem muitos ramais para as diversas zonas da mineração e era ligada com os portos dos rios Paraíba e S. Francisco. A grande inscrição da pedra lavrada, na Paraíba, representa um mapa da grande estrada com indicações minuciosas, a respeito do rumo, das distâncias e da posição das minas. Pergunto: seria o Piabiru?[72]: Os peabiru (na língua tupi, “pe” – caminho; “abiru” – gramado amassado) são antigos caminhos utilizados pelos indígenas sul-americanos desde muito antes do descobrimento pelos europeus, ligando o litoral ao interior do continente. A designação Caminho do Peabiru foi empregada pela primeira vez pelo jesuíta Pedro Lozano em sua obra “História da Conquista do Paraguai, Rio da Prata e Tucumán“, no início do século XVIII.

Outras fontes, no entanto, dizem que o termo já era utilizado em São Vicentelogo após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500. O principal destes caminhos, denominado Caminho do Peabiru, constituía-se em uma via que ligava os Andes ao Oceano Atlântico. Mais precisamente, Cusco, no Peru (embora talvez se estendesse até o oceano Pacífico), ao litoral brasileiro na altura da Capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo), estendendo-se por cerca de 3 000 quilômetros, atravessando os territórios dos atuais Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil. Segundo os relatos históricos, o caminho passava pelas regiões das atuais cidades de Assunção, Foz do Iguaçu, Alto Piquiri, Ivaí, Tibagi, Botucatu, Sorocaba e São Paulo até chegar à região da atual cidade de São Vicente. Ainda havia outros ramos do caminho que terminavam nas regiões das atuais cidades de Cananeia e Florianópolis. Em território brasileiro, um de seus traços ou ramais era a chamada Trilha dos Tupiniquins, no litoral de São Vicente, que passava por Cubatão e por São Paulo, em lugares posteriormente conhecidos como o Pátio do Colégio e rua Direita; cruzava o Vale do Anhangabaú; seguia pelo traçado que hoje é o das avenidas Consolação e Rebouças; e cruzava o rio Pinheiros.[3] Outro ramal partia de Cananeia. Ramificações adicionais partiam do litoral dos atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul Schwenhagen (in Guimarães, 2009) [73], informa que a outra grande estrada [74] saia do Cabo S. Roque no rumo do poente, passava Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará e ia até o Acre: Grandes trechos dessa estrada existem hoje ainda e ficam aproveitadas pelos sertanejos dos respectivos Estados. As grandes inscrições do Ceará, do rio Jaguaribe, de Quixadá e de Urubu-Retama são itinerários dessa estrada, da qual um ramal ia às minas de cobre de Viçosa. A estrada principal atravessou a serra da Ibiapaba, na altura de Ipu, onde os engenheiros construíram uma estrada em serpentinas, para subir o alto barranco da serra. Os restos dessa obra foram encontrados, quando a nova estrada ali ficou construída por ordem do dr. Epitácio Pessoa. De lá passa a estrada o Piauí e o rio Parnaíba na altura de União; de lá ia a estrada através o Maranhão até o alto Mearim e de lá, pelas cabeceiras do Pindaré, Gurupy e Capim até a confluência do Tocantins e Araguaia, continuando até o Acre. Os delegados das 14 cidades dos Tupynambás do Pará, que chegaram em São Luís, para convidar o padre Antônio Vieira, explicaram bem o rumo dessa antiga estrada. Um ramal, dentro do território maranhense, saiu do Mearim para os rios Tury-Assu, Maracassumé e Gurupy, para encontrar a zona aurífera entre Maranhão e Pará. Os denominados Montes Áureos e as minas de ouro, hoje usurpadas pelo Sr. Guilherme Linden, já foram descobertos pelos fenícios. Essa estrada existe hoje ainda e foi usada, no tempo do Império, como estrada militar. Eu vi mesmo os restos das colônias militares, organizadas por ordem de D. Pedro II, para policiar aquela antiga estrada de minas, indicada pelas inscrições fenícias.

Os Tupys escolheram para sua residência as terras férteis da Ilha do Marajó, o litoral do Maranhão com o centro na Ilha de S. Luís, antigamente Tupaón, a Serra da Ibiapaba (o paraíso brasileiro), as serras do Rio Grande e da Paraíba e as serras do baixo rio S. Francisco. Além disso, eles fizeram colônias, tabas fortificadas ao longo das grandes estradas, para segurar as comunicações e os comboios de mercadorias. Os fenícios tinham sempre até 1000 tupy-guaranys (guerreiros da raça tupy) à sua disposição. A ortografia guarany é uma forma moderna. Assim, se explica a larga espalhação dos tupys e a implantação da língua tupy até Paraguai e Bolívia. Os tupys, guiados pelos fenícios e ensinados pelos engenheiros egípcios, fizeram grandes obras de utilidade pública; na ilha de Marajó, na costa do Ceará e nas praias de Sergipe encontrei os longos aterros, para deter as águas do mar. Chama-se sambaqui; mas as acumulações de conchas era só um meio auxiliar. Em muitos lugares encontrei as conchas queimadas, cuja cal dava a ligação do concreto. Na serra da Ibiapaba encontrei dúzias de cascatas artificiais, que levavam a água da serra para abaixo, para irrigar o sertão. No Piauí e Ceará existem muitas antigas represas de água, algumas de grandes dimensões, mas hoje inutilizadas. O Dr. Epitácio, que mandou fazer tantas obras contra as secas do Nordeste, já tinha antecessores há 2500 anos. Na margem do baixo S. Francisco existem restos duma larga irrigação no sistema dos egípcios. Schwenhagen (in Guimarães, 2009) [75], também relaciona as cidades que teriam origem fenícia: Os fenícios fundaram numerosas cidades marítimas: Macapá, na foz do Amazonas, Tupaón (S. Luís), Tutoya (corruptela de Troja), Camocim e Jericoara, no norte do Ceará, Aracaty na foz do Jaguaribe, Macau, Touros, no Rio Grande (o nome de Touros deve ser corruptela de Tyros), Paraúba e Mamanguape, onde existem tantos subterrâneos, Marim (Olinda), Piaçaba, na foz do S. Francisco, e Aracaju. Os portos do sul não pude eu ainda verificar. Todas essas cidades receberam um certo número de habitantes de origem tupy e trabalhadores da raça tapuya. Em 332 A. C., a cidade de Tyros, a grande metrópole dos fenícios,foi destruída por Alexandre Magno, que mandou, em 326, uma grande frota para apoderar-se do império colonial fenício sul americano. Essa frota naufragou na entrada do Rio da Prata. O almirante grego foi enterrado na costa do Uruguai e seu túmulo foi descoberto no século passado. A espada e o escudo desse general de Alexandre Magno acham-se no museu de Montevidéu; as letras gregas, indicando o nome e grau do general são bem legíveis. Alguns autores[76] nomeiam algumas marcas por vários lugares do solo brasileiro, tais como: Nordeste – podem-se encontrar ruínas de canais de irrigação e ruínas de outros monumentos, entre elas a título de exemplo a “A Galinha Choca”, em Fortaleza; Vale do Rio São Francisco – o uso das carrancas nas proas das embarcações. Piauí – perto da confluência dos rios Longá e Parnaíba, em um lago – Extremoz, foram descobertos um porto e navios fenícios. Niterói, Campos e Tijuca – Segundo consta, outros túmulos fenícios foram encontrados, os quais sugerem que esse povo realmente esteve aqui. Paraíba – Em uma ilha na costa do Estado da Paraíba, pedras ciclope e ruínas de um castelo antigo com quartos enormes e diversos corredores e passagens foi encontrado. De acordo com alguns especialistas, o castelo seria uma relíquia deixada pelos fenícios, apesar de haver pessoas que contestam essa teoria. Amazônia – inscrições fenícias na Amazônia referentes a reis de Tiro e Sidon. Maranhão também há indícios que corroboram com a tese da presença fenícia no Brasil.

Nas margens do lago Pensiva, antigamente chamado de Maracu, existem estaleiros de madeira petrificada com grossos pregos e cavilhas de bronze. Ali, o pesquisador maranhense Raimundo Lopes encontrou, na década de 20, utensílios tipicamente fenícios. Mas o que chama atenção é que Robert Frank Marx[77], um arqueólogo americano interessado em descobrir provas de navegantes pré-colombianos no Brasil, começou em outubro de 1982, uma série de mergulhos na Baía de Guanabara. Ele queria achar um navio fenício afundado e provar que a costa do Brasil foi, em épocas remotas, visitada por civilizações orientais. Apesar de não achar tal embarcação, o que ele encontrou pode ser considerado um tesouro valioso. Sobre esta procura, O GLOBO[78] publicou: Buscando provas da navegação pré colombiana no Brasil, e sugerindo que um navio fenício poderia ter naufragado na baía de Guanabara, o arqueólogo americano Robert Frank Marx iniciou uma série de mergulhos na referida baía, para tentar descobrir embarcações fenícias naufragadas e provar, assim, que o Brasil e sua costa foram visitados em um passado remoto, pelos barcos dessa civilização semita do Oriente Médio, os fenícios de Tiro e Sidon. O navio, supostamente naufragado não estava lá, mas o arqueólogo descobriu algo muito interessante: Ânforas (vasos) e outras peças fenícias! O caso da descoberta dessas ânforas fenícias no leito da baía de Guanabara sempre foi tratado com o maior sigilo pelas autoridades e sua descoberta foi revelada somente em 1978, com vagas informações. O nome do mergulhador que encontrou as três ânforas, junto com outras 12 peças arqueológicas, foi revelado, após a conferência do Museu da Marinha, pelo presidente da Associação Profissional de Atividades Subaquáticas, Raul Cerqueira. Trata-se do mergulhador José Roberto Teixeira, membro da associação que ficou com uma ânfora e entregou as outras à Marinha. O cabo José Tadeu Cabral, com mestrado em Arqueologia Pré-Histórica, que trabalha no Museu da Marinha, disse que as peças, com capacidade para 36 litros, estão guardadas pelo Governo brasileiro, em um local sigiloso, afirmou “O GLOBO”, em notícia publicada em 23 de setembro de 1982. (LUZ, 2014) [79]. Para Rahme (2013) [80], atualmente não há mais dúvidas de que o Brasil está repleto de indícios comprobatórios da passagem dos fenícios, e que eles se concentraram no nordeste: […] confluência do Rio Longá e do Rio Parnaíba, no Estado do Piauí, existe um lago onde foram encontrados estaleiros fenícios e um porto, com local para atracação dos “carpássios” (navios antigos de longo curso). Subindo o Rio Mearim, no Estado do Maranhão, na confluência dos Rios Pindaré e Grajaú, está o lago Pensiva, que outrora foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze.

O pesquisador maranhense, Raimundo Lopes, escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios tipicamente fenícios. No Rio Grande do Norte, por sua vez, depois de percorrer um canal de 11 km, os barcos fenícios ancoravam no Lago Extremoz. O professor austríaco Ludwig Schwennhagen estudou cuidadosamente os aterros e subterrâneos do local, e outros que existem perto da Vila de Touros, onde os navegadores fenícios ancoravam após percorrer uns 10 km de canal. Na Amazônia, Schwennhagen encontrou inscrições fenícias gravadas em pedra, nas quais havia referências a diversos reis de Tiro e Sídon (datados de 865/887 A.C.). Schwennhagen acreditava que os fenícios usaram o Brasil como base, durante pelo menos 800 anos, deixando aqui, além das provas materiais, uma importante influência lingüística entre os nativos. Nas entradas dos Rios Camocim (Ceará), Parnaíba (Piauí) e Mearim (Maranhão), existem inclusive muralhas de pedra e cal, semelhantes às muralhas encontradas em Batroun, na costa norte do Líbano, erguidas pelos antigos fenícios. … E OS TUPIS Em matéria publicada em 1924, a 4 de setembro, também em A Pacotilha e sob o titulo “São Luis na Antiguidade”, Schwennhagen[81] afirma que a Ilha do Maranhão tem um grande passado histórico. Que “Pinson, o companheiros de Colombo, tinha noticias duma grande ilha, que era o centro da nação dos Tupinambás, um trato de terra muito rico e populado”. Chegando às Antilhas, desligou-se de seu companheiro para procurar o continente, situado ao Sul, “onde a Ilha do Maranhão devia ser, conforme as antigas histórias que viviam ainda na memória dos índios, a cabeça de ponte para entrar no continente”. Não sabemos se Pinson realmente esteve nesta ilha, “mas fora de duvidas que a procurou”. Outros tentaram chegar a Ilha do Maranhão, informa, dentre eles Luis de Melo, Aires da Cunha e João de Barros; “a idéia sempre ficou”. Surgiu ainda em projetos a partir de Pernambuco, para descobrir a falada ilha do Maranhão: Pedro Coelho de Sousa e Martins Soares Moreno; as expedições terrestres de Francisco Pinto e Luis Figueira: […] Entretanto, o instituto marítimo de Dieppe, o centro intelectual da Normandia, tinha por sua vez estudado a questão da ilha afamada do Maranhão, e os veleiros dos normandos franceses procuraram, já desde decênios, esse ponto milagroso da antiga civilização dos povos Tupis, dos filhos de Tupan, do grande Deus. Quando os normando entraram, em 1612, na ilha, estava ela já, desde muitos séculos, em decadência, mas sempre superava de muito todos os outros pontos marítimos dos Tupis, entre Pernambuco e a foz do Amazonas. Os primeiros viajantes europeus que andaram por terra, perto do litoral, de Recife à Ilha do Maranhão, encontraram nessa grande distancia somente oito aldeias de índios, em quanto esta ilha tinha 27 aldeias bem organizadas, com seus chefes, com casas comuns para suas reuniões, com comerciantes e operários, e com cemitérios. […] [82] O Padre Abbeville [83] contou em algumas aldeias até mil habitantes, o que nos leva a pelo menos 27 a 30.000 habitantes; mantinha um grande comercio com o interior, de couros, mantimentos e pedras preciosas, etc. Não só Abbeville, mas ao padres português que sucederam aos capuchinhos franceses[84], contaram: […] que os índios da ilha mostravam um alto grau de inteligência e usavam na sua língua as formas duma educação relativamente altiva. Não só com os estrangeiros, também entre eles mesmos usavam sempre palavras cerimoniosas e de respeito. Eles davam a impressão de fidalgos pobres, que tivessem conservado os costumes de sua antiga nobreza. Para Schwennhagen (1924) [85] todos os momentos geográficos e etnográficos indicam que a ilha do Maranhão: […] constituía, na primeira época das grandes navegações, isto é, entre 3500 a 1000 anos antes da era christã, um empório marítimo e comercial. Essa época começou naquele momento em que se completou o desmoronamento do antigo continente Atlantis e que os povos que lá se refugiaram no ocidente, quer dizer na America Central, ou no oriente, nos países ao redor do mar Mediterrâneo. Sabemos que as frotas dos Fenícios navegavam desde 3500 a.C. entre a Europa, a África e a América, e sabemos que também os povos do México e do Norte do Brasil tinham uma extensa navegação. Os mapas marítimos, encravados em grandes placas de pedra calcareas, os quais existem hoje ainda em Paraíba e Amazonas, são documentos inegáveis. Prossegue: A migração dos povos Tupi ao Norte do Brasil pode ser calculada para a data de 3000 a 2000 a.C. As ultimas levas entraram quando se quebraram as terras do golfo do México e do mar Caraibico. Assim se pode colocar a ocupação e cultivação da ilha do Maranhão na época de 2000 anos a.C., ou 3500 anos antes da chegada dos europeus. De acordo com Schwennhagen (citado por Rahme, 2013) [86], o continente americano é a lendária ilha das Sete Cidades. Diz o autor que tupi significa “filho, ou crente de Tupã”. A religião tupi teria aparecido no Norte do Brasil cerca de 1000/1050 A.C., juntamente com os fenícios, e propagada por sacerdotes cários, da ordem dos piagas. Os piagas (de onde deriva a expressão pajés) fundaram no Norte do Brasil, um centro nacional dos povos tupis, chamando este local de Piaguia, de onde surgiu o nome Piauí. Esse lugar era as Sete Cidades (hoje Parque Nacional de Sete Cidades). A Gruta de Ubajara teria sido fruto de escavações, para retirada de salitre, produto comercializado pelos fenícios. A cidade de Tutóia, no Maranhão, teria sido fundada por navegadores fenícios e por emigrantes da Ásia Menor, que chegavam por navios fenícios, e escolheram o local para construir uma praça forte, de onde dominariam a foz do Rio Parnaíba: Explicando a posição geográfica em que se encontravam inúmeras tribos indígenas, o professor Ludwig acreditava que as sete cidades era o centro da grande região cercada pelos rios Poti e Parnaíba, pelo litoral piauiense e pela serra da Ibiapaba. Por essa localização estratégica, ali se instalou a sede da Ordem e do Congresso dos povos Tupis. A afirmação parte da premissa de que as próprias formações rochosas de Sete Cidades foram dádivas da natureza, evitando a construção de uma “cidade” e distribuindo a sociedade indígena em seus salões, praças e ruas. Até hoje, inscrições rupestres garantem a passagem de índios e estrangeiros por Sete Cidades, numa demonstração de que em tempos remotos ali foi palco de grande movimentação humana. (BARROS, s.d.) [87]. Prossegue Barros (s.d.) [88]: o nome Tupi, que significa Filho de Tupã, foi dado pelos sacerdotes aos povos indígena que habitavam a antiga Atlântida: Eram sete tribos, que fugiram para outra grande ilha, a Caraíba (situada no Mar das Antilhas), em função do desmoronamento da Atlântida.

Essa outra ilha teve o mesmo fim, fazendo com que os indígenas fugissem para a região da Venezuela. Segundo Ludwig, a capital Caracas vem da região de Car, trazida pelos sacerdotes que acompanhavam os fenícios. Justifica-se a origem do nome Tupi pela língua dos Cários, Fenícios e Pelasgos, onde o substantivo Thus, Thur, Tus, Tur e Tu significa sacrifícios de devoção. O infinitivo do verbo sacrificar é, no fenício, tu-na, originando tupã. “A origem de Tupã, como nome de Deus onipotente, recua à religião monoteísta de Car”, afirma Ludwig. Ao tomarem conhecimento da existência desses povos na Venezuela, os fenícios conseguiram levá-los para em seus navios para o norte do Brasil. Os Tupinambás e os Tabajaras contaram ao Padre Antonio Vieira que os povos tupis se dirigiram ao norte do Brasil pelo mar, vindos de um lugar que não existe mais. Os Tabajaras, que se consideravam o povo mais antigo do Brasil, habitavam a região que fica entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba. O local para a ordem e Congresso dos povos Tupis foi batizado pelos piagas (pagés) de Piagui, de onde originou-se Piauhy. Geograficamente, o lugar era Sete Cidades. Para Ludwig, a palavra Piauí significa terra dos piagas, condenando a interpretação de que o nome provém do peixe piau, abundante nas águas do Rio Parnaíba. Para esse professor do Liceo de Parnaíba, onde está hoje São Luis, ‘devia estar 3000 anos antes a Acrópole da ilha do Maranhão’. Pode ser que navegadores estrangeiros, ‘talvez Fenícios, lhe dessem o impulso inicial para fazer daqui um empório comercial’. Por volta do ano 1.000, os territórios amazônicos haviam sido conquistados pelos movimentos de expansão dos povos tupi-guaranis, aruaques e caribes, principalmente. É por essa época que a Amazônia provavelmente atingiu uma das maiores densidades demográfica. (MIRANDA, 2007, p. 15) [89]. Luciara Silveira de Aragão e Frota (2014) [90] afirma que a dispersão da grande família Tupi-guarani parece ter sido das mais remotas. Bem mais remota que a verificada com os Aruaques. Sua origem seria dos protomalaios que, em várias correntes, acostaram no istmo do Panamá [91]. Para Thomaz Pompeu Sobrinho (1955) [92]: Os tabajaras, diziam-se os povos mais antigos do Brasil, isso quer dizer que eles foram aquela tribo dos tupis que primeiro chegou ao Brasil , e que conservou sempre as suas primeiras sedes entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba[93]. Desse relato é pois de se encaminhar para a conclusão de que os tabajaras foram precedidos pelos cariris no povoamento do Ceará, e antecederam aos potiguares dentro da divisão denominada de grupo Brasília . Para Ludwig Schwennhagen os fenícios transportaram os tupis, palavra que significa filho de Tupan, de lugar onde está hoje o Mar das Caribas onde havia”um grande pedaço de terra firme, chamado Caraíba (isto é, terra dos caras ou caris). Nessa Caraíba e nas ilhas em redor viviam naquela época as sete tribos da nação tupi que foram refugiados da desmoronada Atlântida, chamaram-se Caris, e eram ligados aos povos cários, do Mar Mediterrâneo…O país Caraíba…teve a mesma sorte que a Atlântida. Todos os anos desligava-se em pedaços até que desapareceu inteiramente afundado no mar. Contam que os tupis salvaram-se em pequenos botes, rumando para o continente onde já está a República da Venezuela… Quando chegaram os primeiros padres espanhóis na Venezuela, contaram-lhes os piegas aqueles acontecimentos do passado. Disseram que a metade da população das ilhas, ameaçadas pelo mar, retirou-se em pequenos navios para a Venezuela, mas que morreram milhares na travessia. A outra metade foi levada em grandes navios para o Sul onde encontraram terras novas e firmes. Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, confirma na sua História Brasileira, que essa tradição a respeito da emigração dos Caris-tupis, da Caraíba para o Norte do continente sul-americano, vive ainda entre o povo indígena da Venezuela. O padre Antonio Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera em diversos pontos de seus livros, que os Tupinambás, como os Tabajaras, contaram-lhe que os povos tupis imigraram para o Norte do Brasil pelo mar, vindos dum país que não existia mais”. Segundo esta tese os fenícios, amigos dos tupis, exigiam como pagamento pelo transporte o fornecimento de soldados para garantirem e policiarem suas empresas no interior. Tupigarani que teria sido modificado pelos padres portugueses para tupi-guarani significaria “guerreiro da raça tupi”. Os primeiros emigrantes teriam aportado em Tutóia e daí se dividiram em três povos: Tabajaras, entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba; os Potiguares além do rio Poti, e Cariris que tomaram as terra da Ibiapaba para o nascente. A segunda leva de emigrantes veio dar a um segundo ponto escolhido pelos fenícios: a ilha do Maranhão que denominaram Tupaon (burgo de Tupan) e ali fundaram várias vilas, das quais existiam vinte e sete ao tempo da vinda dos europeus. Os Tabajaras duvidaram da legitimidade de tupi de tais emigrantes pois eles trouxeram antigos indígenas Caraíbas que para eles trabalhavam. Adotaram eles então o nome referencial de Tupinambás. Quanto aos guaranis foram os legítimos tupis e se armaram com armas de bronze que lhes forneceram os fenícios.[94] SOBRE TUPIS E TAPUIAS[95] O termo “tupi” possui dois sentidos: um genérico e outro específico. O sentido genérico do termo remete aos índios que habitavam a costa brasileira no século 16 e que falavam a língua tupi antiga[96]. Considera-se como Civilização Tupi-guarani todo elemento cultural que esteja de alguma forma relacionado com os idiomas do tronco linguístico tupi[97]. Tronco tupi é um tronco lingüístico que abrange diversas línguas das populações indígenas sul-americanas[98]. O tupi ou tupi antigo era a língua falada pelos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no século XVI (tupinambás, tupiniquins, caetés, tamoios). Tapuia é um termo que foi utilizado, ao longo dos séculos, no Brasil, para designar os índios que não falavam a língua tupi. Há diversos entendimentos das origens do termo, mas, em geral, observa-se que seria de procedência tupi e que teria significado semelhante a “forasteiro”, “bárbaro”, “aquele que não fala nossa língua”, “inimigo” [99]: O termo “Tapuio” não é expressão designativa de uma etnia. É tão somente “Um vocábulo de origem tupi, corruptela de tapuy-ú – o gênio bárbaro come, onde vive o gentio. […] É um dos termos de significação mais vária [diversificada] no Brasil. No Brasil pré-cabraliano, assim chamavam os tupis aos gentios inimigos, que, em geral, viviam no interior, na Tapuirama ou Tapuiretama – a região dos bárbaros ou dos tapuias”. Tomislav R. Femenick, 2007[100] […] Tapuia significa “bárbaro, inimigo”. De taba – aldeia e puir – fugir: os fugidos da aldeia. José de Alencar, Iracema, 1865[101] No período colonial, dividiam-se os índios brasileiros em dois grandes grupos: os tupis (tupinambás), que habitavam principalmente o litoral e os tapuias, que habitavam as regiões mais interiores e que falavam, principalmente, línguas do tronco macro-jê[102]. O tronco macro-jê é um tronco lingüístico cuja constituição ainda permanece consideravelmente hipotética. Teoricamente, estendem-se por regiões não litorâneas e mais centrais do Brasil [103]. Também conhecidos por “Bárbaros”, habitavam, dentre outras regiões, os sertões da Capitania do Rio Grande do Norte, divididos em vários grupos nomeados de acordo com a região onde moravam – Cariris (Serra da Borborema), Tarairiou (Rio Grande e Cunhaú), Canindés (no sertão do Acauã ou Seridó), e eram chefiados por vários reis e falavam línguas diversas, e entre os mais destacados eram os reis Janduí e Caracar, cujo poder real não era hereditário. Os Tapuias eram fortes, possuíam semblante ameaçador, corriam igual as feras, por isso eram muito temidos. Eles eram inconstantes, fáceis de ser levados a fazer o mal, eram endocanibalistas, isto é, devoravam até mesmo os de sua tribo quando da sua morte. Os Tapuias eram nômades. Eles paravam onde havia abundância de alimentos e gostavam de viver ao ar livre. Não construíam casa (por isso as suas habitações eram toscas e feias).[104] Para Fernandes (2012)[105], a origem dos índios brasileiros é controversa e o que é mais aceito, hoje em dia, é o modelo de origem baseado nas quatro migrações: # a primeira foi uma migração africana/aborígine, como atesta o crânio da Luzia com seus traços negróides, de 11.000 anos atrás, # as três últimas migrações foram mongólicas vindas pelo estreito de Behring, também a partir de 11.000 anos, que dá o DNA dos nossos índios atuais, # porém a maior das dúvidas/controvérsias retroage há 48.000 anos atrás com as fogueiras da Toca do Boqueirão no Piauí, até hoje não explicadas convincentemente. Pesquisa da revista científica Nature“: cientistas analisaram quase 400 mil variantes de uma única “letra” química do DNA, a partir de amostras do genoma de 52 povos nativos, entre eles caingangues e suruís do Brasil, por exemplo.

A comparação dessas variantes nos indígenas com as versões de outros povos do mundo permitiu mostrar que, conforme o esperado, a maior parte do genoma dos nativos das Américas foi legado por imigrantes vindos da Sibéria, há pelo menos 15 mil anos. No entanto, os esquimós e outros povos do Ártico parecem ter herdado cerca de 50% de seu DNA de outra onda, mais recente, vinda da Ásia. E um povo canadense, os chipewyan, derivam 10% de seu genoma de uma terceira onda, estimam os cientistas. (FSP: 12/7/12). Existiam também povos Tapuias em alguns pontos da Região Nordeste do Brasil. Viviam na Amazônia, antes dos Tupis e dos Nuaruaques, provavelmente desalojados por esses grupos, passaram a ocupar o Xingu (região a partir da qual emigraram, atingindo vários Estados brasileiros, como Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Piauí, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e outros) [106]. Os estudos indicam que as diversas migrações tenham ocorrido há pelo menos 40.000 anos. Ou mais… Nativos americanos pré-históricos tardios, como os índios, apresentam uma morfologia craniana semelhante à dos homens norte asiáticos modernos; já os crânios sul-americanos mais antigos tendem a ser mais semelhantes aos australianos, melanésios e africanos subsaarianos atuais (morfologia paleoamericana) (MIRANDA, 207, p. 39-40). Povos mongolóides vindos da America do Norte chegaram à America do Sul através do Istmo do Panamá, começando a colonização da Amazônia por norte-americanos de origem, encontrando-se sítios com cerca de 15 mil anos (Venezuela), 11.800 anos (Peru), 11.300 o sitio de Pedra Pintada no Pará. (MIRANDA, 207, p. 39-40). Teoria mais recente levante a hipótese de ter ocorrido também uma migração anterior de povos aparentados com os africanos e aborígenes australianos. De lá, eles provavelmente desceram ao longo do continente americano até atingir o extremo sul da América do Sul. Um desses povos diferenciou-se dos demais e desenvolveu uma língua proto-tupi, no sul da Amazônia, por volta do século V a.C. (provavelmente na região do atual estado brasileiro de Rondônia.

Embora uma hipótese alternativa aponte a região dos rios Paraguai e Paraná como o centro original da dispersão tupi-guarani[107]. Outros estudos demonstram que os tupis teriam habitado originalmente os vales dos rios Madeira e Xingu, que são afluentes da margem meridional do rio Amazonas. Estas tribos, que sempre foram nômades, teriam iniciado uma migração em direção à foz do rio Amazonas e, de lá, pelo litoral para o sul. Supõe-se que esta migração, que teria também ocorrido pelo continente adentro no sentido norte-sul, tenha principiado no início da era cristã. Numa hipótese alternativa, o folclorista Luís da Câmara Cascudo aponta a região dos rios Paraguai e Paraná como o centro original da dispersão dos tupis-guaranis (incluindo os povos guaranis junto com os tupis[108]. Alguns autores suspeitam que, nesta trajetória, os tupis tenham enfrentado os tupinambás, que já habitariam o litoral; outros sustentam que apenas se tratava de levas sucessivas do mesmo povo, os posteriores encontrando os anteriores já estabelecidos. Certo é que, nesse processo, as tribos tupis derrotaram as tribos tapuias que já habitavam o litoral brasileiro, expulsando-as, então, para o interior do continente, por volta do ano 1000[109]. De lá, ele se expandiu no início da era cristã pelo leste da América do Sul, dividindo-se em várias tribos falantes de línguas derivadas desse idioma proto-tupi e que constituiriam o tronco lingüístico tupi: tupinambás, potiguares, tabajaras, temiminós, tupiniquins, caetés, carijós, guaranis, chiriguanos etc.[110]. Outra proposta [111] considera que a migração no sentido sul dos povos que formariam os guaranis e os tupinambás teria ocorrido em duas levas em separado: […] a de povos protoguaranis e a de povos prototupinambás. A primeira, dos protoguaranis, teria se dividido algumas vezes. Um ramo entrou na Bolívia. Outro seguiu para o sul até a bacia dos rios Paraná e Uruguai. Deste segundo ramo, alguns grupos acompanharam os rios Paranapanema e Uruguai para o leste, chegando enfim ao litoral. Já os prototupinambás teriam descido o rio Paraguai, mas rumaram para o leste, um pouco mais ao norte do que os guaranis. Eles teriam seguido os rios Grande e Tietê, alcançando o litoral onde hoje é São Paulo, e depois ocupado a costa do sul para o norte. Por essa versão, os povos tupis-guaranis que não saíram da Amazônia migraram para o leste, mas não pelos grandes rios, e sim por seus afluentes (que muitas vezes quase se emendam), chegando ao Maranhão e ao Centro-Oeste (Kneip, MELLO, 2013). Ainda seguindo esses autores [112], estudos arqueológicos, por sua vez, apontam para outra direção: A partir da análise de cerâmicas, indicam como centro de origem da família tupi-guarani a região de confluência do rio Madeira com o Amazonas, ainda dentro dos limites daquele que hoje reconhecemos como o estado do Amazonas. A partir desse local, uma cisão teria resultado, grosso modo, em duas rotas de expansão. Um grupo origina os tupinambás. Eles migram em direção ao leste, pela boca do Amazonas, até encontrar o oceano. De lá, descem pela costa até o litoral de São Paulo, ou seja, do norte para o sul.

Outro grupo, que daria origem aos guaranis, teria de início subido o rio Madeira para o interior da Amazônia e, então, descido pelo rio da Prata, até chegar ao litoral sul do Brasil. (Kneip, MELLO, 2013). Apresentam, então, uma terceira visão, lingüística: Apesar de Rondônia ter a maior diversidade lingüística do tronco tupi, há apenas um subconjunto tupi-guarani, e com línguas bastante semelhantes. A maior diversidade lingüística da família tupi-guarani está mais para o leste amazônico, portanto, seguindo esse raciocínio, teria partido de lá a dispersão. A migração de tupinambás deve ter se dado no sentido norte-sul, novamente, por povoações não muito afastadas umas das outras, formando uma área contínua, em conjunto com outros grupos tupis-guaranis localizados no leste amazônico e no meio-norte. De fato, quando os europeus começaram a povoar a América do Sul, os tupinambás ocupavam cerca de três quartos do litoral que hoje corresponde ao Brasil: do Maranhão até São Paulo. As diferenças lingüísticas entre o norte e o sul eram mínimas, o que sugere uma rápida dispersão. (Kneip, MELLO, 2013). Estudo de 2008 aponta que a saída de índios tupis-guaranis da Amazônia remonta há 2.920 anos[113]: A saída de índios tupis-guaranis da Amazônia não é um evento tão recente como se imaginava. Um novo estudo encontrou evidências do povo na região onde hoje está o município de Araruama, no Rio de Janeiro, há 2.920 anos – mais de mil anos antes do que as evidências indicavam até então. Os resultados do trabalho foram publicados nos Anais da Academia Brasileira de Ciências. De acordo com a primeira autora, Rita Scheel-Ybert, […] o aparecimento de datas cada vez mais antigas no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, nos últimos anos, tem mudado o paradigma a respeito da ocupação. Segundo ela, a hipótese mais aceita até o momento, baseada em dados lingüísticos, considerava que a saída dos tupis-guaranis da Amazônia não poderia ter ocorrido antes de cerca de 2.500 anos atrás. “A datação anterior existente para o sítio Aldeia Morro Grande, em Araruama, de 1.740 anos, já era considerada bastante recuada, sendo inclusive a mais antiga para o Estado do Rio de Janeiro. As novas datas, de cerca de 2.900 e 2.600 anos, seriam, por essa razão, completamente inesperadas”, disse à Agência FAPESP. […] As novas datas, acredita ela, não questionam a origem amazônica dos tupis-guaranis, pois, para isso, seria necessário um número maior de evidências.

Nossa hipótese é que a multiplicação dos estudos e um maior investimento em datações, tanto na Amazônia como no resto do Brasil, tenderão a revelar outras datações tão ou mais antigas como essas e permitirão uma melhor compreensão dos processos de ocupação do nosso território”, disse, salientando que outros autores já haviam sugerido que a expansão tupi-guarani a partir da Amazônia possa ter começado há bem mais de 2.000 anos. Para Neves e Outros (2011) [114] pode-se dizer que a idéia de que esses povos, que ocuparam grande parte do território brasileiro e parte da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai e da Argentina, tiveram sua etnogênese na Amazônia e dali partiram para o leste e para o sul, por volta de 2.500 anos antes do presente, é bastante aceita entre os especialistas, embora uma dispersão no sentido oposto, isto é, do sul para o norte, com origem na bacia do Tietê-Paraná, não seja completamente descartada. Entre os arqueólogos que consideram a Amazônia como berço desses povos, alguns acreditam que esse surgimento se deu na Amazônia central. Outros acreditam que a etnogênese Tupiguarani ocorreu no sudoeste da Amazônia, onde hoje se concentra a maior diversidade linguística do tronco Tupi. (NEVES, e Outros, 2011). De acordo com Feitosa (1983)[115], não é possível determinar a origem dos primeiros habitantes, havendo várias teorias que supõem o aparecimento do homem com duas hipóteses explicativas: a monogenica (o homem descendente de um único casal original) e a poligenica. Dentre as diversas teorias, temos: Africana, Monogenismo Americano, Australiana, Atlante, Cartaginesa, Chinesa, Egipcia, Grega, Ibera, Irlandesa, Malaio-Polinesia, e por fim a Mista. Ainda a Paleo-Asiática, Viking…[116] Correia Lima e Aroso (1989) [117] apresenta as correntes migratórias das Américas, segundo Canals-Pompeu Sobrinho, em número de cinco: Australóides, Protossiberianos, Paleo-siberianos, Protomalaios, e Protopolinésios. Os australoides deram descendentes em ambas as Américas, sendo que na do Sul, aparecem os Lácidas, Huarpidas, Patagônicos. Os Lácidas, paleossiberianso, atingem o Brasil e o Maranhão; assim como os nordéstidas e os fueguinos, sendo que os primeiros atingem o Brasil e o Maranhão. Durante a expansão dos Tupis-Guaranis – descendentes dos protomalaios, e desembarcados nas costas ocidentais do istmo do Panamá, deslocaram-se para o suleste, atravessando os Andes, e atingindo o Amazonas, onde fizeram seu centro de dispersão. Migravam com muita freqüência, surpreendentemente rápidos. Desceram o Rio Amazonas e se embrenharam em seus afluentes: Madeira, Tapajós, Xingu, Tocantins, Araguaia e ainda Gurupi, Mearim, etc. Passaram ao rio Paraguai e seus afluentes do Paraná, chegando ao Atlântico. Marginaram-se em direção ao Norte, parando no Maranhão, para reencontrar seus irmãos amazonenses. Sua migração pela costa nacional é recente e se fazia sempre ás custas dos velhos ocupantes, notadamente os Lácidas. Os quais eram empurrados para o interior. Deixaram sempre ocupantes por onde passam, a exemplo dos Tupinambás, na Ilha de São Luis. Dos Tupis, hoje, restam os Guajajara – Tenetehára – com uma história longa e suingular de contato, a partir de 1615, nas margens do Rio Pindaré, com uma expedição exploradora francesa. Os Awá-guajá – se autodenominam Awá, também chamados Wazaizara (Tenetehara), Aiayé (Amanayé), Gwazá. O termo Awá significa ‘homem’, pessoa’, ou ‘gente’; sua origem é obscura, acreditando-se originários do baixo Tocantins. Acredita-se que a partir da Cabanagem (1835-1840) tenha inicado a migração rumo ao Maranhão. Já os Ka´apor (Urubu-Kaapor, Kaáporté) surge como povo distinto à cerca de 300 anos, provasvelmente na região entre os rios Tocantins e Xingu.

Talvez os conflitos com colonizadpores luso-brasileiros e outros povos nativos, iniciaram longa e lenta migração, por volta de 1870, do Pará ao Maranhão, atraves do Gurupi. Foram pacificados em 1911. [118] Correia Lima e Aroso (1989) [119] traz que a ocupação do território maranhense se deu através de três correntes migratórias – Lácidas, Nordéstidas e Brasílidas, nessa ordem. Embora os traços mais antigos da presença do homem no continente americano datem de 19 mil anos, as teorias mais recentes o dão como procedentes da Ásia a 20 ou 30 mil anos. Esses autores, ao adotarem a sistemática de Canals (1950) – Pompeu Sobrinho (1955), afirmam que caçadores australóides do nordeste asiático – Sibéria, de acordo com Aquino, Lemos & Lopes (1990, p.19) [120] – ingressaram no Alasca há pelo menos 36 mil anos e durante os 20.000 anos seguintes consolidaram sua cultura e se expandiram pelo território, tendo seus descendentes atingido Lagoa Santa há 7.000 +/- 120 anos (VAZ, 1995, 1996, 2001, 2011, 2012) [121]. Sander-Marino (1970, citados por Correia Lima & Aroso, 1989, p. 19) registram entre 40 e 21 mil anos a presença dos superfilos MACRO-CARIB-JÊ, uma das correntes pré-históricas povoadoras das Américas. Para Feitosa (1983, p. 70) [122] há um consenso quando da “determinação temporal” da chegada dos australóides no Novo Mundo, com as estimativas variando de 20.000 a.C. (RIVET); 28.000 a.C. (CANALS); 40.000 a.C. (VAZ, 1995, 1996, 2001, 2011, 2012) [123]. De acordo com pesquisas mais recentes, realizadas em São Raimundo Nonato – Piauí, foram encontrados fosseis com datação de 41.500 anos (FRANÇA & GARCIA, 1989)[124]. Os Lácidas, descendentes dos australóides, atingem o Maranhão. Das famílias lingoculturais suas descendentes, destaca-se a JÊ, grupo mais populoso; de maior expansão territorial; e de melhor caracterização étnica. Os Jês caracterizam-se pela ausência da cerâmica e tecelagem, aldeias circulares, organização clânica e grande resistência à mudança cultural, mesmo depois de contato, como se observa entre os Canelas, ou RANKAKOMEKRAS como se denominam os índios da aldeia do Escalvado (DICKERT & MEHRINGER, 1989, 1989b, 1994) [125]. Para Miranda (2007)[126]:

A partir da chegada dos humanos, cuja data os arqueólogos tendem a multiplicar em diversos eventos, origens e a recuar no tempo, progressivamente o espaço natural da Amazônia passa a ser objeto de uso, controle, acesso, exploração, mudanças, disputa, transferência e até transmissão entre grupos humanos cada vez mais numerosos e organizados, com diferentes histórias e patrimônios culturais. Uma coisa é certa: a mais antiga e permanente presença humana no Brasil está na Amazônia: Há cerca de 400 gerações, e segundo autores controversos, há mais de 2.000 anos, diversos grupos humanos ocupam, disputam, exploram e transformam os territórios e seus recursos alimentares.( MIRANDA, 2007, p. 41) Na época da chegada dos portugueses ao Brasil, os povos que viviam ao longo da costa eram os Tupi. Estes tinham escorraçado os povos de língua e cultura Jê para o interior, vivendo, em geral, na região dos cerrados. Teixeira e Papavero (2009) [127], ao narrarem a “Viagem do Capitão de Gonneville” – viagem de Binot de Paumier ao Brasil (1504) traz um passo curioso, de porque foram os brancos bem recebidos em certas tribos do litoral: […] Durante os reparos da nau souberam os visitantes que se formara uma espécie de confederação das tribos daquele setor do litoral contra as tribos do sertão que as hostilizavam. Os amigos dos normandos pertenciam, assim como os vizinhos imediatos, ao ramo Tupi, que do Paraguai, segundo dizem especialistas, subiram a costa até além de Pernambuco, e, com interrupções, atingiram a região da marcha do silvícolas do sul para o norte, em que deslocavam outros indígenas e provocavam lutas contínuas […]. (p. 152). Correia Lima e Aroso (1989) trazem que os Lácidas foram os primeiros povoadores do Maranhão, como o foram do Brasil. Vieram através de correntes migratórias interioranas e se localizaram de preferencia na parte setentrional e maranhense do Planalto Central do Brasil. Eram representados por um povo, os Tremembé (Tatamembé, Trememmbé) que ocuapava inicialmente a costa maranhense, antes da chegada dos brasílidas. Na época do contato, viviam da fronteira do Pará (Rio Caeté) à do Piauí (Tutóia), sendo sua área preferida o Delta do Parnaíba e a Baia de Turiaçú. Os Nordéstidas chegaram ao Maranhão pela corrente litoranea local, ocupando todo o litoral, sendo os primeiros a usar essa corrente, vindo do Nordeste. Apenas os Muras seguiram para o Amazonas, tornando-se fluviais. Correia Lima e Aroso (1989) ao analisarem as estearias maranhenses, área ocupada pelos brasilidas, que atingiram também o Maranhão através de duas correntes migratórias, interiorana – Nu-Uraques (Uraques), depois os caraíbas, e finalmente os Tupi-Guaranis – e pela litoranea, e às vesperas e durante o contato, chegaram os ultimos Tupis, representados pelos Tupinambás. Com a invasão dos Tupis-Guaranis perderam a Ilha de São Luis e seus arredores. Ainda dos Macro-jê temos os Canelas (Rankokamekrá; Apanyekrá); são remanescentes das cinco nações Timbira Oriental, sendo os Rankakomekrás descendentes dos Kapiekran, como eram conhecidos até 1820. Os primeiros contatos, indiretos, se dão por forças militares no fim do século XVII, ocorrendo incursões contra essas populações na ultima decada do seculo XVIII, dizimados por volta de 1814. Os Krikati se localizam ao sul do Maranhão, com os primeiros contatos por volta de 1814. O Gavião (Pukobyê) teve contato a partir do século XVIII, por volta de 1728. [128] Os Jê são conhecidos no Maranhão com a denominação de “TIMBIRAS”, e dividem-se em dois ramos principais, segundo seu habitat – Timbiras do Mato e Timbiras do Campo -, estes apelidados de canelas finas “pela delicadeza de suas pernas e pela velocidade espantosa que desenvolvem na carreira pelos descampados”, conforme afirma Teodoro Sampaio (1912, apud CORREIA LIMA & AROSO, 1989, p. 41), confirmando Spix e Martius (1817, citados por CORREIA LIMA & AROSO, 1989, p.59) quando afirmam, sobre os Canelas, “… gaba-se a sua rapidez na corrida, na qual igualariam a um cavalo.”. Os Timbira são um povo física, lingüística e culturalmente caracterizado como da família Jê, que disperso, habitava o interior do Maranhão e partes limítrofes dos Estados do Pará, Goiás e Piauí. Esse povo existe ainda parcialmente, compondo-se hoje das seguintes tribos (NIMUENDAJÚ, 2001) [129]: Timbira orientais: Timbira de Araparytiua Kukóekamekra e Kr˜eyé de Bacabal Kr˜eyé de Cajuapára Kre/púmkateye Pukópye e Kr˜ikateye Gaviões Apányekra (Canellas de Porquinhos) Ramkókamekra (Canellas do Ponto) Krahó Timbira ocidentais: Apinayé Seus parentes mais próximos são os Kayapó do norte, os Suyá e os hoje extintos Kayapó do sul. Hoje, os Tremembé são um grupo étnico indígena que habita os limites do município brasileiro de Itarema, no litoral do estado do Ceará, mais precisamente na Área Indígena Tremembé de Almofala (Itarema), Terras Indígenas São José e Buriti (Itapipoca), Córrego do João Pereira (Itarema e Acaraú) e Tremembé de Queimadas (Acaraú). Originalmente nômades que viviam num território que estendia-se nas praias entre Fortaleza e São Luís do Maranhão. Foram aldeados pelos Jesuítas no século XVII nas missões de Tutoya (Tutóia-Maranhão) [130], Aldeia do Cajueiro (Almofala) e Soure (Caucaia). Foram declarados como não existentes pelo então governador da Província do Ceará (José Bento da Cunha Figueiredo Júnior), após decreto de 1863. Antes disto, em 1854, os índios perderam o direito da terra pela regulamentação da Lei da Terra. Estes ressurgem no cenário cearense nas décadas de 1980 e 1990, quando são reconhecidos pela FUNAI. [131] Retornamos com Schwennhagen[132] O MARANHÃO. REPUBLICA DOS TUPINAMBAS Mas o Maranhão existia como a republica dos tupinambás, já antes da fundação de Tupaón. O sete povos tupis, que tomaram posse do norte do Brasil, cerca de 1500 anos A.C., entram pela foz do rio Parnaíba, procurando as serras em ambos os lados desse rio. Do lado oriental ficam os tabajaras, do lado ocidental os tupinambás; os outros cinco povos estenderam-se para o sul e sudeste. Todos os sete povos formaram uma confederação e as Sete Cidades (no Piauí) era a capital federal, isto é, o lugar, onde se reuniam todos os anos o Congresso dos Sete Povos. (Schwennhagen, 1925). O CONGRESSO DO MULUNDÚS Mas a harmonia não ficou sempre intacta; por quaisquer motivo desligaram-se os tupinambás da confederação e constituíram seu próprio congresso, ao lado ocidental do Parnaíba, em Mulundús.

Os tupinambás já eram grandes senhores, tinham ocupado a maior parte do interior do Maranhão, tinham fundado mais de cem colônias no Grão Para, Amazonas e Mato Grosso e precisavam dum centro nacional para conservar a unidade da nação dos tupinambás. Esse centro era Mulundús, onde se reuniam todo ano os delegados de todas as regiões, ocupadas pelos tupinambás. Nas cartas e relatórios do padre Antonio Vieira encontram-se muitos indícios desses factos. Ele relata que alguns dos seus amigos tupinambás lhe contaram que no interior do Maranhão se reúnem os delegados de todas as aldeias que falam a mesma língua geral, e pediram ao padre mandasse para lá um sacerdote católico para celebrar missa, dentro da grande reunião do povo. Assim o antigo congresso de Mulundús ficou transformado numa festa cristã, dedicada à memória de São Raimundo, como ainda agora se faz. Sempre, porém, essa festa conservou o caráter dum congresso popular, para onde vêem de longe, de Goiás, Mato Grosso e Pará amigos, parentes e comerciantes daquelas regiões que pertenciam antigamente ao grande domínio dos tupinambás. Ludovico Schwennhagen [1] Baseado em VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. SOBRE TUPIS E TAPUIAS, publicado no BLOG DO LEOPOLDO VAZ, em 12 de setembro de 2015, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/12/sobre-tupis-e-tapuias/ e em VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. FRANCESA, PORTUGUESA… ou FENÍCIA???, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015 [2] Daher, Andrea. A conversão dos Tupinambá entre oralidade e escrita nos relatos franceses dos séculos XVI e XVII, Horiz. antropol. vol. 10 no. 22 Porto Alegre. July/Dec. 2004 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200004 [3] MÉTRAUX, Alfred. Migrations historiques des tupi-guaranis. Paris: Maisonneuve Frères, 1927 citado por Daher, Andrea. A conversão dos Tupinambá entre oralidade e escrita nos relatos franceses dos séculos XVI e XVII, Horiz. antropol. vol. 10 no. 22 Porto Alegre. July/Dec. 2004 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200004 [4] http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003015.pdf [5] DAHER, Andrea. A conversão dos Tupinambá entre oralidade e escrita nos relatos franceses dos séculos XVI e XVII, Horiz. antropol. vol. 10 no. 22 Porto Alegre. July/Dec. 2004 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200004 [6] http://pinheiroempauta.blogspot.com.br/2012/09/distribuicao-das-sesmarias-em-cuma.html [7] Não seria POTE – [8] Dieppe ou, na sua forma portuguesa, Diepa[2] é uma comuna francesa na região administrativa da Alta Normandia, no departamento do Sena Marítimo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Dieppe [9] La Rochelle[2] [3] [4] [5] (raramente aportuguesada como Rochela ou Arrochela[6] ) é uma comuna francesa, situada no departamento de Charente-Maritime, na região de Poitou-Charentes.[7] Foi um importante porto no período colonial, junto com Havre, Honfleur e Bordéus. https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Rochelle [10] Saint-Malo (Bretão: Sant-Maloù) é uma comuna francesa situada no departamento de Ille-et-Vilaine, na região Bretanha. https://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Malo [11] Luís Figueira (1574 ou 1576, Almodôvar, Portugal – outubro de 1643, Ilha de Joanes, Brasil colônia), foi um padre jesuíta de destacada atuação no Brasil colonial. Foi autor de uma das primeiras gramáticas da língua tupi, denominada Arte da Lingua Brasilica. Entre 1607 e 1608, acompanhou Francisco Pinto e 60 índios numa trágica expedição ao Maranhão. Inicialmente chegaram a uma aldeia na Chapada de Ibiapaba (atual Ceará), e dali seguiram à aldeia de Jurupariaçu, onde receberam notícias sobre a presença de franceses e índios hostis.[2] Dali partiram para o Maranhão, mas foram atacados por índios, instigados pelos franceses. O padre Francisco Pinto foi morto pelos indígenas em 10 de janeiro de 1608; Luís Figueira conseguiu escapar e foi depois resgatado por outro jesuíta, Gaspar de Samperes, regressando a Pernambuco. Estes fatos são bem conhecidos pela Relação do Maranhão, escrita por Luís de Figueira em 1609, na qual são descritos em detalhe as peripécias da viagem. https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Figueira [12] O topônimo “Ibiapaba” é oriundo do termo tupi yby’ababa, que significa “terra fendida” (yby, terra + ‘ab, cortar + aba . A Serra da Ibiapaba, também conhecida como Serra Grande, Chapada da Ibiabapa e Cuesta da Ibiapaba, é uma região montanhosa que localiza-se nas divisas dos estados do Ceará e Piauí. Uma região atraente em riquezas naturais que já era habitadas por diversas etnias indígenas. Os povos que viviam já negociavam diversos produtos naturais com povos europeus, tais como os franceses, antes mesmos da chegadas dos portugueses. Habitada inicialmente por índios tabajaras e tapuias, como a índia Iracema que se banhava na bica do ipu foi bastante retratada no livro Iracema de José de Alencar. A cidade mais antiga da serra é Viçosa do Ceará, que foi colonizada pelos jesuítas da Companhia de Jesus a partir do século XVI. Também encontram-se as cidades do Tianguá, Ubajara – onde existe a Gruta de Ubajara. https://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_de_Ibiapaba [13] Segundo Capistrano de ABREU , “EUSSAUAP – nom do lieu, c’est à dire le lieu ori on mange les Crabes”. – Bettendorf leu em Laet Onça ou Cap, que supôs Onçaquaba ou Oçaguapi; mas tanto na edição francesa, como na latina daquele autor, o que se lê, é EUSS-OUAP.

Na história da Companhia de Jesus na extinta Província do Maranhão e Pará, do Padre José de Morais, está Uçagoaba, que com melhor ortografia é Uçaguaba composto de uçá, nome genérico do caranguejo, e guaba, particípio de u comer: o que, ou “onde se come caranguejos”. ABBEVILLE, Claude d´. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975 [14] MEIRELES, Mário Martins. FRANÇA EQUINOCIAL. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; São Luis: Secretaria de Cultura do Maranhão, 1982 [15] Pero Coelho de Sousa foi um explorador português, oriundo dos Açores, primeiro representante da Coroa a desbravar os territórios da capitania do Ceará no início do século XVII. Em 1603, requereu e obteve da Corte Portuguesa por intermédio de Diogo Botelho, oitavo Governador-geral do Brasil, o título de Capitão-mor para desbravar, colonizar e impedir o comércio dos nativos com os estrangeiros que a anos atuavam na capitania do “Siará Grande”. Após uma série de lutas, conquistou a região da Ibiapaba vencendo os franceses e indígenas.

Depois dessa vitória ele tentou entrar mais na região na direção do Maranhão, mas devido à rebelião de seus homens, retornou à barra do rio Ceará onde ergueu o Fortim de São Tiago da Nova Lisboa. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pero_Coelho_de_Souza [16] Viçosa do Ceará é o primeiro município criado na Serra da Ibiapaba, inicialmente habitada por índios Tabajaras pertencentes ao ramo Tupi, anacé, arariú ecroatá do ramo Tapuia. Viçosa foi antiga aldeia de índios dirigida por padres da Companhia de Jesus(Veja Missão da Ibiapaba). Foi desbravada ao findar o século XVI, quando do contato dos índios com os franceses, vindos do Maranhão entre 1590 e 1604, data em que foram expulsos por Pero Coelho de Sousa, quando este fazia tentativas de colonização portuguesa no Ceará.. https://pt.wikipedia.org/wiki/Vi%C3%A7osa_do_Cear%C3%A1 [17] Jan de Moor, burgomestre de Flessingue, dirigia uma companhia de conquista na Amazônia. Jayme I, da Inglaterra, concedia cartas-patentes a John Rovenso, Thomas Challomer e Roberto Marcourt, para o senhoreamento da região entre o Essequibo e o Amazonas. http://www.brasiliana.com.br/obras/pontos-de-partida-para-a-historia-economica-do-brasil/pagina/73 [18] Honfleur é uma comuna francesa na região administrativa da Baixa-Normandia, no departamento Calvados. https://pt.wikipedia.org/wiki/Honfleur [19] Os títulos de Marquês e Duque de Buckingham, referindo-se à Buckingham, foram criados várias vezes nos pariatos Inglaterra, Grã-Bretanha, e no Reino Unido. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ducado_de_Buckingham [20] El Condado de Pembroke, asociado con el Castillo de Pembroke, en Gales, fue creado por el rey Esteban de Blois. En varias ocasiones la línea se extinguió y el Condado hubo de ser recreado, empezando la cuenta de nuevo con el primer nuevo conde. El 1 de septiembre de 1533, Enrique VIII, ascendió a su esposa Ana Bolena creando para ella el rango de marqués de Pembroke,1 en señal de honor, ya que su tío abuelo Jasper Tudor había sido Conde de Pembroke y el padre de Enrique VIII, Enrique VII, había nacido allí. Ana Bolena, reina consorte de Inglaterra por su matrimonio con Enrique VIII y primera marqués de Pembroke. El actual conde también ostenta el título de Conde de Montgomery, creado en 1605, para el hijo más joven del Henry Herbert, II conde de la octava creación antes de que él ascendiera como IV conde en 1630. Los actuales condes ostentan también los títulos subsidiarios de Barón Herbert de Cardiff, de Cardiff, en el Condado de Glamorgan (1551), Barón Herbert de Shurland, de Shurland, en la Isla de Sheppey, en el Condado de Kent (1605), y Barón Herbert de Lea, de Lea, en el Condado de Wilts (1861). Todos están en el rango de nobleza de Inglaterra excepto la Baronía de Herbert de Lea, que está en el rango de nobleza del Reino Unido. La sede familiar está en la Casa Wilton, en Wiltshire. https://es.wikipedia.org/wiki/Condado_de_Pembroke [21] Palos de la Frontera é um município da Espanha na província de Huelva, comunidade autónoma da Andaluzia. https://www.google.com.br/?gws_rd=cr&ei=NLTMVuXUKMTFwASa5I2ICQ#q=Palos [22] PIANZOLA, Maurice. OS PAPAGAIOS AMARELOS – os franceses na conquista do Brasil. São Luis: SIOGE, 1992. [23] João Teixeira Albernaz, também referido como João Teixeira Albernaz I ou João Teixeira Albernaz, o Velho (Lisboa, último quartel do século XVI — c. 1662), para distingui-lo do seu neto homónimo, foi o mais prolífico cartógrafo português do século XVII. A sua produção inclui dezanove atlas, num total de duzentas e quinze cartas. Destaca-se pela variedade de temas, que registam o progresso das explorações marítimas e terrestres, em particular no que respeita ao Brasil. João Teixeira Albernaz I pertenceu a uma destacada família de cartógrafos cuja actividade se estende desde meados do século XVI até ao fim do século XVIII, incluindo o seu pai Luís Teixeira, o tio Domingos Teixeira, o irmão Pedro Teixeira Albernaz e o neto João Teixeira Albernaz, o Moço além de Estevão Teixeira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Teixeira_Albernaz,_o_Velho [24] Diogo de Campos Moreno (Tânger, 1566 – 1617) foi um militar português. Após ter combatido na Flandres, seguiu para o Brasil em 1602, com o posto de sargento-mor, junto com Diogo Botelho. No Maranhão juntou-se a Jerônimo de Albuquerque Maranhão e a Alexandre de Moura na luta contra os franceses e seus aliados indígenas, estabelecidos na chamada França Equinocial, conseguindo a vitória em 1615. Com base nas suas experiências no Brasil redigiu o “Livro que Dá Razão ao Estado do Brasil” (1612) e a “Jornada do Maranhão” (1614), obras que não assinou. Nesta última, Moreno relata a conquista do território, embora tenha enaltecido os seus próprios feitos. Foi tio de Martim Soares Moreno. https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_de_Campos_Moreno [25] SILVA, Antônio Noberto. O Maranhão francês sempre foi forte e líder. In http://www.netoferreira.com.br/poder/2011/11/o-maranhao-frances-sempre-foi-forte-e-lider/, 05/11/2011 14h25 05/11/2011 14h25. Ver também: EVANDRO JUNIOR. : Saint Louis Capitale de La France Equinoxiale Riqueza histórica esquecida. IN Jornal O Estado do Maranhão em 18.12.11, disponível emhttp://maranhaomaravilha.blogspot.com/2011/12/saint-louis-capitale-de-la-france.html [26] BANDEIRA, Arkley Marque. VINHAIS VELHO: ARQUEOLOGIA, HISTÓRIA E MEMÓRIA. São Luis: Edgar Rocha, 2013. VER TAMBÉM: BANDEIRA, Arkley Marques. Os registros rupestres no Estado do Maranhão, Brasil, uma abordagem bibliográfica. In http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/arkley_marques_bandeira.htm BANDEIRA, Arkley Marques. POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO DA ILHA DE SÃO LUÍS-MARANHÃO: SÍNTESE DOS DADOS ARQUEOLÓGICOS E HIPÓTESES PARA COMPREENSÃO DESSA PROBLEMÁTICA. Anais do V encontro do Núcleo Regional Sul da Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB/Sul. De 20 a 23 de novembro de 2006, na cidade de Rio Grande, RS. http://www.anchietano.unisinos.br/sabsul/V%20-%20SABSul/comunicacoes/59.pdf BANDEIRA, Arkley Marques. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-8031, volume 03, p. 18-36 25 BANDEIRA, Arkley M. Um panorama sobre os registros rupestres no Estado do Maranhão. Monografia apresentada ao Curso de História como requisito para conclusão do mesmo. Universidade Estadual do Maranhão. Campus Paulo VI, São Luís, 2003. BANDEIRA, Arkley M..O Sambaqui do Bacanga na Ilha de São Luís-Maranhão: um estudo sobre a ocorrência cerâmica no registro arqueológico. Pré-projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em arqueologia do MAE-USP como requisito obrigatório para seleção dos ingressantes no segundo semestre de 2005, São Paulo, 2005; BANDEIRA, Arkley Marques. Ocupações humanas pré-históricas no litoral maranhense: um estudo arqueológico sobre o sambaqui do Bacanga na ilha de São Luís – Maranhão. Dissertação de Mestrado, 2008. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-26092008-145347/pt-br.php [27] Canalverde.tv/arqueologia, Pedro Gaspar –ArqPi, Pesquisa de Sambaquis revela Pré-história do Maranhão in http://www.arqueologiapiaui.com.br/noticias/brasil/133-pesquisa-de-sambaquis-revela-pre-historia-do-maranhao http://arqueologiadigital.com/profiles/blogs/pesquisa-arqueologica-de A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré-colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Arkley Marques Bandeira in http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art02.pdf [28] CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Ameríndios maranhenses . REVISTA DO IHGM, Ano LIX, n. 08, março de 1985 38-54 CORREIA LIMA, O. Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense REVISTA DO IHGM Ano LIX, n. 9, junho de 1985 33-43 CORREIA LIMA, O. Província espeleológica do Maranhão REVISTA DO IHGM Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 62-70 CORRIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia REVISTA DO IHGM Ano LX, n. 11, março de 1986 07-12 CORREIA LIMA, O. Parque Nacional de Guaxenduba REVISTA DO IHGM ano LX, n. 12, 1986 ? 21-36 CORRÊA LIMA, O. No país dos Timbiras REVISTA DO IHGM Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 82-91 CORREIA LIMA, O. Mário Simões e a arqueologia maranhense REVISTA DO IHGM Ano LXII, n. 14, março de 1991 23-31 LIMA, Olavo Correia (1985). Província Espeleológica do Maranhão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.Ano LIX, n 10, São Luís-MA, p. 62-70. LIMA, Olavo Correia (1986). Cultura Rupestre Maranhense. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Ano LX, n. 11-São Luís –MA, p. 7-12. LIMA, Olavo Correia; AROSO, Olair Correia Lima (1989). Pré-História Maranhense. SIOGE São Luís-MA [29] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [30]

Os fenícios – Considerado o maior povo navegante da Antigüidade, os fenícios viviam numa área de apenas 400 quilômetros, entre as montanhas e o mar, onde hoje está o Líbano, parte de Israel e da Síria. Segundo Heródoto, era um povo formado por tribos de semitas vindas do Índico. No início, eram pastores, que acabaram empurrados até o mar por tribos mais poderosas. Por vocação ou necessidade, especializaram-se no comércio e na navegação. Foram influenciados por três grandes culturas, das quais eram vizinhos: a egípcia, a mesopotâmica e a cretense. Situada no cruzamento das rotas comerciais, a Fenícia desempenhou importante papel na história do Mediterrâneo, possivelmente desde 4000 a.C. Seu principal produto de exportação foi, por muito tempo, o cedro do Líbano. Mais tarde adquiriram renome na manufatura de tecidos vermelho-escuros, fato que acabou lhes rendendo o nome. É que, em grego, panos vermelhos significavam phoinios, que eram vendidos pelos phoinikes, ou fenícios, do rosto vermelho queimado pelo sol ou dos panos rubros que fabricavam. Além de hábeis artesãos e comerciantes de peso, por volta do século VIII a.C. os fenícios viriam a repassar aos gregos o alfabeto, herdado provavelmente de outro povo semita do Oriente Próximo. /FENICIOS/__%20MUSEU%20NACIONAL%20DO%20MAR%20__.html [31] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Fenícios no Maranhão? In BLOG DO Leopoldo Vaz • sábado, 05 de setembro de 2015 às 11:33 , disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/05/fenicios-no-maranhao/ [32] Ludwig Schwennhagen (n. Áustria, fl. 1900-1928) foi um professor de História e Filologia no Nordeste do Brasil, escritor e proponente da Teoria da presença de fenícios no Brasil. Era membro da Sociedade de Geografia Comercial de Viena. Em Teresina se diz que era um alemão calmo e de grande porte, que ensinava História, que bebia cachaça nas horas de folga, que esteve estudando ruínas no Estado do Piauí e outros do Nordeste, e chegou a Teresina no primeiro quartel do século XX. Ludwig Schwennhagen foi sócio do jornal anti-semita de Berlim na Alemanha Staatsbürgerzeitung, pelo qual entrou em conflito com Hirsch Hildesheimer, da comunidade judaica.[2] [3] Schwennhagen publicou artigos na imprensa norte-rio-grandense. Cf. Moacir C. Lopes na apresentação à quarta edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.”, ‘A primeira edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.” é de 1928, da Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título: Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História. ‘No livro Roteiro das Sete Cidades, de autoria de Vitor Gonçalves Neto, publicado pela Imprensa Oficial de Teresina, para as Edições Aldeias Altas, de Caxias, Maranhão, em 1963 (…) o autor faz o seguinte oferecimento: “À memória de Ludovico Schwennhagen, professor de História e Filologia, que em maio de 1928 levantou a tese meio absurda de que os fenícios foram os primeiros habitantes do Piauí. Em sua opinião as Sete Cidades serviram de sede da Ordem e do Congresso dos povos tupis. Nasceu em qualquer lugar da velha Áustria de ante-guerras, morreu, talvez de fome, aqui n’algum canto do Nordeste do Brasil. Orai por êle!”‘ Schwennhagen, Ludwig; Hildesheimer, Hirsch. Erklärung des Dr. H. Hildesheimer auf die Privatklagesache des Schriftstellers Ludwig Schwennhagen wider Dr. H. Hildesheimer. s.n., 189?. (ficha em Livros Google) Schwennhagen, Ludwig; Silva, Luciano Pereira da; Associação Comercial do Amazonas. Meios de melhorar a situação e moral da população do interior do Amazonas: Conferencias dos Drs. Ludwig Schwennhagen, da Sociedade de geographia commercial de Vienna d’Austria e Luciano Pereira da Silva, publicista. Typ. de L. Aguiar & ca., 1910. (ficha em Livros Google) Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C. Imprensa official, 1928. (ficha em Livros Google) Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.. Quarta edição. Apresentação e notas de Moacir C. Lopes. Livraria Editora Cátedra, Rio de Janeiro 1986. Schwennhagen, Ludwig. As inscrições Petroglíficas de Jardim do Seridó. Em: Medeiros Filho, Olavo de. Os Fenícios do Professor Chovenagua. Edição Especial Para o Projeto Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de Faria. www.colecaomossoroense.org.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Schwennhagen [33] Schwennhagen, Ludovico. São Luis na Antiguidade. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924 Schwennhagen, Ludovico. MINHAS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS NO MARANHÃO. A Pacotilha, 30 de maio de 1925. [34] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [35] Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C. Piauí, Imprensa official, 1928. Schwennhagen, Ludwig. Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.. Quarta edição. Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1986. Apresentação e notas de Moacir C. Lopes.. [36] Onfroy de Toron (Umfredus de Torum en latin) est un chevalier croisé qui apparaît pour la première fois en 1115 comme vassal de Josselin de Courtenay, prince de Tibériade ; le château de Toron étant construit depuis l’an 1105, il en était probablement le seigneur depuis cette date après avoir participé à la Première croisade. D’une épouse inconnue, il eut Onfroy II de Toron. Onfroy de Toron est probablement un Italo-Normand, peut-être lié à la famille Hauteville, l’un de ses descendants se déclarant, au xve siècle, issu de Tancrède de Hauteville, tandis que la mythologie familiale se donnait une origine danoise, c’est-à-dire viking. https://fr.wikipedia.org/wiki/Onfroy_Ier_de_Toron [37] Hirão foi rei de Tiro no período de David e Salomão, segundo relatos bíblicos de II Samuel 5:11.

Quando David foi constituído rei de Israel, na idade de trinta e um anos, Hirão enviou mensageiros com madeira de cedro, carpinteiros e pedreiros que edificaram a Davi uma casa. Já no período do reinado de Salomão, Hirão manteve boas relações comerciais com Israel, e, em acordo comercial com Salomão, recebeu várias cidades em troca da provisão de ouro e pela madeira de cedro e cipreste que serviu para a construção do Templo de Salomão. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hir%C3%A3o; ver também http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200002035 [38] Salomão foi um rei de Israel (mencionado, sobretudo, no Livro dos Reis), filho de David com Bate-Seba, que teria se tornado o terceiro rei de Israel, governando durante cerca de quarenta anos (segundo algumas cronologias bíblicas, de 1009 a 922 a.C.). https://pt.wikipedia.org/wiki/Salom%C3%A3o [39] Hirão participou também com Salomão em outro empreendimento conjunto, no qual este último construiu uma frota de navios no golfo de ʽAqaba, em Eziom-Géber. Hirão forneceu então marinheiros experientes para tripulá-los junto com os servos de Salomão. Além destes navios, que navegavam nas águas ao largo da costa L da África, Hirão e Salomão tinham outros navios que velejavam até Társis, evidentemente no extremo ocidental do Mediterrâneo. Ao todo, estas extensas operações em alto-mar produziram muitas riquezas — ouro, prata, marfim, pedras preciosas, madeiras valiosas, e raridades tais como macacos e pavões. — 1Rs 9:26-28; 10:11, 12, 22; 2Cr 8:18; 9:10, 21; veja EZIOM-GÉBER. http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200002035 [40] Diodoro Sículo ou Diodoro da Sicília (em grego Διόδωρος ὁ Σικελός; ca. 90 a.C. — 30 a.C.), foi um historiador grego, que viveu no século I a.C. Diodoro produziu uma única obra, a “Biblioteca Histórica” (também chamado de “História Universal”), que reunia 40 livros escritos em grego comum (κοινὴ διάλεκτος), sendo que somente os livros 1-5 e 11-20 sobreviveram, praticamente na íntegra; dos outros, restam apenas alguns fragmentos. Mesmo assim, é o mais extenso relato sobre a história da Grécia e de Roma que chegou até nós, desde as origens míticas até as últimas décadas da República Romana. Nos capítulos 19 e 20 do 5º livro, ele menciona a viagem de uma frota de fenícios que teria saído da costa da África, perto de Dakar, e navegado pelo oceano Atlântico, no rumo do Sudoeste.

Em função desse registro, especula-se a possibilidade desses fenícios terem chegado ao continente americano. https://pt.wikipedia.org/wiki/Diodoro_S%C3%ADculo [41] Ludwig Schwennhagen (n. Áustria, fl. 1900-1928) foi um professor de História e Filologia no Nordeste do Brasil, escritor e proponente da Teoria da presença de fenícios no Brasil. Era membro da Sociedade de Geografia Comercial de Viena. Em Teresina se diz que era um alemão calmo e de grande porte, que ensinava História, que bebia cachaça nas horas de folga, que esteve estudando ruínas no Estado do Piauí e outros do Nordeste, e chegou a Teresina no primeiro quartel do século XX. Ludwig Schwennhagen foi sócio do jornal anti-semita de Berlim na Alemanha Staatsbürgerzeitung, pelo qual entrou em conflito com Hirsch Hildesheimer, da comunidade judaica.[2] [3] Schwennhagen publicou artigos na imprensa norte-rio-grandense. Cf. Moacir C. Lopes na apresentação à quarta edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.”, ‘A primeira edição de “Antiga História do Brasil. De 1100 a.C. a 1500 d.C.” é de 1928, da Imprensa Oficial de Teresina, e menciona sob o título: Tratado Histórico de Ludovico Schwennhagen, professor de Filosofia e História [42] Bernardo de Azevedo da Silva Ramos (Manaus, 13 de novembro de 1858 — Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1931) foi um arqueologista, linguista e numismata brasileiro. Foi ainda fundador do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (25 de março de 1917), e um dos fundadores do Clube Republicano do Amazonas. A sua obra mais importante é Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, baseando-se na Hístória Antiga, na lingüística e nas decifrações litográficas. SILVA RAMOS, Bernardo de Azevedo da. Inscripções e tradições da America prehistorica, especialmente do Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1932. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_de_Azevedo_da_Silva_Ramos [43] http://atlantipedia.ie/samples/tag/robertus-comtaeus-nortmannus/ ; http://atlantipedia.ie/samples/jochmans-joseph-robert/ [44] Georg Horn (Hammelburg, 22 de Dezembro de 1542 — Hammelburg, 24 de Setembro de 1603)[1] foi teólogo, reformador e historiador alemão. https://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Horn_(te%C3%B3logo) Georg Horn (Kemnath, Oberpfalz, 1620 — Leiden, 10 de Novembro de 1670) foi um geógrafo, teólogo, historiador alemão e professor de história da Universidade de Leiden. Sua obra “Historia ecclesiastica et politica” (Leipzig, 1677), com 442 páginas foi dedicada a Carlos I Luís, Eleitor Palatino (1618-1680). https://pt.wikipedia.org/wiki/Georgius_Hornius [45] Frederic Ward Putnam (April 16, 1839 in Salem, Massachusetts – August 14, 1915 in Cambridge, Massachusetts) was an American anthropologist. https://en.wikipedia.org/wiki/Frederic_Ward_Putnam [46] Zelia Maria Magdalena Nuttall (6 septembre 1857, San Francisco – 12 avril 1933, Coyoacan, Mexico) fut une spécialiste américaine des cultures mexicaines préaztèques et des manuscrits précolombiens, dont elle identifia deux exemplaires oubliés dans des collections. L’un d’entre eux, le Codex Zouche-Nuttall, porte son nom. Exemple typique des pionniers de l’américanisme aux activités éclectiques, elle s’intéressa également à l’histoire coloniale, aux plantes traditionnelles mexicaines, ainsi qu’à la revitalisation de la culture précolombienne. https://fr.wikipedia.org/wiki/Zelia_Nuttall [47] Barry Fell (born Howard Barraclough Fell) (June 6, 1917 – April 21, 1994) was a professor of invertebrate zoology at the Harvard Museum of Comparative Zoology. While his primary professional research included starfish and sea urchins, Fell is most well known for his controversial work in New World epigraphy, arguing that various inscriptions in the Americas are best explained by extensive pre-Columbian contact with Old World civilizations. His writings on epigraphy and archaeology are generally rejected by those mainstream scholars who have considered them. https://en.wikipedia.org/wiki/Barry_Fell[48] http://www.hebreunegro.com.br/2015/10/a-presenca-dos-fenicio-no-brasil.html [49] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br. Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html [50] In COSTA, Leopoldo. A IMIGRAÇAO DOS CÁRlOS AO BRASIL -1100 A 700 A. C.. Texto adaptado de Ludwig Schwennhagen no livro “Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C”, Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1986. [51] Schwennhagen, Ludwig . Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial do Piaui; Golden Star Publicadora, Rio de Janeiro, 1928, excertos p.77 a 85, republicado em 1986 pela Livraria Editora Cátedra, Rio de Janeiro. Digitado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa. COSTA, Leopoldo. A IMIGRAÇAO DOS CÁRlOS AO BRASIL -1100 A 700 A. C.. Texto adaptado de Ludwig Schwennhagen no livro “Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C”, Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1986. [52] Cária (do luvita “Karuwa” – “terra íngreme”; em grego antigo: Καρία – Karia) era o nome de uma região no oeste da antiga Ásia Menor (Anatólia) que se estendia ao longo da costa da Jônia, de Mícale(Mykale) para o sul até a Lícia e para o leste até a Frígia.

Os gregos jônios e dórios colonizaram a porção ocidental da Cária e se juntaram à população nativa para formar estados de matiz grega na região. Os epônimos habitantes nativos da região eram conhecidos como “cários” e Heródoto os descreve como sendo de ascendência minoica . Eles falavam uma língua do grupo anatólico conhecida como cário, que não necessariamente reflete uma origem geográfica, pois os anatólios podem um dia terem estado dispersos. Muito próximos dos cários eram os léleges, um termo que pode ser um nome antigo para os cários ou um para um um povo que os precedeu na região e continuou a existir como parte da sociedade cária, supostamente com um status menor. https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ria [53] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [54] Pelasgos (em grego: Πελασγοί, Pelasgoí, singular Πελασγός, Pelasgós) era um termo usado por alguns autores da Grécia Antiga para se referir a populações que teriam sido ancestrais dos gregos ou que os teriam antecedido na colonização do território onde hoje em dia está a Grécia, “um termo abrangente que englobava qualquer povo antigo, primitivo e, presumivelmente, autóctone no mundo grego.”[1] No geral, “pelasgo” passou a significar, de maneira mais ampla, todos os habitantes autóctones das terras ao redor do mar Egeu, bem como suas culturas, antes do advento da língua grega.[2] Este não é um significado exclusivo, porém os outros sentidos do termo quase sempre necessitam ser especificados quando utilizados. Durante o período clássico da história grega antiga,enclaves caracterizados como pelasgos subsistiram em diversos locais da Grécia continental, Creta e outras regiões do Egeu. As populações que se identificavam como tal falavam um idioma ou idiomas que os gregos identificaram como não sendo grego(s), ainda que alguns autores antigos tenham descrito os pelasgos como gregos. Uma tradição que afirmava que grandes territórios da Grécia teriam sido pelasgos antes de sua helenização também persistiu no mundo antigo; estas partes geralmente se encontravam dentro do domínio étnico que, pela altura do século V a.C., atribuía-se aos falantes de determinada variante do grego antigo, identificados como jônicos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelasgos [55] BAROSSI, Jaime. Fenício no Brasil…Chegaram antes dos Portugueses. Blog Paiçandu, do Prof. Jaime Barossi, 9 de agosto de 2011. BLOG%20PAIÇANDU_%20Fenício%20no%20Brasil…Chegaram%20antes%20dos%20Portugueses.html . [56] Raimundo Lopes da Cunha nasceu em Viana em 1894 e foi um dos pioneiros na construção do conhecimento sobre o Maranhão, sua territorialidade, geografia, arqueologia, etnografia e outras áreas afins no âmbito natural e cultural. Bacharel em Letras produziu seu primeiro trabalho científico, O Torrão Maranhense, aos 17 anos, logo depois, Uma Região Tropical[56], através do qual delineou um panorama abrangente sobre aspectos geográficos, econômicos, etnológicos, recursos arqueológicos e particularidades culturais regionais.

Lopes localizou os primeiros sítios arqueológicos maranhenses, sambaquis e estearias, servindo sua obra de orientação a todas as pesquisas posteriormente realizadas no Estado[56]. Sua produção científica como pesquisador efetivo do Museu Nacional do Rio de Janeiro foi significativa e seus estudos voltados ao desenvolvimento de ações na defesa e salvaguarda de bens patrimoniais inovadores em sua época. Morreu no Rio de Janeiro, em 1941, pouco após o término do seu último trabalho acadêmico, Antropogeografia CORREA, Mariza. TRAFICANTES DO EXCÊNTRICO – os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos anos 60. Disponível em http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_06/rbcs06_05.htm LOPES, Raimundo. O TORRÃO MARANHENSE. Rio de Janeiro: Typ. Do Jornal do Commercio, 1916 LOPES, Raimundo. UMA REGIÃO TROPICAL. Rio de Janeiro: Fon-Fon e Seleta, 1970 LOPES, Raimundo. ANTROPOGEOGRAFIA. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 1956. (Edição fac-similar comemorativa ao centenário de fundação da Academia Maranhense de Letras, São Luis: AML, 2007). http://www.cultura.ma.gov.br/portal/sede/index.php?page=cphna_noticia_extend&loc=arqueologia&id=10 Raimundo Lopes na Internet: http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp? CodSitio=5431 http://www.iphan.gov.br/bancodados/arqueologico/mostrasitiosarqueologicos.asp? CodSitio=5434 http://acd.ufrj.br/museu/bibliote/revimn96.txt Alexandre Fernandes Corrêa (2003, 2009) reproduz texto de Paulo Avelino: ”Resenha de livro raro: Uma Região Tropical, de Raimundo Lopes” [56], em Teatro de Memória[56], sobre a obra etno-geológica de Raimundo Lopes: “Escreveu seu primeiro livro, “O Torrão Maranhense”, considerado pelos especialistas o primeiro bom livro de geografia sobre a região. Só que o escreveu quando a maioria das pessoas está pensando em outras coisas que em teorias geográficas – ele o escreveu aos dezesseis anos. E o publicou no ano seguinte, 1916 (nascera em 1899). […] “Nos anos vinte Raimundo Lopes fez escavações pelo interior do estado, e disso resultaram descobertas responsáveis por duas das três menções ao seu nome que existem na Internet [56]. Uma é a estearia do lago Cajari, no município de Penalva, no vale do grande rio Pindaré. Estearias ou cacarias eram os nomes que o povo da região dava ao que o quase menino (tinha pouco mais de vinte) professor de geografia descobriu que eram na verdade vestígios de uma aldeia de palafitas de pessoas que habitavam aquele mesmo lugar, sobre a superfície daquele mesmo lago, cerca de dois mil antes de Cristo. Foi uma descoberta importante. Eram as primeiras habitações lacustres encontradas em todo o mundo fora da Suíça. As primeiras no continente americano. Pesquisadores do Museu Nacional e do exterior louvaram esse feito. Depois ele realizou outra descoberta, o sítio cadastrado como MA-SL-4, também chamado de Sambaqui da Maiobinha. Sambaquis são pilhas de conchas, peixes e outros vestígios de povos que viviam á beira-mar. Esse é bem próximo da capital, na estrada entre São Luís e a cidade-dormitório de São José de Ribamar, sítio que o próprio IPHAN classificou como relevância Alta. CORREA, Alexandre Fernandes. A ANTROPOGEOGRAFIA DE RAIMUNDO LOPES SOB INFLUÊNCIA DE EUCLIDES DA CUNHA in http://teatrodasmemorias.blogspot.com/2009/12/antropogeografia-de-raimundo-lopes-sob.html CORREA, Alexandre Fernandes. AS RELAÇÕES ENTRE A ETNOLOGIA E A GEOGRAFIA HUMANA EM RAIMUNDO LOPES. Cad. Pesq .. São Luís. v. 14. n. 1. p.88-1 03. jan.!jun. 2003disponivel em http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%206(16).pdf AVELINO, Paulo. ”Resenha de livro raro: Uma Região Tropical, de Raimundo Lopes”, disponível em http://www.fla.matrix.com.br/pavelino/lopes.htmlfala – LOPES, Raimundo. Uma região tropical. Rio de Janeiro: Cia. Editora Fon-fon e Seleta, 1970. 197p. Coleção São Luís, volume 2. ver também: [57] http://www.portalsaofrancisco.com.br/) [58] http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/civilizacao-fenicia/civilizacao-fenicia2.php [59] MAUSO, Pablo Villarrubia. As Cidades Perdidas do Maranhão. IN Revista Sexto Sentido, postado em 2010-06-11 13:25, no sitio http://www.revistasextosentido.net/, disponível em http://www.revistasextosentido.net/news/%20as%20cidades%20perdidas%20do%20maranh%C3%A3o/[60] Estearia: termo que corresponde ao vocábulo italiano palafitti, designativo das habitações lacustres pré-históricas da Europa.

No Maranhão, os ribeirinhos do lago Cajari, perto da vila Penalva1, chamam estearia a uns vestígios de moradias lacustres dos caboclos aborígenes. Estudou-os Raymundo Lopes, em 1919, publicando a respeito um trabalho A Civilização lacustre no Brasil no Boletim do Museu Nacional (Vol. 1 N.º 2. Janeiro de 1924), no qual afirma ter visto os referidos vestígios, graças a uma seca que fez baixar consideravelmente as águas do lago. Apresentou-se-lhe a antiga habitação “com seus milhares de esteios, numa perspectiva belíssima, impressionante, esponteando com os seus troncos negros, como se fosse imensa floresta morta, à face argentada das águas”. Volta o ilustrado cientista a tratar do assunto em O Jornal de 27 de novembro de 1927, no qual diz que o termo estearia está consagrado nos círculos científicos brasileiros, falando de novas ‘estearias’, ou ‘esteames’ como também designa, em outros sítios do Maranhão e escreve: “A aldeia — jazida palafítica ou lacustre como a estearia do Cajari, a primeira que observei em 1919, fica em pleno rio e, com o canal deste de permeio, defronta a ponta da ‘Estrela’ oposta à bocaina do Parauá; está coberta de água, mesmo no dezembro adusto em que a visitamos. Mas num fundo de cerca de metro, embora a escassez do tempo, às apalpadelas, na lama cheia de estrepes, sempre em tais pontos se colhe uma massa de fragmentos de cerâmica e pedra que, se nem sempre enfeitam coleções, identificam suficientemente as jazidas”. Informa-nos Jorge Hurley que, no Pará, especialmente no litoral atlântico, há as ‘meruadas’ dos currais de pesca e das feitorias dos pescadores, abandonados, idênticos à estearia do lago Cajari, no Maranhão. (Bernardino José de Souza, in dicionário da terra e da gente do brasil, 1939.) Correspondência eletrônica de Luis Melo a Leopoldo Gil Dulcio Vaz From: luis-mello-neves@hotmail.com To: vazleopoldo@hotmail.com Subject: RE:Date: Mon, 22 Aug 2011 03:37:20 +0000. disponível em http://www.brasiliana.com.br/brasiliana/colecao/obras/116/dicionario-da-terra-e-da-gente-do-brasil [61] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [62] SOUZA, Henrique José de. PEDRA DA GÁVEA (6. Rei Badezir). In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm SODRÉ, Marcos. Os fenícios no Brasil. In RECANTO DAS LETRAS, 06/02/2008; 09/12/2008, disponível em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/848406 [63] BADEZIR foi um Rei fenício, que era viúvo e tinha 8 filhos, tendo vivido por volta do ano 800 A.C. Os filhos gêmeos eram os mais velhos, e eram odiados pelos outros irmãos. Por força desse sentimento, durante algum tempo forjaram a deposição de Badezir, o que veio a acontecer, quando um conluio entre as castas militar e religiosa, destronou o Rei e o expulsou, juntamente com os dois gêmeos, do reino, passando a Fenícia, de Império à República. SOUZA, Henrique José de. PEDRA DA GÁVEA (6. Rei Badezir). In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm [64] SOUZA, Henrique José de. PEDRA DA GÁVEA (6. Rei Badezir). In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVI.htm [65] BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge semita no Brasil… Fonte: http://www.viewzone.com – Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21, 2013, disponível em http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm [66] BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge semita no Brasil… Fonte: http://www.viewzone.com – Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21, 2013, disponível em http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm [67] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br . Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html[68] LOBO, Haddock. História Universal. Rio de Janeiro: Egéria, 1979. 3 volumes. [69] BARROS, Eneas. A tese de Ludwig Schwennhagen. (s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí. [70] http://www.hebreunegro.com.br/2015/10/a-presenca-dos-fenicio-no-brasil.html [71] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br. Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html [72] https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_do_Peabiru [73] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br. Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html [74]

O caminho [Peabiru] tinha diversas ramificações utilizadas pelos guaranis, que, através delas, se deslocavam pelas diversas partes do seu território, mantendo, em contato, as tribos confederadas através de uma espécie de correio rudimentar chamado parejhara que ligava o norte e o sul do Brasil, da Lagoa dos Patos até a Amazônia. Segundo a tradição desse povo, o caminho não foi aberto por eles, que atribuem a sua construção ao ancestral civilizador Sumé, que teria criado a rota no sentido leste-oeste. Através do caminho, era realizada uma intensa troca comercial (na base do escambo) entre os índios do litoral e do sertão e os incas: os índios do litoral forneciam sal e conchas ornamentais, os índios do sertão forneciam feijão, milho e penas de aves grandes como ema e tucano para enfeite, e os incas forneciam objetos de cobre, bronze, prata e ouro. https://pt.wikipedia.org/wiki/Caminho_do_Peabiru [75] GUIMARÃES, Luiz Hugo. O primeiro descobrimento do Brasil. IN www.luizhugoguimaraes.com.br. Disponível em http://universodahistoria.blogspot.com.br/2009/10/o-primeiro-descobrimento-do-brasil.html [76] . in PEDRA DA GÁVEA (7. Rei Badezir e o exílio no Brasi) Disponível em http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVII.htm . ver ainda Roberto Khatlab, in Brasil – Líbano: Amizade que desafia a distância; Luiz C. Lisboa e Roberto P. Andrade; in Grandes Enigmas da Humanidade; http://www.vidhya-virtual.com; http://www.viewzone.com/gavea.html; www.almacarioca.com.br; http://br.geocities.com/nasaclubebrasil/index.html. BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge semita no Brasil… Fonte: http://www.viewzone.com – Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21, 2013, disponível em http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm Bastani, Tanus Jorge “0 Líbano y los libaneses en Brasil” Parte octava: “Evidencia de los fenicios llegando a Brasil”, páginas 155-159. Edición independiente. Río de Janeiro, 1945. Bastani, Tanus Jorge “El Líbano y los libaneses en Brasil” – Octava parte: “Huellas de la llegada fenicia en Brasil”, páginas 155-159 edición independiente. Río de Janeiro, 1945. http://www.bibliotecapleyades.net/esp_historia_humanidad.htm#menu http://www.bibliotecapleyades.net/esp_civilandinas.htm#Additional_Information [77] In http://www.adventos.org.br/adventos/pt/peb/GaveaVII.htm http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm    BACARI, Luiza. A Pedra da Gávea – Uma Esfinge semita no Brasil… Fonte: http://www.viewzone.com – Viewzone Brazil. Posted by Thoth3126 on November 21, 2013, disponível em http://lirapleiadesterra.xpg.uol.com.br/anunnakis.htm [78] “O GLOBO”, em notícia publicada em 23 de setembro de 1982 [79] LUZ, Anny. O MISTÉRIO DA PEDRA DA GÁVEA, IN http://numeroastrosflorais.blogspot.com.br/2014/11/o-misterio-da-pedra-da-gavea.html, sábado, 8 de novembro de 2014 [80] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [81] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924. [82] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924. [83] D´ABBEVILLE, Claude. HISTÓRIA DA MISSÃO DOS PADRES CAPUCHINHOS NA ILHA DO MARANHÃO E TERRAS CIRCUNVIZINHAS. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1975. [84] MORAES, Pe. José de. HISTÓRIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVÍNCIA DO MARANHÃO E PARÁ. São Luís 1759. [85] Schwennhagen, Ludovico. “São Luis na Antiguidade”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924. [86] RAHME, Claudinha. Fenícios descobriram o Brasil antes de Cabral? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios-descobriram-o-brasil-antes-de.html [87] BARROS, Eneas. A tese de Ludwig Schwennhagen. (s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí. [88] BARROS, Eneas. A tese de Ludwig Schwennhagen. (s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí. [89] MIRANDA, Evaristo Eduardo de. QUANDO O AMAZONAS CORRIA PARA O PACÍFICO. 2 Ed. Petrópolis: Vozes, 2007. [90] FROTA, Luciara Silveira de Aragão e. Os Tabajaras e a Localização de Tribos Circunvizinhas. Os%20Tabajaras%20e%20a%20Localização%20de%20Tribos%20Circunvizinhas.html [91] Exposição feita por Thomas Pompeu Sobrinho in “Pré-história Cearense”, página 99. Refuta ele a hipótese de Paul Radin, levantada in “Índias of South América” (1946), de que os tupi irradiaram-se do Guairá, na região média do Paraná, fundamentando essa hipótese em semelhanças de caráter cultural entre os tupis e os indígenas da América do Norte, com quem teriam estreitas ligações através da corrente antiliana. Possivelmente teriam estes passado ao continente subindo o rio Amazonas, estabelecendo-se na sua parte sul, na região entre o Xingu e o tapajós. SOBRINHO, Thomas Pompeu. HISTÓRIA DO CEARÁ PRÉ-HISTÓRIA CEARENSE.Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1955. página 19 [92] SOBRINHO, Thomas Pompeu. HISTÓRIA DO CEARÁ PRÉ-HISTÓRIA CEARENSE.Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1955. [93] Cf.Ludwig Schwennhagen, Antiga História do Brasil de 1.100 a 1.500 A.C. pág. 45. [94] SCHEWENNHAGEN, Ludwig . ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL DE 1.100 A.C a 1.500 D.C., apresentação de Moacir L. Lopes, 2ª edição: Rio de Janeiro. Livraria e Editora Cátedra. 1970. STUDART FILHO, Carlos. O ANTIGO ESTADO DO MARANHÃO E SUAS CAPITANIAS FEUDAIS, Biblioteca da Cultura, série b – Estudos Pesquisas – vol. I. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1960. VIEIRA, Antonio. Relação da missão da serra de Ibiapaba pelo padre Antonio Vieira da Companhia de Jesus, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ. Tomo XVIII (1904) VIEIRA, Antonio; Cópia de uma carta a El-rey sobre as Missões do Ceará, do Maranhão, do Pará e das Amazonas, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ, Tomo X (1896), 106 – [95] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. SOBRE TUPIS E TAPUIAS. Blog do Leopoldo Vaz, sábado, 12 de setembro de 2015 às 19:33, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/?s=sobre+tupis+e+tapuias VAZ, Leopoldo Gil Dulcio FENÍCIOS NO MARANHÃO? Blog do Leopoldo Vaz, sábado, 05 de setembro de 2015 às 11:33, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/05/fenicios-no-maranhao/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Miganville precede a fundação de São Luis… Blog do Leopoldo Vaz • sábado, 05 de setembro de 2015 às 16:56, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/09/05/miganville-precede-a-fundacao-de-sao-luis/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. A corrida entre os índios Canelas. In Painel apresentado na III Jornada de Iniciação Científica da Educação Física da UFMA, 1995; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. 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Brasil, 06 de abril de 2016

Divulgação: 



UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - ANO V

Diretora de Cultura e Comunicação:
Ana Maria Felix Garjan
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Abertura do espaço da Universidade do Futuro. Brasil, 28/12/2009

Na política do mundo globalizado está dada a largada para uma nova cadeia de intenções, atitudes e hábitos, diante das questões graves apresentadas pelos diversos cientistas e governantes dos 192 países que estiveram no encontro da cúpula da COP15, em dezembro de 2009. A nova estratégia de superação da crise do planeta e do mundo está sendo chamada de Nova Revolução Verde, pois o mundo já consome mais do que a natureza produz. Caberá aos homens e mulheres dos países, culturas e etnias descobrirem novas formas e hábitos que contribuam com a sustentabilidade que se faz necessária e urgente. O ano de 2010 será o Ano Internacional da Biodiversidade, e será muito importante para fechar a Primeira Década do Século XXI. A partir da Segunda Década o mundo iniciará, de forma mais veloz, o seu encontro com o Ano de 2050, onde estarão as novas fórmulas científicas que poderão garantir o futuro da humanidade do Planeta Terra. Ele é um orbe que tem seus sistemas independentes dos sistemas do homem, mas o mundo precisa refletir sobre suas atitudes em relação à natureza, aos animais, às águas, aos sistemas vivos, e às grandes causas da nossa humanidade. Brasil, 28 de dezembro de 2009. Ana Felix Garjan - Idealizadora do projeto Universidade Planetária do Futuro e membro da comissão dos fundadores da sociedade cultural, sem fins lucrativos: Grupos ARTFORUM Brasil XXI, que organizou o Plano Nossa Década 2001 - 2010 e o Programa Universidade Aberta "Telhados do Mundo" .
Nossos sites principais: : http://www.artforumunifuturobrasil.org/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/ - http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html Cultura Humanista-Planetária por um mundo melhor.

Primeiro Documento Oficial da Universidade Planetária do Futuro

Aos vinte e três dias do mês de março do ano de 2010 - o último da Primeira Década do Século XXI foi realizado um Fórum – Conferência dos fundadores, diretores e consultores dos Grupos Artforum Brasil XXI e da Universidade Planetária do Futuro, após reuniões, roteiros metodológicos e projetos especiais registraram a organização da estrutura da Universidade Planetária do Futuro, considerando a primeira reunião realizada em dezembro de 2009. Foram aprovados artigos do documento filosófico da UNIFUTURO, para fins de sua institucionalização, em nome da História, da Filosofia, da Ciência e da Cultura Humanista-Planetária. ***ARTIGOS APROVADOS ***Artigo I - Que a ética humana, as filosofias, ciências, culturas, literaturas, linguagens e as tecnologias de todas as áreas e setores do mundo se voltem para a construção de novos projetos que contribuam para a construção de um novo mundo justo, pacífico e humanizado, nas próximas décadas, séculos e milênios. *** Artigo II - Que possamos contribuir com a justiça e a paz mundial, a partir de efetivas mudanças e da transformação da sociedade mundial e seus sistemas. Que sejam vivos e reais os Direitos e Deveres da Humanidade para com a Pessoa Humana, a Natureza, os Animais e o Planeta. Desejamos que sejam concretas as atitudes humanas e a solidariedade em prol de um mundo mais humanizado. ** Artigo III - Que os direitos humanos sejam respeitados em todos os países e territórios do mundo político e social. Que as Filosofias, Ciências, Culturas e Artes sejam conexões de justiça para os povos e cidades abandonadas do mundo. Que haja Justiça e Paz para as mulheres e seus filhos mortos/desaparecidos no Brasil e em todos os países. ***Artigo IV - Que todas as ciências, tecnologias, artes, linguagens estéticas, literatura e atitudes humanas contribuam para as mudanças que se fazem necessárias e urgentes, para a transformação da sociedade mundial. ***** Artigo V - Que as pessoas, grupos, comunidades, associações, organizações e instituições e governos cumpram com seus deveres e com seu papel transformador, no âmbito da sociedade onde estão inseridas. Que todo saber e conhecimento contribuam para o novo tempo do mundo, nesse início da segunda década do século XXI. ** Conclusão em síntese: Somos todos sementes da arte da humanidade da Terra, através da cultura, das ciências humanas, das ciências sociais e das tecnologias humanizadas, neste ano de 2010, e em nosso país, o Brasil que registra seus 510 anos de história, educação, cultura e literatura. *Somos semeadores do futuro e passageiros do amanhã. Que haja transformação das sociedades, em prol da Justiça e Paz da humanidade.*** Brasil, 23 de março de 2010 - Século XXI-Terceiro Milênio. Assinam este documento os Fundadores, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro. Brasil, 23 de março de 2010 - Último ano da 1ª Década do Século XXI.

Homenagens da Universidade Planetária do Futuro, em 2010

Nosso Tributo à África - seu povo e cultura; às Américas; aos cinco continentes, aos mares, oceanos, terras, povos do mundo, à diversidade cultural de hoje e do futuro. Homenagem ao Brasil - Cinco séculos de história, cultura e instituições oficiais. Homenagem aos representantes das etnias que formaram o povo brasileiro, e ao seu futuro. Homenagem aos grandes nomes da História, da Educação, da Cultura e Ciências, e das áreas do conhecimento científico desenvolvidos ao longo dos três milênios, nos séculos e décadas do mundo. Homenagem aos que lutaram e lutam pela Justiça e Paz Mundial em prol de um Mundo Melhor. Homenagem e reconhecimento às pessoas, grupos e organizações que trabalham pela Educação e Cultura Humanista - Planetária, em prol da nossa humanidade, da natureza e do planeta. Brasil, janeiro de 2010. Conselho Universitário, Diretores, Coordenadores e Consultores da Universidade Planetária do Futuro.

Universidade Planetária: Filosofias, Culturas e Ciências 2011.

*UNIVERSIDADE PLANETÁRIA DO FUTURO - Aos 25 dias de setembro de 2011 foi celebrado e divulgada e estrutura administrativa da Universidade Planetária do Futuro, para que ela possa atingir seus objetivos e missões. A presidência será formada por membros do Conselho Diretor , Coordenadores e Colaboradores. *Estrutura da Universidade Planetária do Futuro - UNIFUTURO: *Centro de Ciências Sociais *Centro de Pesquisa e Ciências do Meio Ambiente. *Departamento de Arte Educação. *Departamento de Comunicação, Divulgação Científica e Cultural. *Departamento de Projetos Especiais. *A Representação e divulgação da Unifuturo será desenvolvida através de sites, blogs e páginas em redes sociais *** Brasil, 25 de setembro de 2011. Bem-Vindos! Welcome! Bienvenidos!

Somos passageiros do futuro e trabalhamos pelo Mundo Melhor.

O "Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta", dos Grupos ArtForum Brasil XXI foi escrito em 2001, como resultado de fóruns e diálogos dos Grupos Artforum Renasissance vie Universelle, Artforum Mundi Planet, com grupos universitários e organizações de cultura e meio ambiente. Os fóruns foram coordenados por Ana Felix Garjan, que elaborou o texto - mantra do Manifesto Verde Pela Paz da Humanidade e do Planeta, em 2001. O manifesto inspirou a "Carta Magna" da Universidade Planetária do Futuro - 2ª Década do século XXI. *****Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta: http://www.cidadeartesdomundo.com.br/MV.html

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