A Universidade Planetária do Futuro - Ano IV e os Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 13 anos registram, neste seu espaço de divulgação cultural e científica, o artigo " A Mulher ao longo dos tempos, de autoria de Ana Maria Felix Garjan, pelas celebrações no Brasil e no mundo, em homenagem ao Dia Mundial da Mulher, na data de ontem, dia 8 de março de 2013.
Ana Felix Garjan*, 8/03/2013
"A história das mulheres ao longo dos tempos dificilmente poderá ser retratada, de modo completo, pois reúne elementos da história complexa e contraditória do desenvolvimento da humanidade. Fazendo recortes dessa história, destaca-se algumas das dimensões do papel das mulheres em vários períodos, tentando mostrar que existem avanços e retrocessos, porém muitas lutas e conquistas a serem reconhecidas e relatadas, no sentido de valorizar sua ação humanizadora e transformadora, fundamental para a civilização humana". (Felix Rosar, 2013).
Na pré-história, algumas mulheres eram reconhecidas como entidades sagradas. Grande parte dos deuses eram femininos. Nessa época, os homens eram nômades, saíam para buscar alimento, e as mulheres em bandos, ficavam cuidando dos filhos, em seu "lar pré-histórico".
A mulher e a sua política de ser e representar seus papéis em cada parte do planeta, fez dela própria na história da humanidade, a representante de importantes processos de transformação da sociedade. Por isso, também, ao longo da história ela foi alvo de perseguição e exaltação pelos homens e instituições civis e religiosas por eles controladas, sendo considerada, paradoxalmente, como feiticeira, bruxa, demônio, deusa, anjo, santa, heroína. Mas, em sua maioria, passava fome, era vítima de violência e silenciada.
Durante milhares de anos as mulheres foram se dedicando ao trabalho com a terra, aos afazeres domésticos, aos cuidados com os filhos, mas foram impedidas de liderar o comércio, de ter acesso à leitura e à escrita, portanto, não tinham a chance de exercer atividades fora de casa.
No decorrer dos séculos XVIII, XIX e XX, a mulher foi assumindo papel destacado em movimentos sociais e políticos e iniciou um processo mais coletivo de conscientização dos problemas de sua época. Também assumiu cada vez mais postos de trabalho nas fábricas. De um lado, as máquinas passaram a fazer parte de sua liberdade para ganhar autonomia, entretanto ao mesmo tempo as mulheres se tornaram vítimas do sistema fabril e dos patrões que as consideravam apenas um instrumento de trabalho. Sua luta pela igualdade custou-lhes a vida em muitas lutas realizadas, nas quais foram reprimidas com violência e morte.
No entanto, através dos séculos podemos constatar que os homens não caminharam sozinhos. Em todas as civilizações tiveram suas cúmplices de sonhos e realizações, tanto para executar projetos em prol do bem, quanto para a destruição da humanidade.
Para
prestarmos uma homenagem mais abrangente às mulheres, temos que registrar
alguns nomes de diversas épocas: as revolucionárias, as
rainhas, as condenadas às fogueiras da Idade Média, as vítimas atuais da
exploração do mercado de consumo.
Da Grécia aos dias atuais, destacam-se as mulheres filósofas, cientistas, escritoras, políticas, jornalistas, educadoras, religiosas, governantes e de inúmeras áreas de atuação profissional. Na contemporaneidade, a mulher tem sido grande conquistadora no mundo por ter demonstrado sua inteligência e convencido as instituições políticas de sua capacidade e competência com excelência, em muitos campos do saber, das profissões e do conhecimento.
No dia-a-dia, há muitas Madres Tereza de Calcutá desconhecidas. Apesar das guerras tão terríveis e insanas em vários países, mulheres e homens em todo o mundo, manifestam sua humanidade e solidariedade, em vários espaços. Ainda assim, existem mulheres que vivem e sofrem como na época da Santa Inquisição, quando Branca Dias foi condenada à fogueira.
Quantas mil mulheres trabalham e estudam para superar seus limites? Não são indispensáveis as mulheres independentes porque a dignidade e a ética são as suas bandeiras mais importantes?
Homenageamos as mulheres, sua capacidade de enfrentar e superar todos os limites, a força e estética feminina que consegue construir importantes marcos na sociedade mundial, notadamente, na área da educação, ciência e cultura.
Breves exemplos são resgatados para lembrar ao mundo que o poder feminino tem sido reconhecido em diversos setores, organizações e governos, a partir dos papéis que as mulheres representam tanto em suas próprias vidas como em suas funções sociais.
Não importa sua idade, sua etnia, seu credo, ela pode ser a grande porta-voz das concepções humanistas junto aos seus companheiros, à sua família, no seu trabalho. A essência da mulher sempre foi e continuará sendo algo imutável em todas as Eras, Milênios, Épocas, Séculos e Décadas, pois ela carrega consigo o belo e único dom da maternidade.
Neste mês político das mulheres, março de 2013, nossa carinhosa homenagem às mulheres brasileiras e do mundo, nas suas diversas circunstâncias de vida.
Desejamos destacar, de forma especial, as mulheres que tiveram efetiva contribuição para o desenvolvimento da sociedade brasileira, ao longo de cinco séculos. Em grande parte, de forma anônima, as mulheres do Brasil, têm feito e realizado grandes revoluções, seja em vilas, cidades, estados, sem perderem a essência do seu Ser, sua visão política de mundo, sua responsabilidade social.
No início do século XXI, redefiniu-se seu papel na sociedade global. Atualmente, em março de 2013, têm se destacado como produtoras intelectuais em prol das mudanças e transformação da nossa sociedade.
Da Grécia aos dias atuais, destacam-se as mulheres filósofas, cientistas, escritoras, políticas, jornalistas, educadoras, religiosas, governantes e de inúmeras áreas de atuação profissional. Na contemporaneidade, a mulher tem sido grande conquistadora no mundo por ter demonstrado sua inteligência e convencido as instituições políticas de sua capacidade e competência com excelência, em muitos campos do saber, das profissões e do conhecimento.
No dia-a-dia, há muitas Madres Tereza de Calcutá desconhecidas. Apesar das guerras tão terríveis e insanas em vários países, mulheres e homens em todo o mundo, manifestam sua humanidade e solidariedade, em vários espaços. Ainda assim, existem mulheres que vivem e sofrem como na época da Santa Inquisição, quando Branca Dias foi condenada à fogueira.
Quantas mil mulheres trabalham e estudam para superar seus limites? Não são indispensáveis as mulheres independentes porque a dignidade e a ética são as suas bandeiras mais importantes?
Homenageamos as mulheres, sua capacidade de enfrentar e superar todos os limites, a força e estética feminina que consegue construir importantes marcos na sociedade mundial, notadamente, na área da educação, ciência e cultura.
Breves exemplos são resgatados para lembrar ao mundo que o poder feminino tem sido reconhecido em diversos setores, organizações e governos, a partir dos papéis que as mulheres representam tanto em suas próprias vidas como em suas funções sociais.
Não importa sua idade, sua etnia, seu credo, ela pode ser a grande porta-voz das concepções humanistas junto aos seus companheiros, à sua família, no seu trabalho. A essência da mulher sempre foi e continuará sendo algo imutável em todas as Eras, Milênios, Épocas, Séculos e Décadas, pois ela carrega consigo o belo e único dom da maternidade.
Neste mês político das mulheres, março de 2013, nossa carinhosa homenagem às mulheres brasileiras e do mundo, nas suas diversas circunstâncias de vida.
Desejamos destacar, de forma especial, as mulheres que tiveram efetiva contribuição para o desenvolvimento da sociedade brasileira, ao longo de cinco séculos. Em grande parte, de forma anônima, as mulheres do Brasil, têm feito e realizado grandes revoluções, seja em vilas, cidades, estados, sem perderem a essência do seu Ser, sua visão política de mundo, sua responsabilidade social.
No início do século XXI, redefiniu-se seu papel na sociedade global. Atualmente, em março de 2013, têm se destacado como produtoras intelectuais em prol das mudanças e transformação da nossa sociedade.
Pesquisamos
algumas datas e dados importantes sobre algumas mulheres do nosso país, no
Século XX:
"Em 1914 - A jovem Eugênia Moreira se torna, aos dezesseis anos, a primeira repórter do Brasil;
"Em 1914 - A jovem Eugênia Moreira se torna, aos dezesseis anos, a primeira repórter do Brasil;
Em 1917 - Anita Malfati expõe em uma mostra que antecedeu a "Semana de Arte Moderna", em 1922;
Em 1917 - A professora feminista Leolinda Daltro lidera uma passeata a favor do direito ao voto pelas mulheres brasileiras;
Em 1918 - Maria José de Castro Rabelo Mendes é a primeira Diplomata do Brasil;
Em 1918 - A bióloga Bertha Lutz publica em Revista, uma carta em que divulga a organização de uma associação de mulheres pela independência e pelo voto feminino;
Em 1919 - É construído um busto em homenagem a Clarice Índio do Brasil, que morreu vítima de violência urbana, no Rio de Janeiro;
Em 1919 - A ativista Elvira Boni Lacerda lidera a greve das costureiras no Rio;
Em 1922 - A Federação Brasileira pelo Progresso Feminino do país é fundada e realiza o I Congresso Internacional Feminista, no Rio de Janeiro;
Em 1927 - Celina Guimarães Viana se torna a primeira eleitora, no Rio Grande do Norte;
Em 1933 - Almerinda Farias Gama é a primeira mulher a votar na eleição dos representantes classistas para a Assembléia Nacional Constituinte;
Em 1938 - Maria Bonita, mulher de Lampião, morre em confronto com a polícia, em Pernambuco;
Em 1944 - Um grupo de enfermeiras segue para Nápoles na Segunda Guerra Mundial;
Em 1947 - Elisa Branco, ativista da Federação de Mulheres, é presa por causa de sua atuação nas campanhas contra a carestia da época;
Em 1950 - A operária e militante Angelina Gonçalves é morta a tiros pela polícia durante manifestação da Campanha O Petróleo É Nosso, no dia 1º de maio;
Em 1950 - É fundada a Associação Brasileira de Mulheres Médicas;
Em 2000 - Tem início, no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), o Centro de Estudos do Genoma Humano, coordenado pela geneticista Mayana Zatz".
(CHAUÍ, PINÕN e SCHUMAHER. IN: KAZ, Leonel e
LODDI, Nigge. Século XX A Mulher Conquista o Brasil. São Paulo, Ed. Aprazível
Edições, 2006.)
....
Esses exemplos põem em evidência o
esforço feito por mulheres que, individual e coletivamente trabalham e fazem
avançar a história do país, apesar dos limites institucionais existentes,
provando que sempre será possível a superação de padrões
societários cristalizados, se a perspectiva de transformação da sociedade
estiver definida pela noção do bem-estar coletivo.
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* Ana Felix Garjan, socióloga, acadêmica da ACL e da ABLA, escritora, poeta, artista plástica, diretora e curadora de arte dos Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 13 anos.
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* Ana Felix Garjan, socióloga, acadêmica da ACL e da ABLA, escritora, poeta, artista plástica, diretora e curadora de arte dos Grupos ARTFORUM Brasil XXI - 13 anos.
Brasil, 9 de março de 2013
Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Universidade Planetária do Futuro - Ano IV
Centro de Ciências Sociais
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Félix Rosar
Diretora: Profa. Dra. Maria de Fátima Félix Rosar
Coordenação de
edição:
Ana Maria Felix
Garjan